título: bebezuco
data de publicação: 14/08/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #bebezuco
personagens: lúcia, amiga e bebezuco
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é a minha amada Petlove. O frio está aí e, para um inverno quentinho, seu pet precisa estar protegido. Especialmente nos meses mais frios, os pets acabam ficando ainda mais vulneráveis, né? Mas o Plano de Saúde Petlove te ajuda a garantir uma rotina de cuidados acessível, segura e prática. Com o Plano de Saúde Petlove, você que é tutor de pet pode escolher entre cinco tipos de planos diferentes: o Plano Leve, que é o mais econômico; o Plano Tranquilo, ótimo para cuidados do dia, o Plano Ideal que possui o melhor custo—benefício de todos, o Plano Essencial, que é o mais integral. E tem ainda o Plano Completo, que possui uma rede credenciada especial.
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[trilha]Lúcia, ela batalhou muito, muito, muito até comprar aí o seu apartamento. Um apartamento pequeno de dois quartos, Lúcia solteira. Em um quarto ela fez o quarto dela, com cama de casal e o outro quarto ela fez um escritório com sofá—cama. — Porque aí, se alguém precisasse, temporariamente, ficar em casa de Lúcia, tinha ali o sofá—cama, que virava uma caminha confortável, de solteiro. Uma cama de solteiro confortável e vida que segue. — Lúcia tem muita enxaqueca… Então ela gosta de silêncio, gosta da casa dela, ela tem um trabalho que é estressante, então, casa de Lúcia é o refúgio dela. Isso é muito importante. E no trabalho de Lúcia tem uma moça que é muito amiga da Lúcia. Elas são, sei lá, amigas e trabalham juntas há uns 10 anos. E essa moça sempre foi muito emocionada. — Então ela começava os relacionamentos e o cara já era o homem da vida, e aí dava tudo errado, ela ficava mal, e daqui a pouco “ai, encontrei outro homem da vida”, enfim, e assim foi… —
Até que um dia, essa moça tinha ido morar com o cara. Foi morar com o cara, ficou quatro meses morando com esse cara e não deu certo… — Porque, né? “Amor da vida” e foi morar junto conhecendo muito pouco, não deu certo. — Ela já tinha devolvido a casa dela, que era alugada, vendido os móveis dela, porque o cara já tinha móveis, tudo, e o cara botou ela para fora. E aí ela ficou sem ter para onde ir e ela chegou na Lúcia — porque Lúcia não ofereceu — e perguntou se ela poderia ficar três meses na casa de Lúcia. Lúcia, muito a contragosto, falou: “Ai meu Deus, mas é minha amiga de 10 anos, enfim, 3 meses?”, “3 meses, até eu me ajeitar e alugar outro lugar”. — Então, temos uma data… Então, digamos que fosse maio, ia ficar maio inteiro, junho inteiro, julho inteiro. Comecinho de agosto vaza, era isso, né? — Então lá foi ela, só com roupas, as coisas, utensílios… — Ela tinha vendido tudo pra ficar na casa deste cara e o cara botou ela pra fora. —
Lá foi ela com malas e malas e malas de roupa, um monte de coisa e ocupou ali o escritório de Lúcia. Lúcia só trabalhou home office na época da Covid, mas quando voltou ali, passou a pandemia, tudo, a empresa voltou inteira pro presencial. — Então, o escritório de Lúcia fica ali, sei lá, final de semana, quando ela quer ver uma coisa no computador… — Ela não usa tanto o escritório, então pra Lúcia, a única questão que tinha ali é que o apartamento dela só tem um banheiro e as duas trabalham no mesmo horário, então elas tiveram que fazer ali meio que uma escala de banheiro, então já deu uma complicadinha pra Lúcia, porque ela gosta de ter o momento dela, mas ela pensou: “Três meses”… Primeiro mês a moça ocupou o quarto inteiro lá, a Lúcia nem entrava no quarto, rolou ali alguns atrizes porque a moça cada hora que ela tomava água era um copo e ela não lavava, queria botar na lava—louças… Só que a Lúcia explicou: “Olha, eu só ligo a lava—louças quando ela está cheia, quando ela tem bastante louça para lavar. Caso contrário, use apenas um copo, porque eu não vou ficar ligando a lava—louça, gastando o sabão de lava—louça que é caro, só para você lavar seus copos. Então, use um copo só”.
A moça entendeu, algumas vezes esquecia, mas aí Lúcia pegava no pé — o que é muito chato, você ter que ficar pegando no pé uma pessoa que está de favor na sua casa —, mas deu… O primeiro mês ali não deu 100 reais… — Pra ajudar numa luz, numa internet, nada… — “Bom, são três meses, vou aguentar”. Acontece que no segundo mês, esta moça começou a passar muito mal… Ela estava com muito enjoo e, bom, adivinha? A moça estava grávida de quase quatro meses. No primeiro trimestre ela não teve nenhum enjoo, nada, ela nem sabia realmente que ela estava grávida. Ela ficou muito assustada também, mas ela estava grávida daquele cara que expulsou ela de casa. — Meu Deus, a moça estava grávida e agora? — Lúcia pensou: “Ela tem mais um mezinho aqui, né? Depois, sei lá, vai pra casa da mãe dela”. — Mãe dela morando, sei lá, numa cidade perto e tal. — “Enfim, ela vai se virar”…
Mas foi chegando a data de sair e ela chamou a Lúcia para conversar, por quê? Ela não estava conseguindo alugar uma casa porque o cara tinha sujado o nome dela… Tinha feito empréstimos no nome dela. Ela não conseguia um lugar para alugar e também não tinha dinheiro para comprar as coisas da casa, e agora, grávida, ela tinha que ter uma geladeira, tinha que ter essas coisas, né? E aí Lúcia, a Lúcia falou para mim: “Andréia, eu passei até mal, assim, me deu palpitação. Eu fiquei mal, porque quanto tempo ela ia ficar na minha casa?”, aí Lúcia argumentou, falou: “A gente combinou três meses, né? Eu gosto da minha privacidade, eu gosto da minha casa e tal”, e aí a moça apelou para o sentimental: “Você vai me botar grávida na rua”, e as duas trabalhando juntas, a Lúcia pensou: “Meu Deus, essa moça vai contar na empresa, vai fazer um inferno na minha vida”. — Ou seja, lá atrás, quando a moça pediu, já era pra Lúcia ter seguido o instinto dela e ter falado “não”, né? Mas não falou… —
E aí Lúcia falou: “Tá bom, mas qual que é o seu plano? Porque, assim, você não vai ficar morando comigo pra sempre” e ela falou: “Bom, meu plano é…”, veja bem, gente… “O bebê nascer, eu faço DNA e, a partir do momento que o cara sabe que o bebê é dele, ele vai me deixar voltar para casa”. — Reparem… — Lúcia falou: “Não, esse não é um plano, por que e se ele não deixar você voltar para casa?” e ela falou: “Bom, aí eu me viro, eu me comprometo, mas eu estou pedindo para você que me deixe ficar aqui pelo menos até um mês do meu bebê nascido”. Lúcia respirou fundo e falou: “meu Deus, tá bom… Amizade de 10 anos, tá bom”. E aí começou a saga de Lúcia… Essa moça enjoou muito, e assim, isso é um sofrimento mesmo, da gravidez, né? Pra quem enjoa muito deve ser horrível. E ela enjoou muito, então assim, às vezes ela não conseguia chegar no banheiro, então a casa, segundo Lúcia, tinha um constante cheiro de vômito. Lúcia sempre muito limpa, muito asseada, chegou uma hora que ela começou a limpar, porque a moça não conseguia limpar bem, a barriga foi crescendo, enfim… Lúcia entendia até certo ponto? Sim, mas também achava que a moça fazia corpo mole.
“Bom, você vai ficar aqui em casa mais praticamente 6, 7 meses, você tem que colaborar nas despesas”, porque a moça até então só comprava as coisas que ela ia comer, Lúcia começou a passar para a moça metade do condomínio, metade da luz, metade da internet. Moça reclamou, mas ela foi firme e a moça começou a falar: “Eu tendo que te dar esse dinheiro todo mês, fica mais difícil para eu sair daqui”, olha isso, gente… Mas a Lúcia falou: “Não quero saber, eu preciso que você pague pelo seu consumo das coisas”. O tempo foi passando, a casa já estava agora em petição de miséria. O banheiro… A moça não conseguia mais abaixar nem para pegar os próprios cabelos do ralo, então, assim, a vida da Lúcia estava muito ruim. — Muito. — E a moça, além de tudo, tinha muitas crises de choro, porque ela queria voltar com o cara e o cara, agora sabendo que ela estava grávida, falou: “Não, você faz DNA, eu vou assumir a criança, mas nós não vamos voltar”. — Inclusive, ele já estava com outra pessoa. —
Além de toda a sujeira, da moça ocupar todos os espaços, agora tinha todo esse drama. Chegou uma época que ela começou a usar o banheiro lá do salão de festas do prédio de tão imundo que o banheiro dela estava, ela só botava o chinelo, tomava banho, mas assim, não conseguia ficar muito no banheiro. Enfim, o tempo foi passando e Bebezuco nasceu… [efeito sonoro de bebê chorando] Bebezuco a coisa mais linda desse mundo, fofinho, gordinho, enorme, cabeludo, nasceu saudável, incrível… Acontece que Bebezuco tinha muita cólica, então Bebezuco chorava muito. Bebezuco tinha as questõezinhas dele de bebezinho. Bebezinhos têm questões, né? Agora Lúcia tinha que lidar com as questões do bebezinho. E a casa começou a ficar cheia de mamadeira, cheia de fralda — o apartamento muito pequeno —, aquele cheiro de cocô de neném, de mamadeira, azedo, enfim… A moça cuidava bem do bebezuco, só que ela ia fazendo as mamadeiras e largando.
Ela ia tirando as fraldas da criança e botava na lixeira do banheiro, que era pequena… — … Me deu um pouco de ânsia… — Ela entuchava umas três, quatro fraldas de cocô e não tirava… Ela não tirava. Bom, foi lá, fez DNA do bebêzuco, realmente era do cara. O cara não queria que ela voltasse nem pintada de ouro. — Nem pintada de ouro… — O cara ia pagar pensão? Não, falou: “me bota na justiça”. E a coisa foi indo e a moça, entre gravidez e bebezuco, já estava lá na casa da Lúcia mais de ano… O bebezuco era lindo, fofinho, mas chorava muito, tinha as coisinhas dele, às vezes o fogão era só coisa de papinha, uma sujeira… A Lúcia começou a chorar, ela falou: “Andréia, contando assim, pode parecer uma coisa mais superficial, mas não era, a única coisa que eu tinha era o meu canto, eu trabalho com atendimento, com pessoas o dia todo, as pessoas são cruéis… E aí eu ainda tinha que chegar em casa e a casa estar um lixo”, porque assim, ela deixava o bebezinho na creche depois que passou, porque, assim, todo o período de licença maternidade, ela ficou em casa.
Então, assim, poxa, não dava pelo menos para ela lavar as coisas do bebezinho? Sei lá, passar uma vassoura na casa na hora que o bebezinho, sei lá, dormiu meia hora, limpar o fogão, tirar, descer o lixo com as fraldas sujas, sabe? Não é pedir muito. Põe o bebezinho no colo, desce com o saco de lixo, enfim… Não, ela não fazia nada. E aí assim que o bebezinho completou seis meses, Lúcia falou: “Olha, realmente não dá mais, eu não consigo mais, está afetando o meu trabalho, está afetando a minha vida. Eu nunca quis ter filho, eu quis te dar uma força, mas agora você já passou do prazo que você prometeu para mim que você ia sair, né?”. E aí a moça deu um show: “Olha, eu ainda estou passando por questões do puerpério, você não tem coração, você é insensível, você é amarga”, enfim, destruiu Lúcia, falou um monte, pegou o bebezinho e saiu. E, paralelo a tudo isso, a moça tem uma mãe, que é tão folgada quanto a moça…
Às vezes a mãe ia lá visitar e Lúcia tinha falado: “No meu apartamento não pode fumar” e ela chegava e tinha um monte de bituca de cigarro dessa mulher. Lúcia passou muito estresse, teve essa briga, um sábado de manhã, deu uma loucura na Lúcia, a única coisa de móvel que a moça tinha comprado era um cadeirão — que ela nem ia usar ainda, estava em promoção, comprou um cadeirão para o bebê comer, mas o bebê nem sentava — e um berço. “O cadeirão eu consigo dobrar e botar no carro”, Lúcia pegou todas as coisas da moça, menos o berço com o colchão, que ela não conseguia — pegou tudo, gente —, desceu, enfiou tudo no carro, falou: “Andréia, quase não tinha espaço para eu dirigir… Eu fui e levei tudo na casa da mãe dela. Se eu chegar na casa da mãe dela e ela estiver lá, eu sei que vai ser um barraco, mas pelo menos ela já está lá com as coisas”, mas quando ela chegou, só estava a mãe da moça.
A mãe da moça ficou muito assustada e ela falou: “Ó, vim trazer as coisas da sua filha”, “Ah, mas para cá, não, eu não posso. Ai, como? Um bebê…”, porque a casa da mulher lá, ela mora nos fundos da casa da mãe, ou seja, da avó da moça, né? E é só um quarto e cozinha, então elas teriam que dormir as três, o bebê, a moça e a mãe no mesmo quarto e ela falou: “Bom, não é um problema meu”. Então, isso era, sei lá, umas 11 da manhã… Ela deixou tudo na casa da mãe. Foi descarregando o carro e falou: “Olha, eu vou voltar para casa e vou dar um jeito de trazer o berço”. Lúcia tremia porque ela falou: “Eu sei que isso vai ter consequências no trabalho”, mas no trabalho ela já estava desabafando com as meninas e muita gente tinha falado para ela: “Lúcia, mano… Fala para ela que ela não pode entrar mais, troca a fechadura”, enfim, né?
E depois que Lúcia deixou as coisas lá na casa, ela: “Bom, eu não vou proibir ela de entrar na portaria porque eu não quero nenhuma questão, mas eu vou trocar a fechadura” e ela foi num chaveiro, o chaveiro foi com ela na casa da Lúcia e a Lúcia realmente ela trocou a fechadura. Nisso, a mãe já tinha, acho que, mandado mensagem para a moça e tinha, tipo, sei lá, um monte de mensagem da moça no WhatsApp da Lúcia, mas a Lúcia falou: “Eu não vou abrir, só depois que eu terminar tudo”. E enquanto ela falava com o chaveiro, que o chaveiro tava trocando a fechadura, ele falou que ele troca muito a fechadura de mulheres quando o marido separa ou quando o namorado, enfim, pra segurança da mulher… E ele tinha um parça dele que já fazia carreto, porque ele já oferecia [risos] para esses casos, tipo, o casal separou, quer levar umas coisinhas, tem aí meu parça do carreto.
E aí ele ligou para o parça do carreto, ele só conseguia 15 horas… Isso já era quase uma da tarde: “Bom, pode chamar o parça do carreto para levar o berço. Será que ele consegue levar montado?”, aí o chaveiro entrou, viu ali o berço com o colchão, era pouca coisa para levar e falou: “Consegue” e ainda tinha uma banheira no banheiro que ela tinha esquecido para dar banho no bebê, essas de plástico, né? Falou: “E tem a banheira também, dá para ir dentro aí”, enfim. E aí o cara veio, 15 horas, e pegou o berço, e ele falou: “Ó, eu vou chegar lá, é só entregar?”, “é, só entregar, a hora que você chegar lá, você me manda uma mensagem”. E ele chegou lá e a moça estava lá com o bebê e ela estava gritando muito e que ela não queria que descarregasse o berço e ele falou: “Moça, ou eu vou botar onde você quiser que eu bote dentro da casa ou eu vou deixar na calçada. Eu não posso voltar com esse berço”. E aí ela deixou e eles botaram lá dentro da casa, no quarto da mãe, do lado da cama de casal, enfim, o berço cabia no quarto, pelo menos, né? E foi isso que o cara falou: “Tava uma briga lá, mas ela, depois de um tempinho, deixou eu colocar no quarto”.
E só depois disso que a Lúcia foi ver as mensagens, a moça descascando, chorando, mandou mil áudios, gritando… E aí a Lúcia mandou áudios pra ela também, falou: “Olha, você me destratou, você falou um monte pra mim, saiu daqui batendo porta… E você já tinha realmente passado do prazo. Eu te dei um prazo, aliás, seu primeiro prazo eram três meses e depois você tava aqui há um ano, daqui a pouco o bebê tá fazendo aniversário e tá aqui, sabe? Nada contra o bebezuco, mas não é a minha vida, você tem que resolver suas coisas… Você vai ficar com o cara, ou se não vai ficar com o cara, se ele vai pagar pensão, se não vai pagar pensão não é um problema meu”. E aí a moça tinha, por exemplo, isso era, sei lá, lá pelo dia 15 do mês… A moça pagou pelo mês todo e a moça queria ainda dinheiro de volta e ela falou: “Você não tem dinheiro para receber aqui, a gente paga as coisas vencido. Então, a luz que você pagou foi do mês passado. Você ainda está me devendo… Se for botar no papel, você está me devendo coisa”.
E tinha a questão que elas tinham que trabalhar juntas, né? E aí chegou na segunda-feira, a moça tava com uma cara desse tamanho, emburrada, contou para algumas pessoas a versão dela, as pessoas vieram perguntar a versão da Lúcia… — A galera estava pela fofoca, tipo, não tomaram partido, sabe? — E a moça nunca mais falou com ela. Elas trabalham na mesma empresa, antes todo mundo almoçava junto, agora a moça não vai se a Lúcia tiver. A Lúcia sabe, assim, pelas fofocas que o cara teve que pagar pensão e que ela continua morando com a mãe. — Até então, onde a Lúcia sabe, ela continua morando na casa da mãe com o bebezuco. — E ela sente um pouco de culpa, porque ela falou: “poxa, era uma mãe solo com um bebê que realmente eu botei pra fora”, mas ela falou: “Andréia, eu tive que depois contratar uma moça para fazer uma faxina na minha casa, minha casa estava podre. O sofá cama estava todo mijado”, ela não sabe se era mijo do bebezuco, mijo da moça… Ela teve que jogar fora.
E ela falou: “Eu tô tão traumatizada que eu não botei outro sofá cama, não coloquei sofá nenhum. Meu escritório tem só lá meus móveis que são planejados, em uma das paredes, né? E a cadeira, não botei mais nenhum sofá, nada, porque eu fiquei com trauma”, mas teve que jogar o sofá fora porque estava mijado. Acho que às vezes na hora de trocar o bebezuco, pode ter vazado. enfim… Não acho que Lúcia errou, talvez… Não, não errou, né, gente? Porque assim, a gente às vezes fala: “Ah não, não vou chamar, não vai dar”, mas a hora que você vê a pessoa desamparada, você fala: “ai meu Deus, vou aguentar só mais um pouco”, sabe? E nisso a moça foi se crescendo… Mil mamadeiras, mil fraldas sujas, mil coisas. E o bebezuco lindo, mas não era o bebezuco da Lúcia. Então, Lúcia agiu mal? Ela gostaria de saber. Hoje ela disse que a vida dela é uma paz. [risos] O que vocês acha?
[trilha]Assinante 1: Oi, nãoinviabilizers, aqui é a Fernanda, eu falo de Rondônia. Lúcia, do céu, que B.O. que você se meteu… [risos] E não tinha nada a ver com a história… Eu imagino, assim, que tenha sido muito frustrante para você, afinal, era sua amiga de 10 anos, né? Então, a gente está falando aqui de muito tempo. Não é como se tivesse conhecido alguém há 4 meses, né? Fica tranquila que a sua parte você fez, você foi mais que amiga, que não é todo amigo que cede a própria casa, o próprio apartamento, para abrigar a gente. Eu sinto muito pela amizade ter terminado dessa forma, mas, infelizmente, é consequência das escolhas dela. Você foi certa de impor limites, você tentou conversar, você pediu, reforçou o prazo e ela foi empurrando com a barriga empurrando… Não sei se ela pensava que ia morar com você pra sempre, mas assim, fique em paz que a sua parte você fez, tá bom? Beijo.
Assinante 2: Oi, gente, aqui quem tá falando é Letícia, eu sou de São Paulo e eu queria falar para Lúcia não se sentir culpada por ter oferecido uma ajuda ali para uma pessoa que precisava de um apoio temporário. É que essa amiga dela aí também, vou te contar, né? Fica esse aprendizado para a gente também. A gente não tem que envolver as outras pessoas nos nossos problemas. Tem coisas que a gente resolve dentro de casa, não importa se a gente não se dá muito bem com a nossa mãe, se é, sei lá, a pessoa não tem ali o melhor cenário para te oferecer como no caso da amiga da Lúcia em que a mãe tinha uma casa pequena. A Lúcia também tinha, sabe? Então, sim, a gente precisa ser responsável por cuidar das nossas coisas. Essas pessoas aí, elas nunca vêm com um problema só, é sempre um problema maior com outros problemas menores que vão escalando até ficar uma situação insustentável. Lúcia, ainda bem que você tomou uma atitude, porque nem todo mundo é capaz de fazer isso. Um beijo e seja feliz.
[trilha]Déia Freitas: O inverno está bem gelado, mas você pode deixar o seu pet quentinho e protegido com o plano de saúde Petlove. Com o plano de saúde Petlove, você tem benefícios exclusivos para cuidar do seu bichinho com muito mais facilidade e economia. Contrate agora um dos planos de saúde Petlove e, usando o nosso cupom “PONEI50”, — “pônei” em maiúsculo, sem acento, tudo junto, 50 em numeral —, você ganha 50 de desconto na primeira mensalidade, exceto no plano leve. — Termos e condições devem ser consultados, então leia tudo e faça o seu plano de saúde da Petlove. — Nosso cupom é válido por tempo limitado. — Plano de saúde Petlove: se tem pet, tem que ter. — Petlove, te amo… — Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]