título: alerta
data de publicação: 21/08/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #alerta
personagens: ilana, josefa e dr. carlos
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é o Magalu. Há anos, o Magalu assumiu uma posição muito firme: Em briga de marido e mulher, a gente mete a colher, sim. E esse não foi um posicionamento pontual de campanha, nada, é um compromisso sério e permanente do Magalu. Em 2018, o Magalu vendeu colheres a R$ 1,80 pra conscientizar sobre o Ligue 180. — Então, você fixava ali aquele R$ 1,80, aquele 180. E o que é o Ligue 180? Se você ligar agora, você cai na central de atendimento à mulher pra denúncias e orientações e esses 180 pode ser acionado também pelo seu WhatsApp.
O Magalu até hoje mantém o botão de ajuda permanente no aplicativo da marca. — E, gente, presta atenção: nesses dados, assim, são alarmantes. — Setenta e cinco por cento das brasileiras conhecem pouco ou nada dos seus direitos em caso de violência doméstica. E o Magalu quer que essas mulheres saibam que elas não estão sozinhas. No aplicativo Magalu, você encontra duas ferramentas: Primeiro, o botão dentro do aplicativo, que traz caminhos oficiais de ajuda, como o Ligue 180 e a Rede Justiceiras, uma rede de orientação jurídica e psicológica gratuita para vítimas de violência de gênero. E, segundo o Violentômetro, que te ajuda a identificar os diversos sinais dos cinco tipos de violência previstos em lei: a violência psicológica, a violência moral, a violência patrimonial, a violência sexual e a violência física.
E esse posicionamento do Magalu não é só por fora, o compromisso começa com o cuidado interno. Em 2017, o Magalu criou o “Canal da Mulher”, para dar suporte às colaboradoras que são vítimas de violência doméstica e familiar, permitindo que qualquer pessoa relate situações de risco de forma anônima ou identificada. Assim, o Magalu pode acompanhar a situação até o seu desfecho na justiça e oferece ajuda concreta, como auxílio para mudança de residência, a possibilidade de transferência para outra unidade de trabalho — gente, isso é muito importante — pra afastar aí a vítima do agressor, né? E oferece também suporte alimentar. O combate à violência contra a mulher é uma luta de todos nós. O Magalu tem até uma hashtag: #EuMetoaColherSim. — Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio e o passo a passo para você encontrar aí o Violentômetro e identificar algum sinal aí de violência. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Ilana. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]A Ilana trabalha numa empresa de porte médio, assim, de administração familiar. — Então, ali trabalham os donos, que são dois irmãos, as esposas deles, enfim, tem uma galera ali da família. — Ilana trabalha no RH, então ela sabe praticamente tudo o que está acontecendo ali dentro daquela empresa. O chefe que ela se dá melhor lá — a gente vai chamar ele aqui de “Dr. Carlos” —, Dr. Carlos é um advogado e também dono dessa empresa e ele tem muita proximidade com a Ilana, e a Ilana sempre gostou de trabalhar lá e sempre que tem uma vaga ou outra, ela avisa amigos e parentes… Lá não tem nenhuma política contra isso. E numa das vagas, ela avisou a galera ali, Ilana tem muitos amigos… — Sabe aqueles amigos que você faz na escola, na infância, e eles vão para sempre? Todo mundo mora no mesmo bairro? — Ela avisou ali num grupo de amigos e, entre os amigos, um dos amigos falou: “Poxa, essa vaga tem tudo a ver comigo. Será que eu posso participar do processo seletivo?” e Ilana falou: “Olha, eu não tenho como te dar vantagem nenhuma, não sou eu que comando o processo seletivo, mas sim, você pode participar”.
O cara participou do processo seletivo, passou e começou a trabalhar na mesma empresa que a Ilana, em horário diferente, setor diferente… Então, assim, ela continuava vendo o cara onde? Nos churrascos que a turma de amigos fazia, ou às vezes ali na entrada ou na saída, mas assim, muito pouco… Ilana ficou muito feliz de ele estar ali trabalhando. Esse cara já estava casado e a esposa dele era uma moça muito tímida, meio calada, que a gente vai chamar aqui de “Maura”. Maura ia nos churrascos — às vezes ia, às vezes não ia —, ela ficava mais na dela, mas sempre levava umas comidas gostosas. Todo mundo gostava da Maura. A vida foi correndo, até que um dia a Ilana chega para trabalhar e uma moça de um outro setor — que a gente vai chamar aqui de “Josefa” — fala: ” Olha, eu gostaria de falar com você, Ilana. Será que você tem um tempo para me atender lá no RH mesmo?”, aí a Ilana falou: ” Olha, eu estou chegando, deixa eu me ajeitar, tem umas coisas que eu tenho que fazer agora cedo, eu já te chamo… É urgente?” e ela falou: “Pode esperar”.
Quando deu ali umas 10 da manhã, ela mandou chamar Josefa, Josefa foi e ali naquela empresa você não podia ficar com o celular para trabalhar, a Josefa falou: “Eu preciso pegar o celular no vestiário porque o que eu tenho que falar com você envolve o celular”. A Ilana falou: “Tudo bem, vai lá, eu autorizo. Você vai lá, pega o seu celular e volta aqui”. Nisso, a chefe de setor da Josefa já estava lá na porta da Ilana, batendo, querendo saber o que a Josefa queria e a Ilana falou: “Olha, eu não sei, ela não falou… Você que é chefe dela, ela não falou para você? Ela pediu para falar comigo, às vezes, algo particular do convênio, alguma coisa dela, enfim, se for alguma coisa que seja da sua competência, eu te informo”. — Então, Ilana já deu um chega para lá na chefe porque a chefe parecia que não queria que ela falasse alguma coisa. — Josefa foi até o vestiário, pegou o celular e foi ali para a sala da Ilana.
Chegando na sala da Ilana, sem falar uma palavra, destravou o celular ali e pegou um vídeo… — E aí, agora, aqui, gente, eu tenho que dar um alerta de gatilho sobre violência doméstica. — Neste vídeo, você via ali um homem batendo, dando socos — enfim, eu não vou ser muito gráfica aqui —, mas espancando uma mulher no estacionamento de um restaurante. E o estacionamento do restaurante tinha câmeras e aquele vídeo tinha se espalhado na internet, mas ninguém sabia quem era aquele homem, só que Josefa sabia…. Aquele homem do vídeo era o amigo da Ilana, que estava trabalhando ali na firma. — E é exatamente assim que a maioria dos homens agem, tá? Na rua, eles são os amores, umas flores, e dentro de casa, eles são os monstros. Esses homens que batem em mulheres. — A Ilana jamais imaginou que a Maura sofresse aquele tipo de violência, jamais, assim… Nenhum minuto ela pensou que o amigo dela fosse capaz de tamanha atrocidade.
Chegava umas horas no vídeo que ela caía no chão e ele dava bicuda nela, até que alguém apareceu no estacionamento para poder salvar a Maura ali daquela. violência. A Ilana não sabia se Maura tinha feito um boletim de ocorrência… O que ela estava sabendo era que ali, Josefa, uma funcionária da tinha trazido o vídeo para ela. — E por que que Josefa foi direto nela e não esperou a chefe fazer alguma coisa? — Josefa mostrou para a chefe dela, e a chefe falou: “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher, não se meta nisso”. Josefa ficou muito revoltada e resolveu ir direto no RH. Ilana não tinha tanta intimidade com Maura para pegar um telefone e ligar para ela, então Ilana ligou para uma outra amiga, que tinha mais proximidade com a Maura — que a gente pode chamar aqui de “Paula” — e contou a história. Josefa já tinha mandado o vídeo para Ilana, mas a Ilana não quis compartilhar o vídeo com ninguém. E aí ela: “Por favor, entre em contato com a Maura, veja se ela está bem”.
Paula foi lá pegar informações e descobriu que realmente ele tinha batido muito na Maura. Não era a primeira vez… E, dessa vez, ela tinha saído de casa, tinha voltado para a casa dos pais com o filhinho, eles tinham um filhinho pequeno, só que ela não tinha coragem de fazer boletim de ocorrência. Quando Paula ficou sabendo dos pormenores e contou para a Ilana, no final da conversa, ela falou: ” Ilana, você vai mandar esse cara embora, né?”. A Ilana estava com esse monte de informação, mas não tinha caído a ficha dela que o cara estava lá, que ele trabalhava lá, e ele era um excelente funcionário, amigão, bonzão, queridão de todos, menos de Josefa, né? — Porque Josefa tinha visto o vídeo. — Ilana: “Eu sou do RH, mas eu não tenho como decidir isso, ele tem um chefe e tem os donos da empresa aqui, né?”. — Essa história correu, gente… Todo mundo ficou sabendo. Isso era o quê? Já uma hora da tarde. Tudo isso no mesmo dia. —
Uma parte dos amigos achava que a Ilana tinha que deixar pra lá, e outra parte —principalmente as mulheres — achava que ela tinha que demitir ele, que ela tinha que dar um jeito e tirar ele da empresa. Ilana não falou com Maura, porque ela não tinha essa intimidade com o Maura, mas no vídeo era nítido que era ele e era nítido que era a Maura. Um dos amigos ali da Ilana falou assim pra ela: “Olha, você não vai poder demitir ele porque ele não estava com o uniforme da empresa, nada, né? Porque senão você poderia demitir ele por justa causa, mas você não pode demitir ele”. Ilana pensou: “Não, eu vou conversar com os donos da empresa aqui e a gente vê o que faz, não sou eu que demito”. E aí ela pediu uma reunião com o Doutor Carlos e, essa reunião com o Doutor Carlos, ela mostrou o vídeo… Doutor Carlos ficou estarrecido e chamou o chefe do cara lá pra mostrar o vídeo.
O cara viu também e ficou sem acreditar, ainda duvidou: “Será que é ele mesmo?” e Ilana disse que tinha apurado e que realmente era ele. O Doutor Carlos disse que sim, ele seria demitido, porque o que ele fez ali, mesmo estando fora da empresa, fere a política da empresa. Ele não mandaria por justa causa, mas ele ia desligar o funcionário, dali que ele estava coberto pela lei. — É importante a gente saber isso… — Se você fizer aí, não só violência doméstica, mas sei lá, qualquer tipo de cagada e isso espirrar na empresa, a empresa pode te demitir, segundo aí o Doutor Carlos. Nesse caso, era uma mega violência, mas até então quem poderia fazer o boletim de ocorrência ali era a Maura, e ela já tinha falado que ela não ia fazer. — O doutor Carlos avisou o chefe do cara e falou: “Demite” e o chefe do cara queria botar pano quente e falar: “Não, gente… Quem sabe… O que será que aconteceu?”, o Doutor Carlos falou: “Não importa o que aconteceu, ele não poderia ter agido dessa forma, não importa o que tenha acontecido”, ainda deu uma bronca no cara.
E aí, o cara foi lá e demitiu o agressor, que era o amigo da Ilana. E quem faz a rescisão? As coisas todas? A Ilana. Nesse ponto, a Josefa já tinha espalhado o vídeo pela firma, então todo mundo já sabia. Quando ele foi chamado para ser demitido, ele perguntou se era por causa do vídeo e chefe dele disse que não, falou: “Olha, você não faz mais parte da empresa, a gente não precisa mais dos seus serviços e é essa a informação”. De alguma forma, esse cara ficou sabendo que foi a Ilana que passou o vídeo para o dono da empresa e eele saiu de lá e começou a ameaçar a Ilana, a ponto dela ter que ir na delegacia fazer um boletim de ocorrência contra o cara. Na empresa, tanto a chefe da Josefa quanto o cara que era chefe do agressor, eles tinham um discurso: “A gente não sabe o que ela fez para merecer aquilo”. O chefe falava muito que achava que era injusto, que o cara perdeu a cabeça porque alguma a mulher aprontou… E isso chegou no Doutor Carlos e o Doutor Carlos demitiu também a chefe da Josefa e o cara que era chefe do cara.
Contratou lá uma pessoa para dar uma série de palestras, sobre violência doméstica, sobre um monte de coisa e, paralelo a isso, a Ilana tinha que ficar fugindo desse cara, porque ele ameaçava ela, real. O grupo de amigos tinha se dividido, uma parte ficou a favor do cara, que ele tinha que ser perdoado, que isso, que aquilo, mesmo a Ilana falando: “Olha, ele está me ameaçando” e a outra parte da turma ficou do lado da Ilana. Um dia, Ilana acordou, tomou seu café da manhã, pegou as chaves do carro, a bolsa, e o carro dela ficava na rua… Ilana saía para trabalhar um pouquinho antes das seis da manhã, estava meio escuro, ela ia rápido e dava a partida… Conforme a Ilana entrou no carro e deu a partida, um vulto saiu do banco de trás do carro dela. — O cara estava escondido no banco de trás… — E o que ele queria? Vingança, porque ele achava que ele tinha perdido um emprego, que era um emprego muito bom e que ele tinha chance de crescimento, por culpa dela. Este homem estava com uma faca.
Ela viu um brilho na mão dele, não dava para ver se era uma faca ou um canivete… Ela viu o brilho da lâmina. Conforme ele deu, ela mesma bateu a cabeça no volante e ele acabou acertando no banco do carro. Nessa hora, ela conseguiu destravar a porta e o carro já estava descendo… Ela tinha soltado o freio de mão ali e ela conseguiu abrir a porta e pular do carro. E essa foi a sorte da Ilana, porque assim, como ele estava no banco de trás, ele ia demorar uns segundos a mais para poder sair do carro. E o carro descendo, bateu na traseira de um outro carro… O que a gente não imaginava é que dentro daquele outro carro tinham quatro homens dentro e esses homens estavam esperando dar o horário para fazer uma manutenção de esgoto… — Era um carro tipo terceirizado, que a prefeitura contrata e tal. —
Quando esse carro bateu atrás, Ilana passou correndo por eles e ela não tinha percebido, mas a faca tinha cortado a lateral do rosto dela e estava sangrando… E ela passou gritando. E, nessa hora que o carro bateu, ele conseguiu sair do carro com a faca… — O cara estava cego. — E aí, os caras desceram do carro, e alguém, que Ilana não sabe quem, gritou: “Tarado”. Os caras conseguiram tirar a faca dele e bateram muito nele, até a hora que chegou a polícia. E, nisso, Ilana já tinha conseguido entrar de volta na casa dela, com o rosto sangrando… Esses caras bateram muito nele ali, a polícia chegou, a mãe dela já estava ligando para 190, mas ela não conseguia falar direito o que tinha acontecido. — Ela estava muito apavorada… — A polícia bateu lá na casa dela, levaram ela primeiro para fazer o curativo, depois para prestar depoimento e, o que a gente não sabia, é que ele já tinha ido na casa dele tentar pegar a Maura…
O que ele ia fazer com ela? A gente já sabe, né? A sorte é que ela não estava lá, mas a vizinha viu ele com faca, com tudo, entrando lá, invadindo a casa. — Então, veja, a Maura não tinha feito B.O., não tinha nada contra o cara na delegacia. Nada… — Como ele tinha machucado realmente a Ilana, ele ficou preso, passou por audiência de custódia e não foi liberado. E aí, num centro provisório, ele tirou a própria vida… — Poxa, que pena… — E aí ela recebeu um telefonema e eles avisaram que o cara estava morto. Então, que dali pra frente tem mais uns trâmites e o processo é arquivado. — Veja bem, a gente está falando aqui de um cara que era amigo da Ilana desde a infância… Um cara que frequentava a casa dela. Então, assim. não é um desconhecido. — E o cara foi capaz de fazer o que ele fez. E, assim, a Ilana falou: “Se eu não tivesse batido a minha cabeça no volante, a faca não ia pegar só de raspão, ela ia entrar no meu pescoço”, ela ia estar morta… É uma história pesada? É uma história pesada, mas eu achei importante trazer porque, assim, primeiro que um agressor, um cara que bate em mulher, geralmente ele tem esse perfil de bacanudo, em casa que ele é violento, tudo escondido.
E também pra gente ver que, às vezes, um amigo nosso, uma pessoa que você jamais imaginou, pode fazer o que esse cara fez. Se o cara já tem um histórico de violência, sei lá, não sabemos. A Ilana ficou muito traumatizada, precisou começar terapia. O Dr. Carlos, o chefe dela, deu um afastamento pra ela. — Gente, ela ficou sem dormir um bom tempo, chocada com tudo. Não só do cara ser violento com a esposa, mas o cara ia matar ela, gente. O cara ia matar ela. — Depois de um tempo, ela foi na delegacia que ela tinha dado depoimento pra saber se ela tinha que fazer mais alguma coisa, né? — Porque, assim, ela nunca tinha passado por isso. — E aí, o cara que atendeu ela lá pegou lá os dados e falou: “O cara tá morto, felicidade pra você… Porque se ele não tivesse morto, o que ele fez em você foi uma lesão corporal, ameaça, tal, ele ia ficar um tempo na cadeia e ele ia ser solto. Então, pra você foi bom que ele se matou, tá ótimo pra você”, desse jeito, assim, bem direto, sabe?
“Os caras eles entram, depois eles saem e eles fazem de novo. Então, agressor de mulher é isso”. Sorte, né? Que esse cara não tá mais entre nós, mas corria muito risco dela continuar com medo, né? O que vocês acham?
[trilha]Assinante 1: Olá, meu nome é Tatiane, eu sou juíza de uma vara de violência doméstica e familiar contra a mulher em São Paulo. Uma coisa muito importante é que o agressor, ele nunca agride uma mulher isoladamente, ele pratica agressões reiteradas. É muito importante registrar o boletim de ocorrência, porque registrando o boletim de ocorrência, se ele pratica uma nova agressão, ele vai ter antecedentes ou ele será reincidente caso ele já tenha sido condenado. E isso faz com que aumente a pena dele e, inclusive, ele possa ter um regime de pena mais grave, como um regime fechado ou mesmo um regime semiaberto. As penas aumentaram consideravelmente, mas, via de regra, se ele for primário, se ele tiver bons antecedentes, se ele não for reincidente, ele não será preso por esse crime, ele não responderá o processo preso, em regra, salvo se for muito grave. Mas, via de regra, ele responde o processo solto. Então, é muito importante o registro.
Assinante 2: Aqui quem fala é Carolina, de Vassouras, no interior do estado do Rio de Janeiro. Esse tipo de situação em que alguém, algum empregado comete um ato fora da empresa, mas que tem algum tipo de repercussão social e é um ato que pode manchar a imagem da empresa, cabe dispensa até por justa causa nesses casos, mas muitos empregadores preferem dispensar sem justa causa para evitar a discussão a respeito dos fatos, enfim, que foi o que aconteceu na história. E o mais importante: em crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, a ação penal ela é pública e incondicionada, isso significa que qualquer pessoa pode registrar o boletim de ocorrência, não precisa ser a própria vítima. Então, deveria ter sido registrado o boletim de ocorrência independentemente da Maura ter ido lá na delegacia ou não, porque seria uma proteção para todas as pessoas envolvidas. Mas, enfim, o alerta é mais para quem ouvir, né? Se souber de algum caso de violência doméstica, que a vítima está acuada ou qualquer coisa assim, qualquer pessoa pode registrar esse boletim de ocorrência.
[trilha]Déia Freitas: O combate à violência contra a mulher é uma responsabilidade coletiva, não só da mulher que sofre, mas de quem vê, de quem sabe e de quem pode ajudar. Você sabe identificar os sinais da violência? Eles nem sempre deixam marcas visíveis. No Agosto Lilás, o Magalu te convida a conhecer o Violentômetro para você saber como identificar os tipos de violência, porque essa luta é de todos nós. — Gente, isso é um tema muito sério e que a gente tem falar… Comentem nas suas redes, usem a hashtag #EuMetoAColherSim e marquem aí o Magalu e o podcast. — Se você está em uma situação de violência, ligue ou fale pelo WhatsApp no 180 para receber aí todas as orientações e direcionamento. E também para 190, da Polícia Militar. E se você está numa situação de emergência ou se você presenciar aí um ato de violência, ligue diretamente para 190 também. — Valeu, Magalu, eu agradeço muito pelo convite de participar dessa campanha, é um ponto muito importante aqui no podcast e que agora a gente está começando a trazer também histórias de violência contra a mulher, é um tema que a gente passou a abordar agora. Então, estamos juntos aí nessa luta. — Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]Eu gostei muito da postura da empresa: demitiu o cara, demitiu os dois chefes que estavam minimizando a coisa e espalhando o boato de que a mulher que era errada, né? E ainda levou palestras dentro da empresa sobre violência doméstica, o tema e tal. Ilana continua na mesma empresa, trabalhando no RH. Agora, hoje, ela é chefe do RH. Um beijo e eu volto em breve.