título: motoboys
data de publicação: 01/09/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #motoboys
personagens: melinda, kelly e motoboys
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]
Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é a Imagem Filmes. Nada mais é a cara do brasileiro do que uma boa feira de rua… — Eu amo… — Um pastel fritinho na hora, um caldo de cana geladinho, de preferência com limão… Ainda mais se isso tudo vier acompanhado aí de um bom Disse-me Disse. E hoje eu trago pra vocês a história do bode, um feirante meio falastrão aí, [risos] que ganha uma grande quantia de dinheiro no jogo do bicho e, antes mesmo de poder aproveitar a bolada, o bode é misteriosamente assassinado. Nesse momento, entra em cena Monarca, interpretado pelo ótimo Leandro Rassum, Monarca, ele é um detetive nada convencional, que mistura faro investigativo com dons paranormais.
E ele começa a investigar esse caso aí do assassinato do feirante Bode, com a ajuda do espírito tagarela da própria vítima, o Bode. — Sim, ele volta, é meio que uma Luz Acesa. — [risos] Monarca vai atrás de informações e encontra uma investigação cheia de barracos, fofocas e revelações aí no meio da feira mais agitada do Brasil. Podia ser fácil, né? Porque se o Bode voltou, é só ele falar quem assassinou esse feirante tagarela. [risos] Mas não, o Bode está com uma amnésia alcoólica, então ele não lembra quem matou ele. Com uma estética vibrante e uma linguagem tipicamente brasileira, o Rei da Feira mistura comédia e suspense de um jeito muito diferente. O filme Rei da Feira chega aos cinemas nesta quinta—feira, dia 4 de setembro. Bora prestigiar aí o cinema nacional? Bora todo mundo? Saiba mais do filme no Instagram: @OReiDaFeiraFilme, no TikTok: @Imagensfilmes e assista ao trailer no link que vou deixar certinho aqui na descrição do episódio. — Vamos descobrir quem matou o bode… —
Este episódio tem algumas passagens de violência contra a mulher… — Então, ouçam com cuidado ou não ouçam. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Melinda. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]
Melinda se formou aí em Odontologia e começou a trabalhar em uma rede de clínicas odontológicas. Só que o serviço era muito puxado e ela ganhava muito pouco, então ela começou a procurar algumas clínicas menores parceiras, onde alguns dentistas eles locam a sala já com tudo para você só atender. Ela achou um desses consultórios menores e foi trabalhar nessa clínica. O dono era um dentista… O tempo foi passando, um se interessou pelo outro e começou um romance ali entre Melinda e este dentista, que era o dono do consultório. Tanto ela quanto o dentista que ela se envolveu ali trabalhavam demais, trabalhavam muito, e o tempo que sobrava, eles ficavam juntos. Melinda, tendo a casa dela, morando com a irmã e ele, tendo a casa dele, mais estabelecida, casa própria e tudo… O tempo foi passando, esse namoro evoluiu para um noivado, até que este homem pediu a Melinda em casamento. Foi uma coisa que ela já esperava, porque ele sempre falou muito em casar, sempre falou muito em casar com a Melinda…
Marcaram uma data, a irmã da Melinda foi quem ajudou em todos os preparativos. — Que a gente pode chamar aqui de “Kelly”. — Só que a Kelly falava para a Melinda: “Melinda, eu não sei dizer, esse cara parece que tem alguma coisa nele que não se encaixa”, ele era perfeito, um cara bonzinho demais, eu acho que é a palavra… Não sei, também elas não souberam me explicar bem. Kelly sempre achou que tinha alguma coisa errada com ele, ele era perfeito demais. Chegou a data do casamento — pais de Kelly e Melinda já falecidos, então é só uma pela outra —, elas iam agora morar em bairros diferentes. Só que Kelly: “Quando a minha irmã sair, eu vou pegar o quarto da minha irmã e vou alugar para alguém” e Kelly, assim que começou o movimento do casamento, sem contar para ninguém — Kelly de uma outra área da saúde — foi se organizando para pegar outros plantões, para que ela pudesse sozinha pagar aquele aluguel, porque ela tinha certeza que Melinda ia voltar a morar com ela. — Muito em breve. —
E ela, lógico, que não falou isso para Melinda, porque como que você vai ficar agorando o casamento da sua irmã? O casamento aconteceu, foram muitos amigos ali de Melinda e Kelly. Rolou a cerimônia, foi tudo lindo e aí eles iam tirar uma semana de consultório totalmente fechado para poder fazer uma lua de mel. Melinda tinha feito questão dessa lua de mel, inclusive ela que comprou os pacotes com o dinheiro dela para que eles viajassem e tal, e o cara aceitou. Acontece que no dia do casamento, pós—festa — à noite — eles viajariam… E o cara — como não foi ele quem pagou os pacotes — começou a inventar coisas de: “Ai, será? A gente vai ficar uma semana fora do consultório, a gente vai perder muito dinheiro”, só que acontece que já não tinha paciente agendado, né? Essa agenda foi fechada uma semana muito antes, né? Rolou um planejamento. Ele reclamou, reclamou… Arrumaram a mala e foram para o aeroporto, cada um com a sua mala de mão ali, né? Pra ficar uma semana, mochila.
Nesse aeroporto ali, você teria que subir uma escada rolante se você quisesse ir para a sala VIP… Ele pegou as duas malas de mão para ela subir, Melinda subir com a própria mochila, ele com a mochila dele nas costas… Pegou as duas malas de mão e, em vez de colocar no degrau da escada rolante, ele quis subir a escada rolante como uma escada normal. — Sabe assim? Pra não ficar segurando tanto tempo a mala. — A Melinda não se tocou disso, ela subiu na frente dele na escada rolante, ele atrás dela com as duas malas e em vez de ele falar: “Melinda, sobe, né? Vai andando que eu estou carregando as malas aqui, está mais pesado”, com o próprio corpo — segurando as duas malas — deu um encontrão na Melinda e ela caiu na escada rolante… Mas foi um encontrão muito violento, assim, e aí ela ficou assustada e a mão dela meio que prendeu ali do lado da escada rolante, um pedacinho da pele assim, beliscou… Não saiu sangue, nada, mas doeu. E ela saiu assim da escada, assustada, falou: “O que foi isso?” e ele falou: “Poxa, você não está vendo que eu quero subir a escada? Eu queria subir a escada com as malas e você estava na frente me atrapalhando”.
Entraram na sala VIP, deu 20 minutos e tinham dois caras da polícia ali pedindo o passaporte deles, as coisas… Uma pessoa que está viajando com um homem que dá um encontrão desse e te derruba na escada rolante de um jeito violento, podia ser tráfico humano. Eles separaram os dois, levaram ela ali para fora da sala VIP para perguntar se ela estava indo espontaneamente, o que era… Quando ela mostrou que eles eram casados, né? Certidão, essas coisas, o policial ainda olhou para ela e falou: “Você tem certeza? Ele te derrubou na escada ali” e ela falou: “Não, não, foi só um mal—entendido”. — Então, ou seja, se a polícia vendo em uma câmera, que eu nem sabia que eles ficavam olhando as câmeras do aeroporto? Achei que fosse, sei lá, um segurança, né? Não a polícia federal, mas achei bacana porque se fosse realmente tráfico humano ali, era uma chance deles conseguirem que ela não embarcasse, né? —
“Você quer mesmo? Você vai viajar com esse homem?”, “Vou viajar com esse homem, é meu marido” e foram viajar… Chegaram lá onde eles foram passear e este homem o tempo todo mal-humorado, de um jeito que ele nunca tinha ficado. — E aí eu acho que aqui também é um pouco de culpa da correria dos dois, porque eles nunca tiveram tempo pra conviver tanto. Era, sei lá, estavam passando um dia inteiro, chegando num outro país, sei lá, ele demonstrou um mau humor ali excessivo que, poxa, ninguém merece, né? — Eles chegaram e, no dia seguinte, a Melinda queria ir pra praia logo cedo, ele não queria e, ali no quarto mesmo, ele deu um empurrão. — Agora, realmente, com as duas mãos, assim, derrubou… — Foi pra cima dela, assim, apontando o dedo, falando que ele não queria ir, que era pra ela ficar quieta ali no quarto, até ele realmente querer ir pra praia. — Então, assim, não é que ela podia ir sozinha.
E eu acho que aqui é que assim, né? Depois que eu postei uma história aqui de casamento que a moça não tava querendo terminar antes de um ano, eu recebi muitas histórias de casamento que terminaram antes de um ano e eu acho que é isso, gente… Você casou, viu que a pessoa mudou, que aquilo tá sendo nocivo pra você, não importa o que as pessoas vão dizer, termina, acaba… Melinda ali ficou assustada, sem entender… Ficou ali no quarto, meio que deu uma chorada assim, mas depois animou e eles foram pra praia. E aí o restante dos dias ali passaram bem, assim, na medida do possível, porque ele ficava reclamando que, enquanto ele tava ali, ele tava perdendo dinheiro com a clínica. Voltaram para o atendimento, agora Melinda não sublocava mais a sala, ele não cobrava o aluguel dela mais, né? Ela tinha a própria sala dela no consultório do marido, né? Porque aquele consultório foi de antes dela casar com ele.
A partir do momento que agora eles estavam casados, este homem, na frente dos pacientes, das recepcionistas, gritava com a Melinda o tempo todo. A ponto de ter paciente que desistiu do tratamento com ele, porque não queria estar mais lá. A ponto de ter uma vez, na recepção, um paciente PM que invadiu a sala pra saber o que estava acontecendo e era ele gritando com a Melinda. — Nesse nível, tá? As coisas. — Aí eu fico pensando aqui: o cara é o próprio sinal, a própria bandeira vermelha, mas assim, a polícia te parou no dia da sua lua de mel, no aeroporto, perguntando se você tinha certeza que você ia viajar com este homem. Um policial militar, do nada, com dor de dente de canal, que ele já devia estar puto, invadiu a sala e perguntou pra você a mesma coisa: “Você quer continuar aqui? Você quer que eu chame uma viatura? O que que é?”, então assim, uma hora a polícia vai lá pra ver o seu corpo. É isso.
Porque as coisas evoluem: homem que é abusivo, que bate em mulher, que grita com mulher, isso não retrocede, isso só aumenta… Até a hora que ele vai te matar. É isso, esse é o papo reto. Até a Josefina da limpeza falou pra ela: “Filha, você é bonita, por que você fica aqui? Um monte de consultório por aí, larga desse homem… Ah, casou ontem? Tem problema não, filha, pega seus paninhos de bunda e vai embora”, Dona Josefina da limpeza… “Eu sou pobre, mas se um homem vier gritar comigo, eu rasgo ele daqui a aqui” e pôs tipo o dedo ali, assim, na altura da virilha e foi subindo até o queixo. [risos] — Amei, Dona Josefina, um beijo. — “Vou presa, mas eu rasgo ele daqui… Se ele encostar em mim”. Agora ele já segurava a Melinda pelos pulsos, de ficar marca… De uma recepcionista que trabalhava lá, ficar com síndrome do pânico e ter que pedir demissão, ir embora porque ela não aguentava a voz do homem.
E ele nunca fez isso com nenhum funcionário… Quando ele começava a gritar com a Melinda, ela começava a tremer na recepção. — Pra vocês terem uma ideia… — De apertar os pulsos, ele passou a apertar o pescoço da Melinda. E um dia, Kelly descobriu que ela estava sendo agredida porque ela estava com muitas marcas roxas, tanto nos pulsos, como no pescoço. E a Kelly foi visitar ela porque a irmã sumiu, né? E a Kelly falou: “Escuta, você casou e só fala comigo por WhatsApp? Vamos almoçar, vamos tomar um café, alguma coisa” e aí a Kelly ficou louca falou: “Olha, se você não fizer o boletim de ocorrência, eu vou fazer”, mas eu nem sei se pode um terceiro fazer… Acredito que sim, né? Nessa época, ela gostava ainda muito dele, mas ela já estava vendo que ela ia ter que largar ele.
A Melinda já estava pensativa, até que um dia a Melinda estava no carro com este homem e, assim, era qualquer coisa, gente… Se ela falasse: ” Ah, sua camisa azul não ficou boa em você”, pronto, já era motivo… Então, ela já não falava nada, mas ele arrumava motivo mesmo assim, tanto que a Melinda nem lembra qual foi o motivo. Estavam numa avenida, — o carro em movimento — e ela falou alguma coisa e ele fez um movimento com o braço que acertou o nariz… Sabe quando você está dirigindo e, com o seu braço direito, você dá um soco rápido assim no banco na pessoa que está do lado? E ele deu bem na cara da Melinda, bem no nariz dela. E o nariz dela começou a sangrar no trânsito… Quando eles pararam no farol, ele pegou ela pelo pescoço e deu uns gritos e abriu o farol, ficou verde… Isso estava acontecendo dentro do carro. O que este homem não sabia é que do lado de fora, olhando aquele primeiro soco que ele deu na Melinda, tinha o quê? Uma classe trabalhadora que é muito organizada e muito unida: um motoboy.
Um dia, eu fui fazer o resgate de um cachorro na Anchieta, Rodovia Anchieta, quem é aqui de São Paulo conhece a Anchieta, que vai pra praia… Então, se você vai pra praia, você vai pela Imigrantes ou pela Anchieta e eu precisava resgatar este cachorro. E estava eu, mais uma amiga, tentando pegar esse cachorro no meio ali da Anchieta. Do nada, gente, veio um motoboy, perguntou e foi tentando cercar o cachorro com a moto. Daqui a pouco, tinha dois, daqui a pouco tinha três… Quando eu vi os motoboys, te juro, eles pararam do lado que a gente estava da Anchieta, com as motos. E aí, um deles de moto cercou o cachorro com a moto e pegou o cachorro com uma das mãos e veio pilotando a moto com o cachorro, um cachorro grande no braço. Entregou pra gente, a gente entrou no carro e, dali um segundo, as motos já liberaram o trânsito. As motos, eles se organizaram, pararam o trânsito, pegaram o cachorro entregaram pra gente, e cada um saiu pra sua vida. Motoboys… Todos ali, não tinha moto da polícia, nada. Motoboys. Então, essa é a Minha experiência com motoboys, eu amo.
Esse motoboy viu e já avisou outros motoboys. Como acontece isso, gente? Porque é questão de um minuto… Foi acompanhando no semáforo. Eles não conseguiram parar ele acho que no primeiro semáforo, o cara também não estava prestando atenção. No segundo semáforo, este carro foi rodeado de motoboys que arrancaram o cara do carro e começaram a dar capacetadas no cara. Melinda estava dentro do carro, sem ar e com nariz jorrando sangue. — Porque nariz é uma coisa que, se você bate, quebra sai muito sangue, né? — Algumas pessoas que desceram para tentar ajudar aquele cara sem saber o que estava acontecendo, viram a Melinda ensanguentada e acharam que talvez os motoboys tivessem batido nela. Ela falou que não, que tinha sido o marido. Rolou uma confusão ali e conseguiram tirar este cara do meio dos motoboys… Quando os motoboys viram que a Melinda estava fora do carro e estava com umas pessoas ali na calçada, cada um subiu na sua moto e foi embora.
O cara ficou bem machucado no chão, gente… Porque tomou muitas capacetadas, muitos chutes, enfim… Foi muito rápido, mas os motoqueiros salvaram ela, porque quando ele parou no segundo farol, ele estava de novo segurando o pescoço dela. E aí, acho que os caras só confirmaram, tipo: “Vamos ver se é isso mesmo, né?”, e aí era, ele estava segurando o pescoço dela e aí eles já arrancaram o cara de dentro do carro. E a Melinda falou que nem viu como, mas assim, o carro também ficou atrás todo destruído, todo detonado. Então, bateram não só no cara, bateram no carro também, né? O cara tava desacordado, veio a polícia, a polícia perguntou o que aconteceu, algumas pessoas da rua ali falaram: “Olha, o cara tava batendo na mulher e alguns homens pegaram ele”. A partir daí, a Melinda já não ficou mais com ele. Foi o primeiro boletim de ocorrência que ela fez, porque depois ela teve que fazer mais dois, porque ele ameaçou ela.
Mas esse foi o primeiro e ele passou uns três dias hospitalizado. — Melinda falou que ele tomou uma capacetada na boca quebrou todos os dentes da frente dele e tal e ele ia ter que resolver isso também. [risos] Era uma coisa que ele falava pra ela: “eu vou dar um murro”. — Quando ele deu esse murro no nariz da Melinda, a intenção dele era quebrar os dentes dela, ele falou: “Eu vou quebrar os seus dentes, eu vou quebrar sua boca inteira. Você não vai mais poder falar”, porque ela tinha falado alguma coisa que ele não gostou, e aí, no fim, quem ficou com a boca quebrada por conta de capacetadas… É errado você bater em alguém com capacete? É óbvio que é errado, gente, todo mundo sabe… Agora, daí até eu lamentar, vai depender muito do contexto, desculpa… Nesse contexto aqui, minha concepção: os motoboys são heróis, então não tenho nenhuma queixa aí contra eles. Durou um ano ela sendo perseguida por esse cara, depois, ele arrumou uma outra colega de trabalho também…
Nessa época já tinha saído o divórcio e tudo, e casou com essa outra… E ela não sabe se a moça sofre violência, se não sofre, mas dificilmente não sofre, né, gente? E aí ela nunca mais teve notícia, né? Se tá junto, se não tá. Ela até mudou com a Kelly, assim, de cidade, né? E essa é a história da Melinda, que ela me escreveu justamente pra agradecer aqueles motoboys. Então, ela falou: “Sei lá, Andréia, tinha uns 10, 20, eu não sei nem te dizer, assim, porque começou a parar moto, surgiu moto, e um falava pro outro: “ele tava batendo na mina, tava batendo na mina”, e aí todo mundo ia lá, dava chute nele, batia nele… É horrível isso? É horrível, gente… É horrível, não façam, né? Tem que deixar isso pra polícia, mas é isso. O que vocês acham?
[trilha]
Assinante 1: Oi, pessoal, aqui é a Esther, de São Paulo. Lá no comecinho eu imaginei que, de repente, eles pudessem ser os algozes da Melinda e tô muito feliz e aliviada de estar errada. Resolver as coisas com violência é tenebroso, pode ter consequências horríveis, mas honestamente, não vou mentir, não consigo sentir dó do ex da Melinda. Porque se for pra escolher entre ser agressivo com uma mulher e ser agressivo com um maldito, um covarde, pra não dizer muitas outras coisas, 110% das vezes eu vou escolher que alguém seja violento com um agressor de mulheres, porque afinal de contas, ele vai estar recebendo ali uma porcentagem muito pequena de tudo que ele já fez e barbarizou com uma mulher. Então, pra todos os motoboys e mulheres, desejo vida longa, próspera e digna.
Assinante 2: Oi, galera, aqui é a Renata do Rio. Eu ia mandar esse áudio assim que eu acabei de ouvir a história, mas aí eu tive que ir na área de serviço e pegar um pano pra passar aí pros motoboys. [risos] Infelizmente, isso é uma coisa que ainda acontece muito e quem tá dentro de uma relação, por mais que saiba que não tá bom, que aquilo não vai ser bom, às vezes não sabe como. sair. Quando a pessoa ainda é esclarecida que, com certeza, é o caso da moça da história, fica um pouco pior porque ela sabe que tá errado e ela não consegue falar disso pra ninguém porque sabe que vai ser julgada. Então, é uma dor que a pessoa acaba sofrendo sozinha, né? Enfim, mas que bom que ela saiu disso graças a esses anjos de moto. Nem todo anjo tem asa, às vezes, eles têm moto. E é uma pena que a profissão deles não seja dentista na vida real, porque eu acho que esse cara tá precisando agora, né? [risos] Um beijo…
[trilha]
Déia Freitas: Não esquece, hein? Tem filme nacional no pedaço. Bode, um feirante falastrão, ganha uma bolada no jogo do bicho e é misteriosamente assassinado. E aí entra em cena quem? Monarca, interpretado pelo Leandro Hassum. Ele é um investigador e amigo do Bode, que tem dons mediúnicos e, com a ajuda do próprio amigo morto, agora em espírito, formam uma dupla pra descobrir quem está por trás aí do crime. O filme “O Rei da Feira” estreia nos cinemas nesta quinta—feira, dia 4 de setembro, com uma estética vibrante e uma linguagem tipicamente brasileira, transitando entre a comédia e o suspense. O filme explora as relações familiares, os conflitos interpessoais e os segredos comunitários. Todos os feirantes são suspeitos e a narrativa entrelaça temas como fé, ciúmes, ganância e lealdade. — Prestigie sim o cinema nacional com muito orgulho, gente… Vai agora assistir O Rei da Feira, essa quinta, dia 4 de setembro, nos cinemas. — Imagem Filmes, sou fã… — Um beijo gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]