título: pônei preto
data de publicação: 08/09/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #poneipreto
personagens: alessandra e dona fátima
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]
Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é a queridíssima Citroën. Muito além do que esperado, com até 26 tipos de combinações com os bancos, mais espaço na segunda fileira — e é mais espaço mesmo —, design robusto, com cara de SUV. O novo lindinho AirCross te dá a possibilidade de transportar até 7 pessoas com muito conforto e ainda conta com a flexibilidade de um porta-malas bastante espaçoso, de até 493 litros na configuração de 5 lugares. Seja pra viajar com os amigos ou com a família completa, esse SUV se encaixa em qualquer momento da sua vida. Dá pra carregar a galera toda ou levar aí tudo o que você precisa em um porta—malas gigante.
Além disso, o AirCross tem uma central multimídia de 10 polegadas que oferece espelhamento sem fio, tomadas USB pra todo mundo carregar aí o celular e um motor turbo de 130 cavalos. Você ainda pode contar com o pacote de manutenção FlexCare, pode contar também com inúmeros acessórios Mopar, as parcelas são acessíveis e as melhores condições de financiamento do mercado pra você comprar agora o seu AirCross. A Citroën está comemorando o marco de 1 milhão de unidades produzidas no Brasil. — É aí a Citroën gerando empregos para os brasileiros. Amo… Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio pra você conhecer o AirCross, um SUV pra todos os tipos de família. — Você vai entrar, você vai ver que carro lindo e você vai falar: “Esse preço? Não acredito…”, o preço é bem acessível”. Então, entra agora pra conhecer. — E hoje eu vou contar pra vocês a história da Alessandra e da Dona Fátima. Então, vamos lá, vamos de história.
[trilha]
A Alessandra estava ali com seus 19 anos e Dona Fátima queria muito, muito viajar com a filha, assim… Era um sonho conhecer a praia do Pônei Preto. Dona Fátima, mãe solo, sozinha bancando a casa, bancando a Alessandra, uma falta de grana danada, mas ela tinha esse sonho e queria programar uma viagem… — Andar de avião a primeira vez com a filha, sabe? Todo aquele esqueminha. — E era um sonho da Alessandra também, elas sonhavam juntas, planejavam, só que nunca dava certo. Primeiro que Dona Fátima não tinha cartão de crédito, então tinha que achar uma agência com parcelas que coubessem ali no bolso da Dona Fátima e ainda que fizesse no crediário, no carnê, sabe? No boleto, pra você viajar só depois de terminar de pagar… Dona Fátima não desistia, ela ia conhecer a praia do Pônei Preto.
Um dia, ela entrou num site e viu ali um pacote de uma agência com sete diárias… Tinha passagem aérea, tinha o hotel, hospedagem e três praias muito perto, muito legais, inclusive a praia do Pônei Preto. Só que as duas ficaram um pouco desconfiadas: será que não era golpe? Tava aquele preço, tudo bem que não era temporada, tava em dez vezes, podia pagar no boleto… Será que não ia ser golpe aquilo? Dona Fátima falou: “Quer saber? Vamos arriscar, vamos fazer, vamos pagar esses boletos até o final e viajar”. Acontece que, no final do pagamento dos boletos, veio o quê? A pandemia… E aí, né? Acabou sonho… Dona Fátima virou pra Alessandra e falou: “Bom, a gente perdeu nosso dinheiro, agora ninguém pode viajar, lascou”. Elas, desesperadas e a agência falou: “Não, a gente vai segurar todos os pacotes pra dois anos, vocês podem marcar pra daqui dois anos”.
Ufa, alívio… “Vamos então marcar pra daqui dois anos e aí a gente consegue guardar um dinheirinho pra levar”, mas assim, gente, uma vida muito apertada… Você conseguiu guardar um dinheirinho assim, um dinheirinho bom pra levar? Não… Elas iam com o dinheiro certo pra comer, fazer uns passeios e voltar porque, assim, são sete dias, é bastante. Nesse planejamento da viagem, ia ser a primeira vez que elas iam andar de avião… O que elas pensaram? “Vamos economizar, vamos comprar uma mala bem grande, a gente bota tudo numa mala só, bem grande, que aí fica mais fácil, não precisa comprar duas malas, né? Fica mais barato”. Só que elas não foram orientadas na agência que a passagem delas ali de avião dava direito a uma mochila e uma mala de dez quilos… Elas chegaram no aeroporto com uma mala de vinte e três quilos. A moça do guichê começou a fazer o check-in, pegou a mala, ali despachou e falou: “Duzentos e cinquenta reais”.
A Alessandra olhou pra mãe e falou: “Oi?”, “É, a mala é despachada, vocês não têm direito a bagagem, têm que pagar duzentos e cinquenta reais. Duzentos e cinquenta reais no débito ou cento e vinte e cinco reais se for no cartão”. — Tinha um desconto de 50% no cartão de crédito, não entendi, mas tinha. — Aí a Alessandra já começou a chorar, elas começaram a ficar nervosas porque elas não tinham esse dinheiro. Primeiro que elas não tinham cartão, então elas tinham que pagar duzentos e cinquenta reais… Segundo que se elas dessem os duzentos e cinquenta, elas iam ficar ao final da viagem sem comer. Elas não tinham dinheiro, tava certinho, assim… Ela chorando no guichê e a moça, né? Atende, sei lá, mil pessoas… Na pessoa 120 você já não tem mais sensibilidade. [risos] Você quer que a pessoa, ó, chora rápido aí e resolve o que você tem que resolver, que tem o próximo da fila. [risos] É isso, gente… Quando você trabalha com atendimento, você fica um pouco menos sensível.
E aí um casal que tava ali pra também fazer o check—in, perguntou o que tinha acontecido, elas falaram que elas não tinham os duzentos e cinquenta reais pra dar ali e o cara, muito bacana, disse: “Você me dá cento e vinte e cinco reais e eu pago no cartão pra você”, porque resolve ali na hora… E aí elas fizeram isso, viajaram com cento e vinte e cinco reais a menos, sabendo que, na volta, elas já teriam que também dar um jeito de ou pagar duzentos e cinquenta ou cento e vinte e cinco, que a moça ali do guichê falou: “É a mesma coisa na volta”, eu botava tudo em sacola, [risos] deixava a mala, mas elas compraram a mala, né? Depois dessa pequena crise da mala, elas entraram no avião… Dona Fátima estava muito nervosa… As duas né? Pensaram: “Bom, se o avião cair, a gente vai morrer juntas”. [risos] Quem nunca pensou isso? [efeito sonoro de avião decolando]
Deu tudo certo, o voo foi tranquilo e chegaram na cidade ali onde tinha o hotel. Fizeram check—in, mas não comeram no hotel porque a comida do hotel era mais cara e saíram ali pela cidade, chegaram tarde, procurando uma coisinha para comer. “Vamos comer alguma coisinha, vamos para o quarto que amanhã a gente tem que sair cedo para ir para a praia do Pônei Preto”. Assim que elas voltaram para o quarto, Dona Fátima ficou cismada porque ela falou: “Quem tem a chave dessa porta?”, nunca tinha ficado num hotel… “É melhor a gente revistar o quarto, ver se não tem ninguém”, elas olharam embaixo da cama, tudo, e colocaram uma cadeira na porta ali, com medo de que alguma pessoa entrasse no quarto de hotel… Ah, é exagerado? Talvez não… Dia seguinte: “Vamos para a praia do Pônei Preto?”, “Vamos”, “Quanto tempo daqui na praia do Pônei Preto?”, treze quilômetros… “Dá para a gente ir a pé?” “Porque a gente estava numa praia, vamos até outra praia”.
“Ah, dá sim, vamos andando… A gente vai caminhando pela orla, vai conhecendo a cidade, uma caminhada tranquila, solzinho, delícia”. Dona Fátima e Alessandra faloaram: “A gente está acostumada com sol, protetor é bobagem…”. Para que protetor? “Vamos, esse solzinho está gostosinho, vamos” e começaram a andar para chegar na praia do Pônei Preto… Um pedacinho era pela praia e, de repente, o caminho virou uma estrada movimentada, sem acostamento, cheia de carros, caminhões passando e construções abandonadas. Imagina… Conforme elas iam andando, elas iam percebendo, assim, que elas estavam num lugar totalmente ermo, em ruínas, com estrada ruim… Não tinha ponto de ônibus, não tinha nada, não tinha sinal de celular para pedir um aplicativo, não tinha nada… E elas estavam andando duas horas já, debaixo do sol, um sol escaldante… Elas ardendo, porque elas não passaram protetor… — Nem tinham protetor. —
Só que aí, você andou duas horas, faltava mais uma hora de caminhada para chegar na praia do Pônei Preto, você ia voltar? Elas falaram “não, agora a gente vai para a praia do Pônei Preto”. — Gente, três horas andando… Elas não levaram uma garrafinha de água, um protetor solar, nada. Ainda bem que estava de chinelo. Só faltava ter ido descalço. [risos] A Alessandra falou que não tinha sombra, gente, não tinha sombra… Finalmente, chegaram arrasadas, destruídas, na praia do Pônei Preto. Praia linda, coisa paradisíaca, mas elas precisavam de pelo menos uma garrafa, elas estavam morrendo. [risos] Você jogava água na pele e fazia: “tsss”. [risos] Elas encontraram uma vendinha, compraram uma garrafa de um litro e meio de água e, quando você chegava na praia do Pônei Preto, ainda tinha uma duna que você tinha que subir para ficar no mais alto para ver a praia toda. Então, você tinha que andar mais um tanto naquele sol até a duna…
Você iria na duna? Eu não iria nem na praia do Pônei Preto, quem dirá na duna. [risos] Mas elas falaram: ” Não, a gente veio até aqui, a gente vai até a duna”. Elas não conseguiram ficar mais que 40 minutos na duna porque, gente, não tinha uma sombra… Não levaram nem uma sombrinha, gente? Tem que levar um guarda—chuva, leva uma sombrinha sempre. “Ah, não tem um guarda—sol”, leva sua sombrinha, sério… E aí uma olhava para a outra e elas estavam inteiras queimadas, vermelhas, e elas estavam tão queimadas que o dente estava neon… [risos] Que dó… E ali na vendinha elas perguntaram onde tinha um ônibus, porque, gente, não tinha sinal para pedir carro de aplicativo e elas tinham que voltar… Você ia andar 3 horas por uma estrada sem acostamento de volta? Não tinha como… Elas não tinham condição física, iam morar na praia do Pônei Preto.
Conseguiram voltar para o hotel e ficaram dentro da piscina para ver se aquela ardência toda passava, mas enfim, não passava. — Eu não sei se para economizar, o que a agência fez? Elas iam ficar 7 dias, tipo 2 dias num hotel, 2 dias em outro hotel e 2 dias em outro hotel. — Então, elas ficaram rodando uma cidade que tinha muito morro e as ruas de paralelepípedo, com aquela mala de 23 quilos… E elas tinham comprado um fardo de água de 1,5 litro cada garrafa, e elas ficaram para lá e para cá, queimadas de sol, andando que a roupa não encosta, de uma praia para outra, de hotel em hotel… Esse era o pacote… E, além de estar muito queimadas, elas estavam preocupadas porque elas realmente não tinham o dinheiro da volta da mala. — Como é que vai fazer? Vai deixar a mala? Colocar as roupinhas numa sacola e cada uma leva uma sacolinha? — A Alessandra teve a ideia de pedir para uma amiga que tinha cartão de crédito, um cartão virtual, para conseguir pagar o despacho dessa bagagem.
Voltaram para o aeroporto, a mala toda desbeiçada que tinha ido para lá para cá, né? [risos] Queimadas, cheia de calo nos pés, as duas… Com o cartão virtual para ver se passava para voltar com a mala… — Assim, gente, [risos] um caos. — Elas esconderam da galera essa viagem por um tempo, que elas ficaram com vergonha, mas agora elas conseguem dar risada aí e até já viajaram de novo, né, Dona Fátima? Já quase até tomaram um golpe no Chile. Ê, Dona Fátima, Ê, Alessandra… Gente, usa protetor solar até para ir na padaria, sério, é muito sério. Bom, mas para a primeira viagem, voltaram vivas, então está tudo bem. O que vocês acham?
[trilha]
Assinante 1: Oi, nãoinviabilizers, aqui é a Andressa do Paraná. O Pônei Preto é o retrato do perrengue de viagem da família brasileira que nunca viajou e é a primeira experiência. Sacanagem de não terem orientado vocês na maneira devida sobre os processos de viagem. A gente sabe, é tudo muito novo e, na empolgação, às vezes a gente não acaba se atentando aos detalhes… Mas foi uma experiência que vocês vão levar, acho que sempre, para a vida. Já fizeram outras viagens, olha aí, teve quase a tentativa de golpe no Chile, mas sempre tem essas histórias aí depois para contar. Que venham sempre muitas outras viagens cheias de coisas boas.
Assinante 2: Oi, nãoinviabilizers, eu sou a Eloy, eu falo de Cataguás, Minas Gerais. O que me conforta é saber que depois desse perrengue todo vocês aprenderam a se precaver melhor para curtir mais viagens juntas. Eu fiquei com dó de vocês por conta desses perrengues, mas eu acredito que, apesar de tudo, essa viagem tenha se tornado muito especial na história de vocês. Eu também sou muito amiga da minha mãe e essa história me deixou com muita vontade de planejar uma viagem com ela, para a gente poder criar memórias bacanas. Eu espero que sem perrengue, mas se tiver, eu escrevo para a Déia. [risos] Um beijo.
[trilha]
Déia Freitas: Combinando funcionalidade, versatilidade e conforto a bordo, o Citroën AirCross tem capacidade para até 7 pessoas, usando porta—malas de incríveis 493 litros, você leva 5 pessoas de forma bem confortável. São 26 tipos de combinações dos bancos, mais espaço na segunda fileira e um baita design robusto, lindo, com cara de SUV, incrível, é bem lindo mesmo, gente… Citroën AirCross se adapta às suas necessidades, seja com mais espaço ou no transporte de mais passageiros. Além de contar com uma central multimídia de 10 polegadas, com espelhamento sem fio, tomadinha para todo mundo carregar o celular e um motor turbo de 130 cavalos. — Você quer saber mais? Você quer conhecer esse carro lindo? Então, clica aqui no link que eu deixei na descrição do episódio. Você não vai acreditar no preço, é muito bom. — Citroën, agradeço demais a parceria, estou muito feliz. Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]