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título: bricolagem
data de publicação: 25/06/2021
quadro: picolé de limão
hashtag: #bricolagem
personagens: bia, huguinho e marido

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi gente, cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão, e hoje um Picolé aí mas apimentadinho, então ouça primeiro, e aí você julga aí, se você tem uma criança maior, se ela vai poder ouvir, se não vai… Então, ouça de fone, [risos] é o “tire as crianças da sala”, tá bom? Hoje eu vou contar pra vocês a história da Bia, a Bia me escreveu e ela tem muita coisa pra dizer, [risos] então vamos lá, vamos de história.

[trilha]

A Bia conheceu o marido há muitos anos já, numa festa, numa festa X e eles se apaixonaram, e foi um namoro longo assim, um namoro que durou quase oito anos, um namorou muito bacana e, nesse tempo, eles foram construindo a relação. Ambos ali com amigos que vinham já da infância e uma relação muito saudável nã nã nã, resolveram casar, “Ah, vamos casar, vamos casar… Onde vamos morar?”, o marido de Bia, ele tinha uma casa, que era uma casa que ele herdou dos pais, então era uma casa que ficava no bairro que ele sempre morou, então ele conhecia todo mundo ali no bairro, ele tinha muitos amigos e isso era bom, então a Bia ao longo dos anos foi ficando mais próxima, né? Desses amigos. — Amigos do marido, né? — E as coisas foram caminhando. Bia e marido de Bia nunca quiseram filhos e por isso a relação deles assim era muito boa, né? Até que Bia engravidou, ah, aconteceu um acidente, engravidou. Bom, engravidou, “vamos ter, vamos ter”. Tiveram um bebezinho, um menininho e vida que segue. Menininho cresceu, menininho foi pra faculdade, menininho saiu do ninho. — Então olha, a gente agora tá falando de um casamento aí que passou dos vinte e cinco anos, um casamento muito bom. —

Agora sem menininho no ninho, a Bia e marido de Bia eles estavam assim, meio assim, meio sem nada… E Bia ganhou um cachorrinho. Bia ganhou um cachorrinho do marido e ela ficou encantada, porque até então ela nunca tinha tido cachorro e aí a vida dela passou a ser aí cuidar desse cachorro. — Que nós vamos chamar de Huguinho. — A vida de Bia era Huguinho. Gente, Huguinho era uma fofura e Huguinho safadinho, cachorrinho safadinho daqueles que gostam de destruir coisas, Huguinho era danado, e aí um tempo com Huguinho Bia pegou gosto e acabou adotando mais dois cães, que iremos chamar de Zezinho e Luizinho. Então Bia ali com três cães, Huguinho, Zezinho e Luizinho, e já tinha ali o tempo dela preenchido. Em compensação, o marido dela agora já estava aposentado e ele começou ali uma nova coisa. — Em casa — Marido de Bia começou com a bricolagem. — O que é bricolagem, Déia? — Bricolagem é você fazer assim, — Vou falar por cima também, porque não tô aqui pra ficar explicando coisa de bricolagem. [riso] — Você fazer ali pequenos trabalhos manuais, pequenos consertos em casa, então a garagem ali que ficava na lateral, a garagem da casa deles virou um estúdio de bricolagem de marido de Bia.

E a vida foi seguindo assim, o marido de Bia fazendo trabalhos manuais ali na garagem e Bia ocupada com Huguinho, Zezinho e Luizinho. Acontece que Zezinho e Luizinho eram muito fofinhos assim e totalmente pacatos, porém Huguinho, Huguinho era o demônio, Huguinho gostava de destruir tudo, esse era Huguinho. E aí Huguinho comeu uma coisa qualquer e foi parar no veterinário, ninguém sabia o que Huguinho roeu, ninguém sabia, ninguém sabia, cirurgia de Huguinho, foram lá e tiraram um objeto X que Huguinho tinha mastigado, mas tinha mastigado muito, era alguma coisa de plástico. Salvou Huguinho, Huguinho estava ótimo. Só que agora Bia estava paranoica, “Meu Deus, Huguinho… Enquanto Huguinho está aqui dentro comigo junto com Zezinho e Luizinho tá tudo certo, mas quando Huguinho vai para o quintal eu perco o contato com Huguinho”, e aí o veterinário querendo saber mais dos hábitos de Huguinho falou pra Bia, “Bia, por que você não compra uma camerazinha e bota ali no quintal pra gente ver de onde Huguinho tá roendo esses plásticos?”, e aí Bia respondeu para o veterinário: “Excelente ideia”. — Excelente ideia. — “Eu vou descobrir de onde Huguinho pega esses Plásticos”, e o veterinário falou: “Bom, aí a gente vendo onde é, e a gente vendo o comportamento do Huguinho, é mais fácil da gente corrigir”, e Bia falou: “Perfeito”. — E por que que Bia estava assim empolgada? — Porque Bia achava que o Huguinho comia plástico por desleixo do marido dela mexendo naqueles negócios de bricolagem e tal, deixava cair alguma coisa e o Huguinho como era muito danado, pegava, então ela queria ali descobrir, né? O que Huguinho roía e ao mesmo tempo falar para o marido dela “Tá vendo? Eu estava certa, você deixa as coisas caírem e o Huguinho pega as coisas, nã nã nã”, então era isso, era perfeito.

Aí ela entrou lá nos sites, viu uma câmera que não era câmera escondida nada, viu, gente? Era uma câmera normal, mas era uma dessas que “Faça você mesmo”, tipo, você gruda lá e ela por sinal sei que lá, grava. E aí lá foi Bia, botou a câmera ali estrategicamente de um jeito que dava pra ela ver o quintal, e os cachorros dormiam dentro de casa, então eles ficavam no quintal ali quando ela estava ou durante o dia quando o marido dela estava ali na coisinha da bricolagem dele. E Bia falou: “Ah, agora eu pego, agora eu pego”. E primeiro dia Huguinho brincando e tal, não pegou nada, e aí assim, o que a Bia falou pra mim? “Déia, é muito chato você olhar câmera, porque o tempo passa muito devagar, então se você bota também muito corrido, acelerado pra você ver, você perde as coisas”, então o que ela fazia? Ela olhava determinadas horas assim na câmera, porque ela falou: “Puta, é chato pra caralho”, “E aí eu, assim, meio que comecei a soltar o Huguinho certas horas só pra ver onde ele ia, porque nossa, olhar a câmera o dia todo não dava”.

Aí numa dessas de olhar a câmera ela viu que, na garagem, vários dias seguidos um vizinho que era muito amigo do marido dela entrava lá e tudo bem, a coisinha da bricolagem, né? E aí você pode fazer ali sozinho. — Ou [risos] você pode fazer a bricolagem com seus amigos. — E aí ela falou: “Nossa, nem sabia que eles estavam tão próximos de novo, né?” — Porque assim, quando você tá num casamento longo, nem tudo você comenta com a sua esposa, ou com o seu marido, enfim, mas tem certas coisas que você fala: “Ó, Fulano veio aqui”, sabe assim? — E o cara estava ali todo dia e o marido de Bia não falava nada, aí ela falou: “Nossa, né?”, ela achou estranho, mas não tão estranho, e continuou ali na busca pelas travessuras de Huguinho. Aí numa dessas, ela viu que o Huguinho entrou na garagem, ela falou: “Ah, danado, é lá. É lá que o Huguinho tá pegando as coisas sim”, porque assim, ó, pensa na garagem que dá pra rua e esse cara ele não entrava ali pela porta, o portão da rua, porque agora o marido dela não tinha mais carro e ele fechou ali, então você tinha que entrar na garagem pela lateral, então pela lateral tinha uma porta. — A garagem virou como se fosse um cômodo, um quarto, uma sala… — E aí você tinha que entrar pela porta normal, lateral pra garagem, e o que o marido de Bia fez? Colocou um portãozinho desses que a gente põe pro cachorro não passar? Para que Huguinho não entrasse lá.

Só que Huguinho, muito danado, ele passava por baixo do portãozinho, e aí a Bia falou: “Alá, é isso que tá acontecendo, o Huguinho tá mastigando coisa lá e ele não tá vendo, ele não tá ligando… E se eu perder o Huguinho? Nã nã nã”, aí o quê que ela fez? Ela tirou a câmera de onde estava e colocou num outro ângulo que ela conseguisse ver o Huguinho, pensa assim, a câmera estava da entrada pra dentro do quintal, porque aí você via o quintal todo, o Huguinho correndo ali, nã nã nã, e ela fez ao contrário, ela pegou a câmera que estava aqui na ponta e botou lá na outra ponta do quintal que aí da posição que ela pôs, ela via uma parte dentro da oficina de bricolagem do marido ali, pra ver se o Huguinho pegava alguma coisa do chão. Então ela posicionou a câmera para o chão, porque não interessava nada ver o marido dela, né? Ela queria ver o que o Huguinho estava pegando e como isso acontecia, e doida pra pegar no flagra pra falar: “Olha aí, você que tá deixando o Huguinho comer coisa, se o Huguinho morrer, nã nã nã”, beleza.

Primeiro dia o Huguinho passou ali embaixo, Huguinho deitou nos pés do marido dela e lá ficou, segundo dia Huguinho nem quis entrar na oficina, ficou ali, roeu uma planta, beleza. No terceiro dia que ela foi olhar o Huguinho, ela viu uma coisa que ela ficou intrigada, quando você conversa com alguém, um amigo, sei lá, um vizinho, você mantém um certo distanciamento, né? — Uma certa distância, a gente tá falando de uma história pré-pandemia, mas mesmo assim a distância entre os pés, você que só tem ali uma visão do chão, era uma distância, sei lá, de um metro? Ou você vai mostrar alguma coisa muito perto assim, enfim… — Ela viu na filmagem, pensa, ó: ela tá vendo o chão, então ela viu os pés do marido dela um pouco abertinhos e entre um pé e fora do pé assim, os pés do vizinho, e aquela posição, só fazia sentido pra Bia se eles estivessem muito perto. E, além disso, tinha a questão de que os pés não estavam de frente um para o outro, os pés do marido de Bia estavam de costas, então assim, pensa, dois pezinhos virados pra frente e um pouquinho atrás desses pezinhos, mas bem grudados, mais dois pezinhos bem grudados, não fazia sentido. De repente tá bom, o marido dela tá pregando alguma coisa ali na bricolagem, tá pregando alguma coisa na parede e o vizinho tá segurando, tá por trás dele segurando a coisa na parede pra ele pregar? Não era mais fácil ele ficar de lado? — Enfim… —

Bia não entendeu e continuou ali à caça das coisas do Huguinho, e aí o Huguinho “páh”, o Huguinho pegou uma embalagem plástica, “Olha lá o safado do Huguinho”, e aí ela viu que o plástico verde que o Huguinho estava comendo realmente vinha da garagem e aí ela falou: “Ah, agora eu vou pegar no flagra” e preparou, falou: “Agora eu vou pegar, quando eu ver aqui o Huguinho na câmera com o plástico na boca eu vou correr lá e falar: “olha aí”, e aí eu vou descascar porque onde já se viu, o cachorro quase morreu nã nã nã”, e aí lá foi Bia dar o flagra no marido. O Huguinho todo serelepe entrou na garagem, o Huguinho mordeu, começou a morder uma embalagem. — Que não era nem… Na verdade, não era nem uma embalagem… — O que Huguinho estava roendo e que o marido dela não tinha percebido era a capa, — Como que eu vou explicar isso, uma maleta aquilo? — Sabe a maleta da furadeira? Então era uma maleta plástica verde e era aquilo que o Huguinho estava roendo e ele não podia roer toda hora, porque era uma maleta que assim, o marido dela usava muito a furadeira… — Era furo pra tudo quanto é lado. — E ele não guardava a furadeira na maleta mais, — Sei lá porque que ele não guardava — então a maleta ficava tipo numa estante dessas de ferro embaixo, e o Huguinho muito safado, ele só roía quando o marido de Bia estava ali “bricolando”. — Nem sei se existe esse verbo — Fazendo alguma coisa que não percebesse que ele estava roendo, então Huguinho safado.

E aí agora Bia sabendo o que o Huguinho estava roendo, quando ela viu que Huguinho começou ali a roer a capinha lá, a maletinha da furadeira, ela correu na garagem, falou: “Agora, eu vou falar: “Ó, lá, olha ali o Huguinho, ele vai morrer. Vai comer mais plástico”. E lá foi Bia, correu pra garagem nervosa, ia dar uma bronca no Huguinho, e aí ia resolver, tirava maleta dali de onde estava e fim. Que Bia entra na garagem, a cena: Marido de Bia agachado, marido de Bia enganchado na piroca de vizinho de Bia, melhor amigo de marido de Bia. Sim, Bia pegou o marido dela no flagra e ele estava ali numa situação, né? — É uma situação aí complicada… — E na hora que a Bia viu, ela deu um grito, ela falou: “Déia, parecia um filme de terror”, ela gritou assim, como se tivesse, sei lá, alguém morrendo, e os caras assustaram e nessa de assustar rolou uma fratura de pênis. — Você sabe o que é uma fratura de pênis? Na verdade, a Bia estava me explicando que parece que não existe fratura de pênis, o pênis não quebra, ele torce, mas falam que uma fratura de pênis. —

E aí o vizinho que estava ali com a furadeira em riste… [risos] — Que estava ali com a furadeira trabalhando — conforme o marido da Bia assustou, ele não largou aquele pau que ele tinha na boca, ele apertou, e não foi, detalhe, ele não mordeu, ele não mordeu o pau, ele estava com o pau inteiro na boca… — E, gente, esses detalhes eu tenho que dar, não gostaria, porque assim, né? Parece que enfim, isso é uma baixaria e tal, mas é que esse detalhe do pau inteiro na boca é importante pra história. Por quê? — Porque ele com o pau ali na garganta, quando ele foi tirar, ele deu um negócio brusco ali com o pescoço, virou e foi nessa que torceu o pau do vizinho, o vizinho já caiu no chão gritando e Bia gritando também. Vizinhança fez o quê? Chamou a polícia. [efeito sonoro de viatura] Polícia veio e ninguém lembrou de chamar o SAMU, porque a vizinhança não sabia o que estava acontecendo, só ouvindo grito, grito, grito, e aí a polícia veio rapidinho. E aí a polícia viu ali que a situação não era um caso de polícia, né? Foi chamado o SAMU. — Viva o SUS, que o SUS aí te socorre desde um acidente até uma torção de pau. — e o vizinho foi levado para o hospital.

E aí um detalhe, enquanto Bia chorava, gritava e a polícia ficou ali, porque a Bia estava muito descontrolada, o marido de Bia foi junto com o vizinho que torceu o pau, — Sim, largou Bia ali… — Huguinho assustado já estava dentro de casa, — Huguinho falou: “O quê? Essa briga não é minha, não, essa briga não é minha”. — Huguinho já estava lá com Zezinho e Luizinho dentro de casa. E ele largou a Bia ali sem dar nenhuma explicação. — Mesmo porque não tem o que explicar, né? Pegou ele com o pau na boca, pegou ele com o pau na boca… — E ele foi acompanhando esse cara. E até então a Bia não sabia bem o que tinha acontecido com o pau do vizinho, e aí horas se passaram, ela acabou chamando uma amiga ali pra ficar com ela e tal, e aí o marido dela voltou. Que este homem voltou, ele voltou gritando que por causa da Bia, a Bia histérica, o cara que ele amava tinha torcido o pau, e foi aí que a Bia ficou sabendo que era uma torção de pau, porque até então, assim, achou que ele tivesse mordido, sei lá, não achou nada também, viu o marido com o pau na boca, não tinha muito o que pensar, né? E ela já estava em choque porque ele, em vez de ficar com ela, foi com o cara, né?

E aí o cara voltou putasso da vida, xingando a Bia de tudo quanto é nome, que ela tinha estragado a vida dele, porque agora o cara estava lá com o pau torcido, sei lá, e o cara não queria mais ver ele, porque o detalhe é que o cara, o vizinho, também era casado — O cara agora, né? Vai explicar como a torção de pau em casa? — E aí foi aquele quebra-pau, a Bia ficou louca e a Bia que até então não tinha resolvido fazer nada, porque ela queria conversar com o marido dela, né? Entender a dinâmica ali do pau na garganta, e aí ela também ficou louca, já saiu gritando pela vizinhança o que estava acontecendo, “Vocês estão ouvindo? Sabe por que ele está gritando comigo? Porque eu peguei ele na garagem com Fulano e agora o Fulano tá com o pau todo estropiado”. — Uma baixaria… Foi baixo. — Olha, Bia falou: “Eu fui baixa mesmo porque ele arrasou comigo, eu já estava mal e ele arrasou comigo porque eu estraguei o pau que ele estava consumindo, sabe?” E aí eles acabaram entrando num divórcio litigioso que durou muito tempo. — Aquelas brigas feias, né? —

E, detalhe: no divórcio este senhor queria o Huguinho, porque ele alegava que foi ele, que o Huguinho foi um cachorro comprado e Zezinho Luizinho adotados, e aí ele alegava que o Huguinho era dele, ele tinha o recibo do Huguinho. E aí depois provaram lá que ele deu o Huguinho de presente, né? Então o Huguinho era dela e não ia ter guarda compartilhada de Huguinho coisa nenhuma. — Acho muito estranho isso de guarda compartilhada de cachorro, sabia? Acho muito bizarro, sei lá, é estranho, né? Tanta coisa pra justiça, enfim, mas tem casos que precisa, né? Não sei, não vou julgar, mas já deixo aqui, eu acho bizarro… Festa de aniversário para animais acho e essa coisa também de, sabe? Levar pra justiça questões de guarda de animais? Também acho estranho. E sou protetora de animais, mas mesmo assim eu acho estranho… — E aí ele acabou pedindo a guarda compartilhada dos três cachorros, não ganhou também e, enfim, aquela brigaiada, mas a cara de pau, a Bia falou: “Olha, a questão do pau nem me chocou tanto quanto ele pedir o Huguinho pra ele, que o Huguinho era dele, que ele comprou o Huguinho”.

E aí graças ao Huguinho, né? Que foi descoberto aí toda uma traição e que depois a mulher do outro cara foi procurar a Bia e acabou falando pra Bia que ela desconfiava dos dois já há muitos anos, só que ela não tinha como provar, ela achava que era uma ideia muito absurda, né? E aí ficou por isso mesmo e agora ela tinha certeza, ela também se divorciou, e os dois não ficaram juntos, pelo menos até onde a Bia sabe, né? Porque a briga do marido dela foi tão assim que eles não se falaram mais, mesmo ali com o filho em comum, mas o filho também nessa altura do campeonato já tinha saído de casa faz tempo, e aí a dinâmica deles em festa é: Se a Bia tá, o ex-marido dela não tá, se ele tá, ela não tá. Essa é dinâmica, de tão feio que foi o divórcio. E aí Bia segue aí feliz agora, né? Depois de tudo superado, porque foi muita dor realmente e ela falou, detalhe, que até depois que ela pegou o marido dela ajoelhado ali e com o pau do cara na boca, ela ainda queria conversar com ele, ela estava disposta a perdoar, mas o cara chegou gritando, xingando ela, “Porque, ai, porque danificou o pau”, né? E aí isso que ela ficou mais chocada.

Então, assim, pela Bia não ia ter esse monte de briga e tal, mas o marido dela ficou na vingança, no ódio, e aí até hoje eles não se dão, se odeiam, e Bia segue com os cachorros. Tá com Zezinho e Luizinho, infelizmente Huguinho que era mais velhinho, né? Isso já tem muitos anos, já faleceu, então este episódio também é em memória de Huguinho.

[trilha]

Assinante 1: Oi, gente, é a Nayla do Rio de Janeiro, eu adorei essa história, Huguinho aí, hein? Detetive sem querer, acabou desvendando toda essa história de traição e muito bonitinho esse episódio, que fica em memória dele, né? Uma gracinha. Um beijo.

Assinante 2: Olá, eu sou a Emily de Fortaleza, Ceará. E, olha, esse episódio do Huguinho é muito a cara de um ditado que meu pai falava: “Mirei no que vi, acertei no que não vi”, [risos] então, a dona menina o quê? Mirou no que Huguinho estava comento e acertou no marido traidor, pegou ele com a boca na botija, literalmente. [risos]

Déia Freitas: Então é isso, gente, um beijo e até breve.

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.