título: swing
data de publicação: 30/10/2020
quadro: amor nas redes – especial afetos
hashtag: #swing
personagens: laís, reginaldo e samantha
TRANSCRIÇÃO
Déia Freitas: Cheguei pro nosso último Amor nas Redes do mês. [efeito sonoro de pessoas reclamando] Mês de outubro acabando e a gente contou só histórias de amor com final feliz, o que foi ótimo… E todas as histórias em homenagem ao podcast Afetos das minhas lindas Karina Vieira e Gabi Oliveira. Então, meninas, um beijo, [efeito sonoro de beijo], foi lindo. E a história de hoje [risos] é uma história bem peculiar e que, por mais que não pareça que vai ter um final, vai ter um final feliz. E eu volto, obviamente, mês que vem, com mais uma história aí de Amor nas Redes, não sei se com final feliz, provavelmente não, porque a ideia agora é dar uma ripada nas histórias que tem lá no canal do Telegram.
Elas não estão editadas, então eu vou conversar com o Léo, tem 23 ou 25 histórias lá, alguma coisa assim, e eu gostaria muito de dividir essas histórias entre novembro e dezembro, então aí todos os Amor nas Redes que forem editados, são bastante, 25 é bastante, né? E aí eles vão paras as plataformas gratuitas, além dos assinantes, pra gente zerar o Telegram, acabar com aquelas histórias que têm lá. Eu tenho ainda as histórias do Twitter para contar também, e aí vou intercalando com as inéditas… Inéditas que eu digo, assim, né… Pra quem já me acompanha há anos aí, porque quem está chegando agora tudo é novo, né? Então vai ter bastante história aí ainda. E, gente, se der, fortalece aí o trabalho da gente. Esse mês a gente podia ter feito mais, mas o dinheiro acabou, a gente usou tudo…
Eu quero fazer isso, eu quero editar todas as histórias, eu eu adoro o trabalho do Léo, acho que tem que ser um trabalho muito bem reconhecido e remunerado e eu quero fazer isso pra gente, pra vocês, para mim… Então, se você puder, assina, são oito reais por mês e você vai ter direito a várias histórias dentro do apoia-se. E depois de alguns meses, três, quatro meses, as histórias do apoia-se vão para as plataformas gratuitas, mas demora isso, de três, quatro meses… Então, às vezes você quer ficar atualizado no grupo ali, oito reaizinhos por mês, uma média aí de 20 histórias por mês que você tem entre as histórias que vão pra plataforma gratuita e os Picolés de Limão… Então, compensa, dá essa força. Então é isso, um beijo. Um beijo especial pras meninas do podcast Afetos. Fiquem aí com a história de hoje que está ótima, um beijo.
[vinheta] Amor nas Redes, sua história contada aqui. [vinheta]Déia Freitas: Eu vou contar a história hoje para vocês da Laís. É a Laís que me escreve, essa história por mais que aí pelo meio possa parecer que não vai ter final feliz, ela vai ter um final feliz. Então vamos de história.
A Laís ela que casou com o Reginaldo em dois mil e quinze, então tem cinco anos. E, quando ela estava com uns três anos de casamento, o casamento começou a ficar estranho. O Reginaldo ficava cobrando a Laís… Mas o que é que ele cobrava? Ele queria apimentar a vida sexual do casal. O que é ok… — Ok desde que a sua parceira ou seu parceiro tope as coisas que o outro ou a outra quer. — E, nesse caso, a Laís não queria as coisas que ele estava propondo. Ela não queria e ela não é obrigada, tá, gente? — Então ninguém é obrigada, mesmo no casamento, a manter relações sexuais ou fazer qualquer tipo de prática sexual que não queira, tá? Isso é uma categoria de estupro, isso é sério. — A Laís começou a falar que não que não, que não queria, que não não faria e ele deu uma desistida de ficar insistindo.
Só que aí, ele parou de falar com ela… E aí lógico, né? Três anos de casada, ela super apaixonada ainda, gostando dele, ficou mal porque ele saía para trabalhar de manhã, ele tomava café e não falava com ela. Aí ele voltava no final da tarde, assim no começo da noite, não falava com ela… E ela fazendo tudo da casa sozinha, porque assim, esse Reginaldo aí era aquele tipo que não lava um copo, então ela fazia o café da manhã pro cara tomar e não olhar na cara dela. — Se sou eu, já sabe, né? Vai comer bisnaguinha e tomar café no boteco, porque não sou empregada de ninguém. —
Aí ele chegava e queria, lógico, a jantinha pronta, mas não olhava na cara dela, não falava com ela porque ela não queria fazer na cama as coisas que ele queria. Isso foi gerando uma pressão nela e, assim, ela não via como resolver essas questões do casamento. Até que chegou no aniversário dela e não tinha como ele esquecer o aniversário dela porque o aniversário dela era no mesmo dia do aniversário da irmã dele. Então, ele cumprimentou a irmã, ele comentou num post do Facebook da irmã… E no post do Facebook da irmã que ele comentou, a irmã dele, que é cunhada da Laís, citou a Laís. Tipo, “olha, hoje eu e a minha cunhada estamos fazendo aniversário” e ele escreveu lá: “feliz aniversário, mana, eu te amo e nã nã nã” e, simplesmente, gente, ignorou a data em relação a Laís. Ignorou. Era como se ela não existisse mais porque ela não queria fazer as coisas que ele queria.
E aí ela tava tão assim pra baixo, tão mal, que uma amiga dela do escritório falou: “Olha, eu tô fazendo terapia agora, é uma terapeuta que atende o nosso convênio da firma, vai também, pelo menos para você desabafar”. E ela começou a fazer terapia e isso deu uma força pra ela, uma força que ela não tinha mais. Porque, assim, por mais que você converse com as pessoas que o seu casamento está ruim, que as coisas estão acontecendo, eram coisas muito íntimas… — E mesmo assim, não é todo dia que todo mundo quer te ouvir, né? Às vezes você quer falar com uma amiga e ela também está cheia de trabalho, tá na aula… — Pelo menos ali na terapia era um espaço, um horário que era dela, que ela podia usar da maneira que era seguro pra ela comentar e poder falar tudo.
E ela começou a falar tudo, e aí ela percebeu que ela ainda gostava dele, muito, mas que ela tinha algum amparo. Então, a terapia ajudou pelo menos que a Laís não piorasse, porque ela estava muito mal… E aí, gente, um belo dia esse cara que não falava com ela, não olhava para ela, do nada um dia de manhã ele acordou e já deu um beijo nela. Começou a falar com ela… — Do nada. — E por mais que fosse muito esquisito, ela gostava dele, ela ficou feliz. E aí ela, nossa, ficou animada, né? “Ai, de repente, ele esqueceu tudo isso, a nossa vida vai voltar ao normal, né?” E realmente eles tomaram café juntos, ele comentou das notícias que estavam passando na TV, deu um beijo nela e foi trabalhar… A noite eles jantaram, ele trouxe flores pra ela… — Não é estranho? Eu já… Vocês sabem, né? Já acharia que ele, sei lá, vai me trazer um bombom com veneno, tá querendo me matar. Mas tudo bem. —
E ela super feliz, aquela noite eles transaram… [som sensual] Ela não foi obrigada a fazer nada que ela não quisesse e estava tudo certo. No dia seguinte de manhã, ele colocou um papel na frente dela e esse papel era um convite. Pensa assim, gente, sabe convite de casamento que tem aquele… Parece um veludinho, um tecidinho no envelope assim? Meio durinho. Parece um veludinho aquilo. Então, era um veludinho preto, assim… Um convite quadrado, chique, então você abria aqueles envelopes de veludinho preto e saía um convite para uma festa. E ela ficou, gente, maravilhada. “Gente, ele vai me levar numa festa.”. Parecia uma festa de gala o convite.
E aí ela leu e ficou animada, a festa seria à noite e aí: “nossa, que horas eu vou conseguir fazer meu cabelo? Será que eu entro naquele vestido ainda?” Assim, mil coisas passando na cabeça dela. Enquanto a cabeça dela estava girando para ver como as coisas seriam resolvidas, ele explicou pra ela o que era a festa. A festa, gente, simplesmente era uma festa que seria uma festa de troca de casais. Uma festa de swing… Então você iria com a sua esposa ou seu marido na festa e, nessa festa, você poderia ficar com qualquer homem ou mulher que você quisesse dentro da festa. Então, assim, tinham umas regras, estava proibido trocar telefone… Tinham umas regras lá. E ela ficou em choque. Em choque… Porque ela imaginou assim já Sodoma e Gomorra. [risos]
E, assim, gente, aqui a gente tem que fazer um parêntese, o casal quer trocar experiências com outras pessoas, festa de swing, e o que for… Se os dois querem, gente, não tem problema nenhum, porque os dois querem, entendeu? ninguém tem nada a ver com a vida das outras pessoas. — Eu tenho as minhas questões com relação a swing, mas são questões práticas do tipo: as pessoas estão sem roupa, elas vão sentar com a bunda pelada no sofá. Não é anti-higiênico? Ou será que tem uma toalhinha pra você sentar na toalhinha? Porque se tiver uma toalhinha eu já acho melhor. Então as minhas questões com swing são isso. Ah, você fica de toalha ou você fica pelada ali andando? Por que andar pelado numa festa não é esquisito? Você não tem onde pôr a mão no bolso… Não tem um bolso para você dar uma disfarçada, entendeu? Então as minhas questões são isso. Sem tocar bunda pelada no móvel. Vai ficar marcado o seu fiofó, suado, porque a nossa bunda ela sua. Sai assim um suorzinho, você um vai ver que às vezes você está sentado no metrô, a pessoa levanta, vai você sentar ali e tem um suorzinho de bunda. Tem um suorzinho de bunda. Depois não vão limpar aquele sofá, passar um produto pra tirar as marcas de bunda, vai ficando… Então é bunda em cima de bunda. Isso me incomoda demais. Me incomoda mais do que qualquer outra coisa. Mas as minhas questões não eram as mesmas questões da Laís, obviamente. —
As questões da Laís, obviamente, seriam: “eu vou chegar lá e vou ter que transar com outros caras? Eu não quero”. E aí o Reginaldo falou pra ela: você não precisa transar com ninguém, você pode só olhar, você pode ficar lá só bebendo uma bebida”. E aí ela ficou mais tranquila porque ela não teria obrigação de se relacionar com ninguém, mas ele queria. — Ele queria botar lá o piu piu dele pra jogo. — E aí ela ficou chocada, foi trabalhar, não teve coragem de contar nem para colega dela trabalho, aquela que indicou a terapia. Ela não tinha terapia aquele dia e também não estava preparada nem pra falar pra terapeuta sobre aquilo. E aí ela falou: “olha, quer saber? O Reginaldo tá tão legal”… E, assim, gente, foram meses tratando ela como se ela fosse invisível pra um dia de legal e você já aceitar colocar sua bunda pelada num móvel que você não sabe quem sentou? Sabe…
Mas ela estava feliz porque ele estava tratando ela bem, então ela ficou iludida com isso e ela foi. [efeito sonoro de carro andando] E chegando lá, porque assim, que ela imaginava? Você chegar lá, você já fica pelado, eles te dão uma bebida e você andando lá pelado, mas não é bem assim. [som de piano] Ela falou que era uma festa, era tipo uma mansão em Alphaville, que provavelmente a mansão foi alugada para a festa. Não é que era casa de alguém, porque ela falou que tinham poucos móveis. — Aí eu já pensei… Pelo menos é pouco lugar para pôr bunda pelada e suada. [risos] —
E, assim, as pessoas ficam de roupa, tem vários quartos e, se você quiser participar de alguma coisa, você entra num quarto. Mas na área comum… Imagina assim, nas salas, ali em volta da piscina, não tinha gente nem transando e nem pelado. Então ela falou que era como se ela estivesse numa festa normalzinha e que, se ela quisesse transar com alguém da festa ela podia ir pros quartos. Aí ela falou que tinha de dez pessoas, em outro quarto quatro, cinco pessoas… Aí é seja o que o diabo quiser… [risos] — Ou Deus, sei lá, quem quiser, entendeu? [falando e rindo ao mesmo tempo] —
Aí ela ficou mais tranquila, porque aí o marido dela largou ela na festa de swing e desapareceu. Ela tomou uma bebidinha, só que aí ela ficou cismada: “e colocarem um negocio na minha bebidinha?” — Eu ficaria também. — Aí ela pediu uma garrafa d’água, e aí assim, gente, olha só como é a vida… Nesse lugar tinha um serviço de garçom, né? Só que não eram garçons, eram só garçonetes, parece que nesse tipo de festa não pode ter homens solteiros, então era tudo a mulher. E isso também deu um alento pra ela assim, porque os caras estavam entretidos em comer geral, comer galera e ela ficou ali, no cantinho dela, tinha uma música tocando… Ela pediu uma água, a moça trouxe uma água pra ela e aí, gente, a moça que trouxe água pra ela o, nome da moça: Samantha. [música romântica]
E a Samantha percebeu que a Laís estava estranha assim, pareceria que ela não era daquele lugar, né? E a Samantha já, garçonete de balada… Porque assim ela é de uma equipe, e são poucas as equipes de confiança que fazem essas festas, são festas de rico e tal, né? E a Samantha, garçonete, estudante, 25 anos. A Laís tem 29 e, assim, fazia essas festas servindo drinques para poder conseguir pagar a faculdade, que ela cursava uma faculdade particular. E a Samantha começou a conversar com ela… A Samantha começou a conversar, elas falando e a Laís falou que estava com o marido ali… E a Samantha falou: “mas seu marido te largou aqui sozinha?” e ela “é, eu não quis participar de nada, e aí ele está por aí”.
E aí a Samantha e ela trocaram telefones. E a Samantha toda hora que podia, vinha, falava para ela: “ó, essa bebida aqui pode tomar, pode confiar, fui eu que fiz. Pode tomar”. Então aí tudo o que a Laís bebeu além da água e tal foi a Samantha que trouxe, aí lá em determinada hora da madrugada, o marido dela voltou, todo felizão, vai saber o que foi que ele fez lá nos quartos e eles foram embora. [efeito sonoro de carro dando partida]
E aí ela falou que o relacionamento dela com esse Reginaldo melhorou 100%. 100%. Ela, esperta, falou pra ele que como ela não tinha visto o que ele tinha feito, se eles fossem transar, eles iam transar de camisinha… O que, gente, é importantíssimo. E aí ele também já não tava muito ligando para fazer sexo com ela, porque ele queria ir nessas festas. E nessas festas ele não podia ir sozinho, ele tinha que ir acompanhado de uma mulher, porque não pode homem solteiro, homem sozinho ir, é só casais. Só que assim, ele virou outro cara, super de bom humor, feliz. Ele estava feliz. Ela estava… — Eu acho que a palavra é: aliviada. — Aliviada porque agora ele conversava com ela, estava um clima bom em casa, só que tinha esse detalhe: ela não queria, não gostava dessa coisa aí do swing e ele queria. Era tipo um clube assim. — Clube do Swing, só que não era o swing de dança, né? Swing pelado. —
Ela começou aí ir com ele, ela foi em mais três dessa. De três, duas a Samantha estava, então foi ótimo pra ela. E o dia que a Samantha não estava, ela sentiu muita falta da Samantha, muita falta da Samantha… E a Samantha também estava muito preocupada com ela. Aí elas decidiram se encontrar para conversar, tomar um sorvete, pegar um cinema assim… Ela falou, nossa, amigas… Só que quando ela encontrou a Samantha… [música romântica], ela não sabe explicar assim, ela estava esquisita. Quando a Laís tinha 16 anos a Laís namorou por um ano uma menina, e foi uma experiência muito boa. Só que aí o pai da menina era militar e mudava muito de Estado, e o pai da menina teve que mudar e a menina foi junto, elas sofreram e tal… E aí depois ela conheceu o Reginaldo, já começou a namorar Reginaldo, casou com Reginaldo depois de anos assim, eles passaram anos namorando.
Ela falou assim pra mim: “Andréia, para você ver, eu tinha esquecido dessa experiência que eu tive na adolescência e de como tinha sido bom. E quando eu estava ali com a Samantha foi muito bom, e eu fiquei com vontade de beijar ela, de ficar com ela. Só que eu era uma mulher casada…” — Gente, seu marido tá lá se acabando no swing… Eu sei que é diferente, que no swing os dois concordam, mas, ah… Eu já detesto, odeio o Reginaldo, tô nem aí pra ele. — E aí ela ficou com esse conflito, porque ao mesmo tempo que ela queria beijar a Samantha, ela não sabia qual era da Samantha e ela era casada. E nesse, assim, pensamento, que ela ficou pensando, pensando… Elas estavam tomando sorvete, de repente, “taaau” [efeito sonoro de beijo], Samantha deu—lhe uma beijoca. [risos].
E aí, gente… Aí realmente ela percebeu que, assim, que o casamento dela era uma farsa, que o Reginaldo era um cretino… — Coisas que a gente já sabia, e olha que a gente conhece há o que? Quinze minutos? — E que, nossa, ela estava gostando da Samanta. Só que tinha toda a coisa do casamento, todo mundo da família dela gostava do Reginaldo. — Não entendo porque, mas gostavam. — E ela ficou nesse conflito e, depois desse beijo aí, ela bloqueou a Samantha. — Gente, como assim, Laís? — Ela bloqueou a Samantha, não queria mais saber.
E aí a Samantha tentou algumas vezes contato, mas também não insistiu. Só que aí, além de ter bloqueado a Samantha, ela não queria mais ir nas festas de swing, que eles iam uma vez por mês. E aí esse Reginaldo surtou, porque era a alegria dele esperar esse dia do mês, porque o que ele gosta é suruba. E aí eles brigaram, tiveram uma briga feia, ela falou que não ia fazer, que não ia mais. E aí ele, talvez já se sentindo fortalecido, já tendo conhecidos nesse clube aí, ele pediu o divórcio. O que pra ela foi ótimo, porque aí tirou dela aquela carga de “ai, a família vai ficar falando e tal”. Então, ela falou: “Olha, Andréia, eu dei até uma fingida assim que eu tava chocada, mas eu tava ótima”.
Eles se divorciaram, e ela me falou que hoje em dia essa coisa de divórcio é muito rápida, né? Eles não tinham bens, então… Não tinham filhos então não tinha muito que fazer, separou. E aí ela resolveu desbloquear e pedir desculpas pra Samantha. Só que aí a Samantha estava chateada, né? E a Samantha não queria mais conversa com ela. E aí ela ficou mal. [música triste] Agora em vez de ficar mal pelo Reginaldo, ficou mal pela Samantha… Mas aí ela foram conversando, ela foi com jeitinho, explicando para Samantha o ponto de vista dela e aí a Samantha: “ah, tudo bem, vamos se ver e tal”. Isso já era ano passado, e elas se encontraram, ficaram juntas e estão juntas até hoje. [música feliz]
E aí eu falei: ” e aí agora a pandemia, vocês foram morar juntas?”, “Andréia, um mês e meio que a gente estava namorando a gente foi morar junto”. — Eu não entendo isso, gente, como que vai morar junto tão rápido? — Ela falou: “eu não sei, mas deu tudo tão certo que a gente foi morar junto”. E elas estão juntas até hoje. Estão juntas até hoje, aí depois que sair vacina, então tá meio que aberto os preparativos, elas vão casar, querem fazer festa e tudo, né? Então elas optaram por não casar agora só em cartório, porque elas querem festa mesmo, querem reunir família… Pra casar direitinho no civil lá e tal… E tão juntas. Não é lindo? Se livrou daquele encosto do Reginaldo, homem insuportável… Insuportável. Ele que, sei lá, que morra no swing. Peguei ódio.
Mas tá vendo, gente? Existe amor até em história de swing, de troca de casais… [risos] Como ela ia imaginar, que nem ela me falou: “Eu até, Andréia, hoje, eu converso com o Reginaldo, porque se não fosse ele e as coisas que ele me aprontou, eu jamais teria ido nessa festa de swing e jamais teria conhecido a Samantha, porque os nossos caminhos não se cruzavam”, até em cidade diferente elas moravam. Então não ia ter como, talvez o universo desse jeito, o destino de uma outra forma, mas era pouquíssimo provável… O Reginaldo ele é tão cretino que eu tenho certeza que ele é o tipo de cara que não vai usar uma toalhinha pra por aquela bunda dele pelada no sofá, ele vai sentar direto no sofá de camurça e vai deixar ali uma rodelinha da bunda dele suada. Eu tenho certeza que o Reginaldo é esse tipo de mau caráter, que senta com a bunda sem toalhinha no sofá da casa de swing, certeza.
Então é isso, gente, história de amor, minha despedida aqui para o podcast Afetos. Em breve a gente faz outros, lógico. E foi legal, né? Uma história de swing com final feliz. Muito feliz. Elas estão ótimas, vai ter festa de casamento e tudo, né? Quando sair a vacina. Vamos torcer que saia logo, né? Então um beijo, gente. E amanhã, que é sábado tem o nosso último Luz Acesa do mês, que aí vai ser uma história que foi uma das finalistas num concurso de contos de terror lá do meu amigo Tanto, então até amanhã, que amanhã tem mais. Um beijo.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]