Skip to main content

título: lama
data de publicação: 05/01/2022
quadro: vai pra onde?
hashtag: #lama
personagens: jeferson, jorge e irmã

TRANSCRIÇÃO

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra terceira história do nosso Especial de Férias – Vai para Onde? E já adiantando pra vocês, muita gente me perguntou da história de ontem, né? Como a Suzana descobriu que a prima estava grávida. Como é uma história meio longa, eu transformei num episódio de Picolé de Limão, então semana que vem a história já vai estar lá no nosso Apoia-se, tá? A história de hoje [risos] é a história do Jefferson e de seu namorado Jorge e umas férias aí onde eles alugaram uma casa [risos] junto com a irmã do Jorge. Bom, então vamos lá, vamos de história. 

O Jefferson me escreveu tem mais de oito meses e eu resolvi guardar [risos] essa história para agora, porque era uma história de férias, né? E eu já tinha o objetivo aí de fazer um especial e há muito tempo eu já tinha falado com o Jorge, agora eu fui falar com ele novamente para avisar que eu ia contar a história, e aí a história teve um update. Então eu tenho mais informações aí no final para vocês. Bom, o Jefferson conheceu o Jorge mais ou menos um ano antes da pandemia. Eles começaram a namorar e o namoro ótimo, Jorge, assim, uma pessoa incrível e, nesse um ano de namoro, Jorge morando numa grande capital, Jefferson também. E Jorge morando junto com a irmã, porque os dois foram para a capital para estudar. 

E como era essa irmã do Jorge? Sabe o tipo de pessoa que.. Como é que eu vou dizer isso? Que quer te ajudar demais? Que é solícita demais e que se torna até invasiva? Essa é irmã de Jorge. E a irmã de Jorge fazia tudo assim para se incluir nos passeios do casal e pra estar em tudo… Ela sempre tinha que estar em tudo, ela sempre era uma pessoa ótima e, né? Por muitas vezes, cansativa, meio chata, enfim… E no final ali de 2019, comecinho de 2020, eles estavam passando as festas juntos e todo mundo ia voltar a trabalhar ali no comecinho de janeiro, então não ia ter férias, só que todos teriam férias do Carnaval, né? Antes aí da pandemia. E aí esta moça, irmã de Jorge, falou: “Olha, eu estou aí com uma oportunidade de uma casa de luxo para a gente alugar por seis dias. A casa tem tudo, tem piscina… São duas piscinas. Tem sauna e nã nã nã” e mostrou as fotos. 

Era um lugar, assim, maravilhoso, ficava mais ou menos a uma hora de onde eles moravam, né? Então era muito perto e todo mundo se empolgou. Então iam só os três para ficar nessa casa e curtir, enfim… O Jefferson preferia viajar só com o Jorge, só que o Jorge queria fazer esse passeio com a irmã. E a irmã viu os custos, não era uma casa barata, porque era realmente uma casa de luxo, então compensava levar mais gente, só que o Jorge e o Jefferson preferiam ir assim de casal, né? Por mais que a irmã estivesse junto, era só ela. E a irmã passou os custos, eles dividiram em três… Ficou caro para seis dias, bem caro, só que Jorge falava: “Ah, vamos, né? Vamos fazer esse esforço, vai ser legal e nã nã nã. Vamos para essa casa”. 

E aí chegou o dia de ir para casa… Essa irmã de Jorge estava um pouco tensa, só que assim, meio que aparentando estar ótima. E aí lá foram eles para essa casa de luxo a uma hora de onde eles moravam. Chegaram lá num portão que, assim, o Jefferson falou que era tudo menos uma casa de luxo, parecia um rancho… Um rancho. E, assim, o que o Jefferson notou é que para entrar nesse rancho… Então pensa: Tinha uma porteira e depois uma estrada de terra e lá no final, assim, você via de longe uma casa que parecia, sei lá, um chalézinho. E aí essa estrada de terra estava molhada, porque tinha chovido, então era lama pura. O carro não conseguia subir essa estrada, então eles teriam que deixar o carro lá no início da porteira e subir a pé. [risos] Com as mochilas, com tudo… 

E aí o Jefferson já falou: “Meu Deus do céu, roubada”. Porque assim, a fachada da casa que ela tinha mostrado não era nada parecido com aquilo, né? E aí eles subiram pela lama e o Jefferson esperançoso de que depois do chalé teria a casa de luxo, atrás ali. [risos] Só que chegaram nesse chalezinho e era apenas esse chalezinho. E a piscina, gente, pensa assim… Alguém cavou um buraco no chão… O Jefferson falou: “Aquilo podia ser um lugar pra desova de corpo” [risos], porque não era uma piscina, era um buraco no chão de terra com a água, tipo uma poça com lama. [risos]. 

E aí a moça começou a chorar e falou: “Fui enganada, fui enganada”. O Jorge correu para abraçar a irmã, né? “Meu Deus do céu, o que aconteceu? Fomos enganados e nã nã nã”. E aí assim, gente, era muita lama… Muita lama. O chalé não tinha nem eletricidade, ou eles não sabiam onde ligar, quer dizer, enfim… Eles ficaram duas horas nessa casa no meio da lama, em plenas férias ali e resolveram voltar, não tinha como ficar os seis dias ali, né? O Jefferson já tava surtado e muito aborrecido, porque eles gastaram uma puta grana. E essa irmã voltou o caminho todo chorando. Chorando, chorando, chorando… 

E aí o Jorge para não deixar a irmã sozinha, não dormiu aquele dia na casa do Jefferson, né? Porque a moça estava abaladíssima, que foi enganada e que ia entrar em contato com as pessoas que venderam e nã nã nã. E aí o Jefferson lembrou que num dos pagamentos que eles fizeram… Porque, assim, os pagamentos eram feitos para ela e ela depois repassava os recibos para todo mundo. E era sempre assim, ela criava um e-mail e mandava o recibo, mas teve um que ela meio que encaminhou, que foi o primeiro pagamento, tipo, sei lá… O primeiro pagamento foi de 1.000 reais, tô jogando um valor aí qualquer… E aí ele falou: “Ah, nesse e-mail encaminhado tem um e-mail, eu vou escrever pra lá e vou descer a lenha”. 

E aí como o Jorge tinha ido para casa com a irmã, o Jefferson foi para a casa dele e falou: “Bom, não tenho nada para fazer, vou infernizar essa empresa”, e ele mandou um e-mail falando um monte, reclamando, dizendo que ia processar e a pessoa respondeu para ele… Porque assim, no e-mail o Jefferson escreveu que tinha, ah, vai: “Nós gastamos 4 mil reais e as fotos eram essas e vocês mandaram essa… Esse endereço… A gente foi nessa casa”. O Jefferson tinha tirado foto de tudo lá e tinha mandado. E aí, gente, a pessoa respondeu dizendo que não recebeu 4 mil reais, recebeu 1.000 reais, que foi aquele primeiro e-mail encaminhado e que ela estava mandando ali todos os e-mails trocados, e que a casa era um chalé… Era aquele exato chalé que eles tinham ido e que, inclusive, a irmã de Jorge tinha recebido as fotos. 

Então ela ficou com mais que o dobro do dinheiro, bem mais assim… Essa é mais ou menos a conta. Tipo, eles pagaram 4 mil e ela gastou 1.000 pros 6 dias e embolsou 3 mil, e que nunca teve casa de luxo, que era aquele chalé realmente, que ela estava ciente de tudo e que essa mulher que respondeu os e-mails do Jefferson tinha como provar, que ele podia ir para a Justiça, do jeito que ele quisesse, que ele tinha como como provar ao lado dele para onde ele foi e a mulher tinha como provar que exatamente onde ele foi era o que eles compraram. E aí o Jefferson ficou em choque, falou: “Bom, eu não vou falar hoje para o Jorge isso, amanhã ele vem aqui e eu mostro tudo, que é mais fácil mostrar do que ligar agora e falar… Ele está lá do lado da irmã”. 

Aí o Jorge veio no dia seguinte, ele mostrou tudo para o Jorge. Jorge ficou em choque, desacreditando, achando que a mulher era uma desonesta e enganou a irmã dele. Mas ali diante das provas, não tinha muito o que fazer. O Jorge ligou para a irmã e falou: “Ah, você pode vir aqui e tal, que a gente precisa conversar com você?”. A irmã veio, e aí a irmã acabou confessando, disse que precisava do dinheiro, porque estava com a fatura do cartão atrasado… [risos] E aí inventou isso. E o Jefferson ficou muito, muito bravo… O Jorge devolveu o dinheiro do Jefferson, inteiro… Então, o que ele gastou, né? E, assim, a coisa ia ficar por isso mesmo, só que o Jefferson não estava não estava se conformando, sabe? 

Porque o Jorge meio que a hora que devolveu o dinheiro falou: “Bom, as coisas ficaram bem, né? Tá tudo bem”. Só que o Jefferson não conseguiu engolir e eles acabaram terminando. E aí veio a pandemia… 2020 e agora 2021 eles ficaram separados. Quando o Jefferson me escreveu essa história já tinha acontecido, eles já estavam separados e agora quando eu fui falar com o Jefferson, ele me falou que encontrou o Jorge assim, por acaso, antes do Natal e eles retomaram o relacionamento… E que a irmã do Jorge estava com uma tornozeleira eletrônica. [risos] Porque ela acabou se metendo aí num esquema de pirâmide de bitcoins, enfim, uma coisa meio complicada que eu não posso nem contar aqui, porque ainda, né? Ela respondeu um processo, tem mais dois para responder, enfim… 

E que ela vai ficar aí sete ou oito meses de tornozeleira eletrônica. [risos] Então, quer dizer, aquilo ali eles não sabem nem se foi o primeiro golpe que ela deu, né? Mas que depois daquilo, na pandemia, ela deu muitos golpes, muitos golpes… E que agora o Jorge nem morando com ela estava mais, porque ia acabar sobrando para ele, né? Então é aí uma história que a gente tem meio que o desfecho, eles estão juntos de novo. E essa irmã, tipo, não melhorou, piorou e agora usa aí uma tornozeleira eletrônica. Que coisa, né? 

E aí essas férias que eles passaram na lama realmente foi o estopim para terminar o relacionamento deles. Agora vamos ver, tomara que firme, né? [risos] E que eles não comprem mais férias aí com ninguém, né? Nenhum pacote duvidoso. Então essa é a história de hoje, amanhã estou de volta com mais uma história de férias. Um beijo e até amanhã. 

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.