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título: trabalho de parto
data de publicação: 15/01/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #trabalhodeparto
personagens: lidiane e mirian

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente. Cheguei… E cheguei pra mais uma história do quadro Amor nas Redes. — E hoje não tô sozinha., meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Em comemoração ao Dia do Farmacêutico que acontecerá agora dia 20 de janeiro e para homenagear os funcionários de seus mais diversos segmentos, a Drogasil me convidou pra contar algumas histórias que aconteceram tendo a farmácia como cenário. O maior compromisso da Drogasil é cuidar. Em homenagem a seus trabalhadores que cuidam de quem visita as farmácias no dia a dia, eu selecionei seis histórias que mostram como essa galera que trampa na Drogasil oferece cuidados que vão além dos medicamentos. — Gente, eu tô apaixonada, tem muita história boa. — 

Hoje eu vou contar para vocês a história da farmacêutica Lidiane Quirino da Silva, a Lidiane é gerente farmacêutica e, atualmente, é a gerente regional de desenvolvimento em Goiás. — Vocês já perceberam que o Coentro Nenê está aqui comigo, né? Ele deu uns miadinhos aí [risos] no começo e ele está aqui junto para contar a história da Lidiane. — Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Lidiane começou a trabalhar na Drogasil em 2012. Ela começou ali como farmacêutica mesmo. — Trabalhando no fechamento de loja. — E aí ela estava no balcão atendendo lá um cliente, — Fazia só quatro meses que ela trabalhava na Drogasil. — quando ela reparou uma movimentação ali meio estranha pela loja… O marido da gerente daquela loja sempre ia busca-lá ali quando acabava o turno, né? E ele sempre entrava na loja, falava “oi” e saía dali com a esposa e eles iam para casa. E isso aconteceu, só que menos de um minuto depois, essa funcionária, essa gerente, voltou e o marido também voltou e eles estavam bem apreensivos… A Lidiane estava terminando ali um atendimento no balcão e essa gerente falou assim para Lidiane: “Ah, você está terminando aí o atendimento? Eu precisava falar com você, com uma certa urgência”. 

E aí a Lidiane terminou ali o atendimento que ela estava fazendo no balcão e foi conversar com a gerente para ver o que tinha acontecido. Assim que Lidiane foi conversar com o gerente, a gerente falou: “Olha, tem uma moça no estacionamento aqui da farmácia em trabalho de parto”. Então a gente tem que pegar luva, tem que pegar papel toalha, a gente tem que ver o que a gente vai fazer, porque a bolsa já estourou… A gente tem que ir para lá. E aí a Lidiane foi até a moça, a moça realmente já estava em trabalho de parto, então… — Eles chamaram ajuda, mas não dava tempo, né? — O parto teria que ser feito ali, e a Lidiane e a gerente nem pensaram em outra coisa, já começaram a movimentar para que isso acontecesse, n[e? [efeito sonoro de mulher gritando] — Gente, pensa: você está do nada lá no balcão da farmácia atendendo e um minuto depois você está realizando um parto no estacionamento, olha que loucura. — 

E, assim, a moça estava tão já, assim, no auge do trabalho de parto, que ela não conseguia andar, porque a ideia era tentar levar a moça para dentro da loja para fazer esse parto dentro da farmácia, para ela ter um pouco mais de privacidade, mas ela não conseguia andar, não dava mais tempo de nada. Aí conseguiram ali um papelão para colocar embaixo dela, né? — Era o mínimo nessa correria. — O marido da gerente pegou um outro pedaço de papelão e tentou isolar ali a área para que as pessoas não ficassem olhando tanto, né? — Porque começou a juntar gente… — A Lidiane e a Mirian, a Mirian a gerente, colocaram as luvas e aí começaram… 

A Lidiane foi explicando para a moça o que ela tinha que fazer quando viessem as contrações, a Mirian ficou ali segurando a mão da moça e o marido da Mirian ficou ali com o papelão tentando isolar a área para que as pessoas não ficassem olhando, porque bem em frente a farmácia, tinha um espetinho, então estava cheio de gente, aquele horário de saída de trabalho e tal, tinha bastante gente na rua, né? Tava bem movimentado… E aí, gente, nem demorou tanto, porque a moça já estava mesmo ali parindo. [efeito sonoro de mulher gritando] — E aí a Lidiane pela primeira vez na vida, primeiro parto dela, né? — Ela recebeu ali o menininho nos braços, o bebezinho e a Mirian segurando ainda a mão da moça, né? 

E aí a Mirian já virou pra ela e falou: “Ele não está chorando, precisa fazer ele chorar”, a Lidiane já estava ali também se movimentando para fazer o bebezinho chorar. — Aí do nada já tinha adotado uma manta de uma outra mãe, que estava chegando ali na farmácia com o seu bebê. — Aí já conseguiram uma manta e enrolaram o bebezinho, e aí conforme ela manejou o bebezinho ali, [efeito sonoro de bebê chorando] ufa, o bebezinho chorou… Aí todo mundo batendo palma, galera chorando. [efeito sonoro de palmas] — Aquele auê, né? Eu não consigo nem me imaginar numa situação dessa como eu ia reagir, assim, né? — Porque na hora a Lidiane falou que… — Foi tudo meio que no automático, né? 

Elas tinham que fazer aquele parto, elas tinham que ajudar. — Aquela mãe. — E aí a hora que elas já tava enrolando o bebezinho, não tinha como cortar cordão, nada ali… [efeito sonoro de sirenes] O SAMU chegou. — Ufa. — O SAMU chegou todo mundo ali, passa aquela adrenalina, todo mundo chorando, marido de Mirian tremendo aí com o papelão. [risos] — Ufa, né? — E o SAMU levou o bebezinho e a criança, eles assumiram dali, mas já estava praticamente tudo resolvido, né? As duas ali, Mirian e Lidiane, resolveram tudo. — E aí passou, né? O trabalho delas ali, o que tinha que ser feito, foi feito. — Passado uns dias, Lidiane e Mirian estavam ali na farmácia, ali no balcão e tal, quando entrou uma moça com um bebezinho no colo. — Gente… — 

Era a moça do parto no estacionamento com o bebezinho no colo, o bebezinho foi batizado com o nome de “Davi” e ela estava trazendo o Davi para Lidiane e a Mirian conhecer. — Olha que coisa mais fofa. — E aí foi mais uma emoção, né? Porque elas não estavam esperando que a moça fosse voltar na farmácia e ainda trazer o bebezinho, né? — Que estava ótimo, saudável… — Para agradecer ali o parto que ela teve ali. — E eu fico pensando assim, gente, será que alguém anotou as horas e o minuto para depois colocar na certidão ali para fazer o mapa astral do garotinho? [risos] Aquela do horóscopo, né? [risos] — 

Eu amo essas situações que acontecem e aí você tem que fazer… Você tem que agir. Você está ali, você não questiona nada, você vai e faz… E foi isso que Mirian e Lidiane fizeram ali naquele dia, naquela noite, na farmácia nesse parto. Gente, do nada um parto… Do nada um bebezinho. E aí eu quero agora que a gente ouça a Lidiane contar um pouco como foi esse dia, principalmente como foi depois da surpresinha de receber a mãe e o bebê, né? Eu ia ficar em choque. — Chocada. — Então agora a gente vai ouvir a Lidiane e como foi essa aventura aí de fazer um parto. 

[trilha] 

Lidiane Quirino: Eu me chamo Lidiane Quirino, eu sou a gerente farmacêutica na Drogasil em Goiânia, Goiás. Minha história com a Drogasil começou em dezembro de 2012 quando eu entrei na empresa como farmacêutica, na filial 425, 4ª radial. Estava eu na minha loja, no balcão, fazendo um atendimento quando eu observei o esposo da minha gerente da época, a Miriam, entrar na loja como de costume, para buscá-la. Logo depois, eu vi os dois passarem de volta e ela me disse: “Lidiane, quando terminar o atendimento, pega papel toalha e luva”. Quando eu cheguei no estacionamento da loja, eu vi uma jovem grávida sentada no chão sentindo dores. Ela estava em trabalho de parto. A minha gerente olhou para mim e me disse: “E agora? Como que nós vamos fazer?”. 

O esposo da minha gerente já tinha ligado para o SAMU, a gente estava aguardando a chegada deles, só que ela já estava sentindo muita dor e já começava o trabalho de parto. Não dava tempo de levar ela ao hospital. Aí nós pegamos um papelão que estava na carroceria de uma caminhonete que estava no estacionamento da loja, colocamos no chão, deitamos ela, o esposo da Miriam e um outro funcionário, com um pedaço de papelão, tentavam dar um pouco de privacidade para a moça, porque eram muitos curiosos… Porque, próximo da loja, funcionava e funciona até hoje um espetinho, que as pessoas costumam parar quando saem do trabalho para comer. 

Eu e a minha gerente colocamos as luvas e eu tentei explicar para a moça quando e como que ela deveria fazer quando as contrações chegavam, para que ela não se cansasse e ajudasse a gente naquele momento. A Mirian segurava a mão da moça enquanto eu tentava ajudá-la quando as contrações vinham. De repente, eu recebi nas minhas mãos um lindo menino… Me sinto emocionada só de relembrar… A minha gerente olhou assustada para mim e disse: “E agora, como que faz ele chorar?”, peguei ele no colo, enrolei na mantinha, enquanto eu enrolava ele na manta, mexi com ele e ele soltou um chorinho bem gostoso. Foi uma mistura de sorriso e de choro de quem estava ali naquele momento… Da mãe, meu, da Mirian e de todas as pessoas assistindo naquele momento. 

Passado algum tempo, a ambulância do Samu chegou, levou a mãe e o bebê. Após alguns dias, nós recebemos na loja a visita da mãe e do filho, que ela colocou o nome de Davi. A moça se chamava Maria e foi até lá nos agradecer. Nesses quase 10 anos de Drogasil, tenho muitas histórias para contar, mas nenhuma se compara ao quanto foi gratificante ver aquela criança chegar ao mundo com saúde. 

Déia Freitas: A Drogasil tem a vocação de cuidar, valorizando as relações humanas e dando acesso a produtos e serviços que melhoram a saúde das pessoas e do planeta. Eu volto sábado que vem com mais uma história aí dos trabalhadores da Drogasil. — Estou amando. — Um beijo e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.