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título: insulina
data de publicação: 22/01/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #insulina
personagens: elizabete e mãe

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. E eu estou aqui hoje para mais uma história do quadro Amor nas Redes. — E eu não estou sozinha, meu publi. — [efeito sonoro de crianças contentes] Para homenagear seus funcionários, a Drogasil me convidou para contar algumas histórias que aconteceram na farmácia. O maior compromisso da Drogasil é cuidar, em homenagem a seus trabalhadores que cuidam de quem visita as farmácias no dia a dia, eu selecionei seis histórias que mostram que essas pessoas que trabalham na Drogasil oferecem cuidados que vão além dos medicamentos. Semana passada eu contei a história da Lidiane, —Volta o feed aqui para ouvir. — e hoje eu vou contar para vocês a história da Elizabete Madalena Santos Oliveira. Ela é a gerente filial da unidade Paulista 6 aqui em São Paulo. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A história da Elizabete com a Drogasil começa bem antes de ela começar a trabalhar lá… Quando a Elizabete tinha sete anos os pais dela se divorciaram e a mãe dela se viu ali numa situação sem ter para onde ir, sem saber o que fazer… E ela foi morar na casa de uns parentes. — A Elizabete e a mãe foram morar ali na casa de uns tios da Elizabete, era uma vida muito difícil… —E a Elizabete lembra que ali, com sete anos, oito anos, ela não tinha como ajudar a mãe dela financeiramente, né? E elas passaram muitos perrengues juntas. E, com 16 anos, —Quando a Elizabete estava ali com seus 16 anos. — a mãe dela foi diagnosticada com diabetes do tipo 2. 

A mãe da Elizabete ficou arrasada, arrasada, arrasada… — Ficou mal. — Tinha que começar a cuidar e, enfim, mas ela não sabia, não tinha muita informação e foi fazendo o que dava, como dava, né? Ela tomava a insulina numa farmácia ali do bairro, mas o farmacêutico não dava muitos detalhes, né? Só aplicava a insulina ali que o médico receitou e mais nada. Quando a Elizabete estava com 17 anos e meio, ela conseguiu um trabalho num consultório odontológico. E aí ela começou a ganhar o dinheirinho dela e foi o primeiro passo para ela e a mãe dela conseguirem ali alugar um lugarzinho só para as duas. — Só que as duas foram morar como, gente? — Foram morar numa casinha só com um fogão e uma cama, mais nada… — Mas era um grande passo para a independência das duas, né? — 

Era só um cômodo? Era só um cômodo, mas era um cômodo ali delas agora, né? Onde elas podiam viver ali do jeito delas, com as coisinhas delas… — Só que tinha uma questão… E a insulina? — Agora elas tinham mudado de bairro, né? Elas estavam na Vila Carioca e a insulina precisava ficar na geladeira. — Não tinha outra opção… — E elas não tinham a menor possibilidade de comprar uma geladeira ainda. E aí a mãe da Elizabete falou assim pra ela: “Vamos recorrer à farmácia do bairro, né? Vamos ver se eles deixam a gente colocar nossa insulina lá na geladeira”. — E aí pensa, você ia chegar numa farmácia do nada e falar: “Oi, tudo bem? Essa é a minha mãe, ela é diabética, ela precisa tomar insulina, a gente não tem geladeira… Será que a gente pode deixar a insulina aqui na geladeira da farmácia?” Mas que opções elas tinham, né? O não era garantido, então era meter as caras e perguntar mesmo. E assim elas fizeram… — 

Chegaram na farmácia, né? Foram direto procurar a farmacêutica. A farmacêutica falou: “Olha, não sou eu que decido, quem decide é o gerente, o seu Pereira, mas vamos falar com ele. Vamos dar um jeito sim, né?” Essa unidade da Drogasil era a farmácia ali da Rua Silva Bueno. A farmacêutica já foi ótima com elas, né? Muito, assim, bacana, mas elas tinham que ter a aprovação do gerente que era ali o seu Pereira. Aí chamaram o seu Pereira e ele prontamente falou: “Imagina, lógico, né? Pode deixar a sua insulina aqui”. E eles aproveitaram para fazer uma coisa que, até então, ninguém tinha feito ainda com a mãe de Elizabete, que era explicar direitinho o que era a doença que ela tinha e que, assim, que diabetes não era uma sentença de morte. Que ela podia ali, tomando insulina dela certinho e tal, viver legal. 

E a Elizabete disse que, a partir daquele momento, onde a mãe dela teve uma atenção e pessoas conversando com ela, explicando e ela ia lá naquela sala de Assistência Farmacêutica tomar a insulina dela, ela viu a mãe dela mudar… Sabe aquela coisa da autoestima? Ela se sentiu ali importante, se sentiu, sabe, cuidada? — Eu acho que a palavra é essa, “cuidada”. — E aí esses cuidados foram se intensificando, né? A Elizabete percebeu que ali, naquela unidade da Drogasil, a mãe dela estava totalmente assistida, né? — Com as coisas que estava ao alcance da farmácia de fazer. — Um dia a mãe da Elizabete falou: “Ai, será que a gente não consegue uma vaguinha para você?”. — Aí na Drogasil. — 

Aí elas foram lá falar com seu Pereira… — Mais uma vez não elas já tinham, né? — E não é que surgiu uma oportunidade e a Elizabete começou a trabalhar lá? E aí quando a gerente Isabel deu a notícia para a Elizabete que ela estava contratada, ela ficou em choque, né? [risos] [efeito sonoro de uma jovem feliz ao fundo] Saiu pulando, comemorando… Ela tinha acabado de fazer 18 anos, e ali foi o primeiro emprego registrado, né? — Da Elizabete. — Ela entrou como atendente, e aí com nove meses de empresa, ela foi promovida para atendente 2 e, com um ano e meio, ela foi promovida a supervisora. Ela conheceu o marido lá na Drogasil e aí ela foi promovida a gerente. [música feliz] 

O casamento da Elizabete já dura mais de 20 anos. — Ela tem um filho de 20 e uma filha de 13. — Então ela trabalha na farmácia há muitos, muitos, muitos anos… Hoje, o filho da Elizabete também trabalha na Drogasil, ele começou com o cargo ali de jovem aprendiz e está aguardando a promoção para supervisor de loja. Eu escolhi essa história porque ela me tocou de uma maneira especial. Primeiro pelas condições ali… — Pela falta de condições, né? — Da Elizabete e da mãe. E, segundo, pela autonomia dos funcionários ali da Drogasil. Não precisou aquela coisa de “Ah, deixa eu ver… Preciso, sei lá, dar um telefonema, mandar um e-mail para ver se eu tenho autorização para fazer isso”… Não, o seu Pereira ali na farmácia ele sabia que a função dele de gerente é ajudar ali a comunidade e, poxa, quer mais ajuda que isso? Que botar na sua geladeira uma insulina de uma pessoa ali do bairro que você atende? 

Então, eu gostei muito disso… Dessa peça proatividade dele mesmo, sabe? Aquela coisa de ver uma pessoa ali, — De trabalhador pra trabalhador, saca? — e ajudar o seu igual, o seu parceiro de luta. E, assim, eu tive toda a liberdade para escolher as histórias que eu quisesse escolher dentro ali das histórias desses funcionários da Drogasil e eu optei por escolher essas histórias, onde os funcionários eles têm um papel que ultrapassa os limites ali da farmácia e promovem um bem maior na sociedade. Eu acho que o que o seu Pereira fez, sabe? De pegar essa mulher que precisava de um espacinho na geladeira e ele deu mais… Ele foi lá, ele explicou, explicou o que era o diabetes para ela… — Coisa que ninguém tinha feito como ele fez ali, que é aquela coisa de parar e dar um pouco de atenção, sabe? — 

Então, gente, essa história pra mim é uma das minhas preferidas e com o desfecho maravilhoso, praticamente todo mundo trabalha na farmácia. — Amo. — [risos] E agora a gente vai ouvir a Elizabete falar um pouco de como foi aí esse começo, né? 

[trilha] 

Elizabete Madalena: Meu nome é Elizabete Madalena, sou gerente e trabalho na farmácia Drogasil da Avenida Paulista, cartão central de São Paulo. Meu pai separou da minha mãe quando eu tinha, aproximadamente, uns 7 anos. De lá para cá, nesse meio tempo, eu fui acolhida na casa dos meus tios e minha mãe ela teve que sair para trabalhar como empregada doméstica. Nesse meio tempo, ela descobriu que ela tinha diabetes. Então, foi um momento bem difícil nas nossas vidas, porque ela não tinha muito conhecimento sobre a doença. Como a gente morava no outro bairro, tinha uma farmácia próxima que atendia somente às necessidades da minha mãe, que era aplicar insulina e nada mais além disso. 

Quando eu peguei a idade de uns 17 anos, eu comecei a trabalhar com uma dentista na Rua Silva Bueno, foi quando eu e a minha mãe colocamos um propósito em mudar, sair da casa dos meus tios para a gente ter a nossa própria independência. Foi quando nós mudamos para a Vila Carioca, mas a gente não tinha condições, financeiramente, de manter uma casa, porque a gente só tinha uma cama, o guarda-roupa, um fogão… E a gente não tinha geladeira. Foi aí que bateu o desespero, e eu lembro que minha mãe ficou muito nervosa, chorava bastante, porque sem a medicação, ela passava muito mal, tinha crises… Foi quando ela teve a ideia da gente procurar nas proximidades uma farmácia do bairro, aí a gente foi na Drogasil da Rua Silva Bueno e a minha mãe, ela entrou bem apreensiva, porque não a gente já contava, porém a gente tinha uma esperança que dali viria um socorro para ajudar ela. 

Foi quando minha mãe foi acolhida por uma farmacêutica, e a farmacêutica com todo o cuidado, com todo amor, acolheu a minha mãe e deu pra ela todas as informações cabíveis naquele momento. E a minha mãe no momento de desespero, contou que estava ali porque precisava que alguém guardasse a insulina dela na geladeira, porque ela não tinha onde colocar. A farmacêutica ela pediu para minha mãe aguardar uns minutos e foi conversar com o gerente, e o gerente Pereira se aproximou da minha mãe e falou que ela poderia ficar tranquila, que ele ia colher ela, que ia dar toda a assistência para ela, que não ia deixar ela na mão… E ele cedeu a geladeira para colocar a insulina. 

Hoje, eu trabalhando na empresa, sei que não existe essa possibilidade da gente guardar os insumos do cliente, mas ali foi uma, solidariedade, um ato de carinho, um ato de cuidado e isso comoveu demais a mim e à minha mãe, que despertou em mim também o desejo de fazer parte dessa empresa. Porém, eu tinha 17 anos e meio, a empresa na época não tinha o projeto menor aprendiz e, nesse meio tempo, minha mãe foi acolhida, ela foi cuidada, ela foi orientada… O cuidado dos farmacêuticos… Não só dos farmacêuticos, mas o cuidado da equipe em si… A minha mãe chegava na farmácia e eles já direcionavam minha mãe na sala… Teve todo um processo de aprendizado dentro daquela sala da Assistência Farmacêutica. 

Minha mãe ela não sabia aplicar insulina, teve todo o processo de ensinamento, de paciência, de calma… Teve o cuidado de orientar minha mãe sobre a alimentação, o cuidado com a pele, é o cuidado mesmo de perto, em todos os momentos. E quando eu completei 18 anos, a minha mãe pediu uma oportunidade para eu fazer parte da empresa. E eu fui até a loja, fiz uma entrevista, fiz uma prova e ele me direcionou para a unidade da Drogasil do Carrefour Anchieta, para ter um bate papo com a gerente Isabel. E aquela sensação, ela falando que eu fui contratada, foi uma sensação única, de felicidade… Foi um momento de êxtase que eu senti, de virar a página de um sofrimento. 

E ali começaram os novos capítulos da minha vida… E eu lembro que ela falou para mim: “Olha, você está contratada agora, você só precisa ir na matriz dar entrada na documentação”. Eu lembro que eu saí daquela loja, eu pulava, eu gritava naquele estacionamento… Porque era um momento de eu também levar um pouco de esperança para a vida dos clientes como levaram para a vida da minha mãe. Minha mãe ela não tinha perspectiva, ela era uma pessoa muito abatida, porque ela não tinha, né? Ela não tinha estudo sobre a doença, nunca ninguém parou para explicar para ela que ela poderia ter uma vida normal, que ela precisava só ter o controle… E tudo começou dentro de uma sala, tudo começou com uma farmacêutica, tudo começou com o cuidado de um gerente, o cuidado de uma equipe… E isso me despertou algo extraordinário, para mim poder fazer parte dessa empresa. 

E hoje estou aqui, né? Há 23 anos. É um amor que se multiplicou. Casei dentro da empresa. Casei, tenho dois filhos, meu menino tem 21 anos e minha menina tem 13 anos. O meu menino também começou na empresa como menor aprendiz, atendente 1, atendente 2 e hoje ele está indo para o processo de supervisor. Então, você vê que o amor ele também está dentro de casa pela empresa, ele passou de geração em geração. 

Déia Freitas: A Drogasil tem a vocação de cuidar, valorizando as relações humanas e dando acesso a produtos e serviços que melhoram a saúde das pessoas e do planeta. Eu estou muito feliz com essa seleção de histórias. Eu volto no sábado que vem com mais uma história aí da Drogasil e seus funcionários maravilhosos. — Que eu já amo. — Então é isso, gente, um beijo e até semana que vem. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.