Skip to main content

título: acolhimento
data de publicação: 19/02/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #acolhimento
personagens: vinícius e dona carmen

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. E hoje eu tô aqui mais uma vez para uma história do quadro Amor nas Redes. — E eu não tô sozinha, meu publi. — [efeito sonoro de crianças contentes] — Olha, estou arrasada… [música triste] É a minha última história da campanha com a Drogasil e, assim, já estou sentindo muita falta. Foi muito legal essa homenagem que a Drogasil fez aí para os seus funcionários e a gente recebeu um retorno muito positivo. — Muitos funcionários entraram em contato com a gente, minha audiência toda amou, então, assim, muito, muito, muito legal esse publi. Espero aí que a minha parceria com a Drogasil se estenda aí por anos e anos. — Bom, vamos para a última história [risos] aí da nossa campanha. — 

E hoje eu vou contar para vocês uma história onde nem sempre vender é o mais importante, né? — Às vezes o que a gente precisa fazer ali, no nosso ambiente de trabalho, é ter uma boa escuta, é poder escutar o outro, escutar o seu cliente, enfim… — E hoje eu vou contar para vocês a história do Vinícius Ferreira, ele é gerente da Drogasil da Avenida Joaquim Floriano, no bairro Itaim Bibi aqui em São Paulo. — Não sei se a Joaquim Floriano é uma rua ou é uma avenida, enfim… É na Joaquim Floriano aqui em São Paulo. — Então vamos lá vamos de história. 

[trilha] 

Um dia o Vinícius estava ali no balcão da farmácia fazendo as coisinhas dele ali de trabalho, quando chegou uma cliente ali. — E foi até o balcão falar com ele. — Essa senhora ela tinha acabado de sair do hospital e estava ali na Drogasil para comprar os remédios do tratamento dela pós Covid. E essa senhora, — Que eu vou mudar o nome, vou chamá-la de Carmen. — a dona Carmem chegou ali no balcão e falou os remédios que ela estava precisando e nã nã nã e contou que ela tinha acabado de sair do hospital, que ela teve Covid… E o Vinícius atendeu, ouviu, né? — Conversou ali com dona Carmem. — Ela pegou os medicamentos, pagou e foi embora. E ali dona Carmem tinha dito que aquela unidade da Drogasil, ali na Joaquim Floriano, não era perto da casa dela. — Era tipo meio do caminho… Sabe quando você sai do hospital e você vê uma farmácia e aí você compra os remédios e depois você vai lá longe pra sua casa, enfim… — 

E aí o Vinícius achou que por ela morar longe e tal, esse era o único atendimento que ele ia fazer com dona Carmem. O tempo passou… Dali um tempo, o Vinícius estava de novo ali na loja quando ele viu dona Carmem entrando ali na farmácia e ele cumprimentou dona Carmen e tudo, e ela tinha voltado… — Assim, ela já tinha comprado os remédios, né? — Mas para conversar com Vinícius, para contar como tinha sido o período dela enquanto ela teve Covid, e ali como estava sendo o pós Covid… — Dona Carmen ela não tinha com quem conversar. — Por causa da Covid, os cabelos de Dona Carmen caíram muito. — Isso pode acontecer realmente em quem teve Covid ou pós Covid também, eu já vi casos em que o cabelo pode cair um pouco e tal. — E os cabelos de Dona Carmen caíram muito… Então ela estava com a autoestima lá no pé. — Sabe? — 

Por causa da Covid também e de todos os desdobramentos, Dona Carmen tinha desenvolvido ali uma depressão e uma síndrome do pânico. — Então, assim, ela não estava legal, sabe? — Ela tinha desenvolvido ali um quadro de ansiedade, mas ela estava ali pra bater papo, pra conversar um pouco com o Vinicius, ne? Importante dizer que dona Carmem ela passa por um atendimento psicológico, ela está completamente amparada. Só que o engraçado é que, assim, ela saía da psicóloga e passava lá no Vinícius, na Drogasil [risos] para contar para ele como tinha sido a sessão com a psicóloga. Se ela tinha melhorado, se ela estava mal aquele dia… [risos] Então, ela saía da psicóloga e passava na Drogasil. 

E, nesse processo, o Vinícius foi acompanhando… Tinha dia que dona Carmen tava melhor, então ela passava lá mais felizinha, tinha dia que ela não estava tão bem… — Mesmo assim ela passava lá pra dar um oi. — E o cabelinho de dona Carmem foi crescendo de novo… E aí dona Carmem foi se sentindo mais segura e também a terapia foi ajudando e tal. Atualmente, quando Dona Carmem não passa lá na farmácia para conversar com o Vinícius uma vez por semana, ela telefona. [risos] E eles conversam um pouco ali por telefone e tal, ela se sente melhor e tal, ele também. Eu acho bacana que ali desenvolveu uma relação mesmo de amizade, né? Ele preocupado com esse pós Covid de dona Carmen, dona Carmen ali com um afeto genuíno e tal com o Vinicius e hoje eles se falam aí uma vez por semana, ela vai lá… — Ou ele liga… [risos] — 

E, cara, quando você ia imaginar que uma pessoa que passou pelo que passou, o inferno que é a internação por Covid… — Porque a gente tem que falar a real, né? — E ela escapou, ela sobreviveu e ela achou um acolhimento ali na farmácia, com um gerente que estava ali atendendo na farmácia. Eu sou muito fã aí dos funcionários da Drogasil, eu tive a oportunidade de conversar com alguns de ouvir suas histórias, seus posicionamentos e estou bem feliz com essa parceria. Obrigada aí, Drogasil, foi uma honra compartilhar a história dos seus funcionários. Agora a gente vai ouvir o Vinícius contar como é essa relação dele com dona Carmem. 

[trilha] 

Vinícius Ferreira: Oi, meu nome é Vinícius, eu sou gerente da Drogasil na Joaquim Floriano no Itaim Bibi. Mais ou menos em setembro ou outubro de 2021 ela havia acabado de sair do hospital, ela ficou internada durante um mês, um mês e meio devido ao Covid. Ela teve algumas complicações, ficou um período internada e aí eu lembro que ela chegou lá com uma lista de medicamentos bem grande, o valor ia ser bem expressivo, então ela estava preocupada com o custo do tratamento e fragilizada porque passou por esse momento complicado de ficar internada, né? Enfim… Não sabe o que vai acontecer, como vai ser amanhã… Então, enquanto eu ia fazendo atendimento, ia ser um atendimento um pouco mais demorado, e aí eu fui puxando um assunto, né? Puxando conversa com ela… E aí ela foi se abrindo um pouco comigo. 

E aí contou o período que ela ficou internada como que foi, que foi um momento complicado da vida dela, que ela não sabia o que ia acontecer depois e estava preocupada se ia ter sequelas ou não… Assim, era o momento que ela estava super, super fragilizada. Nesse dia, ao final do atendimento, eu fiz um trato com ela, falei: “Olha, no mês que vem eu quero que a senhora volte para comprar a continuação do tratamento, né? E a senhora volte mais alegre, mais pra cima, né? Quero ver se o tratamento está dando certo”. E aí fui dando aquela moral ali pra ela, pra tentar animar… Pra ela ver que era importante ela fazer aquilo, porque pra ela é como se a vida tivesse acabado ali. 

Eu falei: “Não, comemora… Você acabou de sair do hospital, não é todo mundo que consegue se curar dessa doença… Então a senhora tem que estar muito feliz, apesar de ser um momento difícil, vamos ficar felizes”, enfim… E aí combinei dela voltar no mês que vem e ela voltou. No mês seguinte, como combinado, ela veio comprar a continuação do tratamento dela. Conforme o trato, né? Ela veio alegre, veio mais pra cima, comprou os medicamentos e aí a gente ficou conversando um pouquinho mais lá no balcão da farmácia. Conforme o tempo foi passando, ela começou a desenvolver algumas síndromes, começou a ficar com muito medo de sair de casa, ficou com medo se alguém tossia ou espirrava por perto, ela já queria sair correndo, né? E acabou desenvolvendo depressão. 

Eu lembro que quando ela foi diagnosticada, o médico passou os medicamentos que ela tinha que tomar, enfim, e ela estava com medo de tomar esses medicamentos… Porque ela diz que sempre foi uma pessoa muito ativa, está sempre ativa no trabalho, na vida pessoal dela e hoje ela seria um pouquinho debilitada, não conseguia ser igual era antes. Então ela não queria fazer o tratamento, não aceitava ter que passar com psicólogo… E aí a gente começou a conversar sobre isso e eu comecei a falar pra ela: “Olha, a senhora tem que fazer… Se o médico passou, é importante e o psicólogo ele vai ajudar, não precisa ter medo de passar com psicólogo. É uma junção, né? Tem que fazer o tratamento com os medicamentos e tem que fazer também uma terapia pra te ajudar a passar por esse momento difícil”. E mesmo ela não querendo, a gente continuou fazendo tratos. 

E aí eu sempre falava para ela: “Olha, vai no psicólogo… Faz pelo menos uma consulta pra ver o que a senhora vai achar e a senhora me conta o que a senhora achou… Não me conta a consulta, me conta o que a senhora achou de ter ido, como foi a experiência”. E aí ela fez isso… Ela passou com o psicólogo, não foi na farmácia, não tinha dado tempo dela ir na farmácia porque ela mora longe da farmácia… Ela me ligou, ligou na farmácia e pediu para falar comigo e falou: “Vini, consegui passar com psicólogo”. Perguntei para ela como é que foi, ela falou que foi maravilhoso, que ajudou ela, que em uma consulta ela entendeu como é importante ela ter que fazer a terapia pelo menos nesse período, né? E ela faz a terapia até hoje… Mas foi difícil convencer essa mulher a começar a fazer terapia. 

E aí esse contato se tornou frequente… Então ela vai na nossa farmácia, ela me procura, se eu não estou ela faz a compra que ela tem que fazer e, no dia seguinte, ela liga me procurando para falar que ela foi lá, comprou os medicamentos dela, que ela está fazendo tudo certinho, está tomando medicamento certo, tá fazendo a terapia dela… Ela me conta do dia dela, se o dia foi bom, se foi ruim, o que ela fez de bom, né? Então acabou se tornando meio que uma amizade, porque ela acaba desabafando comigo, como se fosse um amigo mesmo. Ao mesmo tempo, eu acabo desabafando um pouco também… Eu conto um pouquinho do meu dia pra ela, desabafo um pouquinho como é que foi a folga, como é que está sendo meu dia, enfim… E isso acabou se tornando importante para mim. Acredito que pra ela também, mas pra mim é super importante, de ver hoje a garra que ela tem de continuar batalhando, a força de vontade de continuar indo em frente, de fazer esse tratamento, de, enfim… 

Ir voltando, mesmo que de pouquinho, mas voltando a vida que ela tinha antes. Inclusive, a última vez que eu a atendi ela estava super feliz e veio me contar que estava fazendo tratamento para o cabelo e estava dando certo, né? A gente fez esse combinado de sempre contar um para o outro as conquistas, as coisas que está dando certo na vida um do outro. Então, por menor que seja a conquista, a gente compartilha um com o outro e ela veio me contar que o cabelo dela estava crescendo de novo e estava dando certo, enfim… Eu fico muito feliz de ver quando ela vem correndo para me contar as coisas, realmente é muito gratificante. 

Déia Freitas: Eu volto em breve aí com mais histórias do quadro Amor nas Redes. Valeu, Drogasil, tamo junto. Um beijo, gente, e até a próxima. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.