Skip to main content

título: o bonde
data de publicação: 01/08/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #bonde
personagens: dona neide e a dona olinda

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… cheguei. E cheguei pra mais um Amor nas Redes. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Americanas. — Americanas, mercado… [risos] Em comemoração ao Dia das Avós que aconteceu no último dia 26, a Americanas resolveu homenagear aqui no nosso podcast três avós muito queridas contando aí suas histórias. Segunda—feira da semana passada eu contei a primeira história, hoje eu conto a segunda e segunda feira que vem eu conto a terceira história aí de avós. — Fofíssimas. — 

O serviço de compra e entrega de mercado da Americanas funciona dentro do site e do aplicativo de acordo com seu CEP de busca. Você escolhe o supermercado que estiver listado aí para o seu CEP, escolhe os produtos, coloca na cestinha de compras e paga online. Você ainda pode agendar de acordo com a grade disponível, o dia e horário para receber o seu pedido e as compras são todas feitas e entregues por uma pessoa especialista no assunto. No serviço de mercado da Americanas, todo dia tem ofertas e produtos fresquinhos. O site e o aplicativo são super fáceis de usar e você pode abastecer aí a sua geladeira a hora que você quiser. — E, gente, tem cupom… — [efeito sonoro de crianças contentes] Com o cupom: “NAOINVIABILIZE” você ganha 40 reais de desconto em compras acima de 90 reais e mais frete grátis. 

Válido apenas aí pra primeira compra no departamento de mercado da Americanas. Eu vou deixar o cupom e o link para o site, para o aplicativo da Americanas aqui na descrição do episódio. E hoje eu vou contar para vocês a história da Thaíse e de sua avó, dona Neide. — Mãe do pai da Thaíse. — E essa história se passa em Santos, na época que o transporte mais utilizado por lá ainda era o bonde. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

Os pais da dona Neide eles eram portugueses, vieram aqui para o Brasil e aqui tiveram duas filhas, a Dona Neide e a Dona Olinda. — Como eram criancinhas, eu vou chamar aqui de Neidinha e Olindinha. [risos] — E, por algum motivo que a gente nunca vai descobrir qual, os pais das meninas resolveram voltar pra Portugal e deixar as duas no Brasil pra adoção… Ainda muito pequenas. — Só que aqui, gente… — As duas no orfanato elas foram adotadas por famílias diferentes. Então, Olindinha foi pra uma família muito rica — de Santos — e a Neidinha foi ali para uma família da classe trabalhadora e a vida seguiu. Infelizmente as irmãs perderam contato, né? E quando Neidinha estava ali com cinco anos, o casal que adotou, a mãe, a nova mãe de Neidinha, faleceu. 

E aí o pai de Neidinha, o novo pai de Neidinha, não tendo condição de ficar com ela sozinha — porque ele precisava sair para trabalhar — devolveu Neidinha para o orfanato. E aí Neidinha voltou para o orfanato, não tinha mais o contato da irmã, tinha acabado de perder aí os novos pais, é? — O falecimento da mãe e o pai não podia ficar com ela… — A vida seguia mais um pouco, esse pai de Neidinha casou novamente com uma senhora chamada Dorinha e aí ele voltou no orfanato e pegou Neidinha de novo. E aí Neidinha foi morar de novo com aquele pai que tinha levado ela de volta para o orfanato e com Dona Dorinha. Só que um tempo depois, esse pai — que eu vou chamar mesmo de pai provisório aí de dona Neidinha — largou dona Dorinha, foi viver com outra mulher em outro estado e deixou Neidinha como Dona Dorinha. — Que não tinha sido a pessoa que adotou Neidinha. — 

Daí dona Dorinha começou a criar Neidinha, se casou com o seu Maneco e foi aí Dona Dorinha e seu Maneco que realmente criaram a Neidinha. — Então veja que história de sofrimento, né? Ela ficou pra lá e pra cá e esse pai, esse novo pai abandonou Neidinha duas vezes, enfim, né? Mas felizmente ela encontrou aí o casal Dona Dorinha e agora com seu Maneco. — Tudo deu certo e ela foi crescendo ali com esse casal. Quando Neidinha estava com 16 anos, ela conheceu um rapazote. — [risos] Adoro falar “rapazote”. — Conheceu um rapazote muito, assim, incrível. Esse rapazote… — o Roberto, ele futuramente seria aí o marido de Neidinha… Só que na época eles ainda estavam em começo de namoro e Roberto. — Ele pegava o bonde todo dia para ir trabalhar. — Roberto já conhecia a história de Neidinha ali, de futura dona Neide, sabia que ela tinha sido separada da irmã, muito bebê ainda, no orfanato, que ela sofria… — 

E ele pegando o bonde todo dia, ele percebeu que tinha uma moça que também pegava o bonde todo dia muito parecida com Neidinha. —E falou: “Gente, será que é irmã de Neidinha? Mas eu não posso chegar…”. Era outra época, né? — “Eu não posso chegar numa moça solteira e já sair indagando… Como é que eu vou fazer para descobrir se essa moça é a irmã de Neidinha?”. E aí, Roberto, muito esperto, bolou um plano. Roberto chamou um amigo dele para ir com ele naquele bonde de todo dia que ele encontrava a suposta irmã de Neidinha e falou assim pra ele: “Olha, a gente vai sentar atrás daquela moça e eu vou contar pra você a história da minha namorada”. E aí assim eles fizeram… Sentaram ali estrategicamente atrás da mocinha e ele começou a contar pro cara… O cara fingindo “ai, nossa…”. Surpresa… — Sabe assim? — Conversando e contou a história toda. — Inclusive falando, né? “Ah, ela foi separada da irmã dela que chamava Olinda e nã nã nã”. 

Quando ele terminou de contar a história, a moça virou para trás e falou: “Eu sou a irmã da sua namorada”. — Gente… — O plano do Roberto deu certo, deu muito certo. E Olinda, toda emocionada, deu o endereço dela pro Roberto entregar pra Neide, pras duas se reencontrarem. E aí o Roberto, né? Trabalhou aquele dia, [risos] mal se cabia ali de tanta felicidade e, quando ele voltou, ele entregou o endereço pra Neide e falou: “Neide, eu encontrei a sua irmã”. E aí a Neide, né? — Passada, chocada… — Foi correndo até a casa da irmã dela, né? Pra encontrar a irmã dela. E encontrou… E elas se reencontraram. Só que a família da Olinda não queria a Neide na vida ali da menina Olinda. E proibiu que as duas se encontrassem… — Só que, gente, as duas eram irmãs, assim, um amor de uma pela outra. — 

Elas começaram a se encontrar escondido… A família rica de Olinda não queria que ela tivesse contato com a irmã dela, que era pobre, a Neide. — Gente, isso dá um filme, né? Que que é isso? Um filme? Podia ser um filme, né? — Então, Neide e Olinda passaram a conviver ali escondida da família rica de Olinda, até que Roberto pediu Neide em casamento. — Roberto melhor pensou, gente… Melhor pessoa dessa história, Roberto. — Óbvio que Neide aceitou, né? — Não é nem louca, né, Neide? Partidão o Roberto. — E eles começaram os preparativos para o casamento, mas tinha uma coisa: a única parente que Neide tinha era Olinda. Não fazia sentido Neide casar e não ter Olinda ali do seu lado, sabe? E aí, Roberto falou: “Não, quer saber? A gente vai enfrentar essa família, a gente vai lá e a gente vai explicar para a mãe de Olinda a importância disso”. E aí foram, né? — Mãe de Olinda meio fria, meio malvadona, né? — 

No final, depois de muita luta, conseguiram aí… — os três ali, né? Olinda e o casal, Roberto e Neide, convencer essa mãe de que era importante que Olinda estivesse no casamento de Neide. — E aí, graças aí aos céus, ao universo, deu tudo certo. Olinda foi no casamento de Neide, a Thaíse me mandou uma foto que tem as duas, assim, as duas são muito parecidas, muito parecidas… Neide e Olinda depois daquela estratégia maravilhosa de Roberto no bonde e que elas se reencontraram, elas nunca mais se separaram, né? Depois do casamento elas continuaram se encontrando… Agora, não mais escondido. E foi assim até o final da vida… E, gente, essa história maravilhosa a Thaíse só ficou sabendo — a Thaíse tá com 32 anos agora — o ano passado… Numa conversa ali em família ela ficou sabendo, assim… 

A avó dela, dona Neide, faleceu quando Thaíse tinha 17 anos, mas Thaíse, jovenzinha, nunca se interessou em perguntar a história de vida da avó, né? E aí ela me escreveu por isso, pra gente alertar as pessoas aí: Conversem com seus idosos, conheçam as histórias da família de vocês, dos seus avós… Perguntem, se interessem pela vida dos seus idosinhos e idosinhas… Gente, eu amei muito essa história e eu acho que ela tem potencial demais assim pra ser um filminho gostoso, meio triste e depois, no final, você fica com o coraçãozinho aquecido. Agora a gente vai ouvir um pouco a Thaíse falando aí, homenageando a sua avó, dona Neide. 

[trilha] 

Thaíse: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, meu nome é Thaíse, eu moro no Rio, mas eu sou de Santos, onde toda essa história da minha avó aconteceu. E a minha avó era uma pessoa muito querida, muito amorosa com todos os netos, com todo mundo… Ela chamava todo mundo de “filho”, de “filha”, “meu filho”, “minha filha”. Eu estou feliz de poder compartilhar um pedacinho dessa história, porque a minha avó faleceu quando eu tinha 17 anos, mas eu só fiquei sabendo dessa história no ano passado, através da minha mãe. E fiquei chateada porque eu nunca tive o ímpeto de perguntar esse tipo de coisa na história de vida da minha avó, quando ela estava viva não tive essa oportunidade. Hoje em dia tem muitas coisas mais que eu quero saber sobre essa história, mas não tenho mais a chance de perguntar. 

Então, queria deixar esse apelo para quem está ouvindo, para que aproveitem enquanto essa oportunidade existe para vocês, para que vocês conversem com seus idosos, com seus avós e avôs, tios e até os seus pais também, né? Pra saber sobre a história deles. Às vezes eles têm muito mais coisa pra contar do que a gente imagina. Então é isso e até mais… 

[trilha] 

Déia Freitas: Ai, gente, eu tô amando essa série de histórias sobre avós… Muito bom, né? Com o serviço de compra e entrega de mercado da Americanas, você faz as suas compras de supermercado sem sair de casa com apenas alguns cliques. A variedade de produtos é gigantesca e o site e aplicativo Americanas são super fáceis de usar. Clique aqui no link da descrição do episódio, pega o cupom “NAOINVIABILIZE”, navega no site, baixa o aplicativo e corre lá abastecer a sua geladeira. Valeu, Americanas, tamo junto… Um beijo, gente, um beijo, Thaíse, um beijo, dona Neide e Dona Olinda aí, onde vocês estiverem… E eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.