título: ronaldo
data de publicação: 05/08/2022
quadro: picolé de limão
hashtag: #ronaldo
personagens: bianca, caio e ronaldo
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje a história não é pra criança. Então, se você está acompanhada de uma criancinha ou se você está sem fone, deixa pra ouvir outra hora, tá bom? [risos] — Hoje eu vou contar para vocês a história da Bianca. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]A Bianca conheceu o Caio numa festa e eles começaram a ficar e foi tudo muito bom, assim, no começo totalmente sem compromisso, né? Então eles foram ficando e se conhecendo melhor… E, pra Bianca, ela queria esperar um pouco mais para transar com o Caio. Então, enquanto eles estavam nessa assim de se conhecer melhor e nã nã nã, eles iam só ficando, a coisa até esquentava, mas ela meio que dava uma segurada. Para o Caio ali tudo bem, né? Ele respeitava essa vontade da Bianca de esperar um pouco e tal, até se conhecer um pouco melhor e ele ficava falando tudo o que ele ia fazer quando rolasse e nã nã nã… Falando várias coisinhas, a Bianca falou: “Bom, deve ser maravilhoso, né? Vamos aí acompanhar”. [risos] — A evolução desse fogo. —
Até que um dia a Bianca falou: “Ai, não aguento mais… Tá bom, vamo”. e eles foram para o motel e o Caio ali no caminho falando tudo o que ele ia fazer, nã nã nã… Chegou lá, foi bem basiquinho, assim… — Até basiquinho demais pra tudo que ele tinha dito, né? — E a Bianca ficou naquela, falou: “Bom, acho que é porque é a primeira vez nossa assim, até pegar o ritmo, né? E dar uma entrosada… Tá bom. Vamos levando”. [risos] E aí eles foram levando, né? Nesse ritmo… Porque, assim, pra Bianca o sexo era muito… — Deixa eu achar a palavra. A palavra certa… Era muito burocrático, assim, muito… Não sei, de repartição, sabe? Pública. [risos] — É aquela coisa de, ai, você vai lá tirar um documento e você nem pensa muito, tirou, acabou… Passado um tempinho, Bianca gostando muito do Caio, mas assim, com essa questão do sexo para melhorar e meio que ali se acertando ainda, vendo que, sei lá, Caio tinha potencial, né? “Vamos melhorar e nã nã nã”.
Até que numa das transas, quando eles chegaram no motel, o Caio estava com outro ânimo e com um certo brilho no olhar. E aí a Bianca falou: “Bom, acho que hoje… Hoje vamo, hein? [risos] Hoje a coisa vai melhorar”. E aí eles começaram ali a se beijar e a tirar a roupa e nã nã nã e começaram, deitaram na cama e tal, e aí, assim… E aí o Caio falou: “Ah, espera aqui que eu vou pegar um negócio”. E aí a Bianca ficou, assim, super animada. — E pelo jeito do Caio, ela não achou que fosse pegar algo sexual, assim, mas achou que ele fosse pegar, sei lá, uma aliança. Ê, Bianca… [risos] — Aí o Caio foi até a mochila, [efeito sonoro de zíper sendo aberto] pegou um negócio num saquinho de pano e voltou pra cama… Quando ele abriu o saquinho de pano, [risos] Bianca quase caiu de costas… Era um pênis, — pipi, pinto de borracha, silicone, sei lá como chamar aquele material apropriado. — Azul… Mas não é azul claro, um azul mais royal, sabe? — Eu perguntando pra Bianca que tom de azul era [risos] o pinto de borracha. Ai meu Deus… [risos] Mas sei lá, eu achei que era uma coisa relevante, não sei porquê, mas enfim… É um azul royal, né? Bem mais bonito do que, sei lá, um pinto de borracha azul bebê. Aquele azul clarinho não ia ficar bom, né? —
E aí a Bianca assustou, né? Tipo, “gente, mas assim, só com o dele ele não está dando conta? Ele e o de borracha ele acha que vai melhorar?” Pensou Bianca, né? Aí veio a questão… Caio falou assim: “Ah, agora que a gente já está bem, que o nosso sexo é maravilhoso”. — Detalhe: não era, né? Pelo menos para Bianca não era, era um sexo bem okzinho aí, deixando a desejar em várias questões, em várias frentes. [risos] — Ele falou assim: “Agora que a gente já está bem e tal nessa área, eu queria que você fizesse uma coisa”, a Bianca falou: “O que?”, aí ele tirou, já tinha tirado, tinha mostrado o pinto de borracha, ele falou: “Você põe em mim?”. Aí a Bianca assustou, mas assim, não assustou… — Porque, gente, também não é nada demais assim, era só questão, sei lá, dela querer ou não, né? — E aí ela falou: “Tá bom”. Por que o que a Bianca pensou? “Ah, sei lá, vai melhorar, né? Dou uma animada nele ali no fiofó, dou uma dedada com o azulão, [risos] o azulzinho e ele vai ficar mais animado e a coisa vai melhorar para mim, né?” Só que não foi bem assim…
Ela ficou um pouco preocupada, porque aquele pinto de borracha era meio parrudinho, né? Meio fortinho assim e foi ali meio que com delicadeza e ele deu uma forçada pra trás, assim, pra ela ir logo, e aí ela, sei lá, segurou, com medo de machucar o cara. Aí ele falou assim pra ela, com essas palavras: “Pode colocar, eu já esvaziei”, e aí depois, né? — Depois ela meio que dando uma pesquisada na coisa ali, em outra ocasião, fora dali do motel, ela aprendeu que o esvaziar era fazer chuca. Tipo, sei lá se ele tinha algum cocô dentro, tirou, pra facilitar o negócio. — O resumo desse dia no motel, — que eu não vou me estender muito aqui — foi que ele chegou ali ao clímax com o pinto de borracha e depois ele dormiu. Bianca ficou ali pelada com o pinto de borracha na mão e acabou. Foi isso… Ele acordou e aí eles tinham que ir embora. E aí isso meio que virou uma rotina…
As próximas três vezes que eles foram no motel foi… O resumo era esse, ele ficava pedindo para ela botar ali nele, né? — E, poxa, ela está ali colaborando e tal… — Depois o cara nada, sabe? Deixando a Bianca na mão? Nem na mão… Sem nada. E tinha um detalhe… — que aqui lógico que eu não posso dar o nome certo, mas eu dei outro nome, eu batizei de outro nome… — O Caio ele tinha batizado o pinto de borracha com um nome masculino. — E aqui o nome que eu escolhi foi “Ronaldo”. — Então ele falava assim pra ela: “Vamos brincar com o Ronaldo?” [risos] “A gente brinca com o Ronaldo, depois você vira para o canto e dorme… E eu, como é que eu fico?”. Aí meio que ele deu assim a entender que ia dar uma melhorada, mas aí a próxima vez que eles foram no motel a Bianca falou: “Não, hoje eu não quero brincar com o Ronaldo”. [risos] E aí o Caio ficou meio aborrecido e rolou um sexo bem burocrático e ele nem quis dormir, falou: “Ah, vamos embora”.
Depois disso a Bianca resolveu terminar… — Porque, né? Ela já tinha feito tudo que podia nessa questão, mesmo gostando dele ainda, né? Pô, o cara é egoísta pra caramba, né? Só queria brincar com o Ronaldo e não queria brincar com a Bianca. [risos] — E aí eles terminaram… — Essa história já tem um tempo e tal. — A Bianca terminou gostando dele, mas ela acha que ele nem gostava dela, assim, sei lá… — Ele só queria alguém pra ajudar ele com o Ronaldo. — E essa é a história a Bianca. Ela já tem essa questão bem resolvida, já superou, alguns anos já se passaram, ela já namorou outros caras e tudo bem… E aí ela me escreveu pra contar aí a história do personagem que ficou mais em destaque do que Caio, foi Ronaldo. [risos] — Ronaldo, o pipi de borracha. [risos] —
[trilha]Assinante 1: Oi, galera, aqui quem fala é a Michele, eu moro na Alemanha. Bianca, você está certíssima de ter terminado com esse cara, porque sexo tem a ver com todas as partes envolvidas estarem felizes e, enfim… Você tentou de tudo, você tentou conversar com o cara, tentou esperar as coisas mudarem e, se ele não tava interessado em te ouvir, só consigo chegar a conclusão que ele é egoísta e não vale a pena você ter um relacionamento… Não só um relacionamento, mas que seja só um relacionamento sexual com uma pessoa dessa. Então, certíssima e bora… Bora deixar essa galera egoísta aí na mão.
Assinante 2: Oi, pessoal, aqui é a Dani de BH. E, assim, eu acho certo o que a Bianca fez, ela seguiu em frente. A gente tem mesmo que buscar aquilo que, né? Nos satisfaz. E por mais que a gente até goste da pessoa, esse aspecto é um aspecto que vai ficar a desejar, porque é naquele momento que você não sente que tem reciprocidade, não tem cumplicidade, né? Então ela fez super certo. E, em relação a ele, né? Eu fico pensando que, assim, não o fato dele gostar de ter o Ronaldo ali pra ter o prazer anal [risos] e realizar esse fetiche, isso pra mim é o que menos importa… O que chamou atenção é o fato dele não estar nada animado quando o sexo era com a Bianca, né? Então, assim, ele era sempre morno, ele não tinha o mesmo tesão… Então acho que talvez ele vá ter que explorar mais aí o desejo dele, né? O prazer dele e entender em que tipo de relação ele vai conseguir ter esse desejo de também fazer o outro ali feliz e dar prazer durante o sexo, tá bom? Um grande abraço.
[trilha]Déia Freitas: Então é isso, gente, deixem seu afeto, sua palavra de carinho pra Bianca no nosso grupo do Telegram, tá bom? Um beijo e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]