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título: máscara
data de publicação: 20/10/2022
quadro: picolé de limão
hashtag: #mascara
personagens: kevin e maurício

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é o serviço de streaming Lionsgate Plus. A Lionsgate Plus traz um novo olhar pra quem procura histórias poderosas escolhidas a dedo por você. Tem uma variedade imensa de programas exclusivos e filmes premiados. Inclusive, tem uma serie chamada “The Act”, que é baseada na história real da Dee Dee Blanchard e da sua filha, Gypsy. Com certeza você já viu algum documentário ou já viu alguma notícia sobre essa história e o crime envolvido na internet. — Com certeza você já viu. — A série traz a Patrícia Arquette, uma atriz maravilhosa. — Ela tá sensacional no papel de Dee Dee. —

A história é tudo muito triste, assim, sombrio, e tá tudo abordado de uma maneira bem completa. Eu não vou dar spoiler, mas com certeza vocês já conhecem essa história e o crime e tal, inclusive, a Gypsy tá pra sair da cadeia, enfim… A série é muito boa, muito mesmo. E eu vou deixar o link pra assinatura da Lionsgate Plus aqui na descrição do episódio e vou deixar também o trailer da série The Act, que só tem lá e você vai amar, tá muito bem feita, boa mesmo. E, hoje, história de firma. — Eu amo história de firma… [risos] — Eu vou contar pra vocês a história do Kevin. Então vamos lá, vamos de história.

[trilha]

O Kevin trabalha aí numa seguradora. — Uma grande seguradora. — E as seguradoras meio que não pararam de trabalhar. — Na pandemia, né? Estamos falando de uma história de pandemia. — Só que dava pra todo mundo trabalhar remoto, né? Não precisava ninguém estar na seguradora. Só que o Kevin tinha um chefe muito, muito, muito ruim e esse chefe, sempre que tinha uma brecha aí que o governo falava [efeito de voz grossa] “não, agora pode voltar”… Quando começou a flexibilizar, ele fez todos os funcionários voltarem. — Alguns pegaram Covid, enfim… Foi péssimo. — E nesse tempo que eles voltaram e todo mundo ficou revoltado, porque dava realmente pra continuar em casa, o trabalho não era afetado, o Kevin voltou também e, junto com o Kevin, voltou o Maurício. — Amigo ali de Kevin, colega de trampo de Kevin. — E eles passaram a trabalhar ali de máscara, todo mundo de máscara e esse chefe, esse chefe malvadão, ele não usava a máscara. — Era obrigatório usar máscara, só que ele tirava a máscara. — E largava a máscara ali pelo departamento e tal, enfim, podendo contaminar outras pessoas, mas o cara não estava nem aí.


Até que um dia, Maurício logo ali depois do almoço estava mais animado e Kevin notou que Maurício estava mais animadinho, mas ficou na dele também, passou… Quando foi ali umas três horas, Maurício não estava se aguentando, resolveu chamar Kevin. E aí Maurício falou assim pra Kevin: “Cara, eu fiz uma coisa…” [risos] — Já assim, rindo. — E como eles estavam de máscara, ele falou: “Olha, eu vou ter que falar mais baixo, chega mais perto”. — Enfim… Já quebrando os protocolos aí também, né, Kevin? E aí olha o que esse Maurício fez… Esse Maurício pegou a máscara do chefe… [risos] — Eu não sei como é eu vou dizer isso… — E peidou na máscara do chefe. E ele falou isso pro Kevin e o Kevin ficou tão em choque quanto eu… Falou: “Cara, o que você fez?”, ele falou: “Eu peidei na máscara do chefe”. [risos]


O Kevin falou de novo: “O que? O que você fez?”, ele falou: “Peidei na máscara do chefe”. E aí o Kevin ficou olhando para ele meio incrédulo e falou: “Cara, como você fez isso?”, ele falou: “Ué, ele larga a máscara em todo lugar, eu passei ali na mesa dele, peguei a máscara, botei, assim, perto aqui da minha bunda e peidei”. [risos] — Gente, é muito horrível isso. [risos] É muito horrível isso, é muito horrível… — E aí o Kevin não sabia se ria, se ficava só em choque. E aí eles tiveram uma crise de riso, e agora o Maurício estava ali sem conseguir trabalhar, porque o chefe ia embora mais cedo e, ele pra sair, tinha que botar a máscara… — E aí ele queria ver o chefe botar a máscara. [risos] Ai, gente, que coisa horrível… — E aí agora não era só Maurício, era Maurício e Kevin vendo ali o chefe botar a máscara.


E aí os dois ficaram ali esperando o chefe pegar a máscara e botar no rosto e assim o cara fez, mas nada aconteceu, assim… Acho que o peido… [risos] O peido do Maurício não surtiu efeito, né? Ou passou, assim… A máscara ficou ali exposta e meio que cheiro foi embora. [risos] Aí o Kevin ainda perguntou pra ele: “Mas foi mais barulho ou cheiro? Porque se foi aquele com barulho, aí não tem muito cheiro”. [risos] Ô, meu Deus… E aí o Maurício não se deu por vencido, ele falou pro Kevin: “Amanhã eu vou peidar de novo, mas eu vou pegar a máscara dele e vou levar no banheiro e vou peidar lá, pra poder fazer direito”. [risos] Meu Deus do céu… — Gente, é muito errado… É muito errado… — E aí, no dia seguinte, com a cobertura do Kevin, o Maurício conseguiu pegar a máscara e, assim, eu até perguntei isso pro Kevin: “Mas e se ele tivesse, sei lá, levado a máscara errada pro banheiro e tal?”, ele falou: “Não, não tinha como, porque ele era um dos únicos que usava aquelas máscaras de tecido que fica parecendo uma cueca quando você põe na cara, sabe? E era uma máscara preta dessas, parecendo uma cueca e só ele tinha daquela ali no departamento, a maioria usava PFF2. Estava todo mundo muito preocupado, né? Era uma época ainda tensa”.


E aí ele pegou a máscara… Maurício pegou a máscara, foi no banheiro… — Kevin não sabe bem como foi isso. — Ele trouxe a máscara de volta e botou lá na mesa do Fulano lá, do chefe. E aí eles tinham a tarde toda pra esperar o chefe ir embora. E aí, dessa vez, quando o chefe pegou a máscara que ele botou na cara, ele tirou e achou muito estranho, assim, e pegou ali… Tinha máscaras cirúrgicas que a empresa deu, ele pegou uma cirurgia e pôs na cara. [risos] — Jogou aquela máscara no lixo. [risos] — E aí o Kevin falou: [efeito de voz fina] “Ué, ele tirou da cara mesmo, o que você fez, cara?”. Gente, o Maurício passou a máscara do chefe na bunda… — É muito errado, é muito errado… [riso] É nojento em tantos níveis… — E aí, provavelmente ele sentiu um cheiro… — Não tem outra palavra, né? De cu na máscara. [risos] — E aí jogou fora, né? Mas o mais surpreendente é que ele, sei lá, não pensou em nada, assim, não pensou em reclamar e falar pra alguém, só jogou a máscara fora. E ficou por isso mesmo…


Dali mais alguns dias, rolou um grande surto de Covid ali no departamento, e aí todo mundo foi pra casa e ficaram em casa novamente, né? Aí agora voltaram… O chefe continua péssimo, e agora que liberaram as máscaras então… Que até para lugar fechado não precisa mais. E ele não usa mesmo e vem falar muito perto das pessoas, enfim… O cara não tá nem aí. — E aí essa é a história… Eu nem sei por que eu contei essa história, porque eu acho horrorosa. Pessoa que peida na máscara, gente… Que passa a máscara do chefe na bunda. [risos] Eu nem sei porque que eu estou rindo, porque é tão horrível, é tão horrível… [risos] 

— 

E aí essa é a história do Kevin. Todo mundo continua trabalhando lá, Kevin, Maurício e o chefe… E o chefe é desses, assim, teve que tomar a vacina porque foi obrigado, porque a empresa estava demitindo… — Eu nem sabia que podia demitir quem optasse por não tomar vacina, mas pelo jeito pode, porque a empresa deu esse aviso, né? Que as pessoas que não fossem vacinadas não podiam continuar trabalhando na empresa. E eu fiquei surpresa com isso, assim, porque não sabia que podia demitir por isso. Mas aí ele tomou. — Teve que tomar todas as doses, mas ele é desse, sabe? Esse chefe aí é desses que não acredita na vacina, não quer usar máscara, usou aí um dia uma máscara de peido e, no dia seguinte, pôs na cara uma máscara de cu. [risos] — Que ele notou e tirou, né? Ainda bem… Já pensou ir embora cheirando o cu dos outros? [risos] Cu de Maurício, né? Cu de Maurício. [risos] Meu Deus do céu. [risos] —


[trilha]

Assinante 1: Oi, gente… Aqui quem fala é Carolina de São Paulo. Eu queria comentar que eu estou chocada com essa história independente do chefe não querer usar a máscara que, óbvio, é errado, ainda mais nessa época que a história se passou e não querer tomar vacina, enfim… Mas eu acho uma atitude infantojuvenil fazer o que Maurício fez, de passar na bunda… E além do mais, né, gente, vamos concordar que fazer isso não fez com que o chefe usasse mais a máscara. Nenhuma das atitudes que a Déia contou fez com que o homem se conscientizasse e começasse a usar mais, não… Ele colocou, estava com cheiro ruim, tirou, colocou outra, foi embora e vida que seguiu. Então eu também não entendi o propósito muito disso, era castigar? Não sei… Eu acho que diz mais sobre quem fez do que de quem recebeu. Bom, enfim, é, gente… Um beijo. 

Assinante 2: Oi, Não Inviabilizers, oi, Kevin, eu sou a Denise e eu moro em Florianópolis. E, Kevin, essa história é realmente horrível, mas eu dei muita risada. Assim, sendo o chefe essa pessoa horrível, que se coloca contra a vacina, que larga a máscara em qualquer lugar, que fala super perto das pessoas mesmo no meio de uma pandemia, enfim, sendo ele este ser, ai, merecido… Mereceu a máscara de bunda do Maurício e não julgo Maurício, [risos] não julgo vocês… Espero que vocês não façam isso com outras pessoas, mas merecido a história do chefe. É isso, assim, fiquem bem. Adorei, dei muita risada, apesar de ser péssimo. [riso]. 

[trilha]

Déia Freitas: Lionsgate Plus, um jeito único de ultrapassar limites e desafiar as suas expectativas. O que você quiser assistir você encontra na Lionsgate Plus. Siga @lionsgateplusbr nas redes sociais. Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.