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título: jean pierry
data de publicação: 26/10/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #jean
personagens: jean pierry e dona letícia

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do quadro Amor nas Redes. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeitos sonoros de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é a Drogasil, juntinho com a Droga Raia. O maior compromisso da Drogasil e da Droga Raia é cuidar. Dentro da farmácia são criados laços com acolhimento e proximidade, relacionamentos que vão além do tratamento ou da prevenção e que são essenciais para construir uma vida mais saudável. E é sobre esses laços que a gente vai falar aqui. Essa é a segunda história — de um combo de cinco histórias —, então a volta aqui o feed eu pra ouvir a primeira história que eu contei. E o foco é abordar o acolhimento além do atendimento que os funcionários estabelecem aí com os clientes. 

E hoje eu vou contar pra vocês a história do Jean Pierry, supervisor da filial 3210 da Droga Raia, em Pirassununga. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

Quando Jean Pierry era atendente 2, ele conheceu uma cliente chamada Letícia… E a dona Letícia chegou lá na farmácia porque ela tinha uma intolerância à lactose e ela queria algum produto para sanar esse desconforto que ela sentia e o Jean Pierry também é intolerante à lactose. Então, aí eles foram conversando e — como ele tinha ali a mesma questão de saúde — ele foi mostrando ali as várias opções que tinha e tal e eles ficaram conversando um bom tempo. E dona Letícia falou: “Nossa, fiquei encantada com você, o jeito que você me tratou… Você foi tão bonzinho”. E aí ela começou a frequentar a farmácia pra conversar com o Jean Pierry. 

E aí, conforme eles foram conversando, a dona Letícia ficou sabendo que o Jean Pierry fazia aniversário dia 25 de fevereiro e era a mesma data de uma sobrinha dela. Então ela falou: “Nossa, eu não vou esquecer mais”. E, a partir daquele ano, a dona Letícia passou a dar presentes de aniversário para o Jean todo dia 25 de fevereiro. Então, assim, ela ia na farmácia e levava uma lembrancinha para ele e pra falar: “Olha, eu não esqueci de você, do seu aniversário…”, e eles foram criando um laço, né? Uma amizade. E a dona Letícia ela não morava em Pirassununga, ela morava no Rio de Janeiro. Então ela tinha parentes ali na cidade do Jean Pierry e, toda vez que ela vinha para a cidade, para Pirassununga, ela passava na Droga Raia para falar um nome ali para o Jean Pierry, mesmo que não fosse pra comprar nada. 

E ela sempre falava assim: “Olha, lá na minha cidade eu vou em uma farmácia concorrente, [risos] mas quando eu estou aqui, eu só compro aqui com você porque eu aproveito pra te ver, e nã nã nã” e eles sempre colocavam aí o assunto em dia. Os anos foram passando, dona Letícia idosinha e Jean Pierry, atendente ainda da Droga Raia, — hoje ele é supervisor — foram estreitando essa amizade, até que veio a pandemia… Na pandemia a dona Letícia ficou mais em casa, né? — O que era pra ser feito mesmo. — E a neta dela passou a ir na farmácia e aí ia dar recados para o Jean Pierry, né? “Olha, a minha avó mandou um beijo, a minha avó tá bem e nã nã nã” e ele também perguntava dela. — Então, aí o contato se deu através da neta. — O tempo passou, a neta também deu um tempo de aparecer na farmácia… 

Até que um dia, no dia do aniversário — 25/02, que ela sempre vinha trazer um presente ou mandava um presente — dona Letícia não apareceu e nem deu notícias. No dia seguinte, dia 26 de fevereiro o Jean Pierry está lá, trabalhando no balcão, [efeito sonoro de passos] quando chega a neta da dona Letícia ali na farmácia, [efeito sonoro de pessoa chorando] chorando muito. E aí o Jean Pierry já correu pra para atender, pra acudir, pra ver o que tinha acontecido, e aí ela tinha trazido a notícia de que a dona Letícia tinha falecido. A Dona Letícia tinha falecido naquele mesmo dia, dia 26 de fevereiro e, no dia 25 de fevereiro, já muito fraquinha, — dona Letícia faleceu de Covid — ela estava desesperada porque ela queria que alguém fosse até a farmácia dar feliz aniversário pro Jean Pierry. — Olha que vínculo que se formou, né? Ela mesmo ali doentinha ela queria que alguém fosse lá dar parabéns. — 

O Jean ficou tão mal, tão passado na hora, que ele precisou que alguém ajudasse ele pra chegar até o fundo da farmácia. O Jean Pierry ficou sem chão… Porque eram anos ali, daquela amizade dele com aquela idosinha, dona Letícia, que não era só uma cliente, né? Eles viraram amigos mesmo, eles conversavam sobre tudo… Ela dava conselho pra ele, apoiava o Jean Pierry em todas suas decisões… Vai fazer um ano e oito meses que dona Letícia se foi e o Jean Pierry nunca esqueceu dela, nunca esqueceu dos presentes que ela deu pra ele, das mensagens trocadas ali, das conversas… E o Jean Pierry fala que guarda a dona Letícia no coração dele, assim, que nunca foi só uma cliente. E é difícil as pessoas que perderam gente por Covid aí na pandemia… A gente espera que as pessoas consigam aos poucos ir superando, né? Um luto que eu considero um luto diferente, assim. 

Em época pandêmica foi tudo muito atropelado e o Jean Pierry sentiu isso. E agora ele guarda lembranças muito carinhosas, assim, da dona Letícia e ele vai falar um pouquinho aqui pra gente. 

[trilha] 

Jean Pierry: Eu sou Jean, sou supervisor de loja aqui na cidade de Pirassununga mesmo, interior de São Paulo. Aqui é uma cidade bem interiorana, então na nossa farmácia a gente sempre atende os clientes que muitas vezes nos procuram mais para uma palavra amiga, passar uma receita, sabe? Falar sobre futebol… E as notícias que a gente roda na cidade, né? A gente pode dizer que mesmo atendendo todos os clientes com o mesmo amor e mesmo respeito, a gente sempre tem alguns que a gente se aproxima mais e cria um laço tão forte que a gente sente amizade como se tivesse sido de anos já. Temos também aqueles que já cumpriram a missão na Terra, que a memória deles ficou gravada em nossos corações, que no meu caso foi com a dona Letícia. Lembro até hoje o dia que a gente se conheceu. Foi um pouquinho antes da pandemia, eu ainda era balconista na filial da Pirassununga A, era um dia bem quente de verão e la queria saber um pouquinho sobre os produtos pra quem tem intolerância à lactose. 

Eu também sou intolerante a lactose, então mostrei todas as opções pra ela e ela, na época, gostou do meu atendimento e a gente conversando, conversa vai, conversa vem, a gente falando sobre aniversário… E aí ela ficou muito feliz que eu fazia aniversário no mesmo dia que a sobrinha dela. Então, desde aquele dia, toda vez que ela chegava na farmácia, a gente sentava nas banquinhos e ficava conversando por horas e horas até eu pegar outro atendimento. E a gente conversava sobre tudo, tudo, tudo… Sobre amizade, sobre família, sobre amigos… Ela sabia que eu estava fazendo faculdade na época e, sempre que ela vinha, ela já vinha pedindo um copinho d’água porque ela não aguentava o calor. Um pouquinho depois que a gente se conheceu, eu fiz aniversário e ela foi lá e levou uma lembrancinha pra mim e foi uma coisa tão gratificante, sabe? Uma coisa que eu nem esperava e até hoje eu realmente não sei como agradecer ela. Todo aniversário estava dona Letícia lá querendo me dar um abraço. 

Depois veio a pandemia, como ela é uma cliente já idosa, ela não podia sair de casa por causa do risco de pegar Covid, mas a neta dela sempre ia comprar os remédios dela e eu sempre enchia a neta dela pergunta, perguntando como ela está, o que ela está tomando, o que ela está fazendo e sempre mandava lembranças pra ela, mandava um abraço… Em maio, pouquinho depois da pandemia, foi inaugurada a farmácia que eu estou agora, né? Que eu fui promovido para supervisor e a neta dela começou a frequentar a farmácia e sempre continuava mandando as lembranças para ela. No outro ano da pandemia, perto do meu aniversário, eu lembrei da dona Letícia e todos os anos que ela havia ido na farmácia, me abraçado, desejado parabéns e eu queria saber como ela estava, porque fazia um tempinho já que a neta dela não ia na farmácia e eu até estava ficando preocupado já. 

No meu aniversário, no dia 25 de fevereiro, fiquei esperando a neta dela aparecer porque eu tinha certeza que ela ia lembrar do meu aniversário. Chegou de tarde, meu horário de ir embora e acabou que ninguém veio. No dia 26, [voz embargada] eu tava atendendo uma cliente e a neta dela entrou na farmácia chorando. Ela veio me avisar que a dona Letícia havia falecido madrugada, mas que no dia anterior ela tinha lembrado do meu aniversário e queria de qualquer jeito que alguém viesse me parabenizar e mandar os abraços pra mim… A Neta dela até completou que até no último momento ela ainda lembrava de mim e eu falei que podia ter certeza que até o último momento que eu viver, eu vou lembrar dela. 

[trilha]

Déia Freitas: Na Drogasil e na Droga Raia tudo é voltado para o cuidado da saúde por inteiro de forma integral e para a construção de uma vida mais saudável a partir de pequenas escolhas e práticas no dia a dia. Acesse drogasil.com.br — ou baixe o aplicativo da Drogasil — e acesse drogaraia.com.br. — Ou baixe o aplicativo da Droga Raia. — Lá você vai encontrar aí a farmácia, ou Drogasil ou Droga Raia mais perto de você. Bom, essa é a segunda história. Eu volto no mês que vem com mais duas histórias da Drogasil e da Droga Raia para vocês. Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.