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título: amaciante
data de publicação: 27/10/2022
quadro: picolé de limão
hashtag: #amaciante
personagens: joyce e marido

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu pubi… — [efeitos sonoros de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Hidrabene e o seu kit rejuvenescedor facial. — Hidrabene marca vegana que eu amo. — Indicado para peles maduras, em apenas três passos, o kit rejuvenescedor facial apresenta os ativos mais reconhecidos por dermatologistas para combater aí rugas, linhas de expressão e sinais de envelhecimento precoce. Os resultados clínicos foram comprovados, né? E a sua eficácia se deu após o uso contínuo de 28 dias. — E lembrando que a Hidrabene não testa em animais, né? — O kit vem com três produtos: o Sérum Hyaluronic Filler, — que é um hidratante — o Vit C, protetor solar fator 50… Esses dois é pra você usar durante o dia e vem também um produto para você usar à noite, que é o Retinol. Ele é um hidratante antirrugas e aí você usa ele à noite. 

No site tem cupom de desconto: PICOLE10, sem acento. Eu vou deixar aqui na descrição do episódio. E hoje eu vou contar para vocês a história da Joyce. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Joyce sempre teve um casamento muito ok, assim… Eles separavam bem as funções ali dentro de casa, então, ele sempre colaborou, sempre fez as coisas, ela também. — Tudo meio que dividido. — E, uma das coisas que era acordado ali entre o casal, é que a Joyce, somente a Joyce, faria às compras de mercado. Porque o marido da Joyce, ele detestava fazer qualquer tipo de compra. — não pede para ele ir num shopping comprar uma coisa, fazer compra de mês então? Nem pensar… Joyce fazia sozinha. — Só que ela chegava com o carro e ele já tirava as compras e guardava. — Pra mim, a pior parte de fazer compra é guardar, tipo, levar até dentro de casa e guardar. É a pior parte. Então, eu acho que daí ele fazia a pior parte. Fazer mercado eu não me importo e a Joyce também pensa assim. — Então, assim, pra ela nunca foi um problema fazer o mercado, mas sim chegar, guardar tudo direitinho, um saco… — Coisa de geladeira, coisa que não é, enfim… — E o marido da Joyce sempre guardou as compras, tudo certinho. 

E aí o tempo foi passando, veio pandemia… Eles tinham dois carros, precisaram vender um carro e ficaram com um. E, assim, funcionava bem para eles, porque eles tinham horários diferentes e tal e, quando, sei lá, um estava com o carro e o outro precisava, dava carona. Sempre foi assim, um relacionamento de muita parceria. Tanto a Joyce quanto o marido, os dois professores universitários. Então, a Joyce me disse assim: [efeito de voz fina] “Déia, eu sei que vai ter professor universitário me ouvindo. Pergunta que professor universitário ou que professor, no geral, trabalha pouco. Geralmente a gente trabalha três turnos, né?” E assim era a vida dos dois. Os dois trabalhando muito pra ter as coisinhas e tal, enfim… Nessa divisão de carros, tinha dia que a Joyce ficava com o carro e tinha dias que o marido ficava com o carro.

E, numa das vezes que a Joyce ficou com o carro… Não era começo de mês. — A Joyce faz compra, tipo, sei lá, todo dia 5 ela vai no mercado e faz a compra do mês. Depois ela não vai mais porque ela não tem tempo. — Ela pega um dia lá que ela tem menos aulas no dia e vai e faz essa compra. Um dia que o marido também vai estar em casa pra guardar. Quer dizer, é tudo muito combinado. — Então, a Joyce não é aquela pessoa como a minha prima Janaina é, tipo, todo dia se deixar a Janaína vai no mercado. Ah, um dia pega um suco, no outro dia pega, sei lá, pão, no outro dia vai lá e pega um pacote de bisnaguinha… Por que não pegou o suco, pão e bisnaguinha, sabe? Da semana? Não… Gosta de ir no mercado. Joyce não é assim. O marido dela muito menos, não passa nem na porta do mercado. —

Só que ela pegou o carro e, atrás do banco do passageiro, ela viu que tinha uma sacolinha de mercado. E, dentro dessa sacolinha, tinha um frasco grande de amaciante. —E era um frasco grande mesmo… — E era de uma marca que ela não usa, que a gente pode chamar de Pôneijou. Ela nunca usa Pôneijou, ela usa Powny. [risos] E aí ela falou: “Que sacola é essa do amaciante Pôneijou aqui atrás do banco? Que estranho”. E, assim, era o marido dela que tinha ficado com o carro no dia anterior até à noite. E ele poderia ter dado uma carona pra alguém, pra algum outro professor, professora da universidade e a pessoa tinha passado no mercado, comprado amaciante Pôneijou e tá no carro… E a Joyce pensou: [efeito de voz fina] “Bom, o que faz mais sentido é que ele deu carona pra alguém que usa esse amaciante e que esqueceu aí, né? Alguém lá da universidade, sei lá”. Só que ela ficou com uma pulguinha atrás da orelha.

Quando ela olhou aquele amaciante na sacola, algo despertou nela… E ela falou: “Tem coisa aí… Tem coisa aí”. Tempo pra seguir o marido, pra ir atrás das coisas… Eles davam aulas em universidades diferentes… Ela não ia ter, não ia ter como parar… — Essa história é recente, né? Desse ano. — Ela não ia ter como parar as aulas dos lugares que ela trabalhava pra correr atrás disso. — Não ia ter como. — E aí ela ficou uns dias pensando nesse amaciante, olhando pro marido e ela resolveu jogar um verde… — A Joyce falou que ela foi muito firme, assim… — Que ela olhou bem nos olhos do marido um dia de manhã, antes dele sair para trabalhar, e falou assim pra ele: “Eu te dei um tempo pra você me contar e eu achei o amaciante no carro. E quanto tempo mais vai demorar para você me contar?”. — Gente, ela falou isso achando que ele ia falar alguma coisa do tipo: “Meu, contar o que? O amaciante é da professora Fulana lá que eu dei uma carona, pode falar com ela”, sei lá, alguma coisa assim… —

Este homem começou a chorar. — Começou a chorar, a chorar, chorar… [efeito sonoro de pessoa chorando] E aí a Joyce ficou sem chão, tipo “meu Deus, tem alguma coisa… Porque ele está chorando e tal”. E aí ele acabou confessando. O detalhe: Quando a Joyce tirou o amaciante grande de Pôneijou da sacola de mercado, ela viu que era um Pôneijou Baby. E foi isso que deixou ela mais cismada. — Ela não sabe dizer por que, mas ela ficou cismada porque era um Pôneijou baby… — E aí esse cara começou a chorar e acabou contando que, antes, antes… Detalhe, gente… Antes da pandemia, pouco antes de estourar a pandemia, ele tinha engravidado uma aluna. E aí essa aluna teve um bebezinho e tal e agora ele estava fazendo compra pra ela. — Porque ela não tinha como sair pra fazer compra com o bebê pequeno e tal, de quase dois anos. — 

E, enfim, ele tinha ido comprar amaciante pras roupinhas do filhinho dele. E aí a Joyce ficou muito, muito, muito chocada com tudo, porque, assim… Eles, os filhos desse cara com a Joyce, já são casados e com filhos também. Então, ele é agora um senhor que tem um bebê, que podia ser neto dele… — Por isso que ele estava chorando. — Mas na hora de engravidar a moça da faculdade aí não chorou, né? Aí tudo bem… E ele estava chorando porque a vida dele… — A vida dele estava muito difícil. — Ah, me poupe, né? E aí a Joyce falou pra ele: “Bom, pois agora vai ficar mais difícil, porque eu não te quero mais aqui. Pode pegar suas coisas e ir embora”. E aí a Joyce está em processo de separação e tal, vão vender a casa, ela ficou com o cachorro, com o Bobinho. E ele queria o Bobinho. Ela falou: “O Bobinho você não leva… Bobinho?”. E aí agora ele tá passado, porque ele não consegue morar com a moça jovem, porque ele diz que também é muita… — É muita diferença assim, né? Ele é um senhor, senhor mesmo, assim, e ela é uma moça novinha. —

E que ele não tem também energia pra cuidar do bebê, né? Enfim… Ele estava tendo que se desdobrar aí pra esconder uma criança. Uma traição e uma criança. E aí agora ele não precisa mais esconder da família, mas na faculdade lá que ele trabalha, ele meio que fica quieto. — Porque, poxa, professor engravidou a aluna? Enfim… Eu acho muito, muito, muito péssimo. — E aí você vê, gente, pelo amaciante que estava no banco de trás e que ele comprou, porque ele não ia ter tempo de manhã pra comprar, ele passou no mercado e comprou… A Joyce se falou que uma coisa que magoou mais ela do que a traição, é que ele nunca foi no mercado pra ela, nem quando os filhos eram pequenos. Ela tinha que se desdobrar, ela tinha que deixar as crianças com a mãe pra poder ir no mercado… E agora ele estava indo no mercado pra moça lá, pro filho mais jovem dele. Então você vê, isso que pegou mais a Joyce. [risos] Pô, o cara nunca foi no mercado pra ela… Eu entendo, super entendo… E aí é isso, né? Mais um divórcio. 

Ela falou que como era um casamento de muitos anos e eles tinham muito, assim, muito vínculo, muitas coisas, né? Ela tem hora que ela está bem e tem a hora que ela fica mal, mas ela já se sente melhor na casa sem ele. Porque ela tinha algumas rotinas, algumas obrigações que estavam vinculadas a ele e agora ela não tem mais. Tipo, a preocupação dela agora é só o Bobinho. [risos] Então, nessa parte melhorou bem, né? Mas término é sempre um saco. Mas, gente, dor de amor passa. Pode ter certeza… Você pode estar sofrendo aí, sentado, sentada na sarjeta, mal, sofrendo de amor, vendo aquela pessoa que você ama já no Instagram, abraçado com outra pessoa que você odeia… Vai passar. Vai passar. Daí um tempo você vai olhar e falar: “Ai meu Deus, ainda estou olhando esse Instagram? Meu Deus, olha que cafonice tudo isso”. Enfim, aguenta firme aí que vai passar. Joyce está aguentando firme e, gente, dor de amor passa.

[trilha]

Assinante 1: Meu nome é Vitória, sou do Rio de Janeiro. O que eu tenho pra falar pra Joyce é que eu concordo com o que a Déia falou, tudo passa. Ela é uma mulher estabilizada, ela não depende desse homem pra nada. E, como uma pessoa que também está passando por uma descoberta de traição, fica a dica aí pra gente sempre seguir a nossa intuição. Eu acho que nada é por acaso, porque talvez ela fosse deixar isso passar batido, não ia descobrir nada… Tudo acontece na hora que tem que acontecer e é isso, que ela seja feliz sem ele, que ela consiga viver e continuar vivendo sem se martirizar por isso, né? E espero que fique tudo bem. 

Assinante 2: Olá, meu nome é Ana, moro em São Paulo e, poxa, Joyce, que situação… Depois de muito tempo de relacionamento, realmente a gente precisa reaprender a viver de outras formas. Mas a notícia boa é que a gente pode se reconstruir, conhecer novos mercados… [risos] Eu não acho que ele foi no mercado por uma parceria, ele foi no mercado pra tentar encobrir a traição e o bebezinho dele. Mas agora quem pariu seu Mateus que embale. Segue sua vida, te desejo tudo de bom e um beijo. 

[trilha] 

Déia Freitas: Kit rejuvenescedor Hidrabene, entrem no site hidrabene.com.br e saibam mais. No site tem vários outros kits também para diferentes tipos de pele e necessidades. O site da Hidrabene é bem bonito, é prático, assim, fácil de você entender as coisas e é recheado de produtinhos incríveis. Vão lá ver. Lembrando que a gente tem cupom, tá? PICOLE10. — Sem acento. — Valeu, Hidrabene. Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.