título: jucycleisson
data de publicação: 23/11/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #jucycleisson
personagens: bruno e jussycleisson
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do quadro Amor nas Redes. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] E quem tá aqui comigo hoje é o Tinder. [efeito sonoro de notificação] — Sim, o maior aplicativo de namoro do mundo. — Trazendo dicas de segurança e funcionalidade pra você explorar aí todas as possibilidades, se conectar com as pessoas, formas novas relações e ter a melhor experiência que o Tinder pode proporcionar. Essa é a semana do Tinder aqui no podcast, eu tô na terceira história… — Então, volta e ouve as outras duas, estão ótimas. — E agora a terceira história… O Tinder tem a opção do Tinder Gold. Com o Tinder Gold, você consegue ver em um só lugar todas as pessoas que te curtiram e pode curtir de volta só aquelas que te despertaram o interesse.
É uma praticidade e te ajuda a economizar tempo de navegação e focar no que você está procurando. E, ó, sempre que você for encontrar alguém que você conheceu na plataforma, encontre-se em público e fique em público. Nas primeiras vezes, encontre a pessoa aí que você conheceu no aplicativo em um local público e movimentado, nunca na sua casa, na casa da outra pessoa ou em locais privados. Se a outra pessoa te pressionar, — pra ir a um lugar privado e insistir muito nisso — interrompe ali aquele contato e não marca esse encontro, gente. É importante também que o local público escolhido seja um local conhecido por você. Então, prefira sempre um estabelecimento que você conhece, não marque encontro tipo no meio da rua, numa esquina tal, saca? Mesmo que seja uma rua movimentada, uma esquina movimentada, marca num estabelecimento público que você conheça.
E hoje eu vou contar pra vocês a história do Bruno, que foi o Picolé de Limão de alguém no Tinder, mas que também pelo aplicativo acabou conhecendo aí o seu Amor nas Redes. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]Entre 2012 e 2018, o Bruno foi para uma grande capital, — para trabalhar — trabalhou muito, se estressou muito, teve ali um burnout, uma crise grave de estresse e resolveu voltar para a cidade dele para viver ali mais perto da família e tal. Nesse tempo, o Bruno já usava o Tinder, então alguns relacionamentos deram certo, outros não e vida que segue. O Bruno voltou pra terapia depois esse Burnout que ele teve e estava tudo ali caminhando bem. O ano que ele voltou ali pra sua cidade era 2018 e, em 2019, o último carnaval antes da pandemia, — a gente nem sabia disso — Bruno não tinha grana para ir para uma cidade grande curtir o carnaval, então ele tinha que ficar ali na cidade pequena que ele morava — do interior — e tinha que curtir o carnaval ali. Então, essa cidade tinha ali o carnaval de rua durante o dia e a noite tinha uma baladinha que era ali e LGBTQIA+ e que ele falou: “Bom, é a única opção que eu tenho, é pra lá que eu vou”.
O primeiro perrengue: Bruno foi comprar a fantasia de carnaval e descobriu que não tinha mais crédito. [risos] E aí teve que dar uma improvisada e dosar o dinheiro ali. — Porque Carnaval, né? Se você não toma umas cervejas, não toma um negocinho não é carnaval… Quer dizer, é carnaval também para quem não bebe, mas enfim, para quem bebe, gosta ali de tomar uma coisinha e tal. — Nisso, o Bruno resolveu mandar mensagem para um contatinho que ele tinha ali no Tinder. Então mandou mensagem, falou que ele ia para essa balada e o cara falou para ele: “Poxa, se você vai, então eu também vou, né? E a gente se encontra lá”. O Bruno nunca tinha conhecido esse cara, eles só se conversavam pelo Tinder e essa é a primeira vez que eles iam se ver ali pessoalmente, nessa baladinha.
Só que a balada estava muito cheia e eles conseguiram se encontrar ali na fila, mas depois que o cara entrou na balada, o Bruno perdeu ele de vista. — Não achou mais. — Aí resolveu dar uma curtir ali… — Carnaval, né, gente? — E ficou por isso mesmo. Na Cidade do Bruno, tinha uma outra balada também de carnaval e Bruno tinha ido para essa balada com um amigo. E aí esse amigo resolveu ver como estava a outra balada… O Bruno sem grana falou: “Ah, eu vou ficar por aqui mesmo. Sem grana, com preguiça…”. E aí ele mandou mensagem no celular ali pra aquele contatinho que ele tinha conhecido, acabado de conhecer, mas tinha perdido, né? E aí o cara falou: “Não, nossa, tô aqui, onde você está e tal?” e eles se encontraram… E o cara era gatinho e era gente boa…
E aí eles se beijaram, mas o Bruno disse que o beijo foi muito estranho, muito ruim assim… Só que eles estavam ali, estavam juntos, né? Aí o Bruno falou: “Ai, eu tô com muito calor, vamos lá fora”. — Então, a balada tinha uma parte lá fora que era pra galera fumar, tipo um fumódromo e lá fora também tinha um outro palco assim, tinha um pouquinho e tal, tinha um lugar pra sentar… — E aí o Bruno foi lá e sentou nesse lugar, né? E esse cara saiu também com os amigos, junto com o Bruno, e ficou ali do lado do Bruno… — Tipo “agora a gente tá junto, né? A gente beijou, a gente tá junto”. E o cara muito fofo, assim, um querido… E aí o Bruno ali sentado, fumando… Quando, de repente, do lado dele, senta um cara… — Que o Bruno falou que, assim, a balada parou… Parecia que o tempo tinha parado, tudo tinha ficado em silêncio e aquele cara parecia, assim, um Deus. —
Bruno já com umas cachaça na cabeça, o cara que senta do lado dele — que ele não sabia quem era, também com uma cachaça na cabeça — e aquele contatinho super fofinho ali do Bruno em pé do lado dele, conversando com os amigos. E aí esse cara não estava conseguindo acender o cigarro, o Bruno foi lá e ajudou ele a acender o cigarro e perguntou o nome dele. Aí ele falou Meu nome é: Jucycleisson. — Um nome super diferente, né? — E ele ainda frisou: “Meu nome é Jucycleisson com dois S”. E aí o Bruno ficou ali olhando para Jucycleisson, [risos] pensando que nome incomum, que cara lindo e tal… E aí eles começaram a conversar, só que a música estava muito alta, né? O Bruno ali muito perto do Jucycleisson pra poder ouvir o que Jucycleisson tinha a dizer e também falar com ele…
O Bruno foi chegando mais perto e deu um beijão no Jucycleisson. E Bruno disse que foi o beijo da vida dele, assim… Só que, poxa, o cara que ele tinha acabado de ficar, — que a gente pode chamar aqui, sei lá, de Miguel — o Miguel estava do lado dele. Miguel estava do lado dele, ele tinha beijado Miguel, ele estava com Miguel. E aí o Miguel foi embora arrasado, os amigos de Miguel ainda gritaram: “Poxa, você nem esperou o cara virar as costas e nã nã nã”, enfim… E o Bruno ficou ali com o Jucycleisson, só que Jucycleisson tava com uma galera também e ficou meio tímido ali junto com o Bruno e saiu fora. Quando Bruno procurou Jucycleisson na balada, viu que ele estava com uma turma ali, ele estava meio que com um cara… Ele não sabia se o Jucycleisson tava com aquele cara, se não estava… — Porque estava meio abraçado. —
E aí o Bruno já ficou arrasado… — Mas Bruno tinha arrasado Miguel, né? Então meio que chumbo trocado não dói, né, Bruno? — Bruno foi embora, assim, arrasado e sem saber muito sobre Jucycleisson, né? Enfim, era carnaval, todo mundo pegando todo mundo e o Bruno acabou vendo de longe o Jucycleisson mais algumas vezes durante aquela semana de carnaval, mas não conseguiu se aproximar mais, não conseguiu, enfim… Carnaval. O Carnaval passou e Jucycleisson não saía da cabeça de Bruno por nada. E aí ele falou: “Poxa, eu tenho que achar esse cara”, só que ele não lembrava o nome. Ele não lembrava… Ele sabia que era um nome diferente, ele sabia que tinha os dois S, mas ele pensava assim: “Juvenilson”, Jucyelersson”, sabe? Não lembrava que era Jucycleisson. Ele procurou no Instagram, no Facebook, ele olhou a lista da balada com mais de duas mil pessoas… — Pessoa por pessoa, procurando um nome que fosse diferente, que ele ia bater o olho e ia saber que era o Jucycleisson. [risos] —
Mas não achou… E aí o Bruno lembrou do Tinder… Ele falou: “Esse cara, poxa, deve tá Tinder também, cidade pequena tá todo mundo no Tinder”. E aí ele abriu ali o Tinder e desliza pra esquerda aqui, desliza pra direita ali… [risos] — Que ninguém é trouxa, né? — E, de repente, lá estava o Jucycleisson. O Bruno, óbvio, deu like e deu match. — Quer dizer, Jucycleisson já tinha achado ele primeiro. — Eles começaram a conversar, eles marcaram um encontro e foi o primeiro encontro maravilhoso e depois desse vieram muitos encontros e eles estão juntos, morando juntos até hoje. Passaram a pandemia juntos e estão firmes, assim, casadíssimos. — Amo… — O Bruno incentivou Jucycleisson a voltar a estudar e apoia ele em todas as coisas, os dois se apoiam, têm sonhos e tal… [risos]
E o Bruno falou: “Estamos pobres? Estamos, mas mais unidos aí do que nunca e com muito amor nesse relacionamento”. E quanto a Miguel, o Bruno pediu desculpas… — Foi lá, né? Porque, poxa, errou… Bruno sabe que errou. — Mas Miguel não desculpou muito não e não culpo Miguel porque sou rancorosa igual. [risos] Então, Bruno fez ali o que tinha que fazer. pediu desculpas e Miguel aceita as desculpas ou não, porque só quem sofre é que sabe. Achei muito fofa aí a história do Bruno. Você vê, né? Ele proporcionou um Picolé de Limão e ganhou um Amor nas Redes ali, tudo pelo Tinder. [risos] — Amo… —
[trilha]Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, sou Diego de Recife. Nossa, me emocionei com a história. Nós, que somos LGBTQIA+ e fazemos parte desse seleto grupo que tratamos de relacionamentos de várias formas possíveis e de vários jeitos de se relacionar, foi muito bonitinho ter ouvido essa história de vocês. Eu desejo que vocês continuem feliz no acordo estabelecido para a relação de vocês. Eu espero que o Miguel tenha esquecido isso e tenha aprendido a ver os relacionamentos humanos de outra forma. É sempre bom quando a gente abre a nossa mente para entender que nem tudo é da forma que uma heteronormatividade sustenta pra gente durante a vida toda. Espero que vocês fiquem bem, espero que vocês estejam bem e até a próxima.
Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é Débora de Barreiros, Bahia. Bruno, adorei sua história, um quase Picolé de Limão com um desfecho de Amor nas Redes. Que bom que o desfecho é um Amor nas Redes. Fico feliz pela sua história e a do Jucycleisson ter terminado bem e uma pena para o Miguel, mas faz parte, né? Faz parte… Entendo também ele não perdoar, mas que bom que pelo menos você e o Jucycleisson tiveram aí um desfecho bom. Os dois juntos se ajudando, colaborando… Um abraço, beijos.
[trilha]Déia Freitas: E se você está procurando um contatinho ou quer conhecer alguém mais especial e não tem tanto tempo assim pra navegar na plataforma, escolha o Tinder Gold e tenha acesso a mais coisinhas como, por exemplo, saber de todo mundo que curtiu o seu perfil sem precisar curtir de volta. E todas as curtidas, todas as pessoas ali num lugar. A sua jornada no Tinder é única e depende do que você procura no aplicativo. O Tinder nunca para de inovar e leva a sério a sua experiência e a sua segurança, buscando sempre soluções para promover um ambiente seguro e de autenticidade em um aplicativo simples, usável e divertido. Valeu, Tinder, tamo junto, tô adorando essa semana. Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]