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título: coincidência
data de publicação: 30/11/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #coincidencia
personagens: joão paulo

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do quadro Amor nas Redes. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo novamente é a Drogasil, juntinho com a Droga Raia. O maior compromisso da Drogasil e da Droga Raia é cuidar. Os funcionários são treinados para entender a saúde de forma integral e construir laços de proximidade e acolhimento junto aos clientes. E a escuta ativa é uma ferramenta essencial na criação desse vínculo. E por falar em escuta ativa, essa é a quarta história de um combo de cinco episódios. — Pra ouvir as outras três histórias que eu já contei aqui, é só voltar aí no feed. — E hoje eu vou contar pra vocês a história do João Paulo Montini. Atualmente, ele é coordenador de NPS da Drogasil, mas quando essa história aconteceu, ele era gerente da filial do Shopping Frei Caneca. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

Quando João Paulo chegou ali naquela farmácia da Frei Caneca, ele ficou empolgado, ele falou: “Pô, arregaçar a manga aqui, trabalhar e tal” e ele percebeu que o pessoal que ia ali na farmácia era muito amistoso, tinha muitos idosos e tal e ele começou ali a conversar com todo mundo, né? E logo no primeiro dia uma pessoa se destacou, Dona Joana. Uma senhora muito simpática, falante… Eles conversaram bastante, dona Joana fez ali as compras que ela tinha que fazer e foi embora. João Paulo terminou aquele primeiro dia e falou: “Poxa, agradável demais o clima”, enfim, passou… No dia seguinte, também foi um dia bem agradável de trabalho — para o João Paulo — e ele conheceu ali dona Lúcia. Dona Lúcia também comprou produtos ali pra ela e comprou produtos para uma irmã dela, que era acamada, que ficava mais em casa, que tinha umas questões de saúde, eles conversaram a respeito disso… 

Dona Lúcia também foi embora, mas também foi uma senhorinha que ficou ali na mente do João Paulo, tipo: “Nossa, mais uma figura agradável aqui da farmácia”. O tempo passou, João Paulo continuou ali com o trabalho dele, as coisinhas dele… Até que um dia, chega na farmácia Dona Magda. Dona Magda também muito simpática, pegou ali os produtos que tinha que pegar, também pegou algumas coisas pra uma irmã… — Olha que coincidência: uma irmã também acamada. — Falou: “Ai, que coisa e tal, também atendo aqui uma outra cliente com irmã acamada e nã nã nã”, passou… Dona Magda ia esporadicamente ali na farmácia, Dona Lúcia ia às vezes, dona Joana ia mais… 

Dona Joana também ali desenvolvendo aquele assunto, comentou que também tinha uma irmã em casa, com questões de saúde e que até tomava uma medicação que não vendia lá na farmácia. Então, isso era uma coisa que João Paulo não podia ajudar, porque ela precisaria de uma aplicação, teria que ser feita em outro lugar, enfim, conversaram… Um dia o Paulo tá ali na porta da farmácia, quando, de repente, três senhorinhas passando juntas ali, conversando. Era Dona Joana, Dona Lúcia e dona Magda. João Paulo, na hora falou: “Ahá, vocês aí juntas, eu atendo vocês… Oi, tudo bem?”. — Pensando ali se tratar de três amigas. — Naquele momento, João Paulo descobriu que Dona Joana, Dona Lúcia e Dona Magda eram irmãs… 

E a irmã, aquela irmã acamada de cada uma delas — que ele pensou que fosse uma pessoa diferente — era a mesma pessoa… Era dona Maria Auxiliadora. Dona Auxiliadora era a quarta irmã e era a pessoa que só ficava em casa, que tinha umas questões de saúde e ficava mais acamada. Daquele momento que virou uma chavinha ali que as três iam na farmácia separadas e nunca uma comentou da outra, elas passaram a ir juntas ou quando elas iam, elas comentavam uma da outra… Porque agora, né? A dinâmica deles ali de amizade tinha mudado. Eram irmãs ali entre 70 e 80 anos, as quatro, as quatro morando juntas ali… Eles pegaram uma amizade tão boa que tanto o João Paulo quanto a supervisora de loja dele, os dois eram convidados para as festas de aniversário das idosinhas, [risos] pra ir lá tomar chá e comer uma fatia de bolo. — Quem vai recusar bolo, gente? — 

E além de ir na farmácia separadas, a cada 15 dias elas iam juntas ali bater um papão com o João Paulo. [risos] Ele foi transferido para a farmácia da Oscar Freire, e aí elas começaram a conversar com ele por telefone. E, às vezes, como não era tão longe assim, elas iam até a farmácia encontrar ali o João Paulo também. Até que um dia, João Paulo recebeu uma notícia de que a mãe dele tinha sido internada às pressas e ele teve que ir ficar junto com a mãe dele. — Pra cuidar ali, fazer o que tinha que fazer. — E, nesse momento que o João Paulo estava com o pensamento totalmente off da farmácia, das coisas, da farmácia, enfim, estava ali concentrado em atender a mãe e cuidar da mãe, ele recebeu um telefonema… — Quem era? — 

Eram as três irmãs ligando juntas ali pro João Paulo pra saber como ele estava, como estava a mãe dele, se ela estava melhorando, se o João Paulo estava comendo, se ele estava precisando de alguma coisa no hospital… Aquela hora o João Paulo tomou um susto assim, né? Porque talvez nem alguns parentes tivessem ligado com essa preocupação para ele e as três irmãs ali mais dona Maria Auxiliadora que estava acamada, estavam ali ligando para ele. O tempo passou, a mãe do João Paulo se recuperou, ele voltou a trabalhar normalmente, elas continuaram ligando pra ele, mas indo menos à farmácia porque era mais longe, né? E elas idosas. O tempo passou… Até que um dia uma notícia chegou ali para João Paulo. Aquela irmã acamada, dona Maria Auxiliadora, tinha falecido. 

Foi tudo muito repentino, então o João Paulo não conseguiu estar presente ali no enterro, né? E foi uma coisa que deixou ele muito chateado. Mas na missa de sétimo dia o João Paulo fez questão de ir e as irmãs ficaram muito surpresas, assim, elas realmente não esperavam que ele fosse lá prestar solidariedade, dar um abraço. O João ficou muito sentido, elas ficaram muito emocionadas e essa amizade — do João com essas três idosinhas irmãs — dura até hoje. Outros familiares… — Elas contaram dessa amizade com o João. — Outros familiares frequentam a farmácia também e conhecem eles e eles levaram esse vínculo pra fora ali do ambiente da farmácia. Eles realmente se tornaram amigos. 

Eu fico muito feliz de trazer histórias de idosos que estão ativos, que estão aí passeando, conversando, se juntando… E se juntando a gente jovem, né? Como o João Paulo, assim, trocando experiências. Eu estou gostando demais de contar essas histórias. 

[trilha] 

João Paulo: Eu me chamo João Paulo Montini, hoje eu sou coordenador de NPS, mas eu fui gerente farmacêutico da Drogasil aqui em São Paulo, capital, ali na região do Centro. Eu gosto muito de conversar, então eu puxo bastante assunto com cliente… No atendimento a gente acaba falando, além das questões técnicas, a gente acaba dando muita dica ali de saúde e, com isso, a gente acaba fazendo amizade mesmo com os clientes. É muito bacana a gente receber o carinho dos clientes. Nós brasileiros a gente coloca muita nossa felicidade ali na mesa, isso é muito bacana. Então, toda vez que algum cliente leva pra gente algum prato de comida, mostra além de muito carinho, mostra muito amor ali mesmo, mostra como se ele quisesse a gente dentro da casa dele. E muitas vezes acontece da gente formar uma amizade e ser muito mais próximo desse cliente. 

A gente também aprende muito em cada atendimento, seja numa questão de saúde ali técnica, seja uma experiência de vida, seja uma notícia fresca… Agora, claro, sem dúvida, precisa ter muita paciência, mas os idosos eles são mais gostosos de trabalhar, no sentido de quando você tem tempo e tem paciência, a conversa pode estender por horas e horas dentro da farmácia e muitas vezes a gente encontra os clientes na rua… Eu sempre vou passear com o meu cachorro todo fim de tarde ou à noite e no meio do caminho eu sempre encontro vários idosos e a gente sempre acaba conversando. Inclusive, a gente olha muito aquela ingenuidade, né? Recentemente, por exemplo, eu estava andando perto da minha casa, uma idosa ela estava andando com um gato e ela falou: “Olha, eu me chamo Dora, moro aqui nessa casa azul… Quando você quiser, vem aqui, vamos tomar um café”, por causa da gente ter ali aquela simpatia, ter o carisma ali da gente conversar, mas chega ao ponto deles oferecerem essa entrada na própria casa deles. 

A minha avó, por parte paterna, eu não cheguei a conhecer… Ela já tinha falecido, mas a minha avó por parte materna e eu tive contato com ela até os 18 anos. Todo domingo a gente ia, almoçava na casa dela… Minha avó imigrante, né? Então fazia toda a comida, macarronada, fazia lasanha, fazia toda aquela comida pesadas típica italiana. A minha vó, apesar de ter alguns problemas de saúde, ela era sempre muito ativa, não só para a cozinha, mas o que eu mais lembro da minha vó é quando ela queria sair para passear. Minha mãe herdou um pouco isso dela, né? E hoje mesmo minha mãe é idosa também, né? Então pode estar com a dor que for… Eu lembro que minha avó se falasse que ia passear, ela queria ir. Mas eu lembro também da minha avó não perdendo a novela, assistia todas… Gostava de um doce, gostava de comer muito bem, mas eu lembro muito bem que ela gostava muito de fruta, e era sempre tangerina, pêssego… 

Eu acho que tive o privilégio de poder ter contato com meus avós e com a minha avó principalmente também… Um dos motivos de eu ter essa familiaridade com as pessoas mais velhas eu entendo que seja pelo fato de primeiro eu gostar de conversar, eu adoro quando a gente tem uma oportunidade na rua, dentro da farmácia, enfim, no shopping, seja onde estiver… Até mesmo no metrô mesmo… Quando o mais velho começa a falar e geralmente eles começam a falar: “Ai, tá muito calor”, também gosta na conversa: “Ai, nossa, tá mesmo, né? Esqueci até da minha garrafinha”, enfim, aí já começa uma conversa. Acho que pelo fato de eu gostar de conversar, eu acho que é uma uma qualidade na hora de ter a conversa direta ali com o idoso. 

Eu acho que uma outra característica também é ter paciência, né? Mesmo no ritmo deles, falando muitas vezes que na época deles era diferente, é gostoso você escutar e ao mesmo tempo acaba perguntando: “Ah, era assim?”, eu acho que essa paciência também na conversa, esse interesse em conversar e continuar conversando eu também acho que faz toda a diferença… Esse acolhimento, né? Eu gosto de escutar essas histórias de coisas passadas e que a TV não conta, né? Às vezes é aquela história da família, enfim, que passou durante a história e é bem íntima. Então, esse interesse é muito gostoso de participar junto. 

[trilha] 

Déia Freitas: Na Drogasil e na Droga Raia o cuidado com a saúde dos clientes começa no atendimento, através de um olhar humanizado e uma escuta ativa por parte de toda equipe. A construção de uma vida mais saudável começa a partir de pequenas escolhas e práticas no dia a dia. Acesse: drogasil.com.br ou baixe o aplicativo da Drogasil Acesse: drogaraia.com.br ou baixe o aplicativo da Droga Raia para encontrar aí a farmácia mais perto de você. Estamos rumo aí a última história… — A próxima já é a última desse ano. — Estou muito feliz com essa parceria. Vamos junto aí Drogasil, Droga Raia… Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.