título: risonho
data de publicação: 13/02/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #risonho
personagens: salete e um cara
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]
Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo novamente é o Paramount Plus, que acabou de lançar Teen Wolf: The Movie. — Filme da franquia Teen Wolf. — Desde o lançamento do último episódio da série, cinco anos se passaram e agora o Scott está de volta. — Gente, assim, uma curiosidade, né? Eu amo Teen Wolf, assim, eu gosto muito de lobisomem, eu tenho simpatia por eles, não consigo ter medo, essas coisas… E ele não nasceu lobisomem, ele adolescente, ele foi mordido na floresta por um lobisomem, então foi por isso que ele virou, né? Ele não nasceu… — E agora no filme o Scott vai reunir aí os seus velhos amigos e aliados para retornar a cidade de Beacon Hills e protegê-la aí de uma nova e aterrorizante ameaça.
E no novo filme, essa ameaça traz de volta todas as criaturas mágicas com as quais os heróis da série lidaram nas seis temporadas de Teen Wolf. Eu vou deixar o link do trailer de Teen Wolf: The Movie aqui na descrição do episódio. E Teen Wolf: The Movie está disponível com exclusividade no Paramount Plus, então assine agora e ganhe sete dias gratuitos. O link pra assinatura também está aqui na descrição do episódio. E hoje eu vou contar pra vocês a história da Salete. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]
A Salete aí passeando pelos aplicativos de relacionamento conheceu um carinha [efeito sonoro de notificação de mensagem] e eles começaram a conversar. Conversa muito boa. O cara sempre muito alegre, estava sempre, assim, rindo e felizinho, sabe? E a Salete curtiu a vibe, eles conversaram ali umas duas semanas e resolveram marcar o primeiro encontro. — Onde seria esse primeiro encontro? — Salete resolveu marcar ao ar livre, num parque, é uma boa ideia, né? — Ainda mais com o coronavírus aí, vocês ficam marcando encontro então que seja ao ar livre, né? — E aí lá foi Salete conhecer o carinha do aplicativo. E, assim, química perfeita… Eles se gostaram de cara, assim, o cara sempre muito risonho. Acho que a palavra é risonho.
E aí o cara Risonho, eles conversaram, rolou aquela química, eles se beijaram, a coisa esquentou… Eles foram ali para o apartamento da Salete. Era, tipo, na hora do almoço, então eles passaram ali a tarde toda, até comecinho da noite na casa da Salete, depois ele falou que ele tinha que ir embora, nã nã nã, foi embora… Encontro perfeito. Eles tiveram mais uns três encontros assim, que eles se encontravam em algum lugar assim ao ar livre pra passear, porque o Risonho é um cara que gosta de passear, gosta de andar de bike e nã nã nã e depois eles iam pra casa da Salete. A Salete ali já apaixonadinha pelo Risonho e fazendo alguns planos, né? Tipo, ela queria, sei lá, sair para jantar e, sei lá, fazer uma baladinha [miado de gato ao fundo], né, Nenê? Nenê tá aqui hoje.
E, na cidade da Salete, tem uma balada que é, assim, uma balada cara… — Pensa num lugar grande onde tem balada, restaurante, tem uns lounges… — É um lugar enorme. Então você pode comer lá, você pode ir lá só para tomar drinque, enfim… Você pode fazer o que você quiser. Você pega a sua comanda ali na entrada, então é uma comanda… — Sabe dessas de padaria que tem o número e que depois, quando você paga, o cara magnetiza lá que você pagou e você enfia o plastiquinho lá na catraca da saída e sai. — Então era esse estilo a balada, né? E era uma coisa grande, tipo, grande mesmo. E aí o Risonho falou: “Ah, você não quer ir lá? Tal dia vai ter show de tal pessoa”. — Porque agora vários lugares já abriram e voltaram até ter aí pequenos shows, né? –
E aí a Salete falou: “Ah, legal, mas lá é caro, né? Precisa ver direitinho quanto é e nã nã nã”. E aí a Salete ficou dela entrar no site pra ver quanto ia custar e se eles estavam lá, eles iam jantar lá… Então não ia ser um negocinho barato, né? Salete entrou no site, viu lá fez as contas e nã nã nã, falou: “Ah, vou nessa… Se eu gastar ali só da minha parte uns 200 reais, tá bom demais. Eu vou poder ver um show, eu vou jantar, eu vou estar com meu amorzinho”… Então ela fez mais ou menos o cálculo de ali uns 200 reais — no máximo — da parte dela. E aí falou com Risonho, Risonho falou: “Tranquilo, né? Vamo então”, “Vamo” e combinaram no dia lá… O Risonho passou na casa dela todo arrumadinho, [efeito sonoro de campainha tocando] bonitinho, ela também tava toda bonita e lá foram Salete e Risonho para a balada com o jantar e nã nã nã.
Eles foram mais cedo justamente para jantar ali antes do show, né? Antes de circular ali pela balada. Porque, na real, o lugar começa a esquentar depois da meia noite, né? — Até meia noite, assim, a galera vai pra jantar e ficar conversando ali em grupos e depois da meia noite que tem show e nã nã nã. — E aí eles jantaram, jantaram bem… O cara quis pedir um vinho e, detalhe: tudo na comanda dele… Tudo na comanda dele. Então, assim, a Salete falou que ele foi um cavalheiro… Quando eles chegaram, eles pegaram as comandas ali, ele ficou com as duas comandas e falou: “Não, vamos passar tudo na minha, não se preocupe com nada”. E aí Salete falou: “Nossa, né?”, mas mesmo assim ela escolheu ali um prato mais barato… — Aquela coisa, né? A gente que é da classe C, a gente não gosta de abusar. [risos] –
E aí ela comeu, ele comeu, tomaram vinho e nã nã nã… E aí ia ter o show, né? E eles ainda ali comendo e tal, depois foram dar uma volta, o lugar é bonito, assim, tem um paisagismo bonito… Então eles sentaram em um banquinho ali que tinham umas palmeiras, uma parte verde bonita, deram uns beijos e nã nã nã, ele falou que estava gostando muito dela, o Risonho e ele todo felizinho e nã nã nã… Passou. Começou o show… [efeito sonoro de plateia gritando] Começou o show, a banda que eles queriam ver, né? E a Salete e ele, assim, não tão lá na frente, num lugar pequeno, não é um show de ninguém famoso e tal, mas era o show que ia ter na casa, bacana… E aí um determinado momento, o Risonho falou pra ela: “Olha, eu vou até o banheiro”, Salete falou: “Tudo bem” e ficou ali vendo o show, né?
Aí, gente, passou uma música, duas músicas, três músicas, quatro músicas, cinco músicas e nada do Risonho voltar… Nada do Risonho voltar. E aí a Salete foi ficando preocupada, foi até lá onde eram os banheiros, né? E tinha um rapaz que, tipo, ficava tomando conta do banheiro dos homens e aí perguntou: “Ah, tem um cara aí de jaqueta assim e nã nã nã”, o cara falou: “Olha, não”, olhou lá e falou: “Não, não tem”, né? E aí ela procurou ele mais um pouco ali e, quando ela foi pegar o celular, porque ela falou: “Bom, vou mandar mensagem, acho que a gente se perdeu aqui”. Quando ela foi pegar o celular dela da bolsa, cadê o celular? — O celular não estava na bolsa… — Ela com uma bolsa — bolsa de mulher — cheia de coisa, começou a procurar ali as coisas na bolsa, assim…
De cara ela falou: “Enfiaram a mão na minha bolsa e pegaram meu celular”, e dito e feito, celular lá não estava na bolsa. A sorte dela é que ela não levou carteira, ela levou um cartão de crédito, um pouquinho de dinheiro e colocou sabe dentro daqueles bolsinhos quase invisíveis dentro da bolsa? Então tava lá… E a identidade dela. Então, assim, aquilo estava intacto, porque se fosse uma carteira solta dentro da bolsa, com certeza alguém também ia roubar. Só que ela notou que na bolsa dela, magicamente, estava uma comanda… Mas engraçado, ela tinha deixado as duas comandas com o Risonho… Mas tinha só uma comanda na bolsa dela. E ela achou estranho, mas enfim, como ela perdeu o celular, ela foi até o segurança pra falar, né? Pra avisar e ver o que ela tinha que fazer. E aí o segurança meio que instruiu ela, que ela tinha que ir lá do lado da recepção pra notificar que tinha perdido o celular lá dentro, né? E nã nã nã…
Enquanto ela fazia isso, ela ficava pensando: “E agora? Como é que eu vou me comunicar com o Risonho, né?”. Nesse corre todo de procurar o celular, de preencher lá o cadastro que ela tinha que deixar preenchido lá na balada para ver se achavam o celular, se achassem iam notificar ela e nã nã nã, passou ali umas duas horas… E aí ela falou: “Bom, sei lá, perdi o Risonho, né? Vou pra casa agora falar com ele pelo computador, pelo WhatsApp Web”. Ela falou: “Bom, minha comanda está zerada, só tenho o couvert do artista lá e tal”… Que ela pôs a comanda lá pra pagar: 439 reais. — O que aconteceu? — Este cara, o Risonho, ele pegou a comanda sem nada e foi embora e deixou a comanda com tudo que eles pediram pra Salete pagar.
Salete na hora ficou sem acreditar, porque aí a ficha dela caiu: “Se ele colocou a comanda com todas as despesas na minha conta, foi ele que pegou meu celular.”. E aí Salete já começou a passar mal, passar mal… E ela ali no caixa, uma fila no caixa… O que ela fez na hora? Passou no cartão dela, por que o que ela ia fazer? Não dava nem ali pra dar um show, porque tinha uma fila do pessoal saindo e tal, né? Ela não conseguia pedir um carro de aplicativo porque ela estava sem celular… Ela teve que ir mais pra frente até um ponto de táxi e pegar um táxi, passar o táxi no cartão também. — Até a casa dela. — E aí quando ela chegou na casa dela, que ela entrou no WhatsApp Web pra falar com o Risonho, ela já não conseguia falar com ele, ele já tinha bloqueado ela em todo. — Agora me diz, gente, por que o cara faz isso? Ele saiu com ela mais de mês, mais de mês… Pra levar ela numa balada bacana e dar um golpezinho de 200 reais? Que, assim, a parte dela ela ia pagar. Então, vai, dar um golpezinho de 250 reais? Quem que faz isso, gente? Qual a vantagem? Tudo bem, você comeu, você bebeu, mas que golpezinho fuleiro… –
E aí a Salete escreveu, porque assim, ela ficou muito inconformada… Nem tanto pelo dinheiro, né? Porque foi um golpe menor, mas, sabe? Pela falta de consideração dessa criatura. Tipo, passou mais de mês com a Salete, foi na casa dela… — Ninguém era obrigado a nada, eles não precisavam se encontrar de novo, nada… Podia simplesmente acabar do nada, como começou do nada. — Por que fazer isso? Por que esse mau—caratismo? Então, é por isso que a Salete escreveu pra gente, ela queria entender porque. Eu acho que é porque o cara é mau caráter mesmo, assim, deve dar esse golpezinho sempre nos outros. Ah, não sei, acho que é isso, é falta de caráter mesmo. Não tem o que ser mais assim, sabe? Vingancinha? Não tem porque ser vingancinha, porque eles estavam ótimos. Pra mim é falta de caráter.
Ah, gente, detalhe: esqueci… Quase ia embora sem falar: A Salete achou o celular… O celular dela apareceu lá na balada, então provavelmente não foi o Risonho, né? Só se na hora que ele foi colocar a comanda o celular dela acabou caindo no chão, não sei… Eu sei que achou, só tinha um trincadinho ali na pontinha da tela e estava tudo certo. – Que ela tinha aquela película de vidro, né? E aí trocou a película e deu tudo certo. – Então o cara só deu o golpe mesmo ali da parte dele da comida, bebida, do vinho… O cara comeu pra caramba, comeu bem. Então, o golpe do esganado.
Assinante 1: Tudo bom? Sou Carol Rodrigues, de Fortaleza, Ceará. E sinto muito que você tenha passado por isso, sério mesmo. Mas assim, te dando uma dica prática, dá uma trocada na chave da sua casa, quem sabe se… Sei lá, né? Ele surrupiou um valor pequeno, mas a gente nunca sabe das pessoas, né? Dá uma trocada nas chaves da tua casa só por segurança. E outra coisa que eu te aconselho é dar uma voltada aí nessa boate que vocês foram, nesse restaurante e tenta pegar nas câmeras alguma imagem que mostra esse momento dele fazendo essa troca da comanda e faz um registro, um boletim de ocorrência, pelo menos pra, sei lá, se ele vir a fazer isso futuramente, você tá meio que protegendo as futuras pessoas, sabe? Porque sempre quando acontece algo muito pequeno com a gente, é muito comum a gente deixa passar, mas é bom ele ter esse registro na conta dele. Pois um cheiro.
Assinante 2: Aqui é Carolina, falo da Nova Zelândia. Poxa, que sacanagem, hein, Salete? Que história chata… Pô, sinto muito que você tenha passado por isso e eu fico pensando, assim como é a sua dúvida, eu acho que seria a minha também de pensar “poxa, mas esse cara nunca teve realmente a fim? Será que ele estava o tempo inteiro planejando esse golpe e tal?”. E, se tem uma coisa que eu aprendi com meus muitos anos de solteira na vida foi que a gente tem que parar com essa coisa de “ou”. “Ou ele gostou de mim ou ele planejou isso o tempo inteiro?” e eu acho que não é por aí. Eu acho que ele gostou sim e ele curtiu sim todos os momentos que vocês tiveram, mas também ele é mau caráter e aproveitou a oportunidade para fazer o que fez. E bola pra frente… Eu não duvido que esse cara te procure ainda. Salete, seja esperta, não caia no papinho, hein? Então um beijo e bola pra frente, que bom que você achou seu celular.
Déia Freitas: Assista Teen Wolf: The Movie com exclusividade no Paramount Plus. Assine agora e ganhe sete dias gratuitos. O link tá aqui na descrição do episódio. — Eu amo lobisomens. — Obrigada mais uma vez Paramount Plus pela parceria, tamo junto… Um beijo e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]