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título: necrotério
data de publicação: 22/05/2023
quadro: luz acesa
hashtag: #necroterio
personagens: júlio

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Shhhh… Luz Acesa, história de dar medo. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para um Luz Acesa. E hoje eu vou contar para vocês a história do Júlio. Então vamos lá, vamos de história.


[trilha]


O Júlio ele se formou aí no segundo grau e estudou um tempo pra prestar concurso. Então, ele queria prestar concurso na prefeitura e ele estudou aí uns seis meses e resolveu fazer um concurso, assim, mais de base. — Então, o que pensou Júlio? — [efeito de voz fina] “Eu estando dentro da prefeitura, eu tenho mais abertura para fazer outros concursos, sei lá, x”. E aí Júlio foi lá e prestou um concurso para atendente geral de uma prefeitura X. E Júlio passou, passou nesse concurso, esperou mais ou menos um ano para ser chamado, um pouco menos de um ano e finalmente chegou a data em que Júlio ali naquela lista, porque ele ficou numa posição que, sei lá, tinha que esperar umas pessoas e tal que foram contempladas primeiro, né? Que fizeram mais pontos, enfim…


Chegou a vez de Júlio… Júlio estava empregado e ele vinha fazendo uns bicos e tal e agora ele seria atendente geral da prefeitura. — E o que faz um atendente geral da prefeitura? Ele é colocado no cargo de atendimento em qualquer estabelecimento da prefeitura. Então você pode estar numa creche, numa escola, num departamento ali, numa repartição da prefeitura, na biblioteca… E isso quando você vai fazer o concurso, isso tá na descrição, né? Então você é um atendente que vai ser atribuído aí em qualquer lugar que a prefeitura tenha ali a vaga de atendimento. — E a vaga que saiu para o Júlio era no atendimento do necrotério. — E aí aqui eu vou fazer um parêntese pra contar um pouco do que o Júlio me falou sobre o que é trabalhar no atendimento no necrotério. — Então ele tava ali, ele tava no atendimento, ele não necessariamente precisava ir onde ficava o legista tal, mas tudo passava ali pelo Júlio. 


Então, você tá procurando um parente desaparecido e você quer ver se ele tá no necrotério? Era o Júlio ali que abria a ficha e que fazia esse meio de campo até você ir conversar com a pessoa que vai te mostrar os corpos. “Ah, você ficou sabendo que sofá que seu familiar sofreu um acidente está no necrotério?” Então você vai com os documentos do seu familiar no necrotério e é para o Júlio ali que você entrega e tal. Então, aquele primeiro contato era feito com o Júlio. E o Júlio falou uma coisa pra mim, falou: “Déia, eu nunca me incomodei de trabalhar no necrotério”, porque muita gente recusava… Então, aí a prefeitura, sei lá, tentava achar uma vaga pior pra você que não quis ir lá pegar essa vaga, enfim… Mas de cara ele topou assim e falou: “Bom, é minha função, é minha função”. — É um trabalho fácil, gente? Não é um trabalho fácil, porque você está ali lidando com a morte de pessoas. — 


E o Júlio falou que também mais do que as mortes, o que deixava ele, assim, mais preocupado com o trabalho que ele desenvolvia era quando ele tinha que atender pessoas que foram lá para fazer exame de corpo de delito, porque são pessoas vivas. Então você pega espancamento de criança, você pega violência sexual, tudo que tem que fazer corpo de delito passa ali pelo IML e ele tava ali no IML. — Então, tudo passava por ele até chegar lá no necrotério. — Às vezes as pessoas acham que todas as pessoas que morrem passam pelo IML, pelo necrotério ali, né? E não. Então, se você morre num hospital e não foi uma morte suspeita, você não vai para o IML. Se você morre na rua, você vai para o IML. Se você morre em casa e não tem um médico para atestar ali que você já estava com problema de saúde e tal, aquilo vira também uma morte suspeita e você vai para o IML. Então, não é todo caso, toda morte que vai para o IML. Se você morre num hospital e não tem nada suspeito, você vai direto para uma funerária. Então ele tava ali trabalhando com questões de violência, questões de pessoas que morreram de acidente… Então não é um trabalho fácil, mas o Júlio estava gostando porque o Júlio sempre foi muito curioso.


Então, uma coisa que ele não precisava fazer, que era entrar na parte do necrotério, onde ficava os corpos, quando tinha um caso muito específico e ele ficava curioso, ele ia lá. Então estava o pessoal lá e ele falava: “Poxa, aconteceu e tal?”, “ah, você quer ver? Vê aí”. Então, assim, não tinha uma restrição dele não ir. Se ele quisesse ir lá ver, ele podia ir lá ver e às vezes ele ia ver… E tinha um motorista que trabalhava lá — no IML — que era muito mais medroso, então ele fazia o trampo dele e, às vezes, o trampo dele, quando tinha que recolher algum corpo, exigia que ele pegasse no corpo assim, de luva e tal, paramentado, mas fazia parte do trabalho dele para pôr naquela gaveta que vai dentro do carro do IML. Esse motorista, depois de um tempo, pediu transferência porque não aguentou o tranco ali, mas o Júlio estava ótimo, tirando essas questões do corpo de delito que era quando ele ficava, assim, mais tenso.


Até que um dia, Júlio estava ali no horário dele de trabalho, na parte da manhã, quando na cidade vizinha… — Isso acontece muito… Não são todas as cidades que têm IML, né? Então, quando é algum lugar, assim, que as cidadezinhas menores não têm, estes corpos vão para a cidade mais próxima que tem o IML, né? — E aconteceu um acidente de carro onde cinco jovens tinham morrido. — Tinha muita bebida no carro… Então tô contando pra vocês a história que o Júlio depois ficou sabendo e apurou… Porque, né? Rola as fofocas, sai no jornal, enfim… — Então eles tinham bebida no carro, eles estavam voltando de uma balada e eles entraram no meio de uma carreta — na parte da carga — e passaram por debaixo do meio da carreta ali, sabe? Tipo, a carreta atravessou e eles não pararam no farol e passaram por baixo da carreta. Só que a carreta ela tem uma altura, então ela foi levando… — Eu não quero ser gráfica aqui, mas tipo alguns corpos ficaram pela metade, enfim, foi um caos… — 

Um acidente muito violento, né? E jovens… Parece que o jovem que estava dirigindo não tinha habilitação, enfim… O Júlio nunca tinha visto corpos daquele jeito e ele ficou curioso de ver. Então foi lá viu e depois ele que teve que receber as famílias, teve que ter reconhecimento, essas coisas, enfim, todo um procedimento ali dentro do IML. E o Júlio passou o dia dele ali e ele saía às 18h. Então, Júlio saiu às 18h e foi em direção à sua casa… E, quando ele tava saindo do IML, ele teve a impressão, apenas uma impressão, de que tinha alguém atrás dele, mas muito perto… Tanto que ele virou, assim, achando que era um dos caras do IML… Porque às vezes eles tinham mania de um dar susto no outro. E o Júlio falou que tem muitas histórias também de presenças no IML, de assombração real e que até médicos que não acreditavam, quando foram trabalhar no IML realmente viram que lá existia, né? Então, ele virou achando que era um dos caras e não tinha ninguém, mas o Júlio foi pra casa dele. 


Quando ele assumiu o cargo na prefeitura, ele morava numa dessas cidades pequenas vizinhas com a mãe… E ele resolveu alugar uma casinha para ele na cidade que tinha o IML que ele ia trabalhar, porque ia ficar muito mais perto, ele ia poder ir a pé, enfim, ia melhorar muito a qualidade de vida. Então, às vezes a mãe dele vinha e ficava uma semana com ele e às vezes, na sexta ele ia pra cidade vizinha ali, para ficar com a mãe dele. E era uma semana que a mãe dele tinha vindo… Só que ali, quando o Júlio saía para trabalhar, ela ia de volta pra cidade dela. Então ele ia chegar em casa, né? E mesmo morando mais ou menos com a mãe, porque a mãe ficava bastante na cidade dele, era um dia que a mãe não estaria ali junto com o Júlio. Conforme Júlio chegou na calçada em frente à casa dele, ele destrancou o portão e, quando ele entrou e foi, virou para fechar o portão, o portão… Imagina assim: Parecia que tinha uma pessoa segurando o portão para você não fechar. Então ele tentou, assim, empurrar o portão e o portão não ia, parecia que tinha alguém segurando… E isso demorou alguns segundos, sei lá, uns 10, 20 segundos… Mas se você contar até 20 agora, você vai ver que é um tempinho… 


E depois, como ele estava fazendo força, o portão foi, bateu e ele trancou o portão. Então, parecia que alguém segurou o portão para que outras pessoas entrassem. — Essa depois foi a explicação que o Júlio achou aceitável… — Quando ele destrancou a porta para entrar, ele teve a mesma sensação… De que ele entrou e mais pessoas entraram com ele na casa e ele teve essa dificuldade para fechar a porta, enfim… Júlio trancou a porta. — E como o Júlio fazia? Ele chegava, a mãe dele tinha deixado já comida para a semana, aquelas coisas de mãe, né? — E aí então ele tinha tudo arrumadinho, era só ele pegar ali a vasilhazinha, pôr comida no micro-ondas, comer… E ele comia, ele chegava com muita fome, ele comia e depois só que ele ia tomar banho. Então ele chegou, pegou a vasilhazinha dele ali pra botar no micro-ondas, botou a comida no micro-ondas e ligou… Conforme o Júlio ligou o micro-ondas — ele colocou dois minutos —, então, apertou os botões tal, botou dois minutos que o micro-ondas começou a girar… Ele virou pra trás que ia pegar ali um copo para pegar um refrigerante e tal, né? E seguir ali as coisinhas até dar os dois minutos do micro-ondas. [efeito sonoro de tensão]


Conforme o Júlio virou, ele viu dentro da cozinha dele cinco vultos pretos. [efeito sonoro de tensão] Cinco vultos parados olhando pra ele. Júlio, que estava indo na direção do armário para pegar um copo, ficou paralisado. Ele ficou escutando o barulho do micro-ondas rodando e, sem se mexer, olhando para esses vultos, sem fazer nada, porque ele não conseguia fazer nada. Quando o micro-ondas apitou [efeito sonoro de bip de micro-ondas] que estava pronto, que estava quente a comida, ele virou de costas e pensou… Ele já sabia de casos que tinham acontecido dentro de IML, ele virou de costas e tirou a comida do micro-ondas… Quando Júlio tirou a comida do micro-ondas — ele colocou a comida em cima da pia —, ele olhou de novo para trás e aqueles vultos  foram na direção da comida… — Não na direção do Júlio. — E aí ele assustou mais, porque parecia… — De onde ele estava ele conseguia ver o prato e conseguia ver através dos vultos ali, né? Que eram escuros, mas eram um pouco transparentes… —


Ele conseguia ver que eles estavam ali em volta da comida sem fazer nada, mas estavam em volta da comida do Júlio. E aí, só aí, o Júlio começou a rezar um Pai Nosso, nada aconteceu… E o Júlio resolveu ir para o quarto. Ele largou a comida em cima da pia e correu para o quarto para pegar o celular… Porque ele tinha chegado, tinha tirado a roupa e tal pra ligar para a mãe dele, foi a única coisa que ele pensou, mas ele não conseguia ligar… Ele não conseguia digitar, ele não conseguia pensar em procurar nos contatos dele por “mãe” pra ligar, ele não conseguia… Ele não conseguia fazer nada. Ele ficou sentado na cama e ele viu quando os vultos vieram da cozinha… — Ele morando num quarto e cozinha. — Vieram da cozinha para o quarto pelo teto… — Pelo teto da casa. Pelo lado de dentro. — Mas aí eu perguntei: “Tipo homem aranha, assim, grudado?”, ele falou: “É, Andréia, tipo, como se eles tivessem escorrendo assim pelo teto, flutuando, grudados no teto”.


Então, ali o Júlio não entendeu se eles estavam tentando sair por cima e não estavam conseguindo atravessar nada, sabe? E aí pensa assim: Você está sentado na cama, em cima do seu quarto, na sua cabeça, estão esses vultos grudados no teto, não andando… Deitados, assim, como se tivesse flutuando, voando pra lá e pra cá, assim, meio desesperados… Barulho zero. Não tinha barulho. O Júlio levantou correndo e foi até a cozinha e abriu a porta da cozinha… Porque ele pensou: “Se eles querem sair, eles vão ter que sair pela porta da cozinha”, ele podia ter aberto a janela do quarto, mas não…. Ele abriu a porta da cozinha. O Júlio morava nessa casa que ficava tipo num quintal com várias casas… A porta da cozinha dava para a janela da outra casa e, na janela da outra casa, do lado de dentro, com tela de proteção e tudo, estava a gata da vizinha… Quando a gata viu o Júlio, ela [efeito sonoro de gato rosnando] e começou a miar de um jeito como se ela fosse atacar. Pulou da janela para dentro de casa e saiu correndo… 


E aí o Júlio olhou para trás [efeito sonoro de tensão] e viu que aqueles vultos estavam de novo ali em cima dele, mas eles não iam para porta, eles estavam em cima do Júlio. Então, aí o Júlio sacou que eles não queriam sair, eles estavam orbitando em cima do Júlio. — Isso já era umas sete e meia da noite… O que o Júlio fez? — O Júlio correu de novo para o quarto, esses vultos grudados no teto dele, tentando se movimentar de uma maneira muito estranha… E alguma coisa disse na cabeça do Júlio que eram aqueles jovens do carro que ele tinha feito questão de ver os corpos, né? E aí o Júlio se trocou, pegou o crachá dele e voltou para o IML. [efeito sonoro de passos] E aí, enquanto ele caminhava para o IML de volta, ele viu que esses vultos estavam todos com ele, às vezes do lado dele, as vezes em cima dele, tipo, pairando mesmo. E foi só quando ele tava chegando perto do IML que ele começou a ouvir vários choros assim, vários choros… Parecia que aqueles jovens, porque o Júlio acha que são aqueles jovens, né? Não queriam voltar para o IML. 


E aí ele começou a ouvir choro, choro, choro e Júlio começou a correr. E aí ele chegou esbaforido no IML e, quando ele saía às 18h, entrava um outro cara para ficar lá, né? Que era rendido e tal e ficava até às 06h da manhã. E todo mundo assustou, assim, né? Porque o Júlio trabalhava no esquema 12 por 36, então era só no outro dia que ele ia voltar, né? — Tipo, ia pular um dia… — E aí ele voltou e ali ele não falou nada pra atendente, mas ele entrou porque tinha uma pessoa lá que era uma senhora que trabalhava lá há bastante tempo… Ela trabalhava tipo num fichamento… — Porque tem vários procedimentos no IML tem que ser digitados, né? Tem que ser. E ela trabalhava nisso e ela preferia trabalhar a noite, então ela era do turno da noite. Às vezes eles se encontravam e tal… — E aí ele correu pra contar para ela e ela não via nada, mas o Júlio via. E aí ele ficou ali com ela, ela fez uma oração, ela falou umas coisas pra ele e tal e, naquele dia, o Júlio, não voltou pra casa. 


Ele ficou, porque ele sabia que no dia seguinte de manhã, aqueles jovens iam ser enterrados, então ele achava importante ficar ali até a liberação dos corpos, que aí sim iam para uma funerária e seriam enterrados praticamente na mesma manhã. E o Júlio fez isso, ele ficou lá, ele virou a noite, ele tentou dormir porque tem uma sala lá, se você precisar dormir… É plantão, essas coisas… E ele não conseguia dormir. E, no dia seguinte, ele viu os corpos serem liberados e partiram para a funerária pra ajeitar o corpo, essas coisas, e o Júlio decidiu que ele iria ao cemitério. Júlio acompanhou o cortejo. Cinco jovens foram velados, o velório foi super rápido, que enfim, foram velados juntos e foram enterrados no mesmo cemitério, mas em covas não juntas, né? E o Júlio fez questão de acompanhar ali o cortejo e ver os jovens enterrados. E só então ele resolveu voltar pra casa. E aí, quando ele voltou, ele já não voltou com os vultos. Quando ele entrou no IML, esses vultos já sumiram… Eles choraram e sumiram. — Então, depois disso, ele ficou atormentado ali tentando dormir, mas ele não viu mais os vultos… —


Então ele acha que era isso, assim… Que os jovens viram que ele é que ele era um cara jovem também, mais ou menos da idade deles, assim, vinte e poucos anos e foram junto com o Júlio tentar sei lá o que, né? Ficar junto com o Júlio. E aí, quando eles viram que eles estavam voltando pro IML, sei lá… — Gente, assim, na real eu não sei nem se eu acredito nessas coisas sobrenaturais, vocês sabem… Mas as pessoas me contam, então eu conto aqui. Então, sei lá, essas almas sabiam que os corpos estavam lá e que não podiam voltar para os corpos? Eu não sei… — Então foi isso que aconteceu com o Júlio, assim… Ele só ficou tranquilo de voltar pra casa dele depois que ele viu esses corpos sendo enterrados. E aí ele ficou mais quatro meses no ML e depois ele também pediu transferência, porque ele falou que a maioria dos atendentes ali ficava seis meses e saía fora por essas questões também sobrenaturais. Então, tem isso… 

E essa é a história do Júlio, ele falou que ele chegou a ver mais algumas coisas no IML… Não sozinho, junto com outras pessoas que também trabalhavam no IML, mas que essa foi a vez mais assustadora, porque esses espíritos foram com ele para casa e sei lá o que eles queriam e por que eles ficavam pairando… E não era pairando numa boa, era meio que… O Júlio falou assim: “Tipo rastejando no teto”, era uma coisa como se eles estivessem rastejando, só que no teto, em cima da cabeça do Júlio. — Deus me livre, né? Não acredito, mas é isso aí… Deus me livre e me defenda disso aí. [risos] —

[trilha]

Assinante 1: Olá, Não Inviabilizers, tudo bem? Aqui é Ticiane, falo de Santo André. Acredito que essas almas ai que sofreram morte violenta elas estavam realmente perdidas. Inclusive, estou lendo o livro que fala sobre isso, que dizem que as pessoas quando tem mortes violentas, às vezes elas demoram para entender que elas já morreram, né? Então, acredito que o Júlio tenha feito o certo de tentar ficar junto com essas pessoas e tentar conduzir elas de volta. E acredito até que ele tenha algum tipo de sensibilidade para ver essas pessoas… Talvez seja algo que ele possa trabalhar, já que ele gosta do assunto, que ele se interessa pelo assunto, ele pode ajudar aí de repente essas pessoas. É um trabalho que eu acho interessante, que eu não acreditava muito, mas eu tenho acreditado cada vez mais. 

Assinante 2: Olá, Déia, olá, Não Inviabilizers, eu sou a Carol aqui de Uberaba. Na minha cidade o espiritismo é muito importante devido ao Chico Xavier, né? Eu sou espírita, mas tenho muito medo de espíritos, [riso] então acredito que para o Júlio tenha sido muito complicado. Na doutrina, a gente acredita que quando isso acontece são desencarnes muito conturbados, onde as pessoas não aceitam o desencarne, não aceitam uma orientação, um tratamento espiritual… Acredito até que o Júlio tenha um grau de mediunidade… É muito complicado e uma orientação espiritual talvez possa ajudar. Então é isso, um abraço para todos vocês. 

[trilha]

Déia Freitas: Então, essa é a história do Júlio. Comentem lá no nosso grupo do Telegram, sejam gentis com o Júlio. Ele trabalha ainda na prefeitura, já teve promoção, já fez um outro concurso, já está numa outra área, mas ele nunca esquece aí esses momentos que ele teve no IML, no necrotério ali. — E eu vou dar um nome dessa história de necrotério já… Que é para deixar bem específico, que é pra já quem tem medo nem ouvir, né?  — Então é isso, gente… Um beijo e eu volto em breve.

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Luz Acesa é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.