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título: pepe
data de publicação: 10/08/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #pepe
personagens: caroline e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é a Cobasi e a sua iniciativa social, o Cobasi Cuida. Cobasi Cuida está completando 25 anos reescrevendo a história de milhares de animais… Desde 1998 atuando junto à proteção animal e desde então já foram muitas iniciativas implementadas com sucesso, cobrindo o ciclo completo, que é: a adoção das lojas, mega eventos de adoção, arrecadação de doações de clientes, campanha de agasalho pet no inverno, manejo populacional, — isso é muito importante — apoio a projetos de prefeituras… — E aqui eu quero fazer uma à partezinho, que é muito, muito, muito importante, a gente trabalhar a castração de animais, da população de animais, de rua. Então isso é muito, muito, muito importante. — 

A Cobasi tem apoio a projetos das prefeituras, produção de conteúdo sobre conscientização de guarda responsável e bem-estar animal, entre outras iniciativas. Realmente o Cobasi Cuida te oferece suporte. — Eu vou falar aqui de uma experiência que eu tive numa época que eu precisava de uma informação, de uma coisa e não sei o que lá e acabei ali no Cobasi Cuida e consegui falar com uma pessoa do Cobasi Cuida que me orientou… E olha que eu sou uma protetora velha de guerra, experiente, mas era uma coisa muito específica que eu precisava de uma luz ali e uma pessoa do Cobasi Cuida me ajudou, eu lembro muito bem disso. — E você também pode fazer parte dessa iniciativa. Somente no mês de agosto, na compra de produtos aí de marcas participantes — marcas específicas, a gente vai deixar a lista para vocês — nas lojas, no site ou no aplicativo, você ajuda os animais das ONGs parceiras do Cobasi Cuida. — Também vamos deixar aí a lista com as ONGs participantes do projeto e que são abraçadas pelo Cobasi Cuida. — 

cobasicuida.com.br e, no final do episódio, tem cupom de desconto. — Amo… Fica com a gente. — Essa história podia ser um Mico Meu se não tivesse um final, assim, meio mala… Hoje eu vou contar para vocês a história da Caroline. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Caroline conheceu um cara muito legal — muito legal mesmo — e começou aí, depois de uns três, quatro encontros, a namorar sério esse cara. E esse cara sempre muito vaidoso, muito bem arrumado, cheiroso, enfim. E Caroline viu ali, naquele namoro sério, uma perspectiva de futuro… Em seis meses de namoro eles fizeram alguns passeios, uma viagem, um conheceu a família do outro… Então, assim, era um namoro sério ali de seis meses. Acontece que quando eles completaram ali sete, quase oito meses, era época de festas de final de ano, Natal e Ano Novo, e esse moço falou pra Caroline: “Olha, eu quero muito levar seu pai, sua mãe e seu irmão com a gente para praia, então eu vou alugar uma casa pra gente passar as festas”. E aí ele mesmo foi lá conversar com o pai da Caroline para fazer o convite, né? E aí o pai da Caroline falou: “Tudo bem, então, já que você vai alugar, a gente compra as coisas para levar e tal” e ficou aquele clima de fazer as coisas no final do ano, de comprar as coisas e tal.

E aí deu tudo certo, eles viajaram em dois carros, [efeito sonoro de carro dando partida] então a Caroline foi com esse ex-namorado dela que foi quem alugou a casa e pagou pela casa e os pais e o irmão foram no outro carro atrás. E aí chegaram, deu tudo certo, arrumaram as coisas… A mãe da Caroline foi lá, fez já um macarrão para deixar. — Eu gosto muito desse conceito de você ir para praia e já fazer um macarrão, uma panelona, o pessoal vai comendo e tal, delícia… — Aí eles foram uns uns três dias antes do Ano Novo — o Natal passou cada um aí com as suas famílias — e, na noite de Ano Novo, eles resolveram passar na praia, né? — Como, sei lá, metade da população [risos] gosta de passar na praia. Eu detesto, mas o pessoal curte. — E aí eles foram para a praia, ele super bem arrumado… Levaram ali um champanhezinho e aí a ideia era pular as ondinhas e voltar pra casa, que tinha uma ceia ali.


E aí, na hora de pular a onda, [risos] vocês já conhecem o mar… [risos] O mar ele é um cara imprevisível. Então, assim, você pode estar aqui pulando uma ondinha e, de repente, vem uma onda… Você não sabe de onde veio e te joga no chão, te dá um capote aí… Temos histórias como Guaraci para provar, enfim… O mar ele é um pouco traiçoeiro, né? Você vai brincar, você tem que saber aí seu limite. E esse namorado de Caroline falou: “Eu vou, eu quero pular as sete ondas, quero fazer aí os meus pedidos para esse ano novo” e olhando para a Caroline, assim, tipo, ela já achando que ele ia pedir em casamento, sei lá, algo assim, um dos pedidos, enfim…  E aí esse cara foi pular as sete ondas… Antes de a gente falar aí dos pulos do rapaz, a gente tem que falar ali da configuração que estava no entorno da família. Então, do lado esquerdo tinha uma galera da zoeira, sabe? Que leva catuaba… — Porque praia é um lugar democrático, então todo mundo vai. — Então, tinha uma galera bem da zoeira ali, que tava brincando ali, enfim, curtindo, feliz. E, do outro lado, tinha uma família que era assim: três senhorinhas, um rapaz mais novo, devia ser neto ali e um cãozinho — Yorkshire — que toda hora alguém falava: “O Pepe, o Pepe”, todo mundo estava preocupado com o Pepe. — Que era o pequeno Yorkshire. — 


E aí, em determinado momento, esse rapaz, namorado de Caroline, foi pular as ondas… E aí tá lá, pula uma, pula duas, faz um desejo, faz um pedido, uma coisa que venha da alma, do coração, faz ali seu terceiro pulo e mais um pedido, pulou quatro… — Caroline estava olhando, para ver se ele estava realmente pulando sete ondas, porque são sete, né? Eu não sei qual é a da mística aí, o que rola, mas são sete, né? — Quando ele pulou a quinta onda, veio uma onda grandona e pegou muita gente que estava ali pulando. Não era só ele, né? A praia estava lotada. E, conforme a onda veio, esse rapaz deu um capote ali, a onda jogou a turma para fora… Acho que o mar falou: “Chega disso, vão para casa, vão comemorar em outro lugar, cansei de vocês aqui”. E aí, conforme ele rolou, deu uma cambalhota ali no mar, isso é comum… Algo aconteceu e foi tudo muito rápido… [efeito sonoro de suspense] Do ponto que ele deu a cambalhota, a família de senhorinhas começou a gritar: “Pepe, Pepe… Meu Deus, o Pepe… Pepe” e eram muitas vozes, o pessoal comemorando e a galera do lado aqui com o som alto e “Pepe”, “Pepe”, Caroline olhando pra esperar o namorado levantar…


Quando ele levantou, a Caroline teve que olhar de novo pra ver se era a mesma pessoa, se era ele… Porque naquela cambalhota… Eu falei: “Caroline, mas como que em seis meses você não reparou?”, ela falou: “Andréia, não dava para saber, não tinha como… Era uma coisa muito bem-feita”. Ele estava… — Não era bem uma peruca, era só uma parte em cima, assim… É uma peruca, né, gente? Mesmo que for só um pedacinho, né?  que se soltou… — E, conforme soltou e aquilo boiou na água, as senhorinhas acharam que era o Pepe que estava boiando, [risos] mas era o cabelinho do rapaz e ele não conseguiu pegar. Alguém viu e jogou, achou que era um bicho, sei lá, né? E aí não era o Pepe, porque aí o neto ou sobrinho delas, vai saber quem lá, falou: “Não, vó, o Pepe tá aqui”, e aí elas começaram a rir e tal e o rapaz saiu da água… E ele saiu calvo da água. E aí, obviamente, todo mundo ficou olhando, assim, em choque… E os jovens que estavam do lado e que tinham visto ele e tal, meio que estavam rindo também, mas não dá para saber se estavam rindo dele… E o pai, a mãe da Caroline e a Caroline ficaram olhando e o irmão da Caroline que tem 13 anos olhou para ele e falou: “Cara, o que aconteceu?”, [risos] — Criança… O jovem é isso… [risos] — 


E aí ele saiu da água calvo e passou direto pela família, muito bravo… — Mas, assim, não foi nenhum que arrancou a peruca dele. Foi o mar, né? E não é a primeira história de peruca aqui que a gente conta que o cara não lida bem, né? Já teve aí uma outra. — E aí ele voltou pra casa que ele tinha alugado, que os pais da Caroline tinham levado todas as comidas, todas as coisas e se fechou no quarto. E aí ele não queria deixar nem a Caroline entrar no quarto… E a Caroline falava: “Meu Deus, deixa eu falar com você. O que aconteceu?”, porque ela notou, obviamente, que se saiu da cabeça dele é porque era uma prótese capilar e que fazia ele se sentir melhor, enfim, né? — Mas eu acho que a questão aqui é como ele lidou com isso, porque ele podia falar: “Poxa, perdi aí”, ou botar um boné, não sei… Porque também ele não devia tá se sentindo bem, podia estar se sentindo exposto e tal. — Ele mandou uma mensagem para a Caroline falando assim: “Olha, eu prefiro que vocês vão embora”. — Gente, isso não se faz… Eles levaram comida, eles iam ficar lá até o dia 10 de janeiro. —


E aí a Caroline, com aquela mensagem, sem graça assim, né? E ele mandando, insistindo… E aí o pai chegou perto e viu a mensagem e falou: “Ah, ele quer que a gente vá embora? Tudo bem, vamos arrumar as coisas”. E aí eles arrumaram as coisas todas e, na hora que eles botaram tudo no carro, a Caroline chorando, aos prantos, porque poxa vida, o cara perdeu a peruca, acontece… Sei lá, né? Não era para tanto. Caroline não ia largar dele porque ele era calvo, sabe? Nada disso… E ela chorando muito, aí o pai foi lá, bateu na porta e falou: [efeito sonoro de batidas na porta] “Escuta, a gente está indo embora. Você é um moleque. Tchau, Pepe”. [risos] Precisava chamar ele de Pepe, o Yorkshire, por causa da peruca? [risos] Não precisava, né? [risos] Vamos por um nome aí… Seu Milton. [risos] Precisava, seu Milton? [risos] Não precisava. [risos] E aí eles voltaram embora, e aí voltaram rindo, obviamente, da peruca, enfim, da situação… Mas na hora ninguém riu, todo mundo meio que acolheu ele, mas ele reagiu mal. 

Depois disso, ele só mandou mensagem pra Caroline para pegar as coisas dele, levar as coisas e ela viu esse cara só mais uma vez e ele estava de novo com uma nova peruca, porque aquela o mar levou, né? [risos] Virou aí uma entrega, uma oferenda. [risos] E o cara terminou com ela… Agora me diz, se era um relacionamento sério, conhecia as famílias e tinha perspectiva de virar um casamento, você não vai contar para sua esposa que você usa peruca? Ela vai te ajudar com a peruca, né? — Não acho que seja uma questão, assim. — Ele tinha o direito de não contar? Tinha, mas uma hora isso ia acontecer, né? Aí eu falei pra Caroline, falei: “Poxa, você nunca puxou o cabelo dele? Sei lá, até num momento mais íntimo” e ela falou: “Não, nunca… Sei lá, eu fiz carinho na cabeça dele e não percebia que era uma prótese”, então era uma coisa muito bem feita, né? Que deixava ele mais seguro, enfim… Um implante eu acho que é caro também, né? Sei lá, não deve tá nas condições dele ou ele prefere uma peruca mesmo… Isso aí é coisa dele. 


A história virou um Picolé de Limão, podia ser um Mico Meu, engraçado, eles juntos, todo mundo rindo e enfim… Mas não, o cara reagiu desse jeito e terminou com a Caroline. Era um cara que ela gostava muito e tal, mas eu acho que foi bom que aconteceu também antes de casar, porque olha só como ele reagiu. — Você não manda uma família inteira, que é a família da sua namorada, embora de casa só porque você perdeu a peruca no mar, né? — Eles fizeram compra… Eles levaram todas as coisas embora também, né? Toda a comida eles levaram embora… Mas ainda assim, né? Você causou um transtorno ali. Tipo, eles iam passar férias naquela casa, não foram eles que que pediram nada, foi o cara que alugou a casa. Até hoje a Caroline não sabe se ele ficou lá os dez dias ou se ele voltou, porque ele só mandou mensagem para ela bem depois e não respondia as mensagens dela, nada… E ela teve zero culpa, gente, zero… — A família dela teve zero culpa, ninguém nem riu lá na hora… Nem quando a mulher começou a gritar: “Pepe, Pepe… Acode o Pepe, é o Pepe”. — Ninguém teve culpa, foi um evento da natureza, acontece… 


Ele podia, sei lá, ter nadado mais, tentando pegar a peruca… — Mas acho que pegar a peruca e sair com ela na mão do mar talvez fosse pior… Talvez ele não quis mesmo pegar a peruca, sei lá, também. — Essa é a história da Caroline, foi um rapaz que ela gostou muito, mas eu acho bom que isso aconteceu antes de casar, porque vai saber o que ia virar isso pós casamento. 

[trilha]

Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é a Stephanie de Pirabeiraba, Joinville, Santa Catarina. Ê, Caroline… Teve que lidar com o calvo e ressentido ainda, né? Essa história que não prometeu nada, entregou tudo. Chorei de rir do começo ao fim. Perdi tudo na hora da senhorinhas lá procurando o Pepe e era o chumaço do topo da cabeça do moço, gente… [riso] Ai, que que é isso? Muito bom, muito bom… Amei cada segundo dessa história, vou ouvir ela mais umas mil vezes. Muito bom… Obrigada, Caroline, por ter compartilhado, tudo de bom pra vocês. Um beijo pro seu Milton, [risos] sou fã. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, gente, aqui é a Catarina, moro em Portugal. Carol, eu sinto muito, mas, bem… Foi um livramento de uma pessoa que não sabe lidar com os traumas, nunca procurou ajuda… Não tenho ideia do quanto que ele possa ter sofrido a vida inteira, graus de insegurança… A gente não é ninguém para dizer se é uma insegurança grande ou pequena, o que pra gente pode parecer bobo, para outra pessoa não, mas no fim ele não sabe lidar, não respeita vocês, pôs de vocês em risco, então, assim… É triste? É triste, mas foi um livramento, né? 

[trilha] 

Déia Freitas: Bom, então é isso, gente… Cobasi Cuida desde 1998 sendo pioneira aí nesse apoio à causa animal na categoria de varejo pet, auxiliando os clientes na adoção responsável, realizando parcerias com ONGs de todo o país, atuante no cuidado e na proteção animal. E eu tenho cupom e o cupom é PONEI10. [risos] — Amo que o cupom é PONEI10. [risos] Pônei sem acento, tá? Com “I” e “10”. — Vai estar aqui na descrição do episódio, tá? O cupom, o meu cupom do Pônei. Com o cupom PONEI10 você garante 10% de desconto no site ou no aplicativo Cobasi e ainda ajuda os animais das ONGs parceiras do Cobasi Cuida. Esse cupom é válido para marcas participantes, tá? Então a gente vai deixar também o link onde você pode ver as marcas que estão aí participando. 

E o cupom é válido só em agosto, então corre lá e já faz aí a comprinha para o seu pet. Para o seu pet e para suas plantas, tem bastante coisa para plantas também… — Amo… — Bom, valeu, Cobasi… Espero encontrar a Cobasi por aqui mais vezes. Como eu disse, eu sou praticamente uma acionista com meus 15 pets. [risos] Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.