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título: barbearia
data de publicação: 14/08/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #barbearia
personagens: márcia e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é a Hidrabene… — Meu amorzinho… — A nossa amiga cor de rosinha que eu amo tanto. A Hidrabene está completando 5 anos de história — ai, meu bebê, Hidrabene… — e esse mês de agosto está muito especial com promoções aí e brindes exclusivos… São 5 anos cuidando, promovendo bem-estar e elevando a autoestima da comunidade hidralover. [risos] — Amo, eu sou uma hidralover. — São 35% de desconto mais frete grátis com o cupom PICOLE35. — Tudo junto, maiúsculo, sem acento, tá? O “35” em número. Eu vou deixar certinho aqui na descrição do episódio, tá? Pode ficar tranquilo. — Esse desconto é válido nas compras acima de 300 reais e tem mais: Nas compras acima de 500 reais, no valor final você ganha 10 brindes… — Isso mesmo que você ouviu… 10 brindes. —

Card com cupom exclusivo, cartela de snickers, bloco de notas, chaveiro, necessaire, a máscara rosa — a máscara rosa está no meu kit de tão maravilhosa que ela é… —, esmalte panarea, toalha umedecida facial, lipstick de morango e faixinha de skincare. — Gente, eu ganhei essa caixa comemorativa… O lipstick é maravilhoso… A toalha umedecida facial, gente…  Você passou, tirou… Make… É maravilhosa também. — Então, vale a pena. Uma dica que eu dou pra vocês é: bota tudo o que vocês querem lá no carrinho — vai botando, vai botando… Tudo o que vocês querem… — e aí depois você joga o cupom pra você ver o desconto…. Vale muito a pena, vai por mim… Hidrabene.com.br. É isso, eu vou deixar o link aqui… [cantarolando] Parabéns pra você… Hidrabene, Hidrabene, Hidrabene… — E hoje vou contar pra vocês a história da Márcia. — Ê, Márcia… — Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha]

A Márcia sempre teve aí o sonho de ir pra uma cidade religiosa fora do Brasil com a mãe dela. Então, ah, elas curtiam lá a Santa Tal — Santa X na cidade Y — e elas tinham esse sonho. Então a Márcia juntou esse dinheiro e botou lá numa conta, numa poupança, pra dar o tempo certo delas irem fazer essa viagem. Só que nesse meio tempo, a Márcia se juntou aí com um cara… Ela se juntou com esse cara — e eu já falei aqui algumas vezes que é muito complicado você começar um namoro com a pessoa que não trabalha, né? E esse cara estava nessa fase de sair de um emprego e tentar outro, enfim, mas não estava trabalhando —, e aí eles resolveram juntar… E o “juntar” era onde? Na casa da Márcia, ne? A Márcia morava sozinha num apartamento e esse cara foi morar lá. — Depois de sete meses de namoro eles foram morar juntos na casa da Márcia. Então, era tudo da Márcia, né? A casa já estava montada, o cara só pegou os paninhos de bunda dele e levou lá pra casa da Márcia. —

E aí o tempo foi passando, né? Agora a conta de luz vinha um pouco mais cara e tal, o cara estava lá, comia bem, gostava de comer… [risos] Comia todo requeijão, [risos] da Márcia ela falou… [risos] Gostava de um requeijão. E aí, assim, foi ficando mais pesado pra ela, né? E ela falou: “Olha, eu sei que você tem aí seus sonhos, seus projetos, mas agora era a hora de você pegar qualquer emprego, né? Porque eu tinha umas despesas de solteiro e agora estou tendo despesa por dois, né?”. Aí o cara ficou super tristinho, chateado assim, né? E a Márcia ficou com um pouco de pena… — Ê, Márcia… — E aí o cara teve uma ideia… — Adoro quando esses caras têm ideias usando recursos de outras pessoas… — E aí a ideia dele era: Ele sempre teve o sonho de ter uma barbearia e ele tinha feito curso de barbeiro, já tinha trabalhado de barbeiro um tempo e ele queria ter a barbearia dele. E aí ele pediu emprestado o dinheiro da Márcia pra fazer a barbearia. E a Márcia pensou bem, porque era o dinheiro que ela ia viajar com a mãe dela e falou: “Ah, será?”. E aí ele falou pra ela assim… — Olha, o cara…  — “Viagem é supérfluo, investe em mim”. [risos] Olha, essa frase, “investe em mim” é foda, hein? “Investe em mim”. E aí ela falou: “Poxa, será?” e ele passou uns meses na cabeça dela falando isso. E ela pegou o dinheiro e, enfim, ele abriu uma barbearia. 

Era pequenininha, tipo uma portinha, mas muito bem ajeitada, com cadeira boa de barbear e nã nã nã. Só tinha espaço pra uma cadeira, um lavatório, mas poxa, pra ele começar, sabe? E aí depois do primeiro mês ali da barbearia aberta, ele começou a insistir com a Márcia que ela tinha que pôr um pouco mais de dinheiro porque — reparem — ele queria contratar um barbeiro. Mas ela falou: “Ué, ali só tem uma cadeira… Se você já é o barbeiro…”, “Ah, mas aí eu fico como gerente”. O cara queria ser patrão de uma micro barbearia… A Márcia falou: “Gente, mas não tem… Nem cabe ali você e mais um”. E aí ele fez esse inferno, ela falou: “Não, eu já te emprestei o dinheiro que eu te emprestei porque era seu sonho a barbearia, seu sonho tá lá… Agora você investe no seu sonho. Vai fazendo, vai guardando dinheiro. Eu posso até esperar mais um pouco pra você me devolver o meu dinheiro, mas não vou colocar mais nada lá, não. Para você ter funcionário? Sendo que você, poxa… Trabalha sozinho e tal, né?”. [risos] 

E aí esse cara trabalhou mais três meses na barbearia e fechou… Fechou porque ele falou que o sonho dele era ter uma barbearia… Ser aquele cara… — Olha, gente, presta atenção… Presta atenção, a gente tá falando aqui de um casal classe C… — O sonho do cara, tipo, sabe quando você vai, sei lá, em qualquer negócio, em qualquer estabelecimento comercial e tem o dono do negócio que fica ali e conversa com você, toma um café, gerência? O sonho dele era ser patrão. [risos] Não era trabalhar na barbearia, era ser patrão na barbearia. Então, pra ele ficar o dia inteiro ali, cortando o cabelo e fazendo barba não curtiu. Não curtiu… E aí a Márcia falou: “Mas então, não é o seu sonho? Você vai ter que dar um jeito de me devolver meu dinheiro”. E aí eles ficaram nessa mais um tempo… Esse cara, como eu falei, ele estava em transição de uma empresa pra outra e essa outra empresa não tinha ainda dado todo o dinheiro dele. — A empresa estava enrolada também… — Só que ele já estava enrolado também por causa disso nas contas dele. 

Então, quando a empresa foi pagar, ele pediu em cheque administrativo e ele fez lá um bem bolado pra esse dinheiro ir para a conta da Márcia. E aí, quando esse dinheiro bateu na conta da Márcia, digamos que, vai, caiu lá na conta da Márcia 30 mil… Ela tinha dado 10 mil pra ele da barbearia, ela repassou pra ele 20 mil. E aí ele quis dar uma estressada, mas enfim, deu tudo certo, né? Ela pegou o dinheiro dela e mais um pouco que ela tinha guardado. Um mês depois disso já foi para pra cidade Y da Santa X com a mãe dela. — Porque, poxa, senão daqui a pouco o cara estava pedindo de novo, né? — E aí ela fez, realizou o sonho da mãe dela, que pra mim era o mais importante… E continuou com esse cara ainda, o relacionamento não acabou por causa disso, né? Mas o cara tinha esse sonho… [risos] Não é legal quando você tem o sonho de ser patrão? [risos] Tem uns caras que, né? 

E aí ela falou: “Déia, agora eu não sou mais ONG de ninguém, [risos] parei de ser ONG de macho e já estou aqui felizinha, solta na vida, sem esse cara”. E, detalhe, que quando esse cara foi embora, ele levou o microondas da Márcia, [risos] que ele disse que pra onde ele ia não ia poder cozinhar, né? E ele levou o microondas. — Tá bom pra vocês? Ainda levou embora, teve que comprar outro microondas. [risos] — Mas essa é boa, né? O sonho de ser patrão da barbearia. Não é trabalhar e ter uma barbearia, ser o patrão da barbearia. 

[trilha]

Assinante 1: Oi, gente, aqui é a Cataria, eu moro em Portugal. Márcia, eu quase, quase que eu pensei que você ia perder o dinheiro… Eu juro… Mas eu fiquei muito feliz que você foi esperta [risos] e só devolveu uma parte… Eu ainda teria cobrado juros. Quem fala que viagem é supérfluo não entende de sonhos e não entende que lazer também é importante… É uma pena que ele não tenha sabido aproveitar tal investimento que ele pediu que você fizesse, que bom que você tá feliz, que bom que você tá leve, que bom que você tá solta… Que bom que você não é mais ONG de macho. [risos] Eu espero que, se for da sua vontade, que você encontre alguém que batalhe junto com você, em vez de ser encostado. Um beijo e sucesso.

Assinante 2: Oi, galera do Não Inviabilize, aqui é a Fiama de São Luís do Maranhão. E, nossa, meu coração ficou apertado pensando que a Márcia podia ter perdido esses 10 mil. Cara, sinceramente, antes um microondas lá com ele do que você com ele e com o prejuízo de 10 mil. E, claro, sem realizar o sonho da sua mãe, né? Fico feliz que deu tudo certo e você aprendeu a lição… ONG de macho nunca mais. Um beijão, até a próxima.

[trilha]

Déia Freitas: São 5 anos de história, promovendo aí o bem-estar e elevando a autoestima da comunidade hidralover… 5 anos de pele boa. E com o nosso cupom PICOLE35, — tudo em maiúsculo, sem acento, “35” em número, eu vou deixar certinho aqui na descrição — nas compras acima de 300 reais, você ganha 35% de desconto + frete grátis. Nas compras acima de 500 reais, no valor final você ganha 10 brindes exclusivos. As promoções são válidas somente nessa semana, o link vai estar aqui na descrição do episódio. — E, de novo: [cantarolando] Parabéns pra você… Hidrabene, Hidrabene, Hidrabene… A marca cor de rosinha que eu amo… — Um beijo, gente, e eu volto em breve.

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.