título: sombras
data de publicação: 11/09/2023
quadro: luz acesa
hashtag: #sombras
personagens: rosalva
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Shhhh… Luz Acesa, história de dar medo. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Hoje eu cheguei pra um Luz Acesa. Hoje eu vou contar para vocês a história da Rosalva. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]A Rosalva é uma mulher muito corajosa — na faixa dos 50 anos — que trabalha como chefe de manutenção de um prédio do governo. — Eu não vou dizer em qual estado, onde é, nada, mas ela trabalha aí nessa área. — Então, na área dela ela cuida da área da limpeza, então se tem algum reparo para fazer, que equipe tem que acionar, todo esse tipo de coisa, e ela é concursada. — Então é um trabalho que ela não vai sair, né? — Rosalva trabalha na prefeitura num expediente que termina onze horas da noite. Então ela entra ali no meio da tarde e termina às 23h. Às vezes tem hora extra? Tem. — Porque muita coisa da manutenção tem que ser feita após o horário do expediente do prédio do governo, né? — E, dependendo da área que você trabalha no governo, esses prédios trabalham até 21, 22 horas. Então, muitas vezes, sim, tem hora extra e ela sai de lá uma ou duas horas da manhã. — Enfim, faz parte aí do trampo da nossa amiga Rosalva. —
Rosalva passou nesse concurso há oito anos e, dentro do concurso, ela teve duas promoções. — Então, dentro do cargo dela, ela conseguiu aplicar e dar essa subida e é onde ela está agora. — Quando Rosalva saiu ali, que ela ganhou a primeira promoção, ela trabalhava num horário intermediário, que não é o horário que ela está agora, que é o horário que ela mais gosta. — Rosalva realmente prefere trabalhar até a noite, porque ela acha mais sossegado e dá para fazer o trabalho dela melhor, X, é o que ela prefere. Tem gente que prefere, tem gente que gosta de trabalhar mais de manhã, enfim… — Quando ela teve esse primeiro upgrade na carreira, ela foi para um outro prédio e, nesse prédio, as pessoas comentavam que existiam ali coisas estranhas que aconteciam. Então, de repente, você estava num elevador ou você estava num dos corredores e você encontrava pessoas que sumiam na sua frente e não necessariamente pessoas que estavam vestidas como a gente se veste atualmente.
Rosalva falou: “É uma bobagem… É uma bobagem, isso aí é aquelas coisas que você entra em um prédio de governo, essas coisas e tem gente que inventa coisa, que em hospital tem coisa, que museu tem coisa, prédio do governo também vai ter coisa… Vão falar isso aí, mas por mim, eu quero fazer o meu trabalho e é isso”. E Rosalva nunca tinha visto nada, né? E aí, mais um ano e meio ali se passou e Rosalva recebeu a sua segunda promoção, que implicava agora em ser chefe. Antes ela ficava restrita a só uma parte do prédio ali, e agora ela era chefe de toda uma área, então ela rodava mais, ela ficava mais a noite, enfim… E numa das vezes que Rosalva estava esperando uma equipe de manutenção — tem uma parte do prédio que ficam as coisas de manutenção —, o que ela pensou? Ela falou: “Bom, eu vou entrar lá, vou checar se estão todas as coisas lá para quando a equipe chegar já estar tudo aí, eles vão fazendo e eu vou aqui fazendo meus despachos, a parte burocrática”.
Uma sala de manutenção grande, um galpão, vai, digamos, de 6×10, com várias coisas penduradas e tal… Ela entrou, acendeu parte das luzes porque não precisava acender o galpão todo… — Eu acenderia, Rosalva, ela não acendeu… — E ela começou a olhar, fazer ali o check list das coisas que ela sabia que ia precisar para determinada manutenção e, conforme ela está olhando a prancheta e escrevendo, Rosalva percebeu uma movimentação no galpão. E o que ela pensou? “O pessoal tá chegando”, e aí ela já levantou a cabeça, falou “boa noite” e, quando Rosalva olhou… [efeito de tensão] Das paredes — do galpão — saíam sombras… Rosalva disse que essas sombras tinham mais de dois metros e meio, eram esguias… Você conseguia sentir que elas eram densas. E essas sombras foram saindo da parede e fazendo um barulho, assim, como se fosse [efeito sonoro de grunhidos] e ir na direção da Rosalva. Só que a Rosalva estava com uma prancheta na mão e não estava entendendo… — Sabe quando você não assimila?
E aí o que ela fez foi? Em vez dela correr, ela paralisou, colocou a prancheta no rosto e ficou ali, parada. E ela sentiu que essa sombra chegaram perto dela, que essas sombras as cheiraram, então ela sentia aquele barulho quando alguém está te cheirando, sabe? E elas circularam a Rosalva… E a Rosalva, conforme essas sombras… — Ela sentia que estava aproximando, mas ela não estava olhando, gente, ela estava com a prancheta no rosto… Ela foi perdendo as forças e ela acha que não foi de susto, não foi desmaio… Ela realmente achou que essas sombras estavam tirando força da Rosalva… E ela caiu no chão. Ela não lembra de ter desfalecido, nada, mas quando ela caiu no chão, ela percebeu que as sombras desapareceram. E aí ela levantou e, conforme ela olhou no relógio — porque ela olhou no relógio a hora que ela entrou no galpão — e tinha se passado, no máximo, cinco minutos… E Rosalva falou que parecia que ela tinha ficado ali, tipo horas, sendo sugada por aquelas sombras.
E aí Rosalva levantou, passou ali uns 15 minutos, o pessoal começou a chegar, ela se sentindo muito mal — fisicamente — com muito enjoo e com muita dor de cabeça. E aí Rosalva fez o trampo dela e deixou a equipe lá, porque aí tem um outro cara que cuida da equipe e tal, ela fez só a parte dela e foi embora. A partir desse dia que a Rosalva viu essas sombras no galpão, ela começou a ver essas sombras que saíam da parede por todo o prédio. Então, às vezes era no meio da tarde, mas nunca ela viu o tanto de sombra que tinha naquele galpão… Rosalva disse que parece que elas se concentram lá. — Tanto que a Rosalva não vai mais naquele galpão, mas ela se espalham pelo prédio. — Você percebe que não são coisas boas e você percebe que elas, de alguma forma, elas te sugam e te influenciam. — Porque, por exemplo, naquele dia que Rosalva se sentiu adoecida por causa dessa sombra, no dia seguinte ela ficou mal e ela não consegue entender de onde nela partia também uma raiva, um ódio de tudo assim, uma coisa, um sentimento muito ruim… — Então, a Rosalva quando ela encontra essas sombras, ela sabe que ela vai adoecer por um ou dois dias e o humor dela vai mudar…
Ela falou pra mim: “Andréia, parece que essas sombras elas despertam algo de ruim assim na gente”, ela não sabe explicar. Tanto que um dia ela falou: “Poxa, eu sou casada, tenho meu marido, minhas filhas já saíram de casa e tal… Teve um dia que eu encontrei umas sombras dessas no meio da tarde, passei a tarde toda com ódio de todo mundo lá… Quando cheguei em casa, briguei com meu marido… Se eu tivesse uma índole um pouco mais violenta, eu tinha, sei lá, dado uma facada no meu marido, alguma coisa assim, porque é uma raiva que eu não sei de onde vem”. E aí ela teve coragem de comentar com algumas pessoas lá e não é só ela que vê as sombras. Inclusive, ela ficou sabendo de gente que foi afastado realmente, porque essas sombras mexeram seriamente com essas pessoas, psicológico e fisicamente. — Tem gente que acredita, tem gente que não acredita, tem gente que nunca viu, tem gente que já viu, tem gente que pediu transferência por ver… —
A Rosalva disse que as sombras elas não derrubam nada, elas tem interesse na energia das pessoas que estão no prédio e que entram no prédio. A Rosalva já viu uma vez um visitante… “Você faz o cadastro ali, entra e a sombra sair da parede e grudar nesse visitante, e aí você já percebe que a pessoa já dá até uma caída… Parece que até o ombro da pessoa vai para frente assim”. Essa energia, essa troca de energia… A Rosalva falou que ao mesmo tempo que você se sente realmente sugado, que a sua energia é sugada, você recebe uma energia muito ruim dessas sombras. Muito ruim. — O que é isso? — A Rosalva ela falou: “Andréia, não parece que são espíritos, assim, sei lá, gente morta… Porque eles são são muito esguios e muito grandes, assim, muito compridos… E eles têm braços, eles têm pernas e eles andam, eles não têm cabeça”. — Na minha cabeça infantil, sabe? Um lápis de bracinho e perninhas sem cabeça, sabe? Mas é mais largo que um lápis, é um vulto, entendeu? —
É um vulto escuro que não tem cabeça… Então é uma sombra alta, assim, pensa, uns dois metros e meio, três metros, que dependendo de onde você vê, por exemplo… Se você ver uma sombra dessa dentro do elevador, a sombra está até curvada. A Rosalva acho que não são pessoas mortas, ela acha que é algo mais perigoso, que é algo diferente. — E o que que é isso, gente? — De repente, se você for visitar esse prédio — que você nunca vai saber qual é —, essa sombra pode acompanhar você, e aí a gente não sabe se ela vai embora com você ou se ela fica no prédio. Eu acho que ela fica no prédio, ainda mais que tem um lugar que a Rosalva disse que é esse lugar da manutenção, que ninguém consegue ficar lá. — Por exemplo, é um lugar que se você quiser pegar sua marmita e lá comer é um lugar sossegado, ninguém fica, ninguém vai. Então, você só entra lá para pegar ferramenta, pra pegar as coisas e vaza, vai embora, porque a energia já é ruim e ainda tem essa questão de que a Rosalva acha que as sombras todas se concentram lá.
E aí a Rosalva já tentou o Pai—Nosso, já rezou… — Assim, coisa que dá pra ela fazer por ela. — Não existe essa possibilidade de se levar líderes religiosos nesse prédio do governo. — É um prédio restrito, tá? — Então, o que você pode fazer é individualmente para você, então, se alguém tiver alguma sugestão, seria uma sugestão para Rosalva fazer individualmente coisas que não comprometam a segurança do trabalho dela, a segurança do prédio, tudo lá é monitorado, enfim… Essas sombras não aparecem nas câmeras porque eles já tentaram ver. Então, o que que é isso?
[trilha]Assinante 1: Olá, Déia, olá, Não Inviabilizers, aqui quem fala é Thalita de Barcelona. Rosalva, pela sua própria proteção e pela proteção das pessoas que convivem com você, seria muito interessante você fazer trabalhos espirituais para que você possa se fortificar, se fortalecer, para que eles não possam ter influências na sua vida. Acredito que as pessoas que trabalhem ali, fazer isso, também seja algo muito bom. Eu espero que tudo isso passe logo. Um beijão.
Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é a Júlia de Campinas, interior de São Paulo. Pensando que para você não é uma possibilidade sair desse trabalho, eu aconselho você a visitar um centro espírita e realizar uma limpeza energética mesmo. E lá também eles vão ensinar métodos para você fechar o seu campo espiritual enquanto você está ali no prédio, né? Para que não ocorra essa troca de energia, você precisa de bastante luz para combater esses espíritos obsessores, que também são conhecidos como vampiros energéticos. Então aconselho você também a fazer uma oração de proteção como Oração de São Jorge e no centro mesmo eles vão te aconselhar como fechar o seu campo energético. Boa sorte e um beijo.
[trilha]Déia Freitas: Comentem lá no nosso grupo do Telegram, sejam gentis com a Rosalva. Um beijo, Deus me livre, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Luz Acesa é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]