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título: sininha sem medo
data de publicação: 26/02/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #sininha
personagens: sininha

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é a Hidrabene, a nossa amiga cor de rosinha que eu amo. A Hidrabene acabou de lançar o Creme Clareador Corporal, que é perfeito para quem quer uniformizar, clarear e regenerar as áreas hiperpigmentadas por conta de atrito da depilação ou mesmo do uso de alguns desodorantes, né? Você pode usar o creme clareador corporal nas axilas, na virilha, entre as pernas — para quem tem as coxas grossinhas — e nas demais regiões aí onde tiver atrito, você pode usar o Creme Clareador Corporal. — Acessa hidrabene.com.br e vai lá conhecer o novo lançamento, amo… — Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio e fica com a gente até o final porque tem cupom de desconto. E hoje eu vou contar para vocês a história da Sinira. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Sinira ela é enfermeira num grande hospital aí e ela trabalha ali no setor de hemodiálise. Sinira tem uma vida muito corrida, os filhos dela já são casados e já tem seus filhos e tal e ficou ela e o marido. Ela se desdobra também para fazer as coisas de casa e cuidar do marido… — Sabe aquela coisa que você tem que cuidar do benzinho, que se não o benzinho não sabe fritar um ovo? — E Sinira se desdobra para fazer tudo e atender ali nos plantões… Então, quando a galera tá ali fazendo hemodiálise fica um bom tempo lá… — Então já viu, né? Você acaba pegando amizade com as pessoas e tal. — Um dia a Sinira está lá, fazendo o trabalho dela, atendendo as pessoas ali que estão fazendo hemodiálise.


Sinira tem aí seus 58 anos por aí e chega uma mulher ali na faixa dos 40 — então novona, assim, toda ajeitada — com a mãe… Pra mãe fazer aí hemodiálise, né? E, de cara, a Sinira já foi com a cara daquela mulher, ela achou uma mulher alto astral, para cima… Falou: “Bom, pelo menos eu sei que é uma filha de paciente, um parente de paciente que não vai me dar trabalho”. — Torque tem muito parente de paciente que dá trabalho aí para o setor de enfermagem, né? Além do paciente, esse setor ainda tem que administrar ali os parentes, os acompanhantes, enfim… — E aí a Sinira ela tem um apelido — que é óbvio que o nome dela não é Sinira e o apelido também, que eu vou dar agora não é o apelido real, mas ela tem um apelido que a gente vai dizer aqui que é “Sininha” —, então no hospital todo mundo conhece a Sinira por “Sininha”, Sininha daqui, Sininha de lá, enfim…

E Sininha foi lá e fez o que tinha que fazer lá para a mãe daquela mulher começar a hemodiálise e tal e elas começaram a conversar ali… E conversar sei lá: “Ah, sua mãe, de que hospital vocês vieram, onde era antes que você fazia? Levava a sua mãe para fazer hemodiálise…”, e aí conversaram sobre o tempo e tal e passou aquele dia… Só que era uma coisa que a mãe dela estava fazendo toda a semana, né? Então, toda semana a Sininha foi tendo contato com aquela mulher e conversando com aquela mulher. Umas conversas animadas, umas risadas… [efeito sonoro de pessoas rindo] Até que um dia elas começaram ali a falar de relacionamento e a Sininha falou: “Ih, estou casada há 30 e poucos anos”, e aí essa moça falou para ela: “Olha, eu agora eu só saio com homem casado… Eu estou com um agora muito bacana, já tem quatro anos que a gente está junto e ele é casado e eu não tô nem aí. Tô nem aí com a mulher dele, não tô nem aí pra nada. Ele me dá muita coisa e é isso, tô curtindo e tal, a mulher dele é uma otária, que isso, que aquilo”…


E a Sininha ficou chocada, mas ao mesmo tempo ficou curiosa, né? A Sininha falou, falou: “Nossa, mas esse homem deve ser maravilhoso, né?”. A moça abriu ali o celular e: “Olha ele aqui”. A hora que a Sininha olhou aquela foto, quem que era? Vocês adivinham quem era? Era o marido da Sininha. Quais as chances da enfermeira que vai atender a mãe da amante do seu marido ser você? — Quais as chances? — A Sininha ela não sabia o que fazer… Ela falou: “Andréia, me deu um mal—estar, mas eu não queria transparecer, porque eu queria saber até onde estava aquela história”. — Sininha fria, hein? Sininha muito fria. — E aí ela falou: “Nossa, essa foto… Onde vocês estavam?”, aí ela falou: “Ah, aqui foi quando a gente estava no restaurante e tal”. — Só restaurante bom, só motel, cinco estrelas, sabe? E a Sininha foi vendo as fotos ali, a moça mostrando toda empolgada, aí uma hora a Sininha falou pra ela, falou: “Você não tem dó da mulher dele, né?”, e aí a moça falou: “Não, não tenho dó, porque também ela é uma megera… Ele falou que tá com ela por conveniência. Agora ele tá tentando…” — reparem — “Ele tá tentando vender um terreno que eles têm pra me dar um carro”. 


E aí já subiu o sangue da Sininha, porque realmente ele tava tentando vender um terreno, mas ele disse que ele queria vender o terreno pra dar o dinheiro para a mãe dele. — Pra mãe dele… — Tudo o que a mulher estava falando era de fato real, assim… As datas que ela estava mostrando ali, que ela fez isso, que ela fez aquilo… E a Sininha sem acreditar ali, chocada e dando corda… Terminou ali a hemodiálise da senhora, da senhorinha mãe da moça e elas foram embora… — E aí é que tá… O que a Sininha ia fazer com essa informação, né? — Primeira coisa que ela queria fazer é bater no marido, mas ela pensou: “Bom, eu tenho que ser fria agora” e ele precisava da autorização da Sininha para vender o terreno. — Então era uma coisa já que ela não ia fazer. — E aí a Sininha ficou pensando o que que ela podia fazer pra ferrar com o marido. O marido da Sininha era um cara, assim… Sabe bonachão assim? Esse cara que você fala: “Esse cara é gente boa demais… Esse cara aí é queridão de tudo, esse cara é maravilhoso”, sabe? E a Sininha falou: “Meu Deus do céu, como é que eu vou pegar este homem? Eu quero desmascarar esse homem na frente de todo mundo”. 

Sininha resolveu pegar um final de semana, um domingo, e fazer um churrasco. — Sininha muito festeira. — Aí chamou todo mundo, chamou a família dele, chamou a família dela, chamou os amigos de trabalho do marido e chamou a nova amiga dela com a mãe… — Sim, chamou a amante do marido para o churrasco. — Qual era uma desconfiança da Sininha? Que aquela moça ela estava fazendo tudo de caso pensado, que ela tinha ido lá e chegado na Sininha de propósito. — E eu não sei por que Sininha fez isso, gente, porque pensa, pra que você vai chamar todo mundo? — Na última sessão lá de hemodiálise, ela falou: “Bom, eu vou dar o endereço, se ela souber onde ele mora, ela já vai sacar, né? Se ela não souber, ela vai aparecer lá e aí eu vou apresentar ela como amante do meu marido… Falar: Essa que é a Fulana, amante do meu marido”. 


Dia do churrasco, [efeito sonoro de música ao fundo] cada um leva um prato… Sabe aquela família reunida? Pagode comendo solto, Sininha convidou umas amigas enfermeiras também… A mãe da moça não podia ir, mas ela perguntou se ela podia levar a irmã e o sobrinho e a Sininha falou: “Lógico, traz a sua família toda… Quem você quiser trazer, você traz”. — Sininha fria… Acho que eu vou dar o nome dessa história de “Sininha”, porque ela é protagonista total. — Ela tava lá recebendo todo mundo, o marido dela lá na churrasqueira, então ele estava lá no fundo no fundo do quintal, na churrasqueira, fazendo as coisas e tal. E aí a moça chegou… Chegou com a irmã, o sobrinho, mais um irmão e a esposa do irmão. — Olha que turma… —  e ali deu para perceber que ela não sabia realmente que a Sininha era a esposa.  E aí Sininha já foi lá, recebeu todo mundo: “Entra, entra, entra, entra, entra, vamo entrar, vamo entrar” e lá no fundo a carne queimando, linguiça entrando e o pessoal no churrasco… 


A hora que a moça chegou na cozinha, porque assim… A hora que ela saísse da cozinha, ela ia ver o cara na churrasqueira, e aí ela ia, sei lá, né? Ter um desmaio ali. — Nessa hora, a Sininha foi lá e desligou o pagode… [efeito sonoro de pessoas reclamando] Aí a Sininha: “Gente, gente, gente, gente… Um anúncio aqui, um anúncio aqui. Eu quero apresentar para vocês a Fulana”, aí todo mundo: “Ê… [efeito sonoro de pessoas comemorando] Oi, Fulana”, sabe pessoal animado? Quando olhou para a porta da cozinha, que Sininha… — Sabe quando você pega na mão, assim, pra fazer “campeão” com a moça? Essa aqui é Fulana. Fulana, fala “oi”, fala “oi”. — Aí Sininha quando viu que ele viu e ficou pálido, complementou: “Ela é a amante do Sicrano ali, meu marido, amigo de vocês, parentes de vocês”. A moça na hora largou a mão dela e ficou parada, assim, chocada… 


Sininha tinha colocado toda a família da moça que foi junto ali pra fora da porta da cozinha e Sininha ficou parada na porta da cozinha para a moça não sair. E aí a Sininha virou pro marido e falou: “Aí, tá vendo? Trouxe aí a sua amante para confraternizar, dá uma carne para ela. Você não gosta de dar carne para ela? Ela não está comendo sua linguiça?” [risos] — Sininha foi baixa, né? [risos] — “Dá sua linguiça para ela aí agora” e a moça, assim, vermelha… Sem responder nada… Ela virou pra moça e falou: “Ué, a mulher do cara não era uma otária? Prazer, otária… Sou eu a otária”. Ali virou uma falação, um barraco… Os parentes da Sininha querendo matar o marido dela com espeto de churrasco. [risos] Uma parte das irmãs da Sininha não querendo deixar a moça sair… — Mas aí é perigoso também, vai bater na moça? Moça não sabia quem era ali também, né? — E aí acabou que a família da moça com a moça foram saindo ali da festa e ficou a briga só da Sininha com o marido e os familiares, né? Aquela gritaria… 


E aí chamaram a polícia, a polícia chegou — mas não tinha bem uma briga, eram xingamentos — e o policial perguntou se a Sininha queria dar queixa, e aí a Sininha falou: “Tem algum artigo aí para corna? Porque eu sou corna”, [risos] o policial acabou até dando risada e falou: Não, né? Só não pode aí evoluir pra violência doméstica e tal”. A polícia acabou ali pegando uma carne e um guaraná. [risos] Aí tinha uma das filhas da Sininha chorando e aí a Sininha falava assim pra filha — a filha já casada, com filho também, né? Vamos dizer que a filha se chama “Suellen” — “Suellen, não chora, não, que o chifre tá na minha cabeça, não está na sua, não… Ou tá na sua também?”, e aí olhava para o marido da Suellen… “Então, não chora, porque o chifre não tá na sua cabeça. Você está com dó do seu pai? Você leva o seu pai pra casa”. Depois disso, depois dessa festa, no mesmo dia, o marido  da Sininha já foi dormir na casa de um dos filhos e acabou que eles se separaram e fizeram ali a divisão dos bens e ele ficou com o terreno. E lá no dia da audiência, a Sininha falou: “Agora você pega o terreno e enfia no cu daquela puta lá que quer um carro”, [risos] — Aquela baixaria, né? —


Sininha corajosa demais… A moça era legal? Ela era legal, só que ela tinha esse defeito de só querer sair com homens casados. — Porque aí ela pegava umas coisas lá e tal e se virava… — A sorte: Eu acho que a mãe da moça, adoentada, fazendo hemodiálise… Mas eu falei para ela: “E a mãe da moça fosse?”, ela falou: “Andréia, se ela viesse eu ia botar ela lá no sofá, lá na frente, quietinha, dava uma carninha pra ela, um guaranazinho pra ela ficar lá na frente e aqui atrás o pau ia comer, entendeu? Porque não ia deixar de fazer”. Então, Sininha, foi aí muito corajosa. [risos] Sininha sem medo… [risos] Vou pôr nome dessa história, Sininha sem medo, totalmente sem medo, né? A idosa continuou fazendo hemodiálise lá e agora quem ia levar era a outra irmã da amante, que até pediu desculpas pra Sininha. — E aí no fim a senhora fez hemodiálise lá um tempo, depois piorou, foi internada e já é outro protocolo, em outra área do hospital, e aí Sininha não teve mais notícia e ela não voltou lá para hemodiálise. Então, como ela estava meio grave, pode ser que ela tenha falecido, é o que a Sininha acha. —


Mas essa é a história da Sininha [risos], que fez um churrasco pra juntar família, amigos, família dele, família dela, amigos da firma dele, amigos da firma dela, todo mundo… Chamou as pessoas da rua dela, os vizinhos, churrascão, e aí tirou o pagode e apresentou a amante. 

[trilha]

Assinante 1: Oi, Não Inviabilizers, aqui quem fala é o Alberto de São Paulo. Sininha, maravilhosa… Adorei a sua história, você foi fria que nem gelo. Adorei o escândalo, você foi extremamente criativa, isso daí foi cena de novela. Já imagino a cara do seu ex e a cara da amante… Por mais que ela fosse legal, ela foi desrespeitosa com a mulher do cara que, no caso, era você. Espero que você fique bem e possa encontrar, caso queira, um novo amor. Um beijo. 

Assinante 2: Olá, Não Inviabilizers, eu sou a Paula e falo do interior de São Paulo. Sininha, eu achei que você foi maravilhosa, fria e debochada. A gente pode até considerar que o momento do churrasco foi trágico e cômico ao mesmo tempo. Que bom que você está bem agora, que você siga em frente… Sinto muito pela traição de seu marido, que você tenha descoberto daquela forma, mas é isso… Seguir em frente, né? E tem essa história para contar aí depois para as pessoas. Um beijo a todos. 

[trilha] 

Déia Freitas: Vem conhecer aí o Creme Clareador Corporal, lançamento da Hidrabene, perfeito para clarear, uniformizar e regenerar as áreas hiper pigmentadas, seja por atrito, por depilação ou mesmo pelo uso de alguns desodorantes. Acessa: hidrabene.com.br e vai conhecer aí o Creme Clareador Corporal. E tem o nosso cupom de desconto, né? PICOLE10 — tudo junto, letra maiúscula, o dez em numeral, tudo sem acento —, com nosso cupom você ganha 10% de desconto em todo o site, sem valor mínimo. — Valeu Hidrabene, te amo… — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.