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título: madrasta
data de publicação: 08/07/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #madrasta
personagens: maria luíza e gustavo

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei aqui para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Conta Global da Remessa Online. — Gente, importantíssimo… — Você que é viajante ou que está aí planejando viajar e precisa de uma conta para facilitar o dia a dia do seu destino escolhido, a Conta Global da Remessa Online te ajuda na jornada de viagem, desde o planejamento até as compras em estabelecimentos. — Eu que estou super viajante, sério, é importante ter aí uma conta global da Remessa Online. — 

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[trilha]


Maria Luíza ela foi uma criança criada com muito pouco carinho — ou pelo menos, assim, demonstrações de afeto, sabe assim? Ela não teve pais que falavam “eu te amo” ou que ficavam abraçando, enfim… —, os pais eram amorosos, mas tinham outras maneiras de expressar esse amor, inclusive aí comprando muitas coisas pra Maria Luíza. — Então ela teve uma infância assim, né? Onde tinha pouco carinho físico ou palavras, eu te amo, etc, mas ela sempre teve muitas outras coisas, os pais sempre fizeram tudo por ela e sempre deram tudo o que ela quis. —  Lá pelo meio do ano passado — então, pra mim, assim, gente, recente, tá? recente — a Maria Luíza conheceu o Gustavo num aplicativo de relacionamento. [efeito sonoro de notificação] O Gustavo, um cara muito legal, muito educado, bonito, gente boa e que de cara já falou pra Maria Luíza: “Olha, eu tenho um filho, eu tenho a guarda do meu filho e meu filho é tudo pra mim”. — Gente, pra mim, um cara incrível… —

Um cara que trata, assim, a Maria Luíza como uma princesa realmente, muito bem, sabe? Faz tudo pela Maria Luíza e também faz tudo pelo seu próprio filho. E aí eu acho importante aqui trazer uma frase da Maria Luíza para a história e, quando ela conversou com a gente, ela disse: “Olha, ele tem um filho… Tipo, ele é tudo isso, ele é maravilhoso, mas ele tem um filho”. — E aqui a gente volta já em assuntos que a gente já teve, que ninguém é obrigado a aceitar o filho de ninguém. Ninguém é obrigado… Você pode: “Ah, essa mulher tem filho”, “esse cara tem filho, não quero namorar”, não namore… Mas a partir do momento que você sabe que a pessoa tem um filho, uma filha e você começa um relacionamento, é óbvio que você vai ter que acolher aquela criança, aquela criança vai fazer parte do relacionamento. Não existe você ter um relacionamento com alguém que tenha filhos querendo excluir esses filhos. Então isso também é um fato, né? — Então veja que aqui, na primeira conversa que Gustavo teve com Maria Luíza, ele falou: “Eu tenho um filho, meu filho é tudo pra mim”. Ponto. Daí pra frente é aquilo: “Estou ciente, quero continuar”, sabe o meme? É isso… 


Gustavo disse pra Maria Luíza que ele foi casado por uns sete anos, sete anos e pouco aí e que a esposa dele, há cerca de uns dois anos pediu a separação, ela queria viver a vida dela — sei lá, enfim, X não estava preparada nem pro casamento e nem pra maternidade — e ela deixou o Gustavo e deixou o filho, abriu mão da guarda na justiça, inclusive, o menino ficou ali só com o Gustavo. — É importante a gente dizer que essa mulher não deixou o filho abandonado, deixou com o pai, né? A gente vê muito ao contrário, mas às vezes acontece também da mulher, sei lá, não segurar a onda e é isso, né? — O Gustavo se viu numa situação que ele precisava trabalhar, ele com um trabalho o dia todo e ele não tendo dinheiro pra pagar alguém pra olhar por meio período. — E aí, o que ele fez? Ele mandou esse menininho — que a gente pode char aqui de “Gustavinho” — Gustavinho foi morar com os pais de Gustavo.  — Aqui eu acho que os homens, diferente das mulheres, as mulheres eu acho que dariam mais um jeito de ficar com a criança mais perto antes de mandar para os próprios pais. Mas também é questão de, sei lá, não sei como aconteceu esse contexto, como, sei lá, ele foi pego de surpresa na hora, enfim, não sabemos, né? —

Mas acontece que ele foi morar com os pais de Gustavo, Gustavinho foi morar com os pais de Gustavo e isso sim causou um impacto na criança. — Causou… Porque causa, gente… Uma criança de cinco anos e aí a mãe, de repente, vai embora, o pai te manda para casa dos avós… É muita coisa para processar para uma criança de cinco anos. — Maria Luíza e Gustavo começaram a sair e o Gustavo ele fala muito do filho e a Maria Luíza ela fica um pouco desconfortável porque ele fala muito da criança e ele fala do Gustavinho, “Maria Luíza, eu estou com você para a gente futuramente formar uma família… Eu preciso muito de alguém que cuide do Gustavinho”. — E pra mim esse “cuide” aqui é um pouco complicado, porque ele podia falar: “Eu quero alguém que ame o Gustavinho”, mas eu não sei se o Gustavo em alguma etapa desse processo vai querer transferir as responsabilidades da maternidade do Gustavinho para a Maria Luíza. —  Maria Luíza e Gustavo inicialmente eles só se viam durante a semana, final de semana o Gustavo ia pra casa dos pais pra ficar com o filho. — Trabalhava de segunda a sexta ali e na sexta à noite ia pra casa dos pais. — 

E aí, quando esse namoro firmou, Gustavo falou: “Agora eu queria te apresentar meus pais e meu filho” e Maria Luíza foi lá pra casa dos pais de Gustavo pra conhecer a família dele e tal, conhecer o Gustavinho. E, de cara, o Gustavinho já amou a Maria Luíza. — Isso pra mim, gente, se fosse eu a namorada, já era um ponto, assim, máximo… — Assim que o Gustavinho viu a Maria Luíza ele já correu para ela, foi abraçar, disse: “Eu te adorei, te adorei” e ficou abraçando e tal, e aí o Gustavinho falou: “Ah, então quer dizer que é você que é minha nova mãe?”. [efeito sonoro de tensão] — A gente está falando aqui de uma criança de sete anos, tá? — Já nesse primeiro final de semana foi tudo muito intenso, porque além do menino já chamar a Maria Luíza de “nova mãe”, assim, ficar muito grudado nela e ela não ter esse costume do abraço, do carinho — que isso a gente pode remeter à infância dela —, teve também a mãe do Gustavo falando da ex, que “porque Fulana me ajudava em tudo, fazia comida para mim, ela era uma ótima pessoa e nã nã nã” e foi de um jeito que irritou… — Só que a Maria Luíza, ainda bem, foi e já mandou a real para o Gustavo: “A sua mãe está falando da ex aí, tá me comparando, não estou gostando”. — 

Gustavo foi lá, falou com a mãe dele  e isso nunca mais aconteceu e hoje a Maria Luíza tem uma relação muito boa com a sogra. — Então veja a importância do diálogo, do papo reto que a gente fala aqui, né? Ela foi lá e falou: “Escuta, conversa com a sua mãe. Dá conta de seus parentes, [risos] porque, né? Não vou ficar aqui sendo comparada”. — O problema pra Maria Luíza é que o Gustavinho sente demais a falta da mãe. — E, gente, não tem como o menino não sentir a falta da mãe dele. — Inclusive, a Maria Luíza presenciou uma conversa do Gustavinho com a avó onde ele dizia que a mãe não gostava dele, que a mãe não ia lá visitar ele… Que desde que eles separaram, tipo, sei lá, há dois anos, a mãe poucas vezes foi visitar o Gustavinho e quando mandava algum presente, comprava pela internet e mandava entregar lá. — Então, a gente vê que essa criança é uma criança que precisa de terapia, precisa de apoio e, assim, não tem como ela não projetar na Maria Luíza uma nova mãe. Mas isso nem é culpa da criança, entendeu? Tem que botar essa criança na terapia, tem que botar Gustavinho na terapia. —


Isso incomoda muito a Maria Luíza, porque ela disse que ela não é mãe do menino e ela não consegue se sentir mãe do menino. Essa carência do Gustavinho, ele quer ficar o tempo todo abraçado com a Maria Luíza, ele fica chamando ela de mãe e a Maria Luíza falou: “Eu não sou mãe do Gustavinho, eu não quero ser insensível, mas eu não me sinto como mãe dele. Tem poucos meses que eu conheço essa criança e eu só vejo o Gustavinho no final de semana, eu não tenho essa ligação que ele espera de mim”. E aí a Maria Luíza — como ela é adepta do diálogo e isso é muito bom — ela comenta isso com o Gustavo, que ela não quer substituir a mãe do Gustavinho porque a mãe do Gustavinho está viva. — O fato dela não ser presente atualmente ou sei lá o que aconteceu, não faz da Maria Luíza mãe do Gustavinho. — Só que aí eles brigam, porque na cabeça do Gustavo, já que a Maria Luíza foi aceita tão bem pelo Gustavinho que ela podia sim retribuir esse carinho, só que a Maria Luíza disse que não consegue retribuir o carinho do menino.


E aí o Gustavo percebe que, por exemplo, quando Gustavinho abraça a Maria Luíza, ela fica travada, ela tem as questões dela com isso, né? E aí eu acho também, Maria Luíza: Terapia. Terapia… Porque aqui, ó, a gente tem o Gustavo, que provavelmente está apaixonado pela Maria Luíza, mas eu vejo que ao mesmo tempo ele quer resolver um pouco essa situação do Gustavinho. — Então, tipo, se eles casarem, o Gustavinho vem morar com eles, não vai ficar mais na casa dos pais. E aí eu acho que Maria Luíza, se você casar com o Gustavo, você tem que entender que ele tem um filho e você tem que aceitar esse filho e você tem que amar esse filho. Aí muita gente vai falar: “Não, ela não é obrigada a amar”. Gente? Você vai construir a sua vida com o homem que você ama, como que você vai fazer isso sem amar a prole dele? Sem amar os filhos dele? Então, eu acho que na construção de um relacionamento amoroso isso é muito importante, você aceitar e amar também os filhos da sua esposa, do seu marido, né? Não tem como separar, pelo menos eu acho.

A gente está falando aqui de uma criança de sete anos. Então, assim, né? É complicado… Eu lembro que quando eu comecei a namorar o Eloy, Eloy é meu amigo até hoje, o Eloy tem duas filhas, as filhas eram pequenas e, assim, a minha maior preocupação era que aquelas crianças não me odiassem, porque elas têm mãe. Agora já são adultas, mas elas na época eram crianças, elas tinham a mãe delas… Então assim, não me odiando, [risos] já estava ótimo, me aceitando estava ótimo. Então, assim, pra quem quer namorar e que o namoro dê certo e, sei lá, que isso vire um casamento, não sei, não é bom que essa criança goste de você? “Ah, mas tá gostando demais”, vamos calibrar isso, acho que a palavra é isso, “calibrar” esses sentimentos na terapia. Mas já é meio caminho andado tão grande você ter um filho do seu companheiro, da sua companheira, que te ame, né? Acho que já facilita bastante a vida. Eu, pelo menos, ia amar, né? Estar com um cara onde a criança me ama também, mas essa sou eu, né? E eu entendo aqui esse lado da Maria Luíza que não consegue retribuir esse carinho do Gustavinho.


E agora aqui, gente, tem mais uma questão que aí pra mim fica muito complicado de ficar do lado da Maria Luíza nessa questão específica. O Gustavo cobra que pelo menos a Maria Luíza retribua um pouco esse carinho do Gustavinho, né? Mas a Maria Luíza diz que ela não consegue ser carinhosa com o Gustavinho porque quando ela olha pro menino, ela só consegue pensar na história do Gustavo com a ex, que ele tem um filho com outra mulher… Se eles se casarem um dia, o Gustavo será o primeiro marido da Maria Luíza, mas ela não será a primeira esposa dele e, se eles tiverem um filho, vai ser o primeiro filho da Maria Luíza, mas vai ser o segundo filho do Gustavo e isso incomoda a Maria Luíza demais. — E aí eu vou falar: “Então termina”, porque o cara tem um histórico, o cara tem um filho… Se você se incomoda com o passado dele, esse passado não vai sumir. Não tem como você casar com um cara que te incomoda que ele tenha um filho, que ele teve outra relação. Como você vai viver?  Então não é a trava que você tem emocional lá da infância? É outra coisa? É ciúme? Precisa ver o que é isso também. Terapia… Porque dependendo do que for, eu sou obrigada a falar para o Gustavo: Termina. — Foi a Maria Luíza que me escreveu… 


A Maria Luíza ela não consegue ser carinhosa com uma criança que ela conheceu recentemente — porque a gente está falando aqui da metade do ano passado, né? — e o Gustavo já falou para ela que o Gustavinho é a pessoa mais importante da vida dele e ele tá certo, é o filho dele. — E eu acho que quando a gente fala que uma pessoa é mais importante na nossa vida, não significa que a gente não possa ter outras pessoas também importantes. Não sei se dá pra entender… Por exemplo, Janaína é a pessoa mais importante da minha vida, se eu estiver com alguém agora, um beijo pra esse alguém [risos], também pode ser a pessoa mais importante da minha vida, entendeu? Mas a Janaína também vai continuar sendo. Você não precisa ter um pódio, sabe? Não é uma competição, você pode ter várias pessoas mais importantes na sua vida, assim… — E aí aqui tem uma frase da Maria Luíza que é: “Meu cachorro é mais importante para mim que o Gustavinho. É crueldade demais eu falar isso?”. E a gente entende que o seu cachorro pode ser muito importante na sua vida, mas o Gustavinho vai ter um outro espaço na sua vida… Você não precisa amar mais o seu cachorro ou mais o Gustavinho, são amores diferentes, são coisas diferentes, né? 


E aí eu posso comparar aqui então a Janaína com o Coentro—Nenê, os dois muito importantes na minha vida, mas são espaços diferentes dentro de um amor, né? Então, talvez a Maria Luíza não esteja sabendo aí lidar com essas formas diferentes de amor, né? Bom, por que ela escreve pra gente? Porque ela quer saber se ela está sendo cruel com o filho do Gustavo… E ela destaca: “Eu não maltrato o Gustavinho… No dia do aniversário dele eu levei o Gustavo num parque, a gente passeou, comprei presente para ele… Eu compro as coisas para ele, já faço passeios, mas eu não consigo ver o Gustavinho como meu filho, o menino tem a mãe dele”. A Maria Luíza não acha certo que joguem essa responsabilidade em cima dela, a pressão de ser mãe… E aí eu concordo com ela, porque ela não vai ser mãe, ela vai ser madrasta, mas ela pode ser uma boa madrasta, entendeu? Tem isso… Tem madrasta aí que com certeza é melhor que mãe. Pelo cenário, a mãe realmente abandonou o menino. — Sei lá, veio duas vezes, sei lá, ver… E manda presentes online. A gente sabe as questões dessa mulher? Não sabe, então não tem o que a gente falar, só sabe que sim, ela tem um filho que sente toda falta da mãe e está projetando isso na Maria Luíza. —

Daqui a pouco eles vão fazer um ano juntos e a Maria Luíza diz que ela não tem apego ao menino ainda, que ela se preocupa com ele sim, que eles brincam, ela ensina coisas legais para ele e tal, mas ela não tem esse carinho de mãe e não sabe se um dia vai ter. — Você não precisa… Minha opinião, tá? Ser a mãe dele, porque ele tem uma mãe, e aí os sentimentos que seriam pra ele resolver com a mãe dele, ele vai resolver em terapia. Mas sim, você precisa ser a mulher que vai ser uma presença feminina na vida desse menino, que vai ter uma importância. Não dá para colocar isso como “Ah, eu vou casar com o Gustavo e, ah, tanto faz o Gustavinho”, não tem como, gente… É o combo. — A Maria Luíza fica pedindo para o Gustavo mandar mensagem para ex, tipo: “Meu, cobra ela pra ela pegar o menino, pra ela ficar com o menino… Pelo menos para passear um pouco, né?”, mas o Gustavo diz que não vai mandar nada, que não quer mais falar com a ex e que a Maria Luíza tem que esquecer que essa ex existe e focar na família — que ele quer, que são os três agora —, mas a Maria Luíza não consegue, ela se sente muito pressionada… 

Eu acho complicado… Eu acho complicado, porque se for para esse lado do ciúme, de que “ah, não consegue gostar do menino porque o menino lembra a relação antiga do pai”, que o Gustavo termine com você. Desculpa, Maria Luíza. Agora, se for só essa questão, se pesar mais essa questão de que você não consegue demonstrar afeto porque vem lá de trás, da sua família, gente, terapia… Terapia. Mas o que não pode é ficar essa criança de ping-pong também, pra lá e pra cá, porque aí eu vou ser aquela pessoa que vai ter que falar pro Gustavo: “Você tem que ver primeiro, firmar esse relacionamento e ver se a pessoa aceita seu filho para você apresentar pro seu filho”. Porque veja agora, ele está apegado a Maria Luíza e se ela falar: “Olha, não, não quero mais ficar com você por causa do menino”, esse menino vai perder de novo… É perda atrás de perda. E a questão da Maria Luíza é: Estou sendo mimada de querer só o Gustavo pra mim e não conseguir ter esse afeto tão grande pelo filho dele. E aí nesse ponto acho que está assim… Acho que não é nem questão de mimada, acho que é questão de pensar um pouco além da nossa própria bolha, do nosso próprio umbigo. Tem uma criança, gente, uma criança que não pode ficar jogada pra lá e pra cá, negligenciada… Porque não adianta, dar comida, água, estudo… 


É ótimo, mas a gente precisa também dar afeto… Essa criança precisa se sentir segura no campo afetivo dela e eu acho que não tá, não tá bom. Isso é culpa da Maria Luíza? Não, não é… Não é culpa da Maria Luíza, mas ela tem que ver que se ela casar com o Gustavo, passa a ser responsabilidade dela também essa criança. As pessoas têm muita facilidade de querer tratar criança como não ser humano, como não responsabilidade de todos e uma criança é sim responsabilidade de todas as pessoas. Então, você tem que ver até que ponto você quer se comprometer com isso para não estragar a sua vida e estragar a vida de mais um monte de gente. O que vocês acham?

[trilha]

Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilize, aqui é a Mariana do Rio de Janeiro. Primeiro de tudo, acho que tem questões aí que precisam ser trabalhadas em terapia, não só para o Gustavinho, mas para você também. Ouvindo ali seu relato, seu histórico familiar, eu acho que se tem que desenvolver esse fato de aprender a dar o afeto, sabe? Aprender a receber e aprender a dar também. A gente se pergunta muito sobre como a gente dá o afeto pras outras pessoas, mas acho que a gente tem que passar a se perguntar também como a gente recebe o afeto das pessoas. Gustavo, não mentiu pra você, você já entrou nessa relação sabendo como é que funcionava ser dinâmica… Você tem que ter isso em mente se você quiser viver uma vida com o Gustavo. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, meu nome é Danielle, estou falando de Londres. Gustavo poderia exigir uma pensão da ex, aí ele viveria com o filho ou ele pagaria uma terapia, mas ele prefere achar substitutos, né? Primeiro os pais, depois uma parceira. Então, não daria tanto pelo financeiro como pelo emocional. Mas por que você permaneceu nessa relação? Não tem como entender, Maria Luíza. Olha, parceiro não é objeto que você possa possuir como aqueles objetos que você ganhava na infância e, se você sente desgosto lembrando da relação anterior que o Gustavo teve, por que você projeta isso na criança que não tem nada a ver? Por que você não projeta no Gustavo? E se você não tem amor maternal, então também não engravida, né? As crianças e bebezinhos não são seus experimentos. Agora, o que você falou para o seu pet, olha, desrespeitoso… Crianças merecem a mesma dignidade. Eu entendo porque, afinal, você tem seu pet há mais tempo e você tem uma relação com ele, mas isso só se verbaliza na terapia. E eu acho que também o Gustavinho te lembra aquilo que você não teve, né? 

[trilha] 

Déia Freitas: Com a Conta Global da Remessa Online você faz compras nas suas viagens internacionais com facilidade usando o cartão virtual ou físico. — Em qualquer lugar do mundo. — Você pode pagar pelo celular utilizando o cartão virtual. — Na carteira digital ali, sabe? Agora eu tô moderna, eu sei usar carteira digital. — E com o cartão físico também, você pode fazer saque aí em caixas eletrônicos ATM, em diversos países. O Cartão Global pode ser utilizado em mais de 175 países, é sem anuidade, tem emissão gratuita. — Basta você ter 20 euros na sua conta pra pedir o cartão físico. E o virtual fica disponível assim que você abre a sua Conta Global. Esse cartão vai mudar a sua forma de fazer viagens internacionais, trazendo muito mais praticidade e segurança — e economia também, gente, porque quando você tem o Cartão Global da remessa online, você consegue abastecer aqui e planejar um pouco seus gastos de viagem, né? 

Então assim você não passa perrengue, então é só vantagem. Acesse o site: remessaonline.com.br e abra a sua conta, garanta o seu cartão agora e a gente se vê pelo mundo. — Valeu, Remessa Online, bem-vinda… Valeu, Cartão Global. Um beijo, gente, e eu volto em breve.

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.