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título: giselda
data de publicação: 12/08/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #giselda
personagens: luana, tereza, dona ieda e giselda

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]


Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — Preciso dar alguns avisos antes. Primeiro: Esse Picolé de Limão é mix com Luz Acesa, então aí para o pessoal não ficar desavisado, há fantasmas, há assombrações… Então, ouçam com cautela. Segundo: Esse é um episódio que contém aí relatos de violência doméstica. Então também muita atenção aí ao ouvir ou senão não ouça, tá? — E hoje eu vou contar para vocês a história da Dona Ieda. — Quem me escreve é sua neta, Luana, junto com Dona Ieda e Luana, filha de Tereza, que é filha de Dona Ieda. Então eu vou contar aqui a história da dona Ieda, que acaba esbarrando na história da Tereza e chegamos aí na geração mais nova, que é Luana. — 

A gente está falando aqui de uma história que tem mais de 50 anos, onde Dona Ieda ali tinha seus 20 anos e já estava casada e tinha uma filha de três anos, a Tereza. Então vamos lá, vamos de história.


[trilha]


Dona Ieda nasceu numa comunidade muito pobre de um interior de um Estado que na época não tinha nem estradas ainda terminadas em todas as partes, enfim, era tudo muito precário. Então, não foi Dona Ieda que escolheu o marido, quem escolheu o marido de Dona Ieda foi o pai dela… E era assim, o pai escolhia o marido e aí a filha ia embora com o marido e nunca mais via a família. — Porque muitas vezes esses maridos iam para outros estados tentar uma vida melhor e levavam junto a mulher ali. E esse foi o caso da Dona Ieda, né? — Ela foi para outro estado junto com esse marido, que ela mal conhecia e nunca mais teve contato com sua mãe, com seu pai, com seus irmãos. — As pessoas da família e de dona Ieda ficaram perdidas para ela no tempo. — Dona Ieda casou com seus 19 para 20 anos, o que o pai dela já já achava que ela estava muito velha, então ele não escolheu tanto — o primeiro marido que apareceu foi — e ela era virgem, não sabia nada da vida, não sabia nada sobre sexo, então desde o começo desse casamento Dona Ieda diz que ela era violentada mesmo todos os dias. O marido era muito bruto… E nesses momentos de violência sexual, ele ainda batia nela durante o sexo… 

E, numa dessas vezes, ela engravidou. [efeito sonoro de bebê chorando] Ela teve uma gravidez muito conturbada porque o marido batia nela com frequência, quase todo dia… Geralmente quando ele chegava do trabalho e ele reclamava se ela fazia só arroz com ovo, mas ela não trabalhava e a única coisa que ele comprava era ovo e arroz, então óbvio que só ia ter arroz com ovo, né? Até que ela começou a plantar umas verduras e começou a botar verdura, então aí era quando ela apanhava menos. Quando a Tereza nasceu era mais uma boca ali, né? Aí o marido falou: “Agora você vai se virar, além de cuidar da criança, você tem que botar algum dinheiro aqui dentro”. Ieda foi pra cidadezinha com a Tereza no braço ali procurar um emprego, com a Tereza no braço ali. — Como que você vai procurar um emprego com uma criança com dez dias de vida, né? — E ela foi falando aqui, falando dali, foi numa vendinha ali, foi numa casa de produtos agrícolas acolá, enfim, foi rodando… Até que uma mulher falou pra ela: “Olha, tem ali a professora Giselda e ela tá precisando de alguém para fazer faxina. Vai lá na professora Giselda, quem sabe ela não pega você mesmo com a criança, né?”.

A Ieda — uma jovem ali com seu bebê, com Tereza nos braços — foi até casa da Giselda. Era uma casa bonita, assim, com um murinho baixo, portãozinho baixo e Giselda saiu lá e foi conversar com a Ieda. E aí a Ieda falou que estava precisando de um trabalho, que agora tinha uma criança, Giselda perguntou se ela tinha marido, ela disse que sim, mas que ela está precisando muito trabalhar, que ela podia lavar, que ela podia passar, que ela podia limpar a casa mesmo com a bebê… — Dez dias, hein, gente? Dez dias ela estava, no puerpério ainda ali… — Dona Giselda falou: “Bom, tudo bem, então vamos fazer uma experiência aí, né?”. E aí elas combinaram ali um valor e Dona Ieda voltou pra casa e contou pro marido que ela ia trabalhar fazendo faxina na casa de uma mulher. O marido falou: “Bom, você vai começar amanhã? Então eu quero ir com você só pra ver se isso é verdade mesmo”. E aí chegou no dia seguinte, a Ieda cuidou da bebê e preparou, que a bebê ia junto, né? E o marido também foi… 

E assim que Giselda bateu o olho no marido ali de Dona Ieda, ela sacou, né? “Ih, esse cara…”, enfim… Mas ela se apresentou ali para o cara, falou que sim, que estava precisando de uma pessoa pra limpar sua casa e que pra ela a Ieda seria muito útil e o marido da Ieda combinou de todo dia primeiro ir lá e pegar o pagamento da Ieda. Giselda vendo que se não fosse assim a Ieda não ia conseguir trabalhar, ela assentiu, falou: “Tudo bem então, quando for todo dia primeiro você passa aqui que eu te dou o pagamento da Ieda”. — Esse foi o combinado. — Então ali Giselda já sacou… Giselda uma mulher ali na casa dos seus 50 anos, viúva, com dois filhos que já estavam também encaminhados na vida, então ela morava ali naquela casa grande, sozinha, com dois cachorros. — Tipo eu assim, né? Só que eu moro numa casa pequena, com três cachorros e seis gatos. 0 E aí ela começou ali, né? A Ieda. E a Giselda ela sempre foi muito fechada, assim, uma mulher muito na dela… 

Então ela falava as coisas que a Ieda tinha que fazer, a Ieda percebeu que ela só dava coisas leves… — Acho que ela sacou, né? Falou: “Poxa, ela acabou de ter nenê”. — Roupa e essas coisas ela tinha uma mulher que já ia lá pegar roupa para lavar… A mulher continuou indo pegar roupa para lavar, ela era uma das professoras e era também diretora do melhor colégio que tinha ali naquela cidade. — Lembrando que era uma época que quem era pobre estudava até a quarta série, né? — A escola dela não era realmente para pobres. E o tempo foi passando — Tereza, que é a mãe aí de Luana, que é quem me escreve — foi crescendo ali naquela casa e, logo no começo, a Giselda percebeu que a Ieda apanhava muito. E um dia ela resolveu conversar com a Ieda sobre isso e era uma época que elas duas sabiam, tanto a Giselda que era uma mulher com uma instrução maior e tal, quanto a Ieda que não sabia ler, que a polícia não ia ajudar… — Não tinha polícia, não tinha essa de polícia. — E a Giselda vivia falando para Ieda: “Por que você não pega a Teresa e não foge?”, “Ah, porque ele vai me caçar, vai me achar onde for e vai me matar. Ele sempre falou isso, se eu tentar fugir, ele vai me matar”. 

E a Ieda falava assim pra dona Giselda: “Ele não tem medo de nada… A única coisa que ele tem medo é de assombração”. E aí contava alguns causos que este marido contava de assombração… Eles moravam de favor num terreno de alguém lá, dum conhecido dele, desse marido da Dona Ieda. Depois de um tempo, esse marido da Dona Ieda conseguiu uma casinha num outro lugar que era um pouco mais longe da casa da Giselda — por exemplo, mais uns 20 minutos a pé —, mas que era um pouco maior… Porque a outra era tipo nos fundos, era tipo quase um porão, mas essa casinha tinha tinha um quintal do lado de um pasto… Era assim, era uma área aberta, arejada, então era melhor mesmo que fosse mais longe, né? Só que nessa casa nova que eles se mudaram algumas coisas começaram a acontecer… O chão dessa casa não era nem cimento, era chão de terra batida que pra poeira não subir, você mantinha úmido, você jogava uma água ali de manhã e dava aquela batida e o chão não subia aquela poeira pras poucas coisas que você tinha. — Então, perceba aqui que eles eram realmente pessoas muito pobres, né? —

E algumas coisas começaram a acontecer… No chão daquela casinha ali na cozinha algumas letras começaram a aparecer. Só que Dona Ieda ela não sabia ler, então ela não sabia o que estava escrito naquele chão. E, durante a noite… — Aqui a gente tem mais um fato sobre a vida de Ieda. — Esse marido depois que a Tereza nasceu — o colchão deles era de palha, era o colchão que tinha na época —, ele passou a Dona Ieda e a criança para dormirem no chão, num pano e ele dormia no colchão de palha, que era um pouco mais alto, tipo um estrado só… Não era bem uma cama, mas ele dormia no colchão e ela, com a bebezinha, dormia naquele chão de terra. — Então ela botava tipo uma lona assim, de tecido mesmo… Não era nenhuma época assim: “Ah, o plástico era acessível a todos”, não… Ela botava então ali uma lona meio grossa que se usava para carregar coisa e tal, tipo lona de caminhão, botava um pano de algodão e aí ela deitava com a criança ali e ele deitava no colchão de palha… —

E só quando ele queria sexo que ela podia subir no colchão de palha. — Então veja, né? Ela ficava ali mais ou menos assim, a cama… Ela não ficava bem do lado, ela tinha que ficar mais pra lá. — Ela ficava longe dele, mas ali na vista dele, e aí ela se cobria ali e ficava ali com o bebê. E, durante algumas noites, enquanto ela dormia, você ouvia na cozinha alguns barulhos do tipo: “Uuuhh, você vai morrer”, com uma voz muito fraca, muito longe e uma vela tremulando… E ele no quarto ele ficava apavorado, porque essa voz falava o nome dele. E pelo o que a Ieda conseguia escutar, essa entidade — ou sei lá o que era — que ficava com essa vela na mão, falava que a casa era dela, falava o nome do marido e falava que por ele ter entrado naquela casa, ele não teria paz mais. Para não demonstrar que ele tinha medo de assombração, ele continuava deitado, mas a Ieda percebia a respiração dele muito forte… [efeito sonoro de pessoa respirando muito rápido] Fora as coisas que eram escritas no chão de dentro da casa que ela não sabia ler… Ela não sabia o que estava escrito e ele não falava. 

Ela perguntava pra ele: “O que está escrito? Quem que escreveu isso no chão?” e ele falava: “Mulher, cuida da sua vida” e batia nela, enfim… Passado um mês que eles tinham se mudado para essa casinha, este homem desapareceu. Foi embora da cidade, passou ali num boteco que ele ficava que era tipo uma venda, pagou a dívida que ele tinha no boteco e deixou a Ieda com a filha Tereza sem dinheiro nenhum, sem nada para comer, pegou as coisas dele e foi embora da cidade. Largou ela naquela casa. E agora ela ia ter que se virar pra ficar naquela casa que tinha uma assombração e ainda pagar por aquela casa, e foi aí que Giselda falou: “Não, eu tenho uma edícula aqui, você pode vir pra cá morar com a Tereza nessa edícula, né?” e elas moraram lá até Giselda morrer. — Isso foi depois de uns 18 anos, um pouco antes da Tereza completar 18 anos a Giselda morreu… E aí elas mudaram de cidade e foram aí para uma grande capital. — 

Ou seja, o cara ele fugiu da cidade por conta desse fantasma… — Dessa assombração que era realmente aterrorizante… Uma sombra que você via, um vulto com uma vela na mão… Lembrando que, na casa deles, era uma época que já tinha, lógico, energia elétrica, mas não era todo mundo que tinha e na casa deles não tinha… Não tinha nem chão… Tinha nem piso. Quer dizer, nem um cimentado, um vermelhão, não tinha nada… Era terra batida no chão. Então pense você naquela escuridão e só aquela chama da vela andando, né? Eu ia ficar apavorada. — Ieda ela não podia nem gritar, fazer nada, porque senão ela apanhava do marido. Depois que esse cara foi embora, óbvio que a vida da Ieda melhorou 500%. Ela foi morar numa edícula onde era um quarto e banheiro, mas tinha chão, tinha tudo certinho, tinha luz e não tinha mais o marido violento… E ela podia com o salário dela — que agora ficava na mão dela — comprar as coisas… Então a vida melhorou e ela nunca mais soube do pai da Tereza. Tanto que Tereza não lembra de seu pai, porque ela era uma recém-nascida e Luana também nunca conheceu seu avô e ninguém nunca deu falta deste homem. 

A história poderia acabar aqui, onde uma assombração foi ótima, né? — Podia chamar essa história de “assombração ótima”, mas a história não acaba aqui… [risos] —  Quando Dona Ieda — Agora “Dona” Ieda, mas na época “jovem” Ieda — foi trabalhar na casa de Giselda, numa dessas conversas, a Ieda disse que a única coisa que ele tinha medo era de assombração. Então, Giselda, uma mulher muito inteligente e um pouco maquiavélica, convenceu [risos] a Ieda a assustar o próprio marido. Ieda não sabia ler e nem escrever — depois ela aprendeu com a própria Giselda —, mas na época não dava tempo dela aprender a ler e escrever para se virar. Então, em letras de forma, Giselda escrevia no papel: “Você vai morrer, saia da minha casa” e Ieda, sem saber o que estava escrevendo, copiava, porque para ela aquilo eram desenhos… Copiava aquilo no chão com uma varinha, [risos] um galho de árvore… Copiava isso pelo chão da casa. O marido saía para trabalhar, ela fazia essas coisas no chão e, quando ela voltava — porque ele passava lá na casa da Giselda e pegava ela —, quando eles chegavam, estava escrito, mas quem escreveu foi a própria Ieda antes de sair para trabalhar, porque ela saía depois dele. [risos] 

E ela não sabia, realmente… Ela sabia porque a Giselda falava: “Olha, hoje a gente vai escrever: “você vai morrer”, amanhã a gente vai escrever: “estou te olhando, maldito Fulano”. Ela escrevia essas coisas pelo chão da casa, com a vara na terra e quando ele chegava ele ficava super atormentado e a assombração que aparecia à noite era a própria Ieda… Ela pegava um monte de roupa, um monte de trouxa de roupa e fazia o formatinho do corpo dela… — Isso podia ter dado muito errado… — Deixava a Tereza do lado, era tudo muito escuro e ela fazia isso com a vela, assombrava, falava as coisas, mudava a voz, depois apagava a vela ali, ficava um tempo na cozinha e ia engatinhando naquela escuridão e voltava ali para a cama, porque a dela era no chão, né? E tinha que esconder as trouxas, enfim, um rolê para fazer assombração, tanto que ela não fazia tantas vezes porque dava muito trabalho, mas o pouco que ela fez assustou realmente este homem.

Tinha o risco dele querer fugir com ela, mas ele já estava acho que desencanando da Ieda. — Porque aí quando tem bebê… Ele não gostava que a Tereza chorava, enfim, né? — E com essa assombração elas conseguiram que o cara fosse embora. E, durante todo o processo acontecia coisas do tipo: Ele pedia a comida, ela botava comida e botava água. Aí, por exemplo, nessa casa eles não tinham banheiro, eles faziam no mato, assim, né? Ele ia pro mato… Quando ele voltava, ela tinha jogado a água dele fora. E aí ele falava: “Cadê minha água?” e ela falava: “Sua água tava aí, você tomou sua água então”, “não, não tomei”, “a água tava aí”, então ela foi fazendo pequenas coisas, como se fosse uma assombração, pra deixar ele louco. [risos] — É errado? [risos] Se é, a Ieda errou tentando acertar aí. [risos] Tô nem aí. — E a Giselda falava isso pra ela: “Você tem que enlouquecer esse homem, que ele vai acabar perdendo aí a razão e vai, sei lá, vai ficar doido por aí”. E o cara da venda lá, que a gente pode chamar “Seu José da Venda”, falou que quando ele passou lá para pagar, ele já estava assim [murmurando] sabe quando você fala sozinho? E ele estava falando sozinho, muito sozinho e, assim, muito olhando para os lados. 

O Seu Zé lá da venda falou que ele tava meio doido mesmo… Ieda acha que ele saiu da cidade meio sem rumo, meio doido mesmo. — Então talvez ela tenha enlouquecido esse cara… Dali um tempo ele pode ter falado: “Agora passou tudo, não estou mais assustado” ou também pode ter aí perdido a bola para sempre. Não sabemos. E Ieda não se arrepende de nada. — Tudo uma ideia de Giselda, por isso que eu vou dar esse nome “Giselda” para a história. — Porque era uma época que não tinha como você vencer a violência doméstica… Hoje a gente ainda vive muito num mundo masculino, de regras, as regras são feitas por homens… Eu não gosto de usar a palavra patriarcado aqui, porque acho que a gente acaba não alcançando todo mundo, mas acho que todo mundo entende que a gente vive num mundo onde as leis, as regras são feitas por homens e eles tendem a se proteger uns aos outros, né? Então imagina há 50 anos como era isso? Era pior ainda. — O jeito que duas mulheres acharam ali para se livrar de um homem abusivo, violento e que realmente batia muito na Ieda e provavelmente ia bater na Tereza também quando a Tereza tivesse idade, sei lá, foi isso… 

Tentar enlouquecer esse homem [risos] e atacar a única fraqueza que ele mesmo dizia que tinha, que ele tinha medo de assombração. Então, nunca houve um fantasma, [risos] nunca houve uma assombração e talvez este homem tenha saído da cidade louco. “Mas nossa, foi errado”, errado pra quem? Eu acho que foi é pouco. O que vocês acham?


[trilha]


Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, eu sou a Gabriela, fala de Goiânia. Eu queria deixar aqui registrado a minha frustração da história Giselda não se chamar “GasparIeda, acho que seria incrível. [risos] Brincadeira, mas adorei a história, adorei a Ieda, gostei mais ainda da Giselda e achei que foi um ótimo final. Espero que todas as mulheres que passam por essa situação difícil de abuso doméstico que elas consigam se livrar desse mais tóxico, nem que seja se passando pela Gasparzinha. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, eu sou a Amanda, estou falando do Jalapão. Luana, você pode dizer que é uma neta das bruxas que não foram queimadas porque sua avó e a Baby Tereza, que deu forças pra ela também, se juntou com Dona Giselda e elas fecharam, elas arrasaram, estão de parabéns. A gente quer ter essa força mesmo, quer reproduzir esses comportamentos de proteger umas às outras… Elas fizeram isso há muitos anos atrás e poderiam ter tido terríveis, mas elas tiveram coragem e se apoiaram. Eu jurava que a fantasminha seria a Dona Giselda que saía da casa dela e ia lá assombrar o cara, mas foi dona Ieda que foi o plot twist dessa história… Muito bom, uma das melhores mesmo. 


[trilha]


Déia Freitas: Dona Ieda, Tereza, Luana que me escreveu e Giselda aqui em memória, um beijo para vocês todas. Essa história vai se chamar “Giselda” porque eu achei brilhante, “vamos enlouquecer este homem até ele não aguentar mais e fugir daqui”, porque uma das coisas que a assombração também falava é: “Foge… Vai embora… Foge” e acho que como ele queria ferrar a Ieda, ele falou: “Vou deixar a Ieda nessa casa com esse fantasma e esse fantasma mesmo vai matar a Ieda”, porque o fantasma também escrevia lá: “Fulano, eu vou te matar, fuja”. Sem escrever, hein? Só desenhando as letras a Ieda escreveu no chão da própria casa, isso para mim é brilhante, parabéns aí a todos os envolvidos. Eu achei coisa de filme, é isso. Então, um beijo, gente, sejam gentis aí e batam palmas para essas mulheres todas dessa história. Porque Giselda, Ieda, Tereza Nenê e agora Luana, que me escreve, vocês são perfeitas. É isso, um beijo e eu volto em breve.


[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]