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título: veludo
data de publicação: 10/10/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #veludo
personagens: dona amália

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]


Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje pela primeira vez é a Emma. — Há uns dois anos eu comprei um colchão Emma pra mim e um colchão Ema para Janaína. — E, assim, a nossa vida mudou. Qualidade de sono é outra… O Mamãozinho que dorme na cama comigo também amou… E eu estou muito feliz que a Ema tá hoje aqui. — Mais do que colchão, Ema te oferece a melhor experiência de descanso. — Sério, de verdade… — 100% online, a Emma te dá 100 noites de testes nos colchões. Você testa como? Na sua casa, o que é muito melhor do que testar aí cinco minutos em uma loja que você deita ali e faz assim: “Hum, hum, será que tá bom e leva embora”. — 

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[trilha]

A Amália tem 71 anos, na época que aconteceu essa história, ela tinha 50 anos, então ela já estava casada. Ela casou com 20 anos, então eram 30 anos de casamento, né? Um casamento ia super bem, super de boa e tal, nunca teve nenhuma intercorrência grave, eles nunca se separaram, enfim, era um casamento bom, né? — Segundo aí Dona Amália. — Dona Amália com 30 anos de casamento, 32 de CLT, já estava se movimentando para aposentar, o marido também pronto ali para se aposentar, até que um dia… Dona Amália acordou e o seu marido não acordou. Ele morreu dormindo. — E aqui, gente, eu digo para vocês, assim, um pensamento meu: Muita gente acha que é bom morrer dormindo, porque não sente nada… Mas será que não sente? E aí você morre deixando o boleto, deixando um monte de coisa que você ia fazer no dia seguinte? Não sei, não consigo achar a melhor morte, morrer dormindo. —

Mas ele morreu dormindo, então teve todo um lance de ir carro do IML na casa dela, não tinha ninguém para atestar ali nada, então ele teve que ir pro IML e tal, até liberar o corpo e nã nã nã, enfim, liberaram o corpo… — Quem já passou por isso sabe como é horrível você ter que escolher uma roupa para vestir no seu parente e você estar mal… Enfim. — Dona Amália muito mal, escolheu a melhor roupa para o marido e Dona Amália… Ele tinha uma melhor roupa que eles usavam quando eles iam em algum evento maior na igreja deles e Dona Amália também tinha a roupa dela nesses eventos. — Sabe assim? Quando você tem uma roupa especial, um sapato especial? — E Dona Amália falou: “Eu vou vestir a minha roupa especial, o meu vestido especial”. Não era vestido de festa, nada, era uma roupa comum, social, mas era uma roupa que ela usava mais assim em ocasiões especiais… E um sapatinho que ela tinha de veludo. 

Ela falou: “Vou botar o meu sapatinho de veludo, né? Foi um excelente marido, ele merece o melhor”. O corpo dele foi liberado ali por volta 16h30 da tarde e foi liberado do IML. Então, uma funerária buscou, preparou o corpo e, quando foi ali no começo da noite, esse corpo estava chegando no cemitério ali para velar e, no dia seguinte, dez da manhã, enterrar. Dona Amália ia passar a noite ali com seu marido, algumas pessoas também… — A gente está falando de uma história que tem 20 anos, hoje em dia nem sei se pode passar a noite mais nos velórios ou se eles fecham e abrem de manhã, enfim, eu já vi um que fazia isso, que o cemitério fechava, não deixava ninguém ficar lá com o morto e abria de manhã, 06h da manhã. Então, nessa época, você podia passar a noite aí velando o corpo da pessoa ali e tal. — Dona Amália foi preparada, então o que é preparada para isso? Eu já falei aqui para vocês, você tem que levar ali seus pacotes de bolacha ou biscoito — dependendo da região aí que você é — levar ali uma garrafa de café, garrafa térmica, garrafa de chá, enfim, uma manta para você por ali na sua perna durante a noite porque faz frio… Dependendo se for banco de cimento, você põe a manta assim por baixo, senta na manta e dobra em cima da perna… São técnicas aí para você passar a noite no velório, né? E muita conversa… Algumas piadas, é o que acontece em todos os velórios. 

Ficou ali, com a sua melhor roupa, seu sapatinho de veludo, velando ali o seu  marido. A madrugada foi passando, até que lá pras 04h da madrugada, tinha umas dez pessoas no velório, chegou uma mulher… Uma mulher e um jovem. — E, assim, pode acontecer de você ir num velório errado, né? Então você entra, você vê e sai… — Ela entrou, viu ali e saiu. Dona Amália viu, porque está de madrugada, não tinha nada para fazer e, enfim, passou… Quando deu ali 07h da manhã, aquela mulher e aquele jovem, eles voltaram. — Eu tenho uma técnica também, já falei aqui, do horário para você ir no velório quando você não quer ficar muito tempo… Então é bom pra você ser uma presença marcante, você ir perto do horário ali que vai fechar o caixão… — 07h da manhã tinha pouca gente… E essa mulher entrou com esse jovem de novo, agora ela foi realmente até o caixão, botou a mão no marido de Dona Amália e começou a chorar, chorar, chorar, chorar, chorar, chorar… Dona Amália estava ali, com o marido e os filhos, os filhos já também casados, adultos e tal… E eles ficam olhando, porque é estranho, né? Uma pessoa que você não conhece… Quem será? Será uma amiga? “Mas como assim? 30 anos comigo, nunca vi essa amiga…”.

E aí, Dona Amália falou pro filho dela — que a gente pode chamar aqui de “Hélder” — falou: “Hélder, vai lá, pergunta quem é ela”, já assim um pouco irritada, né? E aí o Helder foi, bem baixinho assim, falou: “Oi, a senhora conhecia meu pai, né?”, e aí ela começou a chorar mais alto essa mulher, que estava com o jovem e o jovem: “Mãe… Para, mãe”. E aí ela falou: “Se eu conhecia? Ele era meu homem”, e aí começou a chorar muito alto… E o jovem falando: “Para, mãe… Para”, e aí ela falava: “É seu pai, é seu pai… Se despede de seu pai”. Dona Amália falou: “Andréia, não sei… Parece que, de repente lotou, acho que uma pessoa foi ligando para outra [risos] para vir ver a fofoca, né? Porque eu estava descobrindo ali, naquele momento, que o meu marido tinha um amante e um filho de pelo menos 20 anos, aquele menino tinha, né?”. E ai Dona Amália ficou doida, falou: “O quê? Seu homem?”, “É, meu homem” e a mulher já queria meio que brigar, né? Dona Amália falou para mim assim: “Andréia, na hora eu não sei o que me deu lá, me deu uma loucura, uma força e eu falei para ela: “É seu homem? Então leva pra você” e eu não sei como, eu virei o caixão e o meu marido, adúltero, caiu no chão… — [risos] Gente, é horrível… — “Caiu no chão, bem ali, no pé dela…”

E aí aqui, gente, quando um corpo cai no chão… Um corpo que tá preparado e tal, mas que tá ali se decompondo um pouco, né? Porque, enfim, não é bonito… Eu não vou ser gráfica aqui, mas não é bonito. E as pessoas desesperadas, ninguém querendo botar a mão no corpo, e aí a mulher agora já ajoelhada… E ele caiu de cara no chão — porque ela virou, ela tombou o caixão — e voltou o caixão pro lugar vazio, assim… Sabe quando você vira o caixão de lado? A pessoa girou, caiu de cara no chão… E ela falou: “Leva pra você agora, bota ele numa sacola…” [risos] “Bota ele numa sacola e leva para você, esse lixo”. Um escândalo, todo mundo horrorizado… Veio o pessoal do cemitério, os coveiros ali, pegaram o corpo, botaram dentro do caixão, mas aí o corpo já não dava para ficar do jeito que tava ali… E fecharam o caixão. E aí os filhos da Dona Amália resolveram adiantar… Nessa hora, a Dona Amália olhou para o seu sapatinho e tinha espirrado algum líquido do corpo do morto — do marido — no sapato dela…

E aí ela começou: “Meu sapatinho de veludo, meu melhor sapatinho… Desperdicei meu sapatinho com esse desgraçado”. [risos] E as pessoas elas estavam muito horrorizadas. Eu queria que vocês tentassem imaginar a cena da pessoa jogando um cadáver no chão… — Assim, além de ser nojento, é muito traumático… As pessoas ficaram sem reação assim, todo mundo muito chocado. — A mulher desapareceu, acho que o filho conseguiu levar ela embora e Dona Amália ficou lá chorando por causa do seu sapatinho de veludo. E ela falava: “Veludo mancha, porque o veludo…”, assim, focada no veludo, veludo, veludo, veludo, veludo… Depois disso, um advogado da mulher apareceu lá e esse filho fez DNA e acabou entrando no inventário também, para dividir as coisas com ele. Pra amante não, mas para o filho sim. — Dona Amália diz que até hoje tem gente na igreja que não consegue nem olhar para ela do trauma que ficou, de ver aquele cadáver espatifado no chão e depois os coveiros tendo que pegar, né? Enfim, botar dentro do caixão… —

E ela louca, louca, louca, louca, falando do sapatinho dela de veludo, que depois ela falou: “Não deu pra salvar, não deu pra salvar… E eu lamentei demais pelo meu sapato”. — Óbvio que ela tava meio que dando a transferida também, né? Mas eu fiquei sem palavras, gente, como que você joga o corpo do seu marido no pé da amante? [risos] Tipo: “Leva, bota numa sacola e leva”. [risos] Ai meu Deus… —  O que vocês acham?

[trilha]


Assinante 1: Oi, Déia, oi, nãoinviabilizers, aqui é a Viviane de Vitória da Conquista e eu estou com a Andréia, eu realmente achei que Dona Amália estava transferindo para o sapato aquela angústia que foi perder o ideal de marido ali, numa situação de dor. Então ela ficou enlutada duas vezes, enlutada pela morte do marido e enlutada por perder o que ela acreditava ter sido o relacionamento dela. Então foi um baque muito difícil… E sobre o que ela fez? Será que isso não configura algum crime contra a saúde pública? [risos] Já que você de alguma forma coloca a saúde das pessoas presentes ali em risco? Enfim, não acho que ninguém julgaria Dona Amália, mas fiquei pensando nisso. Um beijo, Dona Amália, espero que você tenha superado. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, nãoinviabilizers, aqui é o Jhonatas de Brasília. E eu não julgo a Dona Amália, imagina você estar no velório do seu marido e você descobre naquele momento que ele é um traidor, que ele tem um filho, que ele tinha outra esposa… Sobe uma raiva na hora que às vezes a gente age por impulso, né? Também ri da situação, acho que eu não faria o mesmo, mas com certeza haveria um bate-boca com a amante. Então não posso julgar a Dona Amália e isso… [risos] 

[trilha]


Déia Freitas: Emma te oferece uma experiência de descanso com colchões além de travesseiros, cama box e diversos acessórios. Mais que isso, Emma te dá 100 noites de testes nos colchões na sua casa. — Muito melhor do que cinco minutinhos aí que você testa nas lojas, né? — E ainda 14 noites de testes nos acessórios, além de dez anos de garantia e entrega e devolução grátis para o Brasil todo. Veja as ofertas no site e você ainda pode parcelar em 12 vezes sem juros. Com o nosso cupom exclusivo “PICOLEDELIMAO10” – tudo junto, sem acento, em letra maiúscula -, você ganha 10% de desconto. 

Acesse agora: colchoesemma.com.br pra conhecer todos os produtos e, sério, tenha a melhor experiência de descanso. – Eu queria até fazer um testemunho [risos] de colchões Emma. A minha condição financeira que era zero melhorou um pouco e, assim que ela melhorou um pouco, a primeira coisa que eu fiz foi parcelar em 12 vezes um colchão para mim e para a Janaína, porque era uma meta ter um colchão bom, um colchão gostoso, um colchão que você dorme e, puts, você nem sente. E, sério, se você puder investir em você, na sua vida, investe num colchão bom. – 

A gente tem que investir na saúde da gente, no conforto e em dormir bem. – Tô muito feliz que Emma tá aqui hoje comigo, porque eu realmente sou consumidora e falo para todo mundo: “Pode comprar, sem medo”. Investe em você, investe aí em um colchão Emma, colchoesemma.com.br, usa o nosso cupom: “PICOLEDELIMAO10” e tenha 10% de desconto aí no seu colchão. – Sério… E se puder, compra um travesseiro também que, ó, delicioso… Bom demais. Valeu, Emma, tô muito feliz realmente que vocês estejam aqui comigo. – Um beijo, gente, e eu volto em breve. 


[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]