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título: gestor
data de publicação: 28/04/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #gestor
personagens: tânia

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é o Petlove. — Amo… — Ps planos de saúde Petlove oferecem cuidado acessível e completo para cães e gatos, garantindo prevenção, diagnóstico e tratamento para o seu pet com uma ampla rede credenciada. Você e seu pet contarão com uma série de benefícios financeiros e emocionais após a contratação de um plano de saúde Petlove. Ouve isso: São cinco opções de planos, desde o mais básico até o mais completo e eles cabem no seu bolso. — Sim. — Os planos possuem cobertura nacional, são práticos e digitais e contam ainda com o microchipagem grátis e tem proteção aí para todos os pets, já que o mesmo preço vale pra qualquer pet, independente da idade, da raça, do porte ou da doença. — Gente, isso é tão importante… — Quanto mais pets, mais descontos, já que eles são cumulativos. Os planos não possuem fidelidade e você cancela quando quiser. E os planos ainda tem coparticipação pra você economizar, o que deixa é a mensalidade mais barata. 

Pensou em plano de saúde pet? Pensou em Petlove. — Sim… — Contrate agora, eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio. E hoje eu vou contar para vocês a história da Tânia. — Essa história contém alguns gatilhos, então ouça com cuidado. — Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

Tânia sempre foi uma professora que estudou muito — estuda até hoje — e com muito esforço, muito estudo, ela conseguiu ser uma professora universitária. Paralelo a isso, a Tânia na área dela — vamos botar aqui: administração — ela também dá consultorias. Tânia, uma mulher muito bem—sucedida, ganhando dinheiro com suas aulas — em universidades — e ganhando mais dinheiro ainda, um dinheiro significativo, com as suas consultorias. Tânia já vinha de um primeiro casamento que não tinha dado certo e, numa festa que ela foi com uma amiga, ela conheceu o amigo de um amigo de um amigo e começou aí um relacionamento, um namoro. Este cara trabalhava junto com o pai, num trabalho que não era muito lá formal, mas enfim, tinha um trabalho, né? — Que é o que eu falo sempre aqui, não importa se você é vendedor, não importa se você vende pano de prato no farol, você está correndo atrás das suas coisas, entendeu? Eu valorizo muito isso, trabalho é trabalho. —

Tânia começou esse relacionamento e, depois de um ano, esse cara pediu a Tânia em casamento. De cara a Tânia ficou muito emocionada e disse sim. O cara nunca tinha casado, então ele queria realmente um casamento com cerimônia, com tudo o que ele tinha direito e a Tânia já vinha de um divórcio, para ela nem fazia sentido mais fazer festa, botar vestido… Mas o cara queria e convenceu a Tânia de que fosse assim. Só que o cara não tinha grana, a Tânia foi lá, pegou do dinheiro dela cerca de 75 mil reais e fez um casamento. Antes disso, antes da cerimônia em si, de cartório, essas coisas, este cara pediu a Tânia em casamento e ele arrumou um advogado. — Estranho… — Este advogado, junto ao cartório, tentou que Tânia casasse em comunhão total de bens. — Quando você casa em separação total de bens ou comunhão total de bens, o cartório meio que destaca muito isso, tipo, você está ciente mesmo? É isso mesmo? Tipo, é um processo diferente. Se você chega no cartório e fala só: “quero casar”, o regime natural da coisa é comunhão parcial de bens. Então, assim, o que vocês adquirirem após o casamento, vocês dividiriam. —

E a Tânia ouviu aquilo e falou: “Não, mas isso aqui que você está me mostrando, meu amor, minha vida, está dizendo que depois que a gente casar, tudo que eu já tenho antes de você vai ser seu também, isso não é justo”. Aí o cara — veja bem, o cara que tinha contratado um advogado — falou: “Ah, eu não sabia que era assim”. Gente, vocês acham mesmo que ele não sabia? “Ai, desculpa, eu não sabia que era assim”. — Depois que inventaram a desculpa, né? — E aí ela falou: “Não, é assim, a gente vai casar na comunhão parcial de bens, como todo mundo casa, né? Então não precisa do seu advogado, não precisa desse adendo de cartório, nada”. E casaram aí numa festa linda, cheia de detalhes e tal, do jeito que o cara queria, financiado aí pelo 75 mil da nossa amiga Tânia. O tempo foi passando e ali com uns seis meses de casamento, este cara parou de trabalhar com o pai dele. “Não, porque não estava dando certo”, ele e o pai estavam brigando muito. Parou de trabalhar lá, vai procurar outra coisa, né? — É o que a gente pensa, não é? — Não procurou.

E Tânia foi ficando incomodada… Passa mês, um, dois, três, quatro meses e o cara não se mexe para procurar um trabalho, ela começou a pagar as contas sozinha, até então ele estava dividindo sim as contas. Até que ele sugeriu ser o gestor das coisas da Tânia na empresa de consultoria… Então ela tinha tudo separadinho, a conta que entrava os pagamentos, tudo separado da conta dela como professora. — É uma boa?  Sabemos que não, então esse não é nem o ponto aqui… Mas você está apaixonada, a gente pressupõe o quê? Que a pessoa que está com a gente, que a gente ama e que ama a gente, não vai fazer nada, né? — Ele começou a ser gestor, só que assim, a empresa da Tânia não precisava de um gestor, uma empresa de uma pessoa só porque ela dava consultoria. Então, o que ele fazia? Ele pagava uma ou outra coisa ali que aparecia de tributo para pagar no banco, ele respondia os e—mails e marcava as consultorias, enfim, isso não é trabalho de gestor… 

Um assistente administrativo consegue fazer isso… Só que para isso ele queria um salário. — Então veja, indiretamente, a Tânia já está bancando o cara. Ou até diretamente, né? Porque ela que recebia as consultorias. — Pra não dar confusão, enfim, ele era gestor, não fazia nada porque não tinha nada para fazer. — Quem fazia o grosso, a consultoria mesmo, era a Tânia, que ela quer especializada na área, né? — E o cara lá, gestor, agora voltou a dividir as contas com o dinheiro dela, né? [risos] Porque era ela que pagava ele. E o tempo foi passando, Tânia foi fazendo as consultorias e, assim, ela que fechava os preços, sabia tudo… Ela sabia quanto ela tinha no banco, gente, ela sabia… Só que ela não cuidava mais dessa conta, quem cuidava dessa conta era o seu maridinho, gestor. Um dia Tânia está dando aula numa universidade de muito prestígio, quando aparece a coordenadora na porta muito aflita… A Tânia saiu pra ver o que tinha acontecido e a coordenadora falou: “Olha, tem umas pessoas, mais uma viatura de polícia, vindo buscar seu carro” e eles perguntaram do seu carro no estacionamento e a gente achou melhor vir falar com você antes.

Tânia foi até lá na frente da universidade, eles tinham um papel lá que eles podiam levar o carro, só que como o carro estava dentro do estacionamento da universidade, eles não tinham como entrar, eles não tinham, sei lá, um mandado, sei lá, qualquer coisa que podiam fazer isso dentro do estacionamento da universidade… — E a universidade não permitiu que eles entrassem. — E a Tânia foi saber o que tinha acontecido e o carro dela, que era um carro que ela comprou pela empresa dela de consultoria — e que os pagamentos eram feitos com o dinheiro da empresa — estava com busca e apreensão. Quatro parcelas não pagas… — Aí também fiquei pensando: Com quatro parcelas o banco já pode tirar o carro de você? Não tem um processo? Não tem uma coisa, não tem nada? — O banco estava lá pra pegar o carro de volta e eu não entendi por que a polícia foi junto? Enfim, Tânia também não entendeu, mas ela disse que sim, tinha um carro de polícia junto, viatura normal de polícia e oficial de justiça, enfim…

E aí ela falou:” Não, não vou sair com o carro, não vou entregar o carro”, ela foi notificada e ela resolveu deixar o carro na universidade, parou a aula dela pra ir pra casa de táxi pra entender, pra abrir ali o banco, pra saber o que tava acontecendo, né? Porque ela só tinha aquele banco no computador. Quando Tânia chegou em casa, ela estava dando aula, era de manhã e o cara não estava… — Ele era gestor e não tava. Onde será que estava? Ela também não sabe. — No que ela abriu o computador e entrou na conta, ela tinha nessa conta uns quatrocentos e poucos mil reais aplicados. Então, a aplicação tem umas que você consegue tirar, outras não, né? O cara tinha tirado todas as aplicações que ele conseguiu, só não conseguiu tirar uma lá de 20 mil reais, as outras todas ele tinha limpado a conta. Tinha feito transferências para a conta dele de todo o valor. E aí a conta dela estava negativa há muito tempo e as parcelas iam caindo ali, que estavam no automático e não tinha saldo, não pagava… 

A Tânia falou para mim: “Andréia, vão falar no grupo, eu sei que eu também fui errada de não olhar as contas e deixar na mão dele. Sim, eu sei, mas eu estava apaixonada, eu estava confiando 100% no cara”. E aí ela tirou uma foto da tela do computador e mandou para ele no celular… Ele visualizou e não respondeu. Ela tirou outra foto e falou: “Escuta, você me roubou”, e aí ele respondeu ofendido, dizendo que as transferências que ele fez foi para pagar coisas dela, ela falou: “Tá bom, então me mostra, volta aqui, me mostra”. — É aquilo que eu falei pra vocês… Quando você discute com um homem, é bom você estar precavida, porque você não sabe o que vai acontecer. — Esse cara voltou agressivo e deu um tapa na cara da Tânia. Além de ver ali que todo o dinheiro que ela tinha economizado ali na empresa, ele tinha roubado, ela ainda apanhou dele. Tânia saiu dali, foi fazer um boletim de ocorrência e aí, pasmem… Em relação ao tapa, a violência, ok… Em relação ao dinheiro, ela teria que entrar com um processo, porque na época que aconteceu tudo não tinha a questão da violência patrimonial ainda na lei, alguma coisa assim… Eu sei que o delegado ali não deu muita bola para isso porque falou que os casais, enfim, se você gasta o dinheiro do seu marido, da sua esposa, naquela época, hoje em dia a mulher está mais protegida, não tinha muito que fazer. 

E aí depois ele chorou porque ele foi chamado na delegacia, que ele perdeu a cabeça, que isso, que aquilo e não devolveu o dinheiro. O processo correu, mas ele não foi preso… Ele não pagava a parcela, ele não pagava os tributos… Ele abriu uma outra conta para a empresa, gastou o limite em um cartão de crédito da outra conta. — Então, além de perder, sei lá, 450 mil reais, a Tânia tinha uma dívida ainda de 100 mil. — Ela tinha — ainda bem — a conta dela pessoal, pegou um crédito, pagou as parcelas do carro e essa dívida de 100 mil ela demorou bastante para pagar com as consultorias. E, no divórcio, ela ainda teve que dar um dinheiro para ele. — Se vocês soubessem o tanto de história que eu recebo assim… E quando eu estava lendo a história da Tânia, eu lembrei muito da história da Patrícia Ramos… Não sei se vocês já viram a história dela, ela tem uma história muito parecida, só que o marido dela gastou, não sei, 200, 300 mil, que era o dinheiro que ela tinha guardado, economizado, em apostas, em bets… E o marido da Tânia ela não sabe até hoje o que ele fez com dinheiro, porque quando eles se divorciaram, o advogado dela pediu as contas ali, ele tinha que apresentar os extratos e esse dinheiro já tinha evaporado. Não tinha nada na conta dele. Então se ele sacou, guardou, se ele gastou com mulher, com qualquer coisa, não se sabe… —

E era, assim, um cara super queridíssimo, fofíssimo, da galera, sabe? E foi capaz sim de bater na Tânia quando ela descobriu que ele tinha roubado tudo o que ela tinha. E a quantidade de e—mails que eu recebo iguais a história da Tânia, da Patrícia Ramos, que é uma atriz maravilhosa, enfim, bonita… Eu nem sei se ela é atriz ou influencer… Ela é atriz sim, né? Enfim, eu sei que eu vejo sempre as coisas dela na internet e, cara, assim, mulheres, sabe? Poderosas, perfeitas. A Tânia também é muito, muito bonita, muito inteligente e que na hora do emocional acaba botando as suas coisas na mão de um homem, né? Às vezes eu entendo um pouco isso, que a gente tem às vezes essa necessidade de querer ser cuidada, mas eu acho que na parte financeira não dá para a gente bobear, né? Essa é a história da Tânia e ela amargou esse prejuízo, nunca viu o dinheiro de volta. — Então, pensa… O cara, em um ano e pouco de casamento, levou meio milhão dela, que era tudo o que ela conseguiu economizar a vida toda. Sabe? Meio milhão. — Então é isso, gente, a gente tem que ficar esperta sim, são tantas histórias iguais… Iguais. Só muda um contexto ou outro, mas no final o cara pegou todo seu dinheiro, sabe?

Então acho que também a gente tem que pensar um pouco nessa nossa necessidade de querer ser cuidada, de ter um homem cuidando das minhas coisas… A gente é capaz de cuidar sozinha dessas coisas, principalmente das coisas financeiras. Enfim, coloque as suas coisinhas financeiras em ordem, retome aí as suas coisinhas financeiras e tome conta da sua vida… Você, né? Amor é para compartilhar, companheirismo e nã nã nã, tudo lindo, mas essa partezinha aí do cascalho, do faz—me rir, vamos manter um pouquinho, né? Principalmente a mulher que sempre é o lado mais fraco, não tem essa… Você viu, ela mesmo roubada tomou uns catiripapo ali, tomou um tapa na cara e o cara foi pra cima dela. Então, vamos ponderar mais? Todas… Juntinhas, a gente… O que vocês acham? 

[trilha] 

Assinante 1: Oi, Déia, oi, nãoinviabilizers, aqui é Carolina, sou advogada de São Paulo. Desde 2006 a Lei Maria da Penha nos protege também contra a violência patrimonial. A violência patrimonial é uma forma de violência doméstica e ela é caracterizada por todo e qualquer ato que vise subtrair o patrimônio da mulher ou prejudicar a sua independência financeira e seja praticado por uma pessoa de nosso círculo de confiança, familiar ou cônjuge. Procurem a delegacia, faça um boletim de ocorrência e, a partir do boletim de ocorrência, assim como já pode ser requerido uma medida protetiva de não aproximação, também podem ser requeridas pelo próprio delegado na delegacia, ao juiz, medidas para cessar a violência patrimonial. Essas medidas vão ser deferidas liminarmente pelo juiz, caso a caso e podem ser diversas. É um mito a situação de que só pode apreender veículo quando tem três, quatro ou mais parcelas vencidas… A partir da existência de um débito, uma parcela vencida, o banco pode dar início ao procedimento de reaver o veículo. É isso, gente, tchau, tchau. 

Assinante 2: Oi, nãoinviabilizers, meu nome é Mariana, falar de Cruz das Almas, na Bahia. Acabei de ouvir a história da Tânia, eu tô até um pouco revoltada também… Não sei, eu realmente não consigo entender e eu não sei se é por que eu fui criada em um lar onde eu sempre fui muito apegada às minhas coisas, sabe? Meus pais me criaram muito apegadas minhas coisas. Fica de lição pra gente e a gente não tem respaldo nenhum aqui pra julgar Tânia, mas fica de lição pra gente o que a gente não pode fazer. Eu sei que você estava apaixonada e eu sei que quando a gente está apaixonada a pessoa é a pessoa mais maravilhosa do mundo, mas a gente só tem duas coisas nessa terra, a minha mãe sempre fala: O nosso caráter e o nosso nome. Seu nome ficou na praça, feio pra você, Tânia. Ficou feio, mesmo que você não quisesse, mesmo não sendo você a responsável, acabou que sobrou pra você. Então, acho que fica de lição pra gente lembrar disso, que por mais que você esteja apaixonada, por mais que seja aquela pessoa, o amor da sua vida, ela não está nem aí pra você. Espero que você fique bem, Tânia, e que dê tudo certo. Sucesso, viu? 

[trilha] 

Déia Freitas: Na Petlove você encontra tudo que o seu pet precisa, porque o bem—estar e a felicidade do seu pet é a prioridade da Petlove. Os planos de Saúde Pet Love oferecem atendimento veterinário acessível, cobertura nacional e gestão completamente digital. Com 20% de desconto na primeira mensalidade, mais consultas generalistas e vacinas liberadas, ficou ainda mais fácil garantir a saúde do seu pet. Contrate já um dos planos de saúde Petlove e, usando nosso cupom, que eu amo nosso cupom: “PONEI20” [risos] — “pônei” em maiúsculo, 20 em numeral, sem acento, tudo junto —, você garante 20% de desconto na primeira mensalidade. — Exceto no plano Leve, tá? Os termos e condições devem ser consultados. — Eu vou deixar tudo certinho aqui na descrição do episódio, tá? Um beijo, gente — um beijo, Petlove, te amo —, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]