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título: mãe mochileira
data de publicação: 01/05/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #mochileira
personagens: karen, bebê hugo

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Avatim. — Amo… — Além de exaltar e valorizar a biodiversidade brasileira com um extenso portfólio de mais de 400 produtos sendo a pioneira no mercado de aromatização de ambientes, a Avatin tem uma linha completa de cosméticos e ainda cuidados pessoais e fragrâncias exclusivas cheias de brasilidade. Celebrando o Dia das Mães, a Avatim convidou Elisama Santos e a Thaila Ayala para apresentar a campanha “Essências de Mãe”. São quatro episódios em formato de vídeocast, onde elas conversam aí sobre os seguintes assuntos: Diferentes formas de maternar, o encontro diário com a maternidade, a dificuldade de se enxergar como pessoa além de só mãe… E você pode assistir os três primeiros episódios nas redes sociais e no canal do YouTube da Avatim. Continuando a celebração do Dia das Mães, a Avatim acaba de lançar o Deo Parfum — amo — Alira, que promove o encontro com o inesperado e simboliza um momento íntimo de conexão consigo mesma. 

É o presente perfeito aí para sua mãe — pra sua mamis, amo — e eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio. Vai navegando já e ouvindo aqui a história: avatim.com.br e fica aqui comigo até o final que tem cupom de desconto. — Acho importante dizer que essa história chegou pra gente tem uns dois anos, como um Amor nas Redes e agora com a atualização, ela virou um Picolé de Limão. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Karen. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

Karen, brasileira, conheceu um cara brasileiro e eles se gostaram, se casaram e foram morar na Irlanda. [efeito sonoro de avião decolando] Karen começou um tratamento para engravidar, em comum acordo ali eles queriam ter um filho e ela engordou muito durante esse tratamento, durante a gravidez e quando teve o bebezinho — que a gente vai chamar aqui de “Hugo” —, Karen não conseguiu voltar ao seu peso de antes. — Então isso era uma coisa que já deixava ela meio mal, sabe? — Karen falava inglês, o marido também, mas o inglês não era a primeira língua dela… Ela arrumou um trabalho até legal lá na Irlanda, só que tinha essa questão, assim, primeiro a Síndrome de Impostora: “Poxa, será que eu mereço? Tanto brasileiro aí se ferrando na Irlanda e eu tô aqui num trabalho bacana. Será que eu mereço?”. 

A carga de trabalho era enorme, então sim, Karen, você merecia e merecia trabalhar menos, né? Trabalhava muito… Tinha um chefe que não era firmeza, que não defendia a equipe… Karen foi levando, teve o bebezinho — bebê Hugo, bebezinho lindo —, Karen trabalhando muito, o marido trabalhando muito… Assim que nasceu o bebezinho: “Poxa, agora a gente tem que desacelerar, né? Porque tem um bebezinho pra cuidar”. Karen desacelerou e o marido dela não… Além de Karen ter que dar conta do trabalho — porque, assim, não trabalhou, não come —, ela ainda tinha que dar conta sozinha do bebezinho porque o cara trabalhava em horário comercial e, quando chegava a noite, ele se trancava no escritório para fazer os projetos dele. Karen mega compreensiva, só que aquilo começou a afetar a Karen, porque, poxa, ele está no computador ou no escritório ,ou saiu, ou às vezes ele vinha para o Brasil, ficava dois, três meses e Karen lá, com o bebezinho trabalhando, fazendo tudo. 

Karen começou a terapia e achou melhor que eles fizessem uma terapia de casal. Na terapia de casal foi combinado que ,durante os sábados pelo menos, ele ia ficar com a família — ia ajudar a cuidar do Hugo e tal —, mas isso durou umas duas, três semanas… Depois ele voltou para a rotina dele que era nunca estar. — Nunca estar junto ali com a família. — Mas ao mesmo tempo, quando ele estava presente, ele dava indicativos de que: “Olha, a gente é uma família, eu amo vocês… Somos uma família feliz, só que estou trabalhando muito, tenho meus projetos e nã nã nã”. Karen acreditava naquela família, né? Quem não acreditaria? Pô, o cara tá numa fase, tá trabalhando, enquanto tem trabalho…” — Os frilas, ele pegava frilas e tal… — “Bom, enquanto ele trabalha, né? Eu vou segurando as pontas”. Numa época que a Karen estava trabalhando, se desdobrando, trabalhando, entregando… — Sabe quando você entrega? Competente, belíssima no trabalho e tal. — Aí o chefe dela, que era um bosta, deu um feedback mediano, falou: “Olha, então, tá bem mais ou menos o seu trabalho, será que você poderia aí se dedicar mais?”. 

Karen se dedicava totalmente ao trabalho, ao filho e ao marido ainda, que era bem ausente, né? Ela já tinha conversado com o marido, que não estava dando conta nem de limpar a casa e ele falava assim: “Não, vou te ajudar”. — Primeiro que não é ajudar, né? É fazer sua parte. — Mas não fazia, nunca fez um jantar, nada… Um mingau para o Hugo, nunca fez. Depois ele falava: “A gente precisa contratar uma faxineira, hein?”, mas nunca contratava, nunca fazia esse movimento e ela também não tinha tempo nem pra entrevistar alguém, pra sei lá, pra ter uma faxineira em casa, né? E a coisa ia indo e ele só falava, sei lá, quando ela estava muito mal, passava a mão no bracinho, sabe? “Poxa…”, aquele poxa… Karen, que trabalhava home office e também na empresa — mais presencial do que home office — e ela já estava, assim, no limite do limite do limite, a casa um caos, o trabalho ela com coisa acumulada porque o chefe metia trabalho dela sem parar… 

O Hugo, agora já com dois anos, estava demandando mais da mãe e a escolinha também não estava ajudando muito. — Karen realmente estava, assim, na tampa. — Karen chegou no escritório, foi até sua mesa, sentou e Karen começou a chorar… — Mas assim, gente, absolutamente do nada… — E aí ela correu para o banheiro, “gente, o que está acontecendo?”, nem ela sabia. Se acalmou um pouco e voltou para a mesa dela, só que do nada, de novo, Karen começou a chorar, mas era, assim, gente, copiosamente… Voltou pro banheiro: “Meu Deus eu preciso me recompor”, respirou fundo e tal, lavou o rosto e voltou pra mesa. E aí ela teve outra crise de choro, e aí ela percebeu que ela não ia conseguir trabalhar, não ia conseguir fazer nada e ela não conseguia fazer nada e estava com medo também: “O que vai acontecer? E agora se não conseguir trabalhar?”, foi até o RH da firma, ela não conseguia parar de chorar e, quando ela chegou no RH, aí que ela chorou tudo que ela tinha que chorar e ela foi acolhida e o pessoal do RH falou: “Olha, vai para casa… Trabalha de casa os dias que você precisar e depois a gente conversa”. 

Quando ela chegou em casa: “Bom, agora é hora de eu conversar de novo com meu marido”, foi e aí falou: “Olha, eu não aguento mais, eu não aguento mais… Eu estou exausta, eu estou quebrada, tô mal”. — Ela estava exausta, gente, fragilizada, exausta, chorando… Nessa hora, veio um sonho que ela sempre teve e nunca teve coragem de realizar, que era o quê? fazer um mochilão pela Europa. Desde que ela tinha ido pra Irlanda, ela não tinha viajado, não tinha conhecido nada, não tinha passeado… E ela falou: “Olha, eu preciso de umas semanas sozinha, viajando, sem o Hugo, sem você pra eu voltar pro prumo, eu não sei o que está acontecendo”, imaginando que ele ia falar: “Não, mas como assim sem o Hugo? Como é que eu vou fazer e nã nã nã?”. O cara virou pra ele e falou: “Querida, eu estou aqui pra te apoiar… Vai sim. Apenas vá. Eu cuido do Hugo, eu me viro aqui, eu dou um jeito. Vai… Vai viajar, vai passear, vai arejar a cabeça”. 

E, nessa hora, o coração de Karen aqueceu de novo, sabe? Ela se encheu de esperança, falou: “Meu Deus do céu, eu vou conseguir respirar um pouco”, era só isso que ela queria, respirar um pouco. Foi e fez a mala, a mochila dela, viu os países que ela queria passar, fez um roteiro, deu uma melhorada no condicionamento físico dela que estava muito mal… Ela se preparou. — Porque aí você já tem uma esperança, tem um gás, né? — E conseguiu fazer as coisinhas ali e a parte difícil era o quê? Se despedir do Hugo, né? — Bebezinho, dois anos e tal. — Ela se despediu do Hugo no aeroporto, o marido foi levar ela e tal, e lá foi Karen… [efeito sonoro de avião decolando] 

Fez o mochilão, fez tudo que ela queria, comeu as comidas que ela queria, passeou, viu coisinhas, comeu coisinhas, enfim, voltou, gente, depois de uma semanas, revigorada. Quando ela voltou, o marido e o Hugo tinham agora a rotininha deles, tinham coisinhas só deles, ele estava muito mais próximo do filho, assim. — E, nossa, aquilo foi uma glória, né? Ficou ainda mais apaixonada pelo marido. — 

“Nossa, esses dois anos eu vivi uma maternidade tão solitário, tão injusta e agora eu volto e meu marido tá em sintonia com filho, olha, mudou, ele mudou… É um novo homem”. Isso deu uma empolgada na Karen a ponto dela querer começar a organizar mochilões com outras mães… “Eu vou me organizar pra tentar levar outras mães”, em viagens como essas, sem os filhos… Durante um tempo, realmente as coisas foram muito bacanas entre ela e o marido. — A história poderia ser um Amor nas Redes, né? Teve toda a dificuldade e nã nã nã, no final deu tudo certo, o pai se alinhou com o bebê e agora ele era um cara presente, era um cara que tava fazendo as coisinhas lá de família e nã nã nã”. O primeiro e—mail de Karen terminou aqui, só que aí a gente recebeu uma atualização… Antes da atualização eu achei estranho ele não falar “a” sobre ela viajar, nem quanto tempo ela ia ficar e ele falar: “Tudo bem, eu fico com a criança”, sendo que ele nunca ficava com a criança. — Eu achei estranho, mas o amor tá aí, o amor vence, né? Falei: “De repente o amor venceu e eu não estou sabendo lidar com o amor vencido de Karen, né?”. 

Mas chegou pra gente a atualização… E o que era a atualização? Um dia, Karen está lá fazendo as coisas dela, agora já sem a estafa e tal, cuidando do filho, bebê Hugo já estava ali com seus quatro anos e Karen recebeu um telefonema de uma amiga… Quando ela fez o mochilão, as amigas foram muito parceiras, assim, deram muito suporte para ela, muito apoio. E essa amiga estava ligando porque essa amiga tinha uma amiga num grupo no WhatsApp — sabe tipo “brasileiros na Irlanda?” — onde as mulheres jogavam fotos e perfis de homens para saber se aquele homem prestava ou não. E, de repente, a foto do marido de Karen tinha aparecido nesse grupo… E várias mulheres tinham feito relatos sobre ele. Por meio dessa amiga e de prints e do grupo, de tudo, Karen acabou descobrindo que o marido vinha traindo ela há muitos anos… Enquanto ele alimentava aquela fantasia da família feliz: “Não, a gente está construindo uma família, sim, eu só tô trabalhando muito”, ele tava saindo com geral… 

As viagens que ele fazia e dizia que era trabalho dos projetos dele, ele levava mulheres… Karen recebeu os prints, fotos, vídeos, até dele fazendo sexo virtual. Ela recebeu coisas bem pesadas sobre o marido e não tinha como negar, ela foi confrontar o cara. E aí ele falou que ele tinha sim um perfil ativo há muitos anos no aplicativo desses de namoros e que ele não ficava ativo só durante as viagens para o Brasil, ele também era ativo na Irlanda. Ele confessou que ele levava mulheres para as viagens que ele fazia… Levou mulheres para conhecer a Espanha… Sabe aquelas viagens que ela queria fazer, passear? Ele levou outras mulheres. E ele dizia que estava indo viajar a trabalho. Ele confessou para Karen que ele ia a Clubes de Swing na Irlanda e que, desde que Karen tinha ido viajar, ele estava namorando firme — namorando firme — uma mulher e que ainda assim ele tinha contato e saía com dezenas de mulheres pelo aplicativo. — Então fazia duas de corna. — 

Fez viagens românticas quando a Karen ia com o Hugo, bebezinho, para o Brasil — Ele fazia viagens pela Europa com outras mulheres. — Confessou que até com a gerente do banco deles ele tinha saído. — Pensa… — E aí vocês vão dizer: “O cara falou isso chorando, arrependido”, não… A única preocupação dele era se Karen ia explanar ele em algum lugar, ia contar porque ele tinha uma reputação. E aí, nesse momento, a Karen descobriu porque ele falou tão rápido: “Vai viajar sim, amor, claro, vai”, porque ele ficava com outras mulheres e provavelmente uma outra mulher que cuidou do Hugo… Ele continuou não fazendo nada. Por isso que ele: “Nossa, foi tão parceiro. Vai sim, estou aqui, te apoio”, não foi em benefício da Karen, foi em benefício próprio. Ele queria mais momentos livres. 

Então, toda vez que ele viajava a trabalho ou que ele se trancava no escritório para, entre aspas, trabalhar, ou estava fazendo sexo virtual ou falando com alguma mulher, ou levando alguma mulher pra viajar, ou levando alguma mulher lá quando a Karen estava viajando ela, né? Vai saber. Karen está no momento que ela está se reerguendo — porque, gente, olha o baque —, essa é a atualização, isso é o que aconteceu recentemente. Passado o choque, ela pediu divórcio, óbvio, largou esse cara e agora ela está se reerguendo… Apesar da dor, ainda é um assunto que dói muito. — Porque, assim, ela jamais imaginou, gente, jamais… Porque não é assim, traiu aqui, traiu ali, o cara saia… Era uma loucura, assim, saia com muitas mulheres… Em casa de swing, levava mulher pra viajar, levava mulher na casa quando ela não estava. Provavelmente uma mulher que cuidou do Hugo. É muita coisa… — E ela está se reerguendo e vai conseguir, né, Karen? Apesar da dor, apesar do sofrimento e pelo Hugo, pelo bebezinho Hugo. 

Mas eu espero sim que a Karen retome esse projeto de mães mochileiras, tirar uma, duas semanas para você viajar, sem seu bebezinho… Eu acho que é uma excelente ideia, Karen, então eu espero que você volte depois que você tiver aí firmona e tal, tiver melhor, que você volte com essa ideia que eu achei uma ideia muito boa. O que vocês acham? 

[trilha] 

Assinante 1: O, nãoinviabilizers, aqui é a Jéssica de Volta Redonda. Eu acho que tem um recorte importante aí, que essa realidade das mães solo que são casadas e, mesmo casadas aí com o seu marido, o pai do lado, vivem sozinhas a maternidade, sobrecarregadas. Uma história interessante de a gente fazer um alerta, falar sobre esse assunto, esse ponto que é a maternidade solo da mulher que está acompanhando também. Karen, você já estava sozinha… Vai brilhar com o seu grupo de mochileiras ou com qualquer outro projeto que você decida tomar para a sua vida com as suas amigas. Vá ficar sozinha com as suas escolhas, não porque você tinha alguém do seu lado que não estava cumprindo com o compromisso dele. Um beijo, gente, e até mais. 

Assinante 2: Oi, nãoinviabilizers, aqui é a Vitória de Boa Vista, Roraima. Karen, eu tô muito triste em escutar a sua história, porque até ali, na metade do podcast, eu achei que o cara era só mais um negligente, mas não, ele foi um canalha com você e eu espero muito que você consiga se curar, superar isso e seguir com o seu projeto de mãe mochileira, né? Seria bom você também prestar atenção na sua saúde, fazer seus exames todos direitinho, porque da forma que esse cara te desrespeitou, é muito provável que ele também não tenha se preocupado com a sua saúde sexual, uma vez que ele saiu com dezenas, talvez até centenas de mulheres, viu? Um beijo, melhoras para você. 

[trilha] 

Déia Freitas: O presente perfeito para sua mãezinha você encontra na Avatim. São itens com muita brasilidade que valorizam e exaltam a biodiversidade brasileira. Livres de C02, sem testes em animais e veganos — ai, minha praia, amo —, você encontra kits especiais, produtos para ambiente e autocuidado… E o mais importante: você encontra o lançamento de Avatin, o Deo Parfum Alira — amo —, o presente perfeito para sua mãe. Não perde tempo, vai lá nas redes sociais e no YouTube da Avatim e vai conhecer a campanha “Essências de Mãe”, um videocast em quatro episódios apresentado aí pela Elisama Santos e pela Thaila Ayala. — E você já pode assistir os três primeiros episódios que já estão disponíveis, tá? — e usando nosso cupom [risos] — eu amo nosso cupom — “PONEICHEIROSO” [risos] —amo, tudo em maiúsculo, tá? Tudo junto, “poneicheiroso”, sem acento no “pônei”, tá? —, você ganha 15% de desconto em todos os produtos do site. O cupom é válido até o dia 31 de maio de 2025 e somente no site da Avatim. — Valeu, Avatim, cheirosinhos que eu amo… — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]