título: mãe desesperada
data de publicação: 08/05/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #desesperada
personagens: fabiana, isabela, seu joão e bruno
TRANSCRIÇÃO
Atenção, estamos no YouTube. Sim, este mesmo episódio que você está ouvindo aqui agora você vai poder ouvir a partir das 10h00 no YouTube. Então avisa sua mamãe, sua vovó, sua titia ou coleguinha. Vai lá, segue a gente, curte alguns episódios, ativa o sininho e vem acompanhar a gente no YouTube.
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje? Quem? Quem? Quem? Adivinha? É a Avatim. Celebre o Dia das Mães exaltando a biodiversidade brasileira com um dos mais de 400 produtos que fazem parte do portfólio da Avatim, a Avatim é pioneira no mercado de aromatização de ambientes e tem também linhas completas de cosméticos e cuidados pessoais e ainda possui fragrâncias exclusivas. Uma delas acabou de ser lançada, o Deo Parfum Alira, que promove o encontro com o inesperado e simboliza um momento íntimo de conexão consigo mesma, presente perfeito para sua mamãe. No último dia dois, foi ao ar aí o episódio final da campanha “Essências de Mãe”, apresentada por Elisama Santos e Thaila Ayala.
A campanha toda está muito linda em videocast e elas trouxeram conversas sobre diferentes tipos de maternar, sobre o encontro diário com a maternidade, como se ver como mulher, além de mãe, enfim, entre outros, assim, tá bem legal, gente, vai lá assistir… Eu vou deixar o link do YouTube, você encontra também nas redes sociais da Avatim e no YouTube da Avatim. Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio, então clica no link, já vai lá conhecer o Deo Parfum ALira e depois episódio você vai lá e assiste a campanha Essência de Mãe. — Tá tudo aqui na descrição do episódio. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Fabiana. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]Fabiana nasceu ali nos anos 70 e a Fabiana já vem de uma família onde a mãe dela e o pai eles estavam tentando muito ter filho, até que chegou a Fabiana. — Tentaram por muitos anos, uns cinco anos. — Depois a Fabiana veio mais um irmão, um menino, só que aí — depois do segundo filho — a mãe da Fabiana, por questões que a gente não sabe, a única coisa que a Fabiana sabe é que a mãe não estava aguentando mais o rojão da maternidade, a mãe foi embora e deixou a Fabiana e o irmão com o pai das crianças, que a gente pode chamar aqui de “Seu João”. Seu João criou as crianças, muito tempo se passou e, quando a Fabiana estava ali com 24 anos, ela engravidou. Seu João ficou muito contrariado, porque, enfim, é aquela coisa, “minha filha, sem casar, engravidou”, o básico, né? E também o pai da criança não quis assumir. Fabiana conseguiu o apoio do pai, nasceu Isabela [efeito sonoro de bebê chorando] e ela resolveu registrar a Isabela só no nome dela. — Porque o pai realmente não queria saber. —
Isabela, bebezinho lindo, foi crescendo e, quando Isabela estava com nove meses, a Fabiana conheceu o Bruno. Foi amor à primeira vista e o Bruno falou: “Olha, estou apaixonado por você, você é a mulher da minha vida. E também estou amando sua filha, se é sua filha, é minha filha”. E a coisa foi tão louca, assim, o amor entre Bruno e Fabiana e Bruno e Isabela, que com dois meses de namoro, vejam bem, com dois meses de namoro, Bruno registrou Isabela no nome dele, falou: “É minha filha sim”. Isabela foi crescendo, assim, muito amada por Fabiana e por Bruno. Fabiana sempre contou tudo para Isabela, inclusive: “Seu pai não quis te assumir e tal e o Bruno, quando você era muito nenezinha, uns 11 meses, 12 meses, te registrou e assumiu essa paternidade”. Isabela sempre teve mãe e pai presentes… — Porque Bruno e Fabiana sempre estiveram ali por ela. — O tempo foi passando, Fabiana e Bruno tiveram mais dois filhos, então assim, três filhos, todo mundo criado igual, criado junto, tudo assim, família realmente feliz. Quando a gente chega ali em 2016, Seu João — que era o pai que criou o Fabiano, que nossa, um senhor, assim, sensacional, faleceu… — De maneira súbita e só quem perdeu o pai, quem perdeu mãe sabe a dor que é. — O mundo da Fabiana desmoronou, Seu João tinha o sonho de ver a Isabela na faculdade e não deu tempo.
A família toda ficou abalada, mas principalmente Fabiana — a família toda, Bruno, Fabiana, Seu João — sempre foram muito empenhados nos estudos dos três filhos de Fabiana e Bruno. Sempre estudaram com bolsa de estudo. — Sabe quando se tem que fazer teste para ver se você consegue uma bolsa? Os três sempre foram muito estudiosos e sempre estudaram no melhor colégio da cidade com bolsa. Então você sabe que quando você é bolsista, você tem que pelejar mais ainda, estudar mais ainda para você não perder a sua bolsa. — Isabela se formou no ensino médio, prestou para o curso que era o sonho dela, mas não passou. Fabiana e Bruno foram lá: “Não, não, não, você não vai desistir” e, assim gente, com pouca grana, mas muita batalha… — Sabe mãe, pai, que vai para cima e faz tudo pelos filhos? — E aí Fabiana foi lá e conseguiu uma bolsa para ela num dos cursinhos mais conceituados da cidade — pra ela estudar e passar no curso que era o sonho dela. —
Isabela foi lá, fez cursinho, estudou e passou na universidade particular —privada — top do top. — Tipo Pônei Universidade Católica, sabe? [risos] — Pelo Prouni e foi aprovada no Prouni, enfim, curso dos sonhos, tudo certo. Acontece que a faculdade que ela foi aprovada — tipo a melhor, a mais top — só tem gente rica estudando, tava muito fora da realidade da família, mais ela tinha ali o Prouni e a Isabela sempre foi uma mocinha muito tímida, um pouco indecisa e tal, mas tava lá estudando, concentrada. Dois anos depois que ela já estava na faculdade estudando, Isabela conheceu seu primeiro namorado e esse namorado era da mesma sala que ela. Fabiana e Bruno sempre muito carinhosos com os filhos, fizeram o quê? “Isabela, seu primeiro namorado, ele é super bem—vindo aqui, traz pra gente conhecer”. — Que eu acho que é isso que você tem que fazer, gente… Quando você tem um filho, uma filha, arranjou um namoradinho, uma namoradinha, traz pra casa pra você manter ali perto, ver de perto como tá sendo esse namoro. É importante a família estar esperta ali, né? Ainda mais quando são muito jovens, enfim… E aqui não é o caso porque ela já estava ali com praticamente 20 anos, mas ainda assim, né? É legal a família ter esse convívio com o namorado, com namorada. Eu sei que tem muitos pais, hoje em dia não sei nem se é tanto, mas na minha época, por exemplo, os pais não aceitavam muito bem… Os pais, as mães, mas hoje em dia você tem que trazer para junto da turma. É isso. —
Fabiana e Bruno acolheram o rapaz, assim, super bem… Só que o rapaz dando pouca importância, assim, meio distante da família, tipo “ah, oi, tudo bem?”. Fabiana e Bruno seguiram ali incluindo o rapaz em tudo, porque Isabela apaixonadíssima. Eles fizeram uma viagem de carnaval e convidaram o rapaz para ir junto. — Para vocês terem uma ideia, para o rapaz não se sentir assim tão muitos dias junto com a família, eles alugaram tipo um flat separado caso ele quisesse um pouco mais de privacidade e tal. — Fabiana e Bruno pais bem legais, só que aí é aquela coisa, né? Quando você viaja, você convive um pouco mais e, durante uma conversa, eles pegaram esse rapaz xingando a Isabela de “fedorenta”. Todo mundo ficou meio assim, né? Você não sabe como que você reage na hora.
Isabela ficava minimizando, falando: “Ai, não, gente, ele está brincando” e claramente ele estava destratando a Isabela ali na frente de todo mundo. Fabiana percebeu também, gente, — Isabela muito nova e ele também é muito novo, tá? — e ele falava pra Isabela a hora que ela tinha que dormir, a hora que ela tinha que acordar, ele mandava em tudo que a Isabela fazia. Isabela sempre teve a mãe como melhor amiga e a Isabela começou a desabafar com a mãe coisas do relacionamento, como que o cara tava, o que ele fazia… — E aí, gente, não tem como você não pegar ranço, mas Fabiana se mantinha firme ali, como ouvinte da Isabela, da filha, e aconselhando. Se sou eu, esse rapaz a cadeirada já tinha voado. — Fabiana, muito equilibrada, foi conversando com a filha até chegar num ponto que Fabiana, ela e o Bruno, sentaram com a Isabela, falaram: “Olha, Isabela, a postura desse seu namorado tá errada. Você não pode deixar que ele te trate desse jeito, né?”. E aí a Isabela foi tentar conversar com esse rapaz, era um dia que ele até tava lá e ele foi embora. Ele foi embora lá da casa da Isabela, da casa dos pais da Isabela— onde ela morava também — e Isabela continuou conversando com os pais e ele começou a mandar mensagem e, nas mensagens, ele chamava Isabela de vagabunda para baixo. Depois de tanto de mensagem, os pais ali vendo, já estava nítido que era realmente um namoro abusivo.
E aí o Bruno falou: “O que, mermão?”. — Por que ele foi embora? Por que ele não chamou a Isabela de vagabunda lá na frente do pai dela, né?”. Ai o Bruno pegou o telefone, ligou pro cara, eles bateram boca e a Isabela terminou o namoro com esse cara. — Só que lembra que ele estudavam na mesma sala. — Passado uns dias, o rapaz deu um jeito da Isabela acreditar que ele estava certo, e aí eles reataram e ele colocou os pais da Isabela como os monstros da história. “Eles não querem a sua felicidade, eles querem você sempre lá embaixo da asa deles”. A Isabela, muito influenciável, foi na do cara e mudou com os pais da água para o vinho. O relacionamento continuou abusivo, lógico, né? Só que agora ela não escutava mais os pais, ela não aceitava que eles falassem nada, eles tentavam alertar e ela não acreditava, falava: “Não, ele é o meu cristalzinho” e o namoro foi ficando tão tóxico, abusivo, violento, que os pais resolveram pelo menos controlar a entrada e saída da Isabela de casa. — E assim, gente, não é pensando “ah, vou prender minha filha”, é pensando dela não ser morta. Sabe esse tipo de coisa? Com medo do que o rapaz pudesse fazer. —
A Fabiana morria de medo que ele batesse mesmo na Isabela. — E assim, cá entre nós, a gente nem sabe se isso aconteceu, né? — O cara já nessa época, agredia muito a Isabela verbalmente e ela se humilhava, pedia perdão, tratava a Isabela igual lixo mesmo assim e ainda ameaçava ela. Fabiana, já desesperada, sem saber o que fazer e, quanto mais ela falava com a Isabela, mais Isabela falava: “Você que é a culpada, você que é a vilã”. Ela achava que o cara tava certo. Bruno e Fabiana perceberam que talvez essa tática não desse certo de ficar tão em cima dela. Acalmaram um pouco, só que a Isabela, com Prouni, faculdade dos sonhos, começou o quê? A matar aula. A família do cara era do interior, então: “Ah, vamos lá para casa dos pais dele e nã nã nã”, e aí a Fabiana falou: “Bom, pelo menos a gente conhece esses pais, tentar conversar também, né? Porque não é bom pra nenhum dos dois ficar matando aula, ainda mais com ProUni”.
Fabiana e Bruno tentaram conversar e com os pais desse cara, mas nada adiantou… — E aí, obviamente, as brigas dos pais com Isabela voltaram a acontecer. — Cada um tinha as suas funções ali em casa, ela não ajudava mais em casa, não fazia nada. Fabiana colocou a Isabela na terapia, ela tentou de tudo, até que Isabela começou a ficar agressiva mesmo com os pais. E, durante todo esse tempo, esse desespero, as coisas só piorando, a Fabiana desabafava com uma melhor amiga de infância, tipo, sabe amiga da vida toda? Essa amiga já morava na Europa, já tinha a vida dela lá, já tinha a família dela lá na Europa e Fabiana desabafava com ela, falava: “Meu Deus, eu não sei mais o que fazer”. — Conversando de mãe pra mãe, né? Melhores amigas, mas também as duas ali mães, né? Amigas daquela que você cresceu junto, de jardim de infância. É isso, gente, amiga da vida toda. — Até que um dia, essa amiga que Fabiana considerava uma irmã, falou: “Deixa eu conversar com a Isabela, deixa eu falar umas verdades para ela? Trazer ela pra realidade, conversar com ela, ver o que está acontecendo. — Porque ninguém mais conseguia entender que rumo aquilo estava tomando, assim, o próximo rumo seria a Isabela desistindo da faculdade. —
O contato dessa melhor amiga da Fabiana com a Isabela era muito pouco, ela era madrinha da Isabela, mas a gente sabe como é, criança, adolescente não gosta de ficar falando no telefone com a madrinha, com tia… Tudo o que essa amiga sabia da Isabela era por meio da Fabiana. — Gente, Fabiana estava desesperada, desesperada, vendo o dia que a filha ia ser morta por esse rapaz e a gente vê isso todo dia. A gente vê isso todo dia… — Desesperada, falou: “Ai, amiga, conversa com ela pela, pelo amor de Deus”. — Foi uma sugestão da própria amiga e ela aceitou… Fabiana aceitou na hora. — E essa amiga foi conversar com a Isabela e falou: “Isabela, vem passar uns dias aqui na Europa, eu pago. Você vem pra pra espairecer”. Isabela ficou muito puta, “eu nem converso com minha madrinha, que história é essa dela se meter na minha vida, me chamar para viajar? Mal converso com ela, eu não tenho a menor intimidade com a minha madrinha, eu não vou passar uns dias na casa de uma desconhecida”.
Depois disso, Fabiana: “Minha amiga tentou, não deu certo”. Depois disso, a amiga da Fabiana deu uma sumida, uma sumida, sei lá, uns 20 dias… E era estranho que, assim, elas conversavam sempre, mas a Fabiana também estava cheia de coisas para fazer, com outros filhos também para lidar, para cuidar e tendo que lidar com a Isabela, agora agressiva, rebelde, respondendo os pais, faltando muito na faculdade. — Fabiana desesperada, com medo dela perder o ProUni. — Até que um dia, Fabiana percebeu que Isabela agora estava ainda mais estranha… O telefone tocava, ela corria e se fechava no quarto para atender. E ela nunca fez isso, mesmo até depois de toda essa rebeldia, sempre atendeu o cara ali na frente dos pais e agora ela se trancava mais, tava mais, assim, de cochicho, sabe? Fabiana já estava com pressentimento, tava sonhando com cobra, tava mal… Depois de todos esses sonhos, dessa angústia que Fabiana não estava entendendo o que estava acontecendo, ela percebeu uma movimentação estranha da Isabela e aí ela foi conversar com a amiga, procurar a amiga depois desses 20 dias, falou: “Eu não sei o que tá acontecendo, tá estranho”.
E aí a amiga soltou a bomba, gente: A amiga estava dando dinheiro pra Isabela sair de casa. — Isso foi o que a amiga falou pra Fabiana. Eu não sei, gente, eu não consigo acreditar só nessa motivação dessa amiga, sabe? — Falou que porque na Europa os filhos saem de casa muito cedo e que Isabela já estava com 21 anos e ela tinha que sair de casa. “Ah, se ela quer sair da faculdade também, tudo bem, ela é adulta já, ela sabe o que ela faz” e falou pra Fabiana: “Eu sou madrinha dela, eu vou bancar ela… Todas essas coisas que ela quiser fazer, inclusive ficar com esse cara”. Isabela virou para a mãe, falou assim: “Estou saindo de casa, vou ter a minha vida, vou viajar com o meu namorado bancado pela minha madrinha e vou sair de casa também bancado pela minha madrinha e ela vai me sustentar. Ela já disse que vai me sustentar”. Quando a Fabiana argumentava com a amiga, porque, gente, pelo amor de Deus, a amiga falava: “Você tem que aceitar… Na cultura europeia é assim, deixa ela sair, deixa… Se ela quebrar a cara com esse namorado é problema dela, ela é adulta”.
Fabiana implorou para a amiga: “Não da dinheiro para ela, deixa ela terminar a faculdade do sonho dela, que é o sonho dela, que o avô queria, que a família toda batalhou muito pra ela ter. Ela vai largar tudo? Ela não tem dinheiro, ela não tem nada, ela não pode ser sustentada por você. Tem que fazer faculdade, tem que arranjar um emprego, tem que fazer as coisas. Se ela quer ficar com esse cara e morar com esse cara, ela tem que ver as coisas de outro jeito… Ela não pode sair daqui da casa dos pais sendo sustentada pelos pais para agora passar a ser sustentada por você, que nunca esteve presente na vida dela o tempo todo. Apareceu agora, né?”. — Assim, mais ativamente, porque assim, era melhor amiga da Fabiana, mas não tinha tanto contato assim com Isabela, né? — E ela falou: “Olha, o dinheiro é meu e eu faço o que eu quiser com meu dinheiro”. — Sendo que ela também é mãe, ela também tem família… Isso aconteceu já tem uns quatro anos, até hoje a Isabela é sustentada por essa amiga, já foi, já passeou na Europa, já voltou, enfim, amiga paga tudo dela.
Da faculdade a Isabela não saiu e como que os pais ficaram sabendo que ela terminou a faculdade? Eles receberam o convite de formatura via WhatsApp. A madrinha pagou a formatura, comissão de formatura, fez um plano de saúde pra Isabela, enfim… Fabiana rompeu com essa amiga e a Fabiana fica duplamente abalada porque, assim, a filha dela fez o que a mãe dela fez quando a Fabiana era muito pequenininha — porque a mãe deixou os filhos e falou: “Não quero mais falar com ninguém, falar com os filhos, nada” — e agora a Isabela tem a mesma postura.
Ela se recusa a falar com a mãe, fala um pouquinho com o Bruno e, quando responde, é uma mensagem ou outra, meia dúzia de palavras, sabe? Com o pai. Não quer contato com os próprios irmãos. — Os irmãos morrem de saudade dela e ela não quer. — Essas poucas notícias são de agora, porque no começo desses quatro anos, depois que saiu de casa, ela não dava notícia nenhuma. — E nem a amiga também dava a notícia. — A Fabiana entrou em depressão, ela só não ficou pior porque ela tem dois filhos ainda para cuidar e aí ela se esforçava ali no máximo do que dava pra fazer as coisas para os outros dois filhos também. Fabiana já fez várias tentativas de reaproximação, mas a Isabela não quer contato com a família e segue sendo sustentada por essa madrinha. Pelo que eles conseguiram apurar, ela não tá mais com aquele cara abusivo, né? — Mas, assim, eles não tem também muita informação sobre isso. — Fabiana, todo aniversário, final de ano, Natal manda mensagem e a Isabela mal responde. — Mal responde. —
Também não responde os irmãos… E Fabiana chorou contando a história e ela sente muita saudades da Isabela. E, ao mesmo tempo, a Fabiana diz que não reconhece a própria filha… — Ela continua agressiva, sabe? Ela continua sem querer contato com ninguém e agora que ela é sustentada, tem uma certa arrogância também na filha, que a Fabiana não reconhece a filha. — Fabiana — essa mãe desesperada — ela se sente duplamente traída, pela melhor amiga — e confidente — que ela esperava um suporte e não o que ela fez em relação a Isabela e também a própria atitude da Isabela, que sempre foi criada com muito amor, sempre teve tudo… Pai, mãe presente, irmãos amorosos e um avô que amava, que idolatrava ela e, ainda assim, ela largou tudo, assim, se transformou numa pessoa agressiva… — Enfim, uma pessoa que a família não reconhece. Eu sinto muito pela Fabiana, eu acho que tem coisas que a gente precisa dar tempo ao tempo, né? Não adianta querer, assim, uma aproximação mais intensa se ela não quer, né? Tem que dar tempo ao tempo e, sei lá, se mostrar aberta caso ela queira voltar esse contato com a família. Porque é isso que a Fabiana que é mãe quer, o amor da filha, porque ela não deixou de amar a Isabela, né? —
Agora, o que me intriga nessa história e muito, gente, é essa amiga… Por que a motivação dela não pode ser só a cultura europeia, os filhos saem cedo de casa… Porque ela podia muito bem falar: “Olha, eu posso te ajudar financeiramente a sair de casa, mas você precisa se acertar com a sua mãe, você precisa ter esse convívio, né?”, mas parece que é o contrário, parece que ela afasta mais a Isabela da família. — Eu não sei, gente… Essa mulher deve ter uma outra motivação que a gente nunca vai saber, porque ela não fala para a Fabiana. Ela só falou isso, que o dinheiro era dela, que ela fazia o que ela queria com dinheiro e que na cultura europeia que os filhos dela tinham saído cedo de casa e por que os filhos da Fabiana não? Então, o argumento dela é esse, cultura europeia, o dinheiro é dela. — Não sei, gente, não sei… Mas eu acho que Fabiana e Bruno impecáveis como pais e, assim, tem que dar tempo ao tempo, gente.
Eu não sou mãe, então fico meio assim não, não tenho muito conselho, mas eu já teria batido naquele cara, já teria ido lá pra Europa pra quebrar a cara dessa amiga, então eu não sou a melhor pessoa pra dar conselho. O que vocês acham?
[trilha]Assinante 1: Oi, nãoinviabilizers, sou Camila de Brasília. E essa história me deixou com uma reflexão de que você nunca conhece ninguém, né? Nem a pessoa que sabe da sua vida, dos seus segredos mais íntimos, que de alguma forma usa disso tudo pra poder te atingir. Mas qual o motivo dessa amiga? Para mim, passa inveja da vida dela, da história dela, da mãe incrível que ela é, que está desesperada buscando ter algo bom com a filha e que essa amiga não deveria ter com seus filhos. E a Isabela só está demonstrando, acredito, que além da imaturidade, bastante em gratidão por ter sido uma menina tão amada, por ser uma menina tão amada. E eu acho que o que vai trazer ela para a realidade são os tombos da vida, porque esses não passam a mão, não dão acalanto como uma mãe. Esses fazem com que a gente aprenda na marra. E eu acho que é assim que ela vai aprender… E essa amiga da onça nunca mais eu teria amizade com ela. Um beijo.
Assinante 2: Evelyn aqui, do Rio de Janeiro. Você fez o seu melhor, nunca se esqueça disso, Essa filha ela fez uma escolha, essa suposta amiga também fez uma escolha e tudo que a gente faz aqui, nada fica impune. As vezes não é no nosso tempo, mas é no tempo da vida. Então fique em paz, essa filha ela ainda vai sofrer bastante, ela vai quebrar a cara… Você pode ter certeza que uma coisa é fato: A vida não vai perdoar ela. E aí quando ela se arrebentar, ela provavelmente vai procurar você e aí você vai recebê—la de braços abertos, não tem coisa melhor do que isso. Não por vingança, mas sim por amor. Deixa essa filha quebrar a cara, não se culpe e vá viver sua vida na paz. Um beijo para você.
[trilha]Déia Freitas: Celebre o Dia das Mães com Avatim e a campanha “Essência de Mãe”, apresentada por Elisama Santos e Thaila Ayala. São quatro episódios em formato de videocast e você já pode assistir todos juntinhos nas redes sociais de Avatim ou no YouTube da marca. Para deixar esse dia das mães ainda mais especial, a Avatim acabou de lançar o presente perfeito para sua mami: O Deo Parfum Alira. E usando o nosso cupom: “PONEICHEIROSO” — eu amo esse cupom, gente, [risos] eu amo esse cupom sério. Você está lá, você faz a sua compra, “deixa eu pegar meu cupom”, você digita: PONEICHEIROSO, tudo junto em maiúscula — e você ganha 15% de desconto em todos os produtos do site. O cupom PONEICHEIROSO é válido até o dia 31 de maio de 2025 e somente no site da Avatim. — Valeu, Avatim, eu amo vocês…. — Um beijo gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]