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título: cunha
data de publicação: 12/05/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #cunha
personagens: lídia

TRANSCRIÇÃO

Atenção, estamos no YouTube. Sim, este mesmo episódio que você está ouvindo aqui agora você vai poder ouvir a partir das 10h00 no YouTube. Então avisa sua mamãe, sua vovó, sua titia ou coleguinha. Vai lá, segue a gente, curte alguns episódios, ativa o sininho e vem acompanhar a gente no YouTube. 

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — Quem está aqui comigo hoje é a Liv Up. — Delicinha… — Sabe aquele dia corrido em que o café da manhã quase passa batido? O almoço precisa ser rapidão, assim, e o jantar, bom… Muitas vezes o jantar é a sobra que tem na geladeira? — Quando muito, né? — Muita gente conhece bem essa rotina. E se eu te disser que da pra ter refeições práticas, gostosas e saudáveis ao longo do dia, do café da manhã até aqueles lanchinhos da noite sem abrir mão de sabor e qualidade? — O que você ia me dizer? “Sim, Déia, eu quero, óbvio”, é só isso que você pode me dizer, né? — Com a Liv Up é exatamente assim… Tem pãozinho, tem panqueca de banana com canela. — Gente, a panqueca é surreal de gostosa, muito boa… — Tem crepioca e muito mais para começar bem o seu dia. Quando bate a fome no almoço ou no jantar, as marmitas te salvam com receitas feitas por chefs, que ficam aí prontinhas em minutos e o melhor: Com ingredientes 100% naturais. E tudo isso cabe no seu bolso, tem marmitas a partir de R$15,99 e saquinhos a partir de R$14. — Sério, gente, eu amo… E, assim, é uma comida gostosa de verdade, que você não enjoa, sabe? Olha, sério… — 

Bora transformar aí sua rotina com praticidade e sabor — e que sabor, hein, gente? delicinha —, mas não faz que nem eu… [risos] Vou contar aqui uma história que eu tenho com Liv Up. Eu comprei as marmitas e, assim, gente, a quantidade é boa, você fica satisfeito, mas eu queria provar… Sabe quando você come uma, mas você fala: “Ai, eu queria provar outra”, eu comi umas três marmitas, assim, de uma vez. [risos] Ai, que delicia… Aguei. É isso… — Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio. Sério, entra agora, dá uma olhada nos pratos, vai ouvindo o episódio e navegando no site… Ai, ó, eu fico até salivando, é delícia real. Vai lá, compra umas marmitinhas e prova, depois você me conta. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Lídia. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Lídia sempre foi aí muito ligada ao seu irmão, eles cresceram ali com uma diferença de dois anos, o irmão da Lídia sendo o mais velho e tudo correu muito bem, cresceram, estudaram e nã nã nã e Lídia começou aí a trabalhar numa grande empresa. — Numa multinacional. — E o irmão dela, que tinha se formado ali em contabilidade, estava trabalhando também num escritório bom e conheceu uma moça num evento que ele foi, a moça era de outra empresa e se casou com essa moça. [efeito sonoro de sino soando] A partir daí, a Lídia ficou muito amiga dessa cunhada, a ponto de dar um apelido para ela de “cunha”. Então era “cunha” pra lá, “cunha” pra cá, “cunha” pra lá, “porque minha cunha” e “porque a cunha”, uma chamava a outra de “cunha” e elas realmente ficaram muito amigas. 

Aconteceu alguma coisa na empresa da cunha e essa empresa demitiu a cunha… Todo mundo arrasado porque o casal ali casadinho de novo e agora a moça desempregada, enfim, manda currículo aqui e manda currículo ali… E a cunha chegou um dia com um currículo e pediu pra Lídia entregar na empresa dela. — Você, você empregaria um parente? Eu tenho uma parente empregada, Janaína, [risos] que cuida do meu financeiro e acredito que é o máximo que eu faria, assim, um parente… Então, assim, se eu tenho uma cota de parentes para entregar, essa cota já está preenchida [risos] com um parente. — E aí a Lídia ficou naquela, porque assim, a Cunha não era parente, mas era casada com o irmão dela: “Ai, me Deus, será que levo esse currículo?”, porque ela também podia falar que entregou esse currículo e não entregar, falar: “Olha, se chamarem, chamaram…”, mas jamais chamarão. [risos] A Lídia: “Não, coitada da Cunha, super querida e tal, vou entregar”. Aí chegou no RH, falou: “Essa aqui é minha cunhada, casada com meu irmão, eu não sei se tem alguma questão porque ela não chega a ser minha parente, mas enfim, se tiver alguma vaga ela é da área financeira e contábil, se tiver alguma vaga e quiser chamar, tá aqui o currículo da minha cunha”. 

O tempo passou, um, dois, três meses… Com três meses, Cunha manda uma mensagem super feliz que ela tinha recebido um contato da empresa da Lídia pra ir lá fazer uma entrevista e tal, que tinha pintado uma vaga. Lídia, que é de outro setor, nada a ver com o financeiro, enfim, falou: “Nossa, que legal, né? Que máximo… Vai lá, Cunha, felicidades” e lá foi a Cunha… E Cunha, uma pessoa muito simpática, muito simpática… Sabe aquela que você fala? “Ela é toda gracinha, toda galera, todo mundo gosta dela”? Todo mundo gostava da Cunha. Se você precisava sair mais cedo e precisava que alguém te cobrisse, a cunha tava lá… Se precisasse ir uma vez por mês no sábado, ninguém queria ir, Cunha ia, enfim, Cunha era aquela pessoa que, olha, organizava ali as vaquinhas de aniversário…. Cunha já entrou… Chegou chegando assim, amada… — Sabe amada? Cunha era amada na empresa da Lídia. —

A Lídia ficou muito feliz com isso e falou: “Nossa, ainda bem, dei uma indicação boa”. Os meses foram passando e Lídia e Cunha sempre se dando muito bem, agora elas iam e voltavam juntas do trabalho, então veja, ainda mais proximidade… Enfim, a empresa tinha ali um ônibus fretado, então, nossa, só amizades… — Só amizade. — Cunha às vezes levava bolo para distribuir no ônibus fretado… — Cunha amada, amadíssima. — Lídia mais discreta, mas assim, muito feliz com essa popularidade da cunha. Bom, o tempo foi passando, passou a experiência, os três meses… Deu seis meses, oito meses, uns sete meses foi Natal, ela participou do Natal felizinha, deu um ano de trabalho, já ia para o segundo Natal na empresa. Super feliz, todo mundo amando muito… Quando, de repente — porque assim, o fretado passava primeiro na casa da Lídia, depois na casa da Cunha… Não era nem na casa, era tipo na avenida ali perto, né? —, um dia Lídia pegou o fretado e Cunha perdeu o fretado… Ela nunca tinha perdido o fretado, onde que tava? 

E a Lídia mandou mensagem: “Cunha, onde você tá? Você perdeu o fretado, como é que você vai, né? Vai de carro de aplicativo?”. Mandou mensagem, mensagem não foi nem visualizada… A Lídia ficou preocupada, falou: “Será que ela perdeu a hora?” e começou a ligar no telefone do irmão. O irmão, que naquela hora devia estar saindo para o trabalho, mandou uma mensagem rápida pra Lídia falando assim: “Olha, eu estou saindo agora para o trabalho, depois a fulana te manda mensagem” e a Cunha não mandou mensagem… Lídia deu uma adormecida ali no fretado, chegou na empresa e foi lá fazer as coisinhas de trabalho dela. Quando deu mais ou menos uns 40 minutos que ela já tinha marcado seu cartão e estava ali trabalhando, o RH chamou a Lídia. Lidia sem entender, foi lá no RH e o RH começou a fazer umas perguntas assim pra Lídia: “Fora a conta que você tem aqui com a gente e tal, você tem outra conta? Você movimenta outra conta?”, e a Lídia falou: “Olha, tá estranha essa conversa né? Essa é minha privacidade financeira, não tô entendendo”. 

E aí o RH falou muito por cima, falou: “Olha, como foi você quem indicou, a gente teve algumas questões aqui financeiras com a sua cunhada e eu só estou fazendo essas perguntas pra meio porque a gente quer te proteger e tal do que está acontecendo, não posso falar muito, mas tá bom. Obrigada, era só isso que a gente precisava saber”, na hora o coração da Lídia disparou, como assim questões financeiras? A Lídia na hora ligou pro irmão e falou: “Escuta, me conta o que está acontecendo, porque eu estou aqui na firma e me chamaram no RH, disseram que dispensaram a fulana porque teve algumas questões financeiras… Que questões financeiras?”, aí o irmão falou assim pra Lídia: “Estão acusando a Fulana de ter desviado um dinheiro para a conta dela” e completou assim: “Você não tem nada para me dizer, Lídia?”, desse jeito… A Lídia falou: “O que o eu teria para te dizer? Eu sei dessa história tanto quanto você. O RH me chamou e me falou muito por cima e eu quero saber o que está acontecendo, porque fui eu que indiquei a fulana”, “Quando você chegar em casa a gente conversa, eu vou para sua casa e a gente conversa”. 

O irmão da Lídia foi para casa dela, até aqui, Cunhada não respondeu nada pra Lídia. — A cunha, a fofa, não respondeu nada. — Não falou com a Lídia e não foi junto com o seu marido, irmão da Lídia. E a empresa estava acusando a Cunha de ter desviado 35 mil reais em pequenas quantidades de coisas que tinha que pagar — de dinheiro do caixa, dinheiro, dinheiro vivo ali, né? — e que ela tinha feito dois depósitos na conta dela. — Um depósito parece que de 1300, num boleto que ela tinha que pagar ali do apartamento do casal e outro depósito de oitocentos e pouco. É aquela coisa, né? A pessoa vai achando muito fácil e aí uma hora ela deixou de pegar o dinheiro em espécie e fez dois depósitos na conta dela. — Ela não tinha nada para receber da empresa, ela tirou de uma conta que nem é para pagamento de funcionário, enfim, um rolo. E foi aí que eles pegaram — nessas duas transferências — e depois foram vendo as quebras de caixa do dinheiro que tinha que ter… — Dinheiro—dinheiro. — E aí foi assim que a moça foi descoberta… 

Só que aí ela falou pro marido, que é o irmão da Lídia, que ela estava desviando dinheiro para Lídia, que ela foi forçada pela Lídia. E aí o irmão da Lídia foi lá na casa da Lídia tirar essa satisfação, tipo: “Olha o que você fez com a minha esposa” e a Lídia falou:” Meu Deus, eu não estou sabendo de nada disso”. E acontece que essa versão ela tinha dado na empresa também… — De que foi a Lídia que tinha forçado ela a desviar esse dinheiro. — A Lídia ali quebrou o pau com o irmão, falou que aquilo era mentira, que ela não sabia de desvio nenhum, que ela não tinha pedido nada para Cunha e isso já era a noite. No dia seguinte ela nem esperou o fretado, ela pegou um carro de aplicativo e foi pra empresa… Chegou mais cedo para falar lá no RH: “Olha, eu já conversei com meu irmão, a minha cunhada não está falando comigo, é tudo mentira…” e o que ela fez à noite? Ela tinha a conta lá que é a conta salário e uma outra conta, só duas contas… Ela entrou no BACEN para mostrar que ela só tinha duas contas e ela tirou extrato de tudo e levou para a firma, deixou lá na mão do RH e falou: “Olha, não tem um depósito fora do meu salário na minha conta. Nada”. — Mas como a moça tirava a maioria dali em dinheiro do caixa, não tem como provar, né? —

A moça foi mandada por justa causa, não conseguiram implicar a Lídia, só que ficou chato para ela ali na empresa — correu um boato — e uma parte acredita, outra não acredita, mesmo ela com as provas… — Mas assim, como a moça pegava em dinheiro vivo, como que você vai falar “não deu metade para Lídia”? Se você conhece a Lídia, você fala: “Não, eu acredito nela, mas se você só trabalha junto ali, você fica com pé atrás, né?”. — Ficou um clima muito estranho e dois meses depois do ocorrido, a Lídia chegou no RH e perguntou se eles poderiam mandar ela embora para não perder os direitos e tal e a empresa muito aliviada — porque acho que já queria mandar ela embora, devia estar só esperando mais um tempo — fez as contas ali da Lídia e mandou ela embora. E na família as pessoas também ficaram divididas, porque a cunhada é muito fofinha, muito galera, muito… Sabe? O próprio irmão acredita na esposa, que foi culpa da Lídia, que foi a Lídia que forçou, que era um plano, já colocou a moça lá pra moça fazer isso e a moça, coitada, muito oprimida, precisando trabalhar, fez, sabe? 

Agora o que a Lídia não se conforma é que, assim, as duas eram muito amigas, como que ela inventa uma coisa dessa? É uma coisa que, sei lá, podia terminar em, não sei, cadeia? Mas assim, um processo, né? Porque também não entendo por que a empresa não levou para pra frente, enfim… Mesmo para que a Lídia pudesse, sei lá, provar a sua inocência? Mas também não sei se tinha como provar mais do que aquilo que ela fez. E a Cunha, queridíssima, nunca mais falou com a Lídia. A Cunha não vai nas festas de família porque ela sabe da verdade… Ela sabe que ela foi uma sacana, uma pilantra, né? E que ela usou o nome da Lídia para se safar. Então ela não vai nas festas e o irmão parou de falar com a Lídia. “Por que onde já se viu a Lídia fazer isso com o cristalzinho, a esposa dele?” e a Lídia acha que sim, uma parte da família acredita na fofucha… “Que coitada, ela jamais faria uma coisa dessa”, mas a Lídia sim faria, sabe?

As relações em família da Lídia são péssimas porque ela acha que sim, a cunhada agora faz a caveira dela, inventa coisas assim e ela tinha um convívio muito bom com os familiares e agora é sempre muito estranho e ela não sabe como desfazer isso também. Então ela falou: “Bom, achei melhor eu cuidar da minha própria vida e deixar os parentes em segundo plano”, mas ela tinha uma convivência muito boa, sabe? E ela queria muito desmascarar a cunhada, porque ela acha que, assim, não deve ter sido a primeira vez… Ela deve ter feito alguma coisa na outra empresa, porque também quando ela saiu da outra empresa ninguém viu essa rescisão, o próprio irmão tinha comentado que ela ia usar a rescisão para pagar as dívidas. Mas será que teve rescisão? Será que não foi justa causa? Mas isso não fica na carteira? Mas você pode tirar outra carteira de trabalho… Enfim, não sei também, Lídia queria muito cavar fundo a vida da cunhada para desmascarar…

Mas eu falei pra Lídia: “Será que não é perda de tempo?”, porque se ela é tão dissimulada, tão falsa, ela vai conseguir dar uma provada que sabe “ai, coitadinha” e de repente isso pode piorar para você, não é melhor deixar quieto? A Lídia tem uma sede de vingança, de querer até botar detetive, ir atrás da vida pregressa dessa cunhada para achar algum podre e expor para a família toda. Mas será que a família vai acreditar na Lídia? Sendo que essa moça é toda “ai…”, sabe assim? Toda fofinha, toda querida… Não sei, gente, o que vocês acham? 

[trilha]

Assinante 1: Olá, nãoinviabilizers, aqui é a Gabi do Rio de Janeiro. O meu lado sensato diria para Lídia seguir a vida dela, deixar de lado os parentes que também já não estão fazendo falta, porque eles não podem acreditar nela, que eles conhecem a vida inteira, eles não merecem estar na vida dela. Por outro lado, o meu lado vingativo te diria o seguinte, Lídia: Contrata um detetive, cria um fake para você poder mandar anonimamente tudo o que você descobrir sobre essa pilantra dessa cunhada, que eu tenho certeza que tem muita sujeira embaixo desse tapete. [risos] Um beijo para você, tchau, tchau. 

Assinante 2: Oi, gente, tudo bem? Sou Carol Rodrigues, de Fortaleza, Ceará. Eu acho, assim, que assim como ela foi descoberta nessa empresa e talvez na empresa anterior, ela vai ser descoberta no futuro. Eu acho que você pode gastar a sua energia sendo bem linda e plena, vivendo, fazendo outras coisas da sua vida, ignorando a existência dessa pessoa. Eu sei que é muito difícil, é muito doloroso ver pessoas que falavam com você não falar mais, inclusive a perda da relação que você teve com ela também, né? Mas essas pessoas que estão apoiando ela, elas vão aprender na marra. Você estava sendo maravilhosa em querer abrir os olhos delas, mas elas vão aprender na marra, entendeu? Inclusive seu irmão, infelizmente. Não gaste tempo com isso, não, ela já foi descoberta uma vez, então com certeza vai ser descoberta no futuro. Foque em você, foque em ser feliz, foca em, sei lá, fazer o que você quiser fazer. Um cheiro. 

[trilha] 

Déia Freitas: A Liv Up te oferece refeições práticas, gostosas e saudáveis, seja no café da manhã, no almoço ou no jantar. — E tem também o lanchinho pra você comer no meio, viu? — Amo. — A Liv Up oferece muita qualidade, muito sabor e você encontra diversas opções que salvam aquele momento de fominha, sabe? Os ingredientes são 100% naturais, as marmitinhas são feitas por chefs e elas ficam prontinhas em minutos. Para o ouvinte do podcast não inviabilize que ama escutar aí a sua historinha comendo uma refeição gostosa, usando o cupom: NAOINVIABILIZE — tudo junto, maiusculo, sem acento —, você ganha 10% de desconto na primeira compra. — É só acessar o link que eu deixei aqui na descrição do episódio. — Valeu, delicinha Liv Up, amor… — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]

A Lídia demorou pra se recolocar no mercado, aquele medo também da empresa falar no RH lá, mas assim, o RH se falaram, não comentaram nada, assim. Agora ela tá trabalhando e tal de novo, mas foi um perrengue também, um sufoco… E tudo por culpa da Cunha. E hoje a Lídia fala: “Olha, não emprego nenhum parente, não indico nenhum parente. Tá passando necessidade? Eu dou uma cesta básica, é o máximo que eu faço”. Prestem atenção aí se vocês forem empregar parente, viu? Um beijo.