Skip to main content

título: a suspeita
data de publicação: 15/06/2022
quadro: ficção da realidade
hashtag: #asuspeita
personagens: lúcia

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Ficção da Realidade. [vinheta] 

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um episódio do quadro Ficção da Realidade. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeitos sonoros de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Imagem Filmes, e o filme “A suspeita”, estrelado por Glória Pires e que estreia amanhã em todos os cinemas do Brasil. O filme é um suspense investigativo que aborda temas importantes como Alzheimer e a presença da mulher na polícia. Eu assisti e amei. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

Gente, esse filme tá fresquinho na minha cabeça, acabei de assistir… E é a história da Lúcia. A Lúcia é uma comissária de polícia que está aí num último caso. Depois desse caso, ela já vai se aposentar, porque o filme já começa com a gente sabendo que ela descobriu que tem Alzheimer. [música triste] E está muito no começo ainda, só que, no caso dela, a doença está evoluindo meio rápido. Então, ela está nesse último caso que é aí de um criminoso e tal, grandão, e ela e o parceiro estão ali investigando, colocando umas escutas e tal… E, numa dessas de colocar escuta, ela descobre um esquema dentro da própria polícia. E esse esquema é contado aí por esse criminoso. — Ele tá ali falando isso numa das escutas com alguém. — 

E aí a Lúcia, como ela está perdendo a memória, tudo o que ela precisa fazer durante o dia e tudo em relação ao caso, ela escreve. Então, ela chega em casa, ela digita [efeito sonoro de digitação] e ela grava muitos áudios e escreve muito no computador… Então, até os remédios que ela precisa tomar, ela tem que ter alarmes — no celular — pra poder aí saber o que ela tem que fazer durante o dia. — Coisas básicas… — Como ela descobre alguns podres da polícia, ela é implicada no esquema. Ela não pode mais confiar na memória dela, ela não pode mais confiar em ninguém, porque o esquema acaba que está dentro da própria polícia, que ela trabalha. E aí, numa dessas, ela vai dar um depoimento na Corregedoria de Polícia e quem está ali na Corregedoria é uma moça que foi aluna dela. E aí ela dá o depoimento e ela tem ali uns lapsos de memória — dessa coisa que aconteceu, que eu não vou contar aqui, porque senão eu vou dar spoiler — e aí ela vai pro banheiro lavar o rosto e tal e essa policial vai atrás dela… — Essa policial da corregedoria — E meio que conta pra ela que estão armando para ela. — De uma maneira lá X. — 

E a Lúcia percebe que realmente ela não pode contar com mais ninguém. — Dentro da polícia. — E ela continua investigando… Esse cara, que é o criminoso… — Por que ele está querendo contar esses esquemas aí da polícia? — Porque ele está querendo sair do crime, porque ele se apaixonou por uma moça e essa moça tá grávida… E isso é uma das coisas que sensibilizou muito a Lúcia. A Lúcia se dedicou a vida toda, a carreira dela profissional e ela deixou de lado essa questão de casar e ter filhos… Isso é uma coisa que ela se arrepende. — Ela fala isso uma hora, né? — Então, quando ela vê que a esposa do bandido tá grávida e ele tá querendo sair do crime por causa disso, pra ter uma vida nova, ela resolve, além de investigar esse esquema de corrupção, ela resolve dar uma força pro cara. Pra ele sair do crime e entregar pra ela todas as provas… 

Porque esse cara ele tenta entregar as provas que ele tem da polícia, mas não vai dando certo. E aí a Lúcia tem um tio que é padre e, numa das cenas, ela chega em casa… Ela mora num prédio e ela tenta entrar em outro apartamento. — Ela esquece qual é o apartamento dela naquele prédio, ela não lembra de jeito nenhum o número. — E aí ela começa a ficar desesperada, a vizinha abre a porta daquele apartamento que ela tentou entrar e tal e pergunta se ela quer ajuda, ela fala: “Ah não, desculpa… Estava distraída, errei”. — Mas na verdade ela não lembra. — E aí ela tem, assim, um lampejo ali e ela desce, vai até o térreo, pega a correspondência, até achar uma correspondência com o nome dela, que tenha o número do apartamento pra ela poder entrar na casa dela. — Então, já está nesse ponto o negócio. — 

E quando o filme começa, ela está numa festa de buffet infantil… — Ali naquela festa eu já saquei muita coisa, já fiquei com ódio, enfim… Não vou dar spoiler. — E aí a história vai evoluindo pra que a Lúcia consiga se inocentar, né? — Nesse caso. — E consiga também prender os policiais corruptos ali e ajudar o cara. — Que é o bandido lá a sair do crime e contar tudo o que ele sabe. — E a única pessoa que ela pode contar é aquela Luna. — Que ela tinha e que agora trabalha na corregedoria. — Então o filme vai assim… É um filme muito bom. — Gente, é a Glória Pires, né? Não precisa nem falar nada, ela tá, assim, maravilhosa… — Ela é o filme todo do começo ao fim. Tudo gira, realmente, em torno da história dela e de como ela lida com a doença, assim, os recursos que ela está criando pra poder conseguir trabalhar ainda e depois deixar alguma a memória dela, né? Que ela fala que tudo o que ela quer é ter a aposentadoria dela em paz e, tipo, limpar o nome dela na polícia, porque foram criadas ali várias dúvidas e tal. 

Então, é um filme muito bom, eu gostei bastante… — E Glória Pires, né, gente? Não tem nem o que dizer. — E, pra minha felicidade, a Glória está aqui pra falar pra gente como foi interpretar um personagem aí que estava ali no começo do Alzheimer. Então agora a gente vai ouvir quem, gente? Glória Pires… 

[trilha] 

Glória Pires: Interpretar essa personagem, a Lúcia, do filme A Suspeita, foi um momento de aprendizado, mas também de muita reflexão sobre as minhas próprias memórias, sobre minha própria história. A personagem chegou pra mim… Aliás, eu acho que as personagens escolhem a gente… Porque essa personagem chegou pra mim nesse momento, que é uma fase nova na minha vida e eu também, de alguma forma, tenho questionamentos semelhantes aos da personagem. Claro que ela tem uma condição de saúde que é um complicador, né? Que demandou muita pesquisa… A gente teve a sorte de ter um livro que nos guiou, que justamente a pessoa que escreveu ela foi diagnosticada com Alzheimer cedo… É uma doença ainda de difícil diagnóstico, porque, em geral, ela se manifesta com pessoas já mais velhas. Então, muitas vezes é difícil de ser identificado como Alzheimer. E quando a pessoa é jovem, antes dos 50 anos, é mais difícil ainda esse diagnóstico. 

Então, foi… Pra mim sempre é um aprendizado… Encontrar um personagem sempre é um momento de enorme aprendizado, né? Porque é esse mergulho a essa aproximação da realidade que a personagem está vivendo e isso acaba sempre me levando a conhecer outras questões, a identificar outras questões, mas não deixa de ser um processo de autoconhecimento também. E foi isso que eu vivi durante esse um mês de filmagem interpretando a Lúcia. 

[trilha] 

Déia Freitas: Gente, socorro… A Glória falando no meu podcast, sabe? — Tô emocionada… — Então é isso, gente. A suspeita estreia amanhã, 16 de junho, em todos os cinemas do Brasil. Assistam, comentem lá no nosso grupo do Telegram. Filme com a Glória Pires não tem nem o que dizer, né? Tá maravilhoso. Um beijo, gente e eu volto em breve. 

[vinheta] Ficção da Realidade é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta] 

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.