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título: alianças
data de publicação: 15/09/2020
quadro: picolé de limão
hashtag: #alianças
personagens: rosana, mauro e solange

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta] 

Déia Freitas: Gente, hoje eu vou contar a história da Rosana e do Mauro, é a Rosana que me escreve.

[trilha]

A Rosana e o Mauro eles conheceram já há mais de dez anos na faculdade, ambos arquitetos. E aí eles se apaixonaram e cumpriram todo aquele script, noivaram, casaram e tiveram um filhinho e, até então, tudo estava bem. Assim que nasceu o filho do casal, o pequeno Maurinho, o Mauro mudou um pouco. Os dois não trabalhavam registrados em nenhuma empresa, então ela não teve uma licença maternidade, nada, ela simplesmente parou de trabalhar, de pegar projeto de arquitetura e quem ficou sustentando a casa foi o Mauro, até então eram os dois que bancavam tudo. 

E aí pensa: ela com um bebezinho recém-nascido, nunca tinha tido filho, tinha pouca experiência e o Mauro começou a controlar absolutamente tudo, até a quantidade de arroz que ela comia… — Pensa gente. — E, assim, além de controlar o arroz, o que ela comia, o que ela bebia, ele começou a controlar também as coisas do bebê. Então, tudo que gastava com o bebê pra ele era um absurdo e ele não tinha convênio médico, ele achava uma besteira pagar e ela tinha porque ela pagava do bolso dela, só que como ela tinha parado de trabalhar e ela não tinha feito nenhum pé-de-meia — Que foi uma bobagem, devia ter guardado um pouco o dinheiro dela, mas às vezes também não dá, né? Sei lá. — ele simplesmente parou de pagar o convênio dela, ela tinha uma carência de um mês, que parece quando você tem um bebê eles colocam o seu filho por um mês de graça, não sei, no convênio, o dela era assim.

E aí acabou aquele mês, ela e o bebê ficaram sem convênio porque ele falou: “Olha, eu não vou pagar, não vou gastar esse dinheiro com convênio”, e ela não estava com nenhum projeto e ia perder o convênio dela, perder tudo. E o problema da Rosana é que ela tinha vergonha de falar para os amigos e para a família o que ela estava passando, mas tinha dia que ela passava fome. E assim, a gente tá falando de um casal de classe média bem estabelecido, os dois arquitetos, então, o cara era ruim mesmo. Depois que o bebê nasceu ele virou uma péssima pessoa. E aí quem percebeu que ela estava passando esse tipo de perrengue foi a diarista dela, a Neide. A Neide que reparou que às vezes, ela chegava não tinha comida nenhuma, aí a Neide, diarista, que ia uma vez por semana só… — Porque imagina se Mauro ia pagar mais de uma vez, né? —

Quando ela ia levava a marmita pra ela e marmita pra Rosana, — Olha, gente… — porque o cara mau deixava comida em casa, e aí assim, a Neide meio que deu uma espalhada nisso, no prédio, porque ela falou: “Ué, também não devo nada pra esse cara, né? Se quiser me mandar embora, é um dia só, eu arrumo outra casa”, e contou pra porteiro, contou pra síndico, contou pra todo mundo, então todo mundo do prédio, os moradores, ficaram meio que sabendo a situação da Rosana, e aí um ou outro sempre ia lá, levava comida pra ela, ela falou assim, que por um lado ela se sentiu no começo humilhada, mas depois ela se sentiu amada, sabe assim? Cuidada pelos vizinhos? E aí todo mundo do prédio passou a odiar o Mauro, né? — Já amo esse prédio. — E o síndico, inclusive, se ele colocava o carro lá fora da linha, o síndico ligava e fazia ele descer, tipo, todo mundo começou a implicar com ele, porteiro não fazia nada mais além do essencial, todo mundo odiava o Mauro no prédio. — Eu acho é pouco. —

E a Rosana tinha pra onde ir, ela podia voltar pra casa da mãe dela, abrir a real pra família dela e falar: “O Mauro tá me deixando passar fome, não me dá, não me ajuda em nada com o bebê e eu vou voltar pra casa, vou me divorciar”, eu faria isso, né? Sem antes, sei lá, colocar laxante na comida do Mauro. Mas ela, primeiro que ela acreditava naquele relacionamento, acreditava que, sei lá, ele podia voltar a ser um pouco como ele era antes, mas aí ela começou a pensar que ele sempre foi assim, como ela tinha o dinheiro dela, ela que fazia a maioria das coisas, então as coisas em casa ela que colocava, sabe quando você põe na ponta do lápis? Era tipo ela quem mantinha tudo, ele, sei lá, o que ele mantinha, poucas coisas, sabe? Em casa… E o que ele fazia então com o dinheiro dele? 

Quando o bebezinho estava com 4 meses ela já estava melhor assim e já estava se preparando para voltar pro mercado de trabalho, ver se conseguia algum projeto e tal, o Mauro apareceu lá com uma proposta pra ela, porque eles casaram em regime de separação de bens… — Eu não entendi bem essa coisa do regime. — O que ela me disse é que depois que eles casaram, tudo que eles adquirissem juntos era dos dois, então depois de casado que eles adquiriram dois apartamentos porque como eles fizeram as plantas, eles foram os arquitetos dessas duas obras, em cada obra eles ficaram com um apartamento, um era o que eles moravam que era padrão assim, popular, e o outro era o que estava ficando pronto, que era de luxo. 

E aí, olha só o Mauro, porque na cabeça dele, o que a Rosana disse que ela achou, que ela não ia conseguir mais nada de bens, então que ele tinha que separar aquilo lá e que dê tudo ali pra frente que eles tivessem, cada um ia ter o seu, alguma coisa assim… Ia mudar o regime de casamento, não sei, um rolo lá. Mas ele queria que ela ficasse com o apartamento popular que eles moravam no nome dela, só dela, e que o apartamento lá chiquetoso que estava ficando pronto fosse dele, só dele, e ela não achou justo, mas ela estava numa posição ali assim, vulnerável, que ela acabou assinando, acabou aceitando. Então, o apartamento que eles moravam era só dela e o apartamento chique que ia ficar pronto era só dele. 

Depois que a Rosana assinou e que correu a papelada, saiu escritura, todas essas coisas, o bebezinho já estava com seis meses e pouco. O Mauro deu a notícia pra ela de que ele estava saindo fora, que a paternidade não era pra ele, que ele não queria mais fazer parte daquilo e que ele ia se mudar lá para o apartamento chique e largou a Rosana na mão, inclusive com água, luz e condomínio, tipo… Se vira. Rosana ficou acabada, os vizinhos deram uma força, mas pelo menos pra isso a separação serviu, porque aí toda a família e todos os amigos ficaram sabendo o que ela passava. E aí as coisas mudaram, porque aí você cria uma rede de apoio, né? Uma coisa que ela poderia até ter tido antes, mas ela tinha vergonha de falar e, ali agora, ela não tinha mais pra onde correr.

Então ela conseguiu uma boa rede de apoio, ela conseguiu uma creche pra pôr o bebezinho de seis meses pra poder voltar para o mercado de trabalho, ela tinha outros amigos e amigas arquitetas que foram inserindo a Rosana em projetos, coisas pequenas, mas que pelo menos dava pra ela pagar as contas. Ela conseguiu fazer um convênio para o bebezinho e, o cara, enquanto eles se separaram lá na justiça, ficou estipulado um valor que ele tinha que dar, mas o que ele queria fazer? Ele queria a guarda compartilhada pra poder pagar só assim, tipo, a fralda, metade do convênio, sem dar dinheiro na mão da Rosana, entendeu? E assim ela foi se virando, foi levando. O Mauro um cretino de tudo, então não podia contar com ele com nada, mas ele ficava quinze dias com o bebezinho depois que o bebezinho fez um ano. 

E foi levando… Com dois anos ela descobriu que ele já traía ela com uma engenheira de um projeto que ele participou e eles acabaram se casando, ele com essa engenheira aí e eles montaram uma empresa de arquitetura e engenharia. E ela também já estava levando a vida dela, ela com o filhinho dela lá, o pequeno Mauro. — Mauro Filho, Júnior, sei lá… — E aí que o Maurinho estava com uns três anos, um dia toca o interfone dela lá e é o Mauro. — Olha só a do Mauro… — Quando eles se separaram ele ficou com o apartamento de luxo, ela ficou com o apartamento popular que já tinha sido decidido antes até da separação e, na separação, a única coisa que tinha pra dividir era um carro, que o juiz lá acabou deixando com a Rosana porque era um carro popular também, um carro já mais velho e ela precisava por causa do bebê e tudo, e o carro acabou ficando com ela.

E ele estava ali porque depois de três anos de perrengue, ela tinha conseguido trocar o carro, e o Mauro estava ali, apareceu na casa dela exigindo metade do dinheiro do carro, uma coisa que já estava decidido na justiça que o carro tinha ficado pra ela e como ela trocou de carro e ele viu que ela estava com um carro melhor, ele queria o dinheiro referente, a metade do dinheiro referente daquele carro. — Gente… — A Rosana botou o Mauro pra correr obviamente, né, ele falou: “Olha, você vai me pagar por isso”, o cara querer dinheiro dela?

E aí ele começou a implicar, não trazia o Maurinho no dia certo, viajava com o Maurinho em época de escolinha, começou assim a criar picuinhas, sabe? A relação de Mauro e Rosana em relação a Maurinho ficou insuportável, não tinha como mais, sempre que eles se encontravam eles batiam boca e a Rosana resolveu falar com a Solange, a engenheira, nova esposa do Mauro, pra que se ela pudesse pegar o Maurinho sempre nos dias que ele fosse ficar lá na casa do pai, ou na escolinha, que fosse sempre ela pra pegar… Porque se fosse o Mauro não ia mais ter acordo, ela ia ter que fazer tudo por assistente social ou por advogado, porque ela não queria mais saber do Mauro e não ia mais aguentar nenhum desaforo. — Eu achei ótimo. —

Só que tinha um detalhe: a Rosana ela nunca, nunca tinha falado com a Solange. Porque assim que o Mauro casou com a Solange ela conseguiu o telefone da Solange, por quê? Porque a Solange foi cadastrada pra pegar o Maurinho na creche, então quem teve que autorizar a presença da Solange na creche foi a Rosana. Então ela tinha os números do documento da Rosana e o telefone. 

E, uma vez que o Maurinho ficou doente, que ela precisou chamar a Solange no WhatsApp, ela viu que ela era bloqueada pela Solange. [efeito sonoro de susto] E aí ela até questionou isso com o Mauro e o Mauro falou: “Ah, ela te detesta, você não tem que falar nada com ela, você fala comigo, eu que sou o pai do Maurinho, você resolve tudo comigo”, então ela nunca falou com a Solange, ela nunca teve a oportunidade de falar com a Solange, mas agora ela estava decidida a falar com a Solange. Assim que a Solange atendeu, a Rosana falou: “Solange, por favor não desliga, é a Rosana, eu preciso falar com você”, e a Solange do outro lado da linha falou: “Não, por que que eu desligaria? Foi você que me bloqueou em todas as redes. Eu jamais desligaria o telefone na sua cara”, e a Rosana ficou “Oi? Como assim?”, mas também não deu muita trela e falou: “Olha, então só queria combinar com você de sempre ser você a pegar o Maurinho, não dá mais certo com o Mauro, se não for assim vai ter que ser via advogado e eu não queria isso…”, expôs, né, tudo que ela tinha pra falar, e a Solange falou: “Não, tudo bem, por mim tudo bem, eu busco o Maurinho, levo, não tem o menor problema. Fico até feliz que a gente pode conversar” e foi isso.

E ela desligou e ficou assim meio na dúvida, falou: “Nossa, Solange, foi super bacana, né? Pra uma pessoa que me odiava e tinha me bloqueado em tudo, e aí ela falou que eu bloqueei ela em tudo, eu nem tenho ela em redes sociais, nem sabia que ela tinha redes sociais, nada.” — Estranho, né, gente? — E aí a Rosana comprou um chip novo só pra poder falar com a Solange. E aí ela falou: “Olha, vou chamar no WhatsApp, eu acho que ela vai de novo me bloquear, eu vou ligar”, e aí colocou o chip no celular dela e ligou pra nova mulher do Mauro. — E aí gente, aí começa uma fase ótima da história. —

Depois do Mauro chiar um pouco, ficou decidido que era Solange que ia buscar realmente o Maurinho, só que o Mauro sempre estava junto, então eles esperavam lá no carro, lá na frente do prédio e a Rosana descia com o Maurinho. E assim foi feito durante uns meses, era a Solange que descia do carro e pegava o Maurinho, qualquer coisa que tinha que falar era a Solange que mandava bilhete e tal, até um dia que o Mauro ficou preso numa obra lá e não conseguiu buscar o Maurinho e a Solange foi sozinha. A Solange resolveu avisar a Rosana que ela ia sozinha porque ela não estava conseguindo falar com o Mauro, o Mauro estava sem sinal, preso numa obra e que estava dando o horário, e ela ia e se tudo bem, né? Rosana falou: “Nossa, se você vem sozinha, lógico, vem, sobe, assim você conhece o quarto do Maurinho, você conhece onde ele mora porque você nunca entrou aqui. Pode vir, claro, as portas estão abertas pra você”, e a Rosana foi.

Gente, as duas pegaram amizade de cara… — De cara. — Ela chegou umas quatro horas pra pegar o Maurinho e era seis horas ela estava ainda lá na casa da Rosana, as duas tomaram café, comeram bolo, conversaram bastante, falaram mal do Mauro [risos], porque assim, a Solange estava com ele já, né, já tinha um bom tempo também, uns sei lá, uns dois anos? Três? Não sei. — Porra, o cara é um insuportável, né? Então lógico que ele também ia pisar na bola com a nova mulher. — E elas riram e conversaram, e a Solange pediu pra ela que ela não comentasse com o Mauro que as duas tinham se dado bem, inclusive, elas chegaram à conclusão de que foi o Mauro que bloqueou a Rosana no telefone da Solange, porque a Solange falou: “Eu nunca nem tinha seu telefone direito, eu só vi uma vez por causa daquela coisa da creche, mas também depois sumiu do meu aparelho, eu não tinha cadastrado”. Então, se bloqueou seu número foi o Mauro”, e aí ela procurou lá na lista de bloqueados e era o telefone da Rosana, ela desbloqueou e elas começaram a se falar muito, elas ficaram amigas sem o Mauro saber, elas ficaram amigas.

E numa dessas conversas, agora Solange dava sempre um jeito de não ir com Mauro, ela estava, né, “A Rosana me entrega ali na porta e eu venho embora”, e o Mauro achando que estava tudo bem, que a Solange detestava Rosana, deixava ela ir sozinha buscar. E ela subia, aí elas tomavam café e conversavam e numa dessas ela falou assim pra Rosana: “Ô, Rô” — porque agora chamava de “Rô”, amiga. — “O Rô, eu não entendo porque que você deixou os três apartamentos pro Mauro sendo que você tem o Maurinho, e não ficou nada no nome dele”, a Rosana falou: “Oi?”, “É, você deixou os três apartamentos lá do edifício Unicórnio — vou dar esse nome — pra ele, três apartamentos enormes, chiques e ficou com esse só, por quê? Que tipo de acordo vocês fizeram?”

Rosana ficou pálida, ela falou: “Não, eu deixei um só”, e assim, perdeu até a voz, falou: “No nome dele ficou aquele lá, um do edifício Unicórnio e esse aqui ficou pra mim, foi um acordo péssimo já, imagina, não eram três”, ela falou: “Eram três sim, o Mauro tem três apartamentos naquele edifício. — E aí, minha gente, a coisa virou. —Solange falou: “Pelo amor de Deus, não vai falar que eu falei, hein?”, Rosana botou um advogado e descobriu que Mauro tinha colocado mais dois apartamentos que era da época deles antes do divórcio em nome de um laranja lá, de um amigo dele, um amigo da firma e depois passou para o nome dele, aquelas confusões, né?

E aí — Pôs no pau, né? — Pôs no pau, justiça, Mauro tinha que pagar, Mauro ficou louco, como ela descobriu, como ela descobriu. E a coisa correndo na justiça e, um dia, nervosa a Rosana falou pra Solange: “Solange, você toma cuidado porque do mesmo jeito que ele fez isso comigo, você tem uma firma junto, ele deve tá fazendo a mesma coisa com você, dá uma olhada nessas contas aí”. [efeito sonoro de mágica] Solange, cabreira, contratou uma auditoria externa para as obras deles, para as coisas deles e descobriu um monte de falcatrua do Mauro, um monte de superfaturamento, uma conta do Mauro, tipo assim, laranja, separada, que parte do dinheiro das obras ia pra lá. Um rolo… Acabou com Mauro na justiça, quase preso e a Solange também se separou dele, e as duas super amigas. 

Depois de um monte de escândalo, devendo imposto, propina, roubando, olha, o Mauro… Um bandido. — Bandido desses engravatados, sabe? — A Rosana conseguiu na justiça que ele não visse o menino sem supervisão, então ele não podia, ele perdeu a guarda compartilhada, a guarda era total agora da Rosana, ela conseguiu na justiça lá a parte dos apartamentos. Tinha coisa dele que foi bloqueada por causa da Solange, o cara ficou sem nada… — Eu acho lindo. — E numa dessas, elas saíram pra comemorar [risos] e tomar uma cerveja e tal, e a Solange, ela tinha ainda uma última reunião com o auditor pra pegar uns papéis, ela falou: “Ó, a gente vai passar, a gente pega os papéis e depois a gente vai tomar uma cerveja e tal”, e a Rosana foi junto e conheceu o auditor, e aí rolou um [tom de empolgação] climaaaa. 

Adivinha quem está quase pra casar com o auditor que ferrou a vida do Mauro? Quem, quem, quem? Rosana. — Não é a coisa mais linda? — Se fosse uma fic minha eu ia criar um romance entre Rosana e Solange, óbvio, né? Mas a realidade também é bem legal, né? Ela se apaixonou pelo auditor e o auditor por ela, e é o cara que ferrou muito o Mauro, e quem apresentou foi a Solange. — Não é? O universo é maravilhoso. — Bem coisa de universo, né? E é isso. Ela tá feliz, tá quase pra casar com o auditor, o Mauro ainda periga ir preso. O que eu vou achar ótimo se ele for. [risos] — Zero dó do Mauro, zero dó. — Tomara que não tenha arroz lá na cadeia igual ele fez a Rosana passar fome.

E é isso, gente, eu achei uma história com o final felicíssimo, né? Solange daqui a pouco arruma um, ou já deve estar com um, não sei, eu nem perguntei essa parte, mas Rosana se deu bem. Solange se separou daquele traste, Mauro perdeu praticamente tudo e corre o risco de ir preso, tem coisa congelada inclusive, bens, essas coisas no nome dele. E ai, o Maurinho tá ótimo na escola, feliz, fortinho. Eu fiquei bem contente com esse final, né? Porque todo mundo se ajeitou e o Mauro se ferrou. A vida tinha que ser só assim. E é isso, um beijo e até breve.

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.