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título: alta
data de publicação: 09/05/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #alta
personagens: suellen e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. E hoje eu vou contar para vocês a história da Suellen. Então vamos lá, vamos de história.


[trilha]


A Suellen ela sempre foi uma moça aí muito tímida… — E eu tenho o lugar de fala, [risos] eu também sou uma pessoa muito tímida, então se depender de mim, eu nunca vou chegar num cara e a Suellen também nunca vai chegar num cara e também não tem vontade de fazer esse exercício de chegar até um cara. Eu também nunca tive. Na minha época era assim: Eu trocava uns olhares aí com os caras e, se o cara vier, bem, se não vier, amém, [risos] porque eu também não vou. E a Suellen nem isso, assim, nem sai e tal… — E aí a Suellen conheceu um cara pela internet, numa das redes sociais aí… Não em sites de namoro, nada, assim, assuntos em comum. E começou a conversar com um cara, que ela achou ele muito bonito, ele também achou ela bonita e eles começaram a conversar. A conversa fluiu muito bem, eles davam muita risada juntos e tal e o cara convidou a Suellen pra sair, pra tomar uma bebida, enfim… 

Suellen ficou muito nervosa, mas topou, sabendo que poderia não dar em nada, mas falou: “Bom, eu estou gostando um pouco dele, eu vou”. E aí Suellen foi, chegou cedo, escolheu uma mesa mais assim pro canto pra esperar o cara chegar. E a Suellen falou: “Bom, eu vou chegar lá primeiro, pode ser que o cara me veja, não goste de mim pessoalmente e vá embora”. — O que seria muito rude da parte dele, mas enfim, tem gente que faz isso, viu? Eu recebo muita história aqui. — Então ela escolheu uma mesa, pediu ali um refrigerante e ficou esperando esse cara chegar. Esse cara chegou e de cara a Suellen já falou: “Eita…”, o cara era igual ao da foto — era ele, ele não mentiu em nada —, ele só omitiu um detalhe: Esse cara tem um 1,55 de altura. — Então ele é uma pessoa de estatura baixa… — E a Suellen tem um 1,87. — Para algumas pessoas isso pode ser um empecilho para se ter um relacionamento, né? Tem mulheres que não gostam de homens mais baixos que elas e tem homens que não gostam de mulheres mais altas que eles, né? Enfim… —


Só que Suellen já estava ali e o cara já estava ali… Pela mesa ali e tal o cara percebeu que a Suellen era uma mulher alta e ele já chegou fazendo brincadeira com isso. “Poxa, ele tinha esquecido de perguntar esse detalhe”. — Mas eu acho que ele não pergunta porque senão ele também tem que falar que ele tem 1,55 e muita mulher vai parar de falar com ele ali. Então, pessoalmente, ele é um cara que se garante, é divertido, simpático e ele deixa para passar essa info no presencial. [risos] — Um cara muito cativante, muito agradável e foi um jantar ótimo ali. — Ele pagou a conta e tudo, né? — E aí tinha que levantar pra ir embora… E a Suellen ficou com vergonha e o cara também ficou com vergonha, mas eles levantaram… A diferença é bem grande, dá mais que uma régua de diferença, uma régua de 30 centímetros, né? Então ele fica bem abaixo do ombro ainda da Suellen. — Então é uma coisa que chama a atenção, né? — Mas a conversa tinha sido tão legal que a Suellen falou: “Ah, eu não vou me podar por causa disso, tudo bem”. 


Depois que levantou e eles continuaram andando ali um do lado do outro, mesmo com uma pessoa ou outra olhando, a Suellen meio que desencanou e ficou de boa, né? E aí ele falou que ia levar a Suellen até em casa, ele estava de carro e ele levou, e aí eles se beijaram no carro. — No carro eles estão ali na mesma altura, né? — E o beijo foi muito bom, encaixou muito bem e, aparentemente, o cara também gostou e eles continuaram conversando e o cara falou assim: “Nossa, gamei em você e tal, gostei muito. Vamos sair de novo?”, e aí eles saíram de novo… Dessa vez ele passou num drive thru e pegou uma comida para eles. — Então, quer dizer, eles não iam precisar descer do carro e eles foram pra um motel. — Suellen também queria, eles já estavam com umas conversas picantes, como diria [risos] uma amiga minha: Na horizontal todo mundo se resolve, né? Foi muito bom ali e eles passaram a sair constantemente. Uns dois meses eles saindo todo final de semana e era esse esquema, passava em algum lugar, comprava comida — nunca descia do carro — e ia pro motel. Passado dois meses, em vez de ir para o motel, agora a Suellen já ia pra casa do cara. — Ele morava sozinho. —


Quando ela estava pela terceira vez na casa dele, ele fez um jantar todo romântico e pediu a Suellen em namoro. E ela não estava esperando por isso, estava meio nítido que ele não queria sair com ela em público, né? E ela estava aproveitando também ali a companhia agradável, meio que “a hora que acabar, acabou”, mas ele pediu em namoro e ela falou: “Bom, então agora acho que as coisas mudam”, porque quando você está namorando você quer conhecer os familiares do seu namorado, você quer apresentar… Se você tiver uma família minimamente problemática, [risos] você quer apresentar a sua família, você quer apresentar os seus amigos, você quer frequentar lugares que você vai com a sua turma junto com o seu namorado, enfim, mil coisas… Namoro já é outros quinhentos, né? E aí a Suellen aceitou aí o pedido de namoro, eles começaram a namorar e o esquema deles não mudou, eles só ficavam em casa, mas eles se davam super bem, até que Suellen começou a cobrar, né? Um dia ele marcou e apresentou a Suellen ali para os amigos, era uma festa na casa de um amigo dele lá e ela foi muito bem recebida, tanto pelas meninas quanto pelos caras, todo mundo gostou dela e ficou tudo bem assim…


A Suellen apresentou ele na casa dela, como na minha própria família, na família da Suellen também tem aquela galera sem noção. — Mas que não tirou sarro na frente dele, mas por trás chamou ele de “chaveirinho de Suellen”. Esse tipo de bobagem, né? Mas nada na frente dele, ele foi muito bem recebido também. — E a Suellen queria: “Poxa, vamos pegar um cinema, vamos passear” e essas coisas assim, com muito público, ele não queria. — Ele não queria de jeito nenhum. — Tempo foi passando, um ano de namoro, dois anos de namoro… Coisas simples como uma ida ao cinema, uma viagem curta, nada disso ele topava fazer. Mas ela já estava na turma dele, né? Então, quando tinha alguma festa na casa de algum amigo ou amiga dele, ela ia, né? — Mas ainda não era uma coisa, assim, muito em público, sabe?  — E outra coisa que ele evitava também era tirar fotos com ela. A não ser, sei lá, está lá na casa de um dos amigos e está todo mundo sentado, aí tirava foto… [efeito sonoro de captura de foto] — E ainda assim, sentado, gente, ela é bem mais alta que ele, então aparece a diferença, não tem como. —


E aí um dia a Suellen estava na casa dele [efeito sonoro de notificação] e o telefone dele ali estava apitando com um monte de mensagem e, como eles iam para um churrasco na casa de um amigo do cara, e eles tinham que levar…. Sabe aqueles que cada um leva uma coisa e tal? O cara mesmo falou para a Suellen desbloquear e ver o que eles tinham que levar. E aí a Suellen abriu e viu — abriu essa conversa, né? — o que tinha que levar… Só que quando ela fechou essa conversa, tinham outras conversas e tinha um amigo dele que tinha escrito assim: “A girafona vai? kkk”, era uma mensagem não lida e só dava pra ela ver isso. Aí ela clicou e abriu o chat e começou a ler, voltar, e achou ali um mundo de ofensas e coisas que ele falava a respeito dela… Sempre em relação a altura dela. Coisas desrespeitosas sobre o cara perguntando — perguntando pro namorado dela, hein? — o tamanho da vagina dela, se era enorme… — Não usando essas palavras, né? Mas com palavrões. — E ele rindo e ele respondendo. 


E ali o mundo da Suellen caiu… — Poxa, o cara que você acha que te respeita e que, tudo bem, tem essa questão da altura, que por mim era mandar ele tratar em terapia, né? Não é um problema seu que ele tem um 1,55, que ele tem a altura da Lady Gaga. Não é um problema seu… —  E aí ela começou a chorar, e aí ele viu e aí ele quis dizer que era tudo brincadeira entre homens. A Suellen ficou muito mal, pesando isso ao fato dele não querer sair com ela, a Suellen terminou o namoro com ele. E aí ele ficou muito mal, esse amigo acabou sabendo e mandou mensagem pra ela pedindo desculpas, ela nem respondeu. A galera dele começou a pedir uma chance pra esse cara… E aí a Suellen deu essa chance, ainda muito magoada, mas está nesse relacionamento onde ele não leva ela para nada… Teve um casamento de uma das meninas da turma e a menina falou pra Suellen: “Suellen, eu quero que você vá” e ele não deixou a Suellen ir, “por que onde já se viu a Suellen botar um vestido e tal”. E aí a Suellen quando voltou conversou com ele e deu um exemplo, falou assim pra ele: “Mas você sabe que tem um monte de cara aí que namora e casa com modelos e elas tem um metro e oitenta e tantos como eu e os caras ficam numa boa, aceitam numa boa”, e aí ele virou pra Suellen e falou: “É, mas você não é nenhuma modelo, né? É diferente você sair com uma modelo alta do que eu sair com você”.


Nesse comentário, Suellen, já era pra você nem ter voltado… Muita gente fala para a Suellen assim: “Ah, pondera, ele é complexado… Ele não se aceita porque ele é muito baixinho, ele tem um 1,55, ele é menor que a média das meninas e nã nã nã, releva isso”. — E aí aqui eu quero contar um pedacinho de um Proibidão que eu acabei de contar para assinantes e, se você não é ainda nosso assinante, assine, tem bastante conteúdo exclusivo bacana… Eu contei a história de um cara que transa, quer dizer, se masturba com o aspirador de pó e ele não transa com a noiva. Eles estão morando juntos e eles transam no máximo três vezes no mês… Ela tentou um diálogo, tentou algumas vezes conversar com ele, falou pra ele como ela se sente e o cara simplesmente fala que é um assunto que ele não quer conversar com ela e agora que ela sabe que ele enfia o pênis no cano do aspirador e liga, ele começou a fazer isso na frente dela, que antes ele fazia escondido, agora ele se tranca no quarto com o aspirador e ela só ouve o barulho e depois ele sai de lá, porque ele usa uma meia para não arranhar o pau no cano do aspirador, e aí ele sai de lá com a meinha suja de esperma e não está nem aí para ela. —

E aí muita gente, inclusive lá no nosso grupo, acha que ela tem que se “incluir” no fetiche ou ser mais compreensiva, ou tentar conversar ainda mais com o cara que não a respeita. E aí eu fico perguntando aqui, né? A mesma coisa que eu que eu questionei lá, eu questiono lá no grupo, eu questiono aqui para vocês: Por que é que nós mulheres temos que aceitar as coisas para ficar num relacionamento? Por que a gente tem que ser compreensiva? Por que você não pode simplesmente achar bizarro o cara se masturbar com aspirador, achar que é uma coisa que não cabe na sua vida e que você não é obrigado a aceitar e você meter o pé, ir embora? Por que que isso tem que virar uma culpa da mulher que não fez o relacionamento dar certo? Entende? Quando os caras não estão nem aí para os nossos sentimentos… O cara está lá se trancando no quarto com o aspirador. Podia não ser um aspirador, tá? Podia ser um vibrador, que fosse, mas o cara não está transando com ela, não conversa com ela, se tranca no quarto… Se fosse um vibrador… Não tá nem aí para os sentimentos dela, não está nem aí para uma mínima conversa sobre o que poderia ter ou sei lá, poderia fazer para pelo menos melhorar para ela também as coisas.


E agora, sei lá, se fosse um outro fetiche… Tem cara, por exemplo, eu recebo umas cartas aqui que o cara gosta de, sei lá, perder o ar, colocar uma sacolinha na cabeça, enfim, eu recebo essas histórias aqui… Você é obrigada a aceitar, se incluir num fetiche que que não te dá tesão, que você acha estranho, que você não tá a fim? Você não é obrigada, você pode meter o pé e ir embora sem culpa, porque é isso que colocam na gente: Culpa. E agora tá aí a Suellen, cheia de culpa, num relacionamento péssimo onde o cara tira sarro dela com os amigos pelas costas dela. “Ah, porque o cara tem complexo”, “porque tem que compreender o cara”, por quê? Se o cara não vai com você na padaria de mão dadas porque ele tem vergonha de você e falou que você não é nenhuma modelo… E aí as pessoas, óbvio, culpam a Suellen, “O que que tem? Tenta compreender o cara”, por que a gente tem que tentar compreender? Seja um cara que mete o pinto no aspirador ou um cara que não pega na sua mão e não sai por aí, sabe? Isso pra mulher é mais forte, mas eu recebo também, por exemplo, histórias de homens que namoram há muito tempo, gays que namoram outros homens que não saem do armário e não são assumidos.


E, assim, eu entendo que o cara não queira sair do armário, a gente não tem o direito de tirar ninguém do armário, mas por que você vai ficar num relacionamento que você é escondido? Que o cara que você ama e diz que te ama não te mostra para ninguém? Mete o pé. Muito relacionamento acaba quando a gente está amando ainda. Só amor não é suficiente, entendeu? Isso é uma ideia, um romantismo idiota que inventam justamente pra mulher se sentir culpada. “Ah, mas se você amar muito ele, vai dar certo”, foda—se ele que tem um 1,55, foda-se o outro lá que quer se masturbar com aspirador… A partir do momento que você não consegue ser ouvida e você não tem seus sentimentos respeitados, mete o pé, vaza… E isso também serve para os caras que estão apaixonados por caras que te escondem, que te colocam ali numa prateleira de “você é um pecado”, “você é algo escondido”. Mete o pé. Vai ficar com um cara que passeia com você de mão dada no shopping, tá?

Tanto você, menina alta, quanto você, moça do aspirador, quanto um gay que está aí com um cara no armário… Saiam desses relacionamentos, gente, ninguém merece. A culpa não é de vocês. Nem tudo cabe na nossa vida, nem tudo a gente tem que aceitar, nem tudo a gente tem que compreender, sabe? Eu tenho que ver coisas no grupo do tipo “ah, vê se o cara te insere junto no fetiche dele de aspirador”, ah, francamente, gente… Ela já está verbalizando que é uma coisa que… Isso eu só estou falando da outra história, tá? Que é uma coisa que incomoda ela. Agora você quer o quê? Que ela segure o aspirador para o cara enfiar o pau? Poxa… Agora essa menina alta, o cara não vai na padaria de mão dada com ela, praticamente falou na cara dela que ela é feia, chama ela de “girafona” e outras coisas com os amigos e comenta sobre as partes íntimas, o tamanho das partes íntimas dela com os amigos… Ô, gente… “Ah, dá uma chance, ele é complexado”, foda—se ele. Sabe? Não dá, não dá… Eu acho que, assim, a gente está em 2024, a gente tem que começar a deixar de lado essa culpa.


“Ah, mas eu não tentei o máximo”, foda-se, não precisar tentar nada, fala, “Pô, que inferno isso… Não quero mais, acabou”. Vamos tentar menos? Ainda mais em relacionamento amoroso… Vamos tentar menos? Não deu? Não deu, bola pra frente. Porque agora tá aí a Suellen querendo ser vista de mão dada com um cara de um 1,55… Quer dizer, ela superou isso aí, agora o cara não supera. Então ele que ache uma moça de uma estatura que ele curta… Eu já acho ele escroto em tudo, já acho que não tem que ter moça nenhuma, nem baixinha, nem alta… Agora, por que fica com a Suellen, empatando a vida da Suellen? E o deboche, a chacota com os amigos, gente, pra mim é inadmissível. A Suellen agora não tem mais clima com essa turma, porque sabe que a galera ri dela pelas costas e ele dá esse tipo de brecha. Então, mete o pé, Suellen… Foda-se que ele é complexado, você não é psicóloga e, mesmo se fosse, é antiético, ele tem que procurar outra profissional. Foda-se se ele vai chorar, foda-se que ele vai ficar triste… Foda-se. Foda-se. Pensa em você, nos seus sentimentos, no que ele te fez, se é essa a vida que você quer, escondida num carro, comendo em drive thru, só no apartamento do cara ou na casa dos amigos do cara, sendo que quando você vira as costas eles dão risada de você. Sai fora. Sai fora.


“Mas ele é legal”, ele é legal? Onde ele é legal? Ele te paga uma batata do drive thru? Eu te pago também uma batata, se essa é a questão. Não dá, gente… Não dá pra gente ser sempre a compreensiva, pra gente ser sempre a que abre a exceção, sempre a que vai incluir, passar por cima dos nossos desejos para incluir fetiche de cara ou entender complexos e aí você ferrar a sua autoestima e a sua alegria de viver, porque o cara tem um complexo que ele não quer tratar em terapia. E mesmo se ele for em terapia, isso aí vai demorar para ele resolver… Você vai ficar aí? Vai viver sua vida. Se um dia, sei lá… Eu, pra mim, é: Termina e não volta… Mas se um dia esse cara for resolver as questões dele, voltar aí e quiser ter um relacionamento, um namoro legal com você, te assumindo, pegando na sua mão, passeando com você, foda—se o que o povo acha, ninguém paga suas contas. Agora, se isso incomoda tanto ele a ponto de te esconder e você voltar ainda depois de ter lido as coisas, não dá pra mim, gente, não dá… E eu vou fazer, vou pedir pra Chico Rei fazer uma camisa, uma camiseta escrito: “Termina”. Eu estou falando sério… Quem sabe isso vira um sinal. Você tá num relacionamento bosta, alguém te passa na rua com a camiseta escrito “termina”, você fala: “Pronto, é um sinal… Vou terminar”. Te juro que eu vou pedir pra Camila falar hoje na Chico Rei pra fazer essa camiseta, “Termina”, porque não é possível. Não é possível.


A gente precisa mudar essa nossa mentalidade… E não adianta, vai ter mulher que vai falar pra você: “Ah, mas ele é legal sim, ele te trata tão bem”, tratar bem e ser legal é o mínimo, gente… Se você está num relacionamento que o cara, a moça, não te trata bem, não te respeita, mete o pé, isso é o mínimo. Então não está fazendo nenhum esforço, não está fazendo mais que obrigação. Então só amor e tratar bem não sustenta relacionamento nenhum. Então pensem nisso e me aborreceu essa história… Sabe, Suellen? Você é alta, sabe? [risos] Vai viver, você é alta, você é bonita, você é alta… Não dá para mim, gente, essa parte aí dele falando, sabe? Da parte íntima dela, porra, no grupo dos caras lá… Olha… Pra mim é não, é imperdoável… E eu ainda rogava uma praga nele pra ele ficar mais baixo, é isso… Ela gosta desse cara, mas, gente… Gostar eu gosto de batata também, e aí, sabe? Então, gostar? Desgosta. Dor de amor passa, esse é o mantra de hoje. E não aceitem a culpa… Tem coisa que realmente não dá pra gente, a gente não segura a onda, é da vida… Termina. 

[trilha]

Assinante 1: Oi, gente, eu me chamo Jéssica, de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Não me choca esse tipo de comportamento do cara, porque a altura dele sim, uma hora vai refletir em insegurança e isso vai se estender ao tratamento que ele dá a Suellen. O único conselho que eu te dou, Suellen, de alguém que namorou um cara mais baixo e que era super gente fina: De todas as formas ele tentava me diminuir, na minha profissão, na minha vida pessoal… Então, assim: Larga, amiga, larga enquanto é tempo. Porque se não, quando você perceber, você vai estar com a sua autoestima no pé de um cara que, pelo amor de Deus, né? Não tem nem o que falar. Mas é isso, Força, Suellen, dor de amor passa. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, meu nome é Júlia, eu falo de Guarulhos, São Paulo. E eu tô com raiva dessa história, porque quando a gente ama alguém, a gente tem orgulho daquela pessoa… Você não esconde a pessoa que você ama, você não tira sarro da pessoa que você ama. Isso não se faz, isso não é amor. Você, Suellen, é perfeita, é linda… Você merece alguém que te veja como isso, te trate assim e te mostre para o mundo porque é isso que você é. Eu desejo tudo de bom para você, desejo um futuro seu longe desse escroto e, qualquer problema que ele tenha consigo mesmo, ele que trate na terapia, porque isso não é o seu papel, entendeu? Você não tem papel nenhum disso. 

[trilha]

Déia Freitas: Então é isso, gente, comentem lá no nosso grupo do Telegram, sejam muito gentis com a Suellen. — Tô aborrecida. — Um beijo e eu volto em breve.

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]