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título: problema seu
data de publicação: 21/10/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #amigas
personagens: sara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]


Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Hidrabene. — A marca cor de rosinha que eu amo. — A Hidrabene está com uma seleção super especial de produtos por até R$60. Essa é a oportunidade perfeita de você ter aí na sua casinha para o seu momento de skincare produtos de alta qualidade por um preço bem acessível. Alguns dos produtos da Hidrabene que estão aí na categoria de até R$60, vou falar aqui para vocês: O protetor solar facial com fator de proteção 70, [efeito sonoro de caixa registradora] a espuma de limpeza facial que vocês sabem que eu chamo aqui de “passar uma nuvem no rosto”. — Sério, essa espuma é sensacional. — 

A máscara rosa que eu também amo, ela faz até parte do meu kit de tanto que eu amo. [efeito sonoro de caixa registradora] Tem também os lipstcisk e os liptints que eu amo… Com esses produtos você consegue montar uma rotina de cuidado, proteção e hidratação para sua linda pelezinha por um preço que você pode pagar. Acesse agora o site da Hidrabene: Hidrabene.com.br e vai lá conhecer a seleção especial de produtinhos até R$60. — Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio e fica com a gente até o final que tem sim cupom de desconto. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Thamires. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 


A Tamires sempre teve uma melhor amiga — que a gente vai chamar aqui de “Carla” —, desde ali do final do ensino médio, Tamires e Carla desenvolveram aí uma amizade e, a partir daí, elas fizeram tudo juntas. Elas entraram na mesma universidade, cursaram o mesmo curso… Terminando este curso, elas montaram um negócio juntas, e aí Carla conheceu um cara… Tamires e Carla sempre foram pegadoras, quando ela saíam na balada, beijava um, beijava outro, ficava com um, ficava com o outro e elas tinham um combinado que quando uma ficasse com determinado cara, se não fosse virar nada sério, tudo bem que a outra ficasse com esse cara. A Carla conheceu aí esse cara e começou a ficar com esse cara, mas não parecia ser nada sério. 

Então, numa outra balada que rolou, a Tamires ficou com esse mesmo cara. Acontece que esse cara não gostou de ficar com a Tamires e quis ficar de novo com a Carla. — Então, veja bem: As duas pegaram em um mesmo cara e esse cara depois quis ficar de novo com a Carla. — E ficou com a Carla, e aí as coisas mudaram porque a Carla começou a gostar desse cara e esse cara gostar da Carla. A partir do momento que virou uma coisa mais séria — elas sempre conversavam, sempre tiveram um diálogo muito aberto — e foi decidido ali que então fechou para Tamires. — Aquele cara não estava mais disponível. — Carla começou a namorar sério esse cara e esse namoro sério durou três anos, virou um noivado e, enfim, rumo ao casamento, que era realmente o que a Carla queria e que esse cara também queria.

Tamires ajudou ali em tudo… — Tamires a melhor amiga, né? — Ajudou nos preparativos, a Tamires ia ser a madrinha principal ali, aquela que ia segurar o buquê, enfim, a Tamires com um papel de destaque no casamento da Carla. Nesse tempo todo, entre namoro e noivado — de Carla com o cara — nunca rolou absolutamente nada, nem olhares, nem clima, nada com Tamires… Tamires botou aquele limite e aparentemente o cara também. Chegamos a pré véspera do casamento — então não a véspera, um dia antes, antevéspera do casamento —, Tamires morando sozinha, toca o interfone [efeito sonoro de interfone tocando] da casa dela e era o noivo de Carla. Ele pediu para subir, disse que queria fazer uma surpresa na hora, ler um texto lá para Carla, queria combinar umas coisas com a Tamires e a Tamires achou que tudo bem. O cara subiu, eles combinaram ali as coisas que iam rolar no casamento de surpresa pra Carla e nã nã nã… — Eu odeio 

E aí eles abriram um vinho e, gente, aconteceu… [música sensual] Tamires transou com o noivo da melhor amiga. Quando eles ficaram lá atrás, eles só se pegaram, só se beijaram, um sarro aqui, um sarro ali, mas eles não transaram… E agora eles tinham transado. — Então, na antevéspera do casamento da melhor amiga, Tamires, que é quem me escreve transou com o noivo. —  Não foi assim “ah, transou e foi embora”, ele passou a noite com a Tamires, eles transaram várias vezes… E aí de manhã, que seria véspera de casamento, ele foi embora falando que aquilo tinha sido um erro, “me desculpa” e nã nã nã… Meio que já tirando o corpo fora. E a Tamires agora ela tinha que encarar o que ela fez, né? Que ela transou com o noivo da sua melhor amiga e ela não sabia o que fazer, se ela contava, se ela não contava… E ela foi conversar com a mãe dela e a mãe dela falou: “Olha, não estrague o casamento da sua amiga, não conte, não conta nada, esquece e tal”.

E aí ela ficou com aquele peso, na véspera do casamento, ela ia passar o dia todo com a Carla. E pra ela foi horrível, assim, né? Tanto que a Carla várias vezes falava: “Mas amiga, o que você tem, você está diferente, você está estranha e tal”, ela falava: “Não, só eu estou preocupada, vai dar tudo certo no seu casamento e nã nã nã” e assim a véspera do casamento passou. Chegou o dia do casamento de Carla — um dia muito importante na vida dela — e Tamires quase fez a besteira de contar… E aí, se Tamires tivesse feito isso, eu ia achar sim que tem um tom de perversidade nisso, porque você podia ter contado antes… Na hora do casamento você vai contar que você transou com o noivo, né? Então, eu acho que teriam questões aí mais sérias até pra Tamires lidar com a sua própria perversidade em terapia. Ela se segurou e o casamento rolou… [efeito sonoro de sino soando] E pra Carla foi lindo e, aparentemente, para o noivo também, ele tinha esquecido 100% que ele tinha transado com Tamires.

Tamires ficou remoendo aquilo, porque era muita culpa e ela queria contar para a amiga. Então, ela combinou de contar na volta da lua de mel — porque aí a amiga podia decidir o que queria fazer, tanto em relação a ela quanto em relação ao marido —, só que a Carla voltou muito bem, muito feliz da lua de mel e ela não teve coragem. Então ela se afastou um pouco e a Carla não percebeu esse afastamento, porque ali começo de casamento e tal, para adaptar tudo… E a vida seguiu um pouco. As duas sempre se falando, WhatsApp ali, se vendo menos… Quando Carla deu a notícia: Carla estava grávida e, a partir do momento que ela engravidou, ela queria que a Tamires fizesse parte de tudo, inclusive ser a madrinha do bebê. E é nesse ponto que a gente tá, para a Tamires ela não pode ser madrinha do bebê depois que ela fez e ela quer contar essa traição… O cara não olha mais na cara dela, fala “oi”, fala “tchau” e, aparentemente, ele também ficou sem graça do que aconteceu. — Arrependido? Não sabemos, porque Carla não percebeu nada nele e Tamires nunca teve uma conversa depois com ele. E eu não sei… Eu fico pensando, será que esse cara já não foi lá nessa intenção de transar? Porque ele tinha ficado com a Tamires, mas não tinha transado com a Tamires… Será que ele não quis fazer isso antes de casar? Canalha também. –

É nesse ponto que está, ela não vai ser madrinha do bebê… E, conforme a gravidez vai evoluindo, mais a Carla conta com ela, mas ela precisa contar pra Carla o que aconteceu.  — As perguntas que eu fiz para Tamires: Por que você precisa contar? É uma questão de ser honesta consigo mesma e ser honesta com a sua amiga ou é para aliviar a culpa? Porque a partir do momento… Tem coisas que a gente conta, que a gente desabafa, que a gente transfere… A gente tenta tirar o peso da gente porque, assim, a Tamires vai pedir perdão para a amiga. Então, você tira um peso de você, do que você fez de errado e você fica bem e você detona a vida da outra pessoa que está grávida? Então, como é que é isso, né? É justo você transferir esse problema? Porque vai ser uma transferência de problema. Você vai contar, você vai se aliviar, mesmo que você não seja perdoado, você fez a sua parte, entre aspas, né? E aí a outra pessoa vai pegar tudo aquilo que você despejou no momento em que ela está grávida e fazer o quê? Então, eu acho que essa história a gente pode pensar um pouco nisso, assim… 

É sempre melhor saber a verdade, mas tem um momento certo da gente dizer essa verdade? Isso vai me aliviar? Eu que que cometi, sei lá, uma coisa que eu achei que não é legal e a outra pessoa vai ficar pior? É sempre melhor contar a verdade? Não sei, eu fiquei muito na dúvida, porque a Carla agora está bem, tá grávida, tá feliz, está fazendo as coisas, e aí a Tamires vai chegar lá e vai contar tudo o que aconteceu, assim, o que vai rolar, né? Agora? Será que conta agora? Mas será que vai deixar para depois que o nenê nascer? Tem momento para contar ou não vai contar nunca? Então a Tamires, ela sabe… Não adianta a gente ficar aqui falando: “Ah, ela foi errada”, ela sabe… Tanto que ela está arrependida e somos todos adultos aqui. Fez uma cagada, vacilou e agora é isso, né? Vida adulta é isso, a gente faz as coisas e tem as consequências e tal, mesmo que elas sejam somente internas, somente da gente, né? Até a gente compartilhar isso com a pessoa que a gente vacilou, né? Então, quando compartilhar? Sempre compartilhar ou não? Às vezes não precisa, né? —

Ela está muito confusa, a mãe dela acha que ela não deve contar nunca — porque foi um momento só e passou e o cara também nunca mais procurou por ela, nunca mais nada — e também acho que ela pode levar para a terapia o porquê disso chegou no ponto que chegou, porque a partir do momento você vê que o cara abriu um vinho, o clima tá estranho, você podia falar: “Bom, então tá, então a gente vai fazer essa surpresa e tal… Amanhã a gente se fala, beijo, tchau”. Por quê? Quais as motivações para que isso tenha acontecido? Porque a dinâmica de dividir os caras ela contava para as duas quando o cara não tinha importância… A partir do momento que era um noivo, que ia casar dali dois dias, é outro cenário, né? Então eu acho que tem bastante coisa para Tamires trabalhar nela, até antes de conversar com a Carla, né? Como minimizar isso para Carla? — Para você não chegar como um furacão na vida da pessoa e destruir tudo, né? E aí, aqui a gente nem está falando do cara porque, enfim, a gente nem sabe se arrependido ele está. Eu acho que ele foi realmente com a intenção de sair com a Tamires, de transar com a Tamires, porque ele podia muito bem ter passado isso por WhatsApp, não é? 

Podia bater esse texto aí que ele queria falar, não é? Online… Não precisava ter ido até a casa da Tamires à noite, sabe? Então, assim, não sei… Mas aqui é só uma impressão porque a gente não sabe absolutamente nada do lado dele, só que ele foi lá e que eles transaram, né? A Tamires está muito confusa… Eu acho que ela não deve contar agora na gravidez da Carla, deixa a Carla ter a gravidez dela tranquila e depois tem o parto, depois tem o puerpério, enfim, lida aí com suas angústias, gata… Sabe? Agora espera, né? Deixa a Carla sossegar a vida… “Ah, mas nunca vai chegar o dia de contar?”, talvez chegue, mas acho que agora não é um momento assim… Acho que vem uma sequência de coisas que a Carla não precisa desse fato. Mas, por outro lado, óbvio que eu sei que terão pessoas que vão dizer isso, que “a verdade é sempre melhor, é sempre melhor contar a verdade”, mas neste momento? Eu sempre penso no cenário de como estão as coisas e tal. — O que vocês acham?

[trilha]


Assinante 1: Aqui quem fala é a Carolina de Santa Fé do Sul, São Paulo. Tamires, essa culpa que você está sentindo é muito importante trabalhar em análise, porque vem de uma vontade de talvez despejar isso na sua amiga, de transferir essa culpa para ela e ouvir um perdão. Só que a gente já tem que se preparar que muitas vezes isso não vai acontecer e pode até piorar. Na verdade, a gente precisa trabalhar a culpa exatamente internamente, não é a sua amiga que vai aliviar para você ela te perdoando ou não, e sim você mesma trabalhando os impactos disso tudo na sua vida e também a sua forma de lidar agora com essa situação. Então, o que você busca são mudanças internamente, erros que você não gostaria de cometer… Muito mais do que contar ou não para ela, eu vejo que é mais sobre você mesma, como você se sente ao ter traído essa amiga e o que fazer agora com esses sentimentos que ficaram. Boa sorte aí, um beijo. 

Assinante 2: Meu nome é Gabriela, eu falo aqui de São Paulo, Capital, eu sou estudante de obstetrícia e consultora de aleitamento materno. Visando o bem estar da mãe e do bebê, acho que seria melhor que contasse sobre esse assunto após o neném fazer seis meses ou até mais, por quê? Ele é dependente do aleitamento exclusivo até os seis meses, o que pode ser prejudicado, porque aspectos psicológicos também influenciam na amamentação e ela pode até não conseguir amamentar o filho dela e isso propicia alergias, enfim, N outras coisas. Talvez com um ano de idade, seria um momento onde talvez não causaria nenhum dano diretamente ao neném, porque a alimentação dele estaria mais consolidada ali, com outros alimentos, frutinhas e etc. 

[trilha] 


Déia Freitas: Não esquece: Você pode montar aí a sua rotina de cuidados para a pele aproveitando a seleção especial de produtos Hidrabene por até R$60. Essa é a melhor oportunidade para você ter aí os itenzinhos de skincare minhas que eu amo… Todos de alta qualidade por um preço que cabe no seu bolso. Nessa seleção da Hidrabene você vai encontrar o protetor solar facial Fator de Proteção 70, a nuvem que eu amo, que é a espuma de limpeza facial, a máscara rosa, os lipsticks e os liptints, ou seja, um monte de produto. E usando o meu cupom: PICOLE10 — “picolé” tudo junto, maiúsculo, numeral dez —, você ganha 10% de desconto nessa seleção de produtinhos em todo o site, exceto kits. — Valeu, Hidrabene, te amo… — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 


[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]