título: ana cláudia
data de publicação: 29/09/2025
quadro: alarme
hashtag: #anaclaudia
personagens: ana cláudia e isabela
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Atenção, Alarme. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais uma história do quadro Alarme. — O quadro onde além de contar histórias, a gente presta aí um serviço a comunidade. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é a UMANI, uma organização da sociedade civil que fomenta iniciativas do âmbito da saúde pública, com o objetivo de contribuir com o Sistema Único de Saúde — O SUS — e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem no Brasil. No último dia 19, o Sistema Único de Saúde completou 35 anos. — Êêêê, viva o SUS… — O SUS é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo e um dos melhores, referência para diversos países e salva milhares de vidas todos os dias. — E é preciso comemorar, né, gente? Vamos celebrar aí a existência do SUS e ressaltar a sua grandiosidade. —
Um sistema gratuito e universal de saúde que abrange desde a atenção primária, como consultas médicas com enfermeiros, vacinações e exames, cuidados de feridas, administração de medicamentos, até tratamentos mais difíceis, como transplantes de orgãos, cirurgias de alta complexidade e tratamentos de doenças raras. — Gente, eu tenho tanto orgulho do SUS… Olha, eu sou suspeita pra falar… O SUS é meu queridinho, o perfeito, amado. — O SUS está em todo o território nacional, em 100% dos municípios brasileiros e é essencial para a prevenção e manutenção da saúde de todas as pessoas que vivem no Brasil. Conheça a UMANI, clica no link que eu vou deixar aqui na descrição do episódio pra celebrar e reconhecer a importância desse patrimônio nacional que é o SUS. A gente vai conhecer agora a história da mãe da Isabela, a Dona Ana Cláudia, que teve a sua vida impactada de forma única pelo SUS. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]No final de abril desse ano, 2025, Dona Ana Cláudia, com seus 54 anos, foi até a ginecologista pra exames de rotina ali, numa consulta particular da rede SESC — que, gente, também é muito bom, que tem atendimentos ali com valores mais em conta, né? — Dona Ana Cláudia tinha sentido ali naquela época umas microcalcificações no seu seio esquerdo, mas ela não achou que fosse nada grave, porque ela não sentiu nenhum nódulo… E aí ela falou ali pra médica e a médica falou: “vamos fazer já uma mamografia agora? E a gente marca o seu retorno, dona Ana Cláudia, pra daqui 20 dias Dona Ana Cláudia fez a mamografia e ia voltar dali 20 dias. Só que, com apenas dois dias que ela tinha passado naquela consulta e feito a mamografia, ela recebeu uma ligação pedindo pra que ela retornasse à ginecologista naquela mesma semana.
Então, aí a Dona Ana Cláudia já ficou preocupada, né? Dessa vez, ela falou: “Olha, Ademar” — Ademar é o marido da Dona Ana Cláudia — “Ademar, vamos comigo que a médica tá me chamando antes lá, não sei o que que é vamos comigo”. E aí, a médica entregou um laudo pra dona Ana Cláudia onde constava ali um BIHADES 5. BIHADES é uma classificação padronizada onde o médico interpreta exames ali de imagens, né? De forma objetiva, consistente, e vai de 0 a 6. — Sendo 5, gente, uma categoria bem preocupante, né? Se vai até 6. — A médica explicou ali pra Dona Ana Cláudia e pediu que ela fizesse uma biópsia. Nesse ponto, Isabela, de 28 anos, filha mais nova aí da Dona Ana Cláudia, que sempre foi muito amiga da mãe, quando ficou sabendo do resultado, mesmo assustada, falou: “mãe, vamos correr atrás de tudo, não vamos perder tempo”. Na mesma semana, elas agendaram uma consulta particular e o médico mastologista falou pra elas: “Olha, com o SUS essa biópsia que você precisa fazer aqui vai ser tão mais rápido que eu indico vocês esperarem uns dias e passarem no médico do SUS pra fazer tudo pelo SUS.” — Isso o médico particular. —
Só que a dona Ana Cláudia e a Isabela, elas estavam muito ansiosas — muito ansiosas — e elas queriam fazer tipo o exame hoje, aí elas falaram: “Não, a gente vai pagar”, pagaram parcelado ali, praticamente mil reais pra fazer essa biópsia particular. — Não tinham o conhecimento ainda de como seria no SUS, então elas falaram: “Melhor a gente fazer e pagar” e em dois dias saiu o resultado e Dona Ana Cláudia estava com câncer de mama. Foi um baque, um susto, assim, um medo, um desespero… A Isabela tinha a sensação que o mundo estava desabando na cabeça delas. Nessa noite, a Isabela acordou com a mãe chorando, repetindo que estava com câncer de mama, que estava com muito medo… Pela primeira vez na vida, a Isabela estava vendo a mãe dela chorar como criança, né? Tamanho desespero. Dona Ana Cláudia dizia ali que não queria morrer, que estava com medo de não ver o neto — filho de uma outra irmã da Isabela que mora fora do Brasil, ela tinha medo de não ver o neto crescer — , gente, aquele básico: ela sentia medo de perder os cabelos, de ficar fraca.
E a Isabela se viu ali completamente impotente, vendo a mãe dela naquela situação. A única coisa que ela podia fazer é estar perto, mesmo trabalhando de dia, estudando à noite, a Isabela falou: “Não, eu vou te acompanhar, vou me dedicar” e a gente vai passar por isso juntas. A família da Dona Ana Cláudia é muito unida, então as irmãs dela, as tias — que são as tias da Isabela — estavam sempre ali com ela em casa. A avó da Isabela, o pai, mesmo o Seu Adhemar, também sempre presente, ali todo mundo junto, dando aquela força. A filha da Dona Ana Cláudia que mora em outro país também todo dia ali, ligando. — Enfim, gente, a família se uniu e falou: “Bom, vamos pra cima. É isso”. — Com resultado daquela biópsia particular, o médico particular pegou um encaminhamento, deu nas mãos da Dona Ana Cláudia e falou: “Olha, leva hoje esse encaminhamento no posto de saúde mais próximo da sua casa” e antes de ir pra casa, elas foram no posto de saúde e entregaram ali aquele encaminhamento.
Entregaram numa quinta à tarde, na sexta de manhã, uma enfermeira do SUS já entrou em pra agendar a consulta da Dona Ana Cláudia com o mastologista do SUS pra aquela próxima semana. E com menos de cinco dias daquela biópsia, Dona Ana Cláudia, com a companhia da Isabela, já tava se consultando ali com o mastologista do SUS e ficou definido que ela precisaria retirar a mama esquerda. — Fazer uma mastectomia total. — O mastologista explicou tudo pra elas nos mínimos detalhes ali e ele, inclusive, deu a opção de que poderia ser feita uma reconstrução mamária no mesmo dia da cirurgia da mastectomia e a Dona Ana Cláudia aceitou fazer a reconstrução. Ela estava muito preocupada, né? Tipo: “meu Deus, eu vou ficar sem uma parte do meu corpo e tal”. Depois da consulta com o mastologista, o médico encaminhou a Dona Ana Cláudia pra sala ao lado, onde a secretária agendou ali todos os exames necessários pra cirurgia… Os exames foram feitos naquela mesma semana….
Todos os exames de sangue, né? Que precisava ali pra anestesia e tal, também foi feito um raio X. A Isabela, sabendo o quanto a mãe tava fragilizada, pediu no posto de saúde se tinha como a mãe passar pela psicóloga ali do posto, né? De pronto, atenderam e marcaram pro dia seguinte uma sessão pra Dona Ana Cláudia, né? — Com a psicóloga ali do SUS. — Dona Ana Cláudia passou por várias sessões com a psicóloga, durante todo o processo ela seguiu passando ali em terapia. — E a Isabela disse que a mãe ficava muito serena e tranquila depois das consultas ali com a psicóloga, né? — Em terapia, a Dona Ana Cláudia foi entendendo que ela tava passando por um momento delicado, mas que ela ia continuar seguindo a vida dela normal ali, fazendo tudo o que precisava. Enfim, ela teve esse amparo e também esse entendimento sobre o tratamento e o acompanhamento da psicóloga do SUS ali foi essencial.
Ainda nessa mesma semana, Dona Ana Cláudia junto com a Isabela, foram pra consulta com o cirurgião plástico do SUS pra definir como seria a cirurgia e, em menos de duas semanas, Dona Ana Cláudia já estava operada do câncer, tá? Menos de duas semanas depois. Dona Ana Cláudia foi operada, no dia 30 de maio, um dia antes do seu aniversário de 55 anos. O pós—operatório foi complicado, Dona Ana Cláudia ela sentia muitas dores… — Pensa, gente, ela retirou a mama inteira, né? — Ela mal conseguia se mover sozinha, mas elas tiveram todo o apoio ali dos médicos do SUS. A Isabela recebia ligações praticamente todos os dias para saber como a Dona Ana Cláudia estava. Dona Ana Cláudia teve retorno semanalmente até cicatrizar. Com 40 dias do pós—cirúrgico, Dona Ana Cláudia acabou tendo uma infecção na área da cirurgia…
Na mesma semana, ela voltou ao cirurgião e, mais uma vez, Dona Ana Cláudia foi operada. — Ainda naquela mesma semana que ela voltou para o retorno. — O atendimento e assistência que elas tiveram foi, assim, impecável… — Também o atendimento ao acompanhante, né? — E aí, gente, aqui eu tenho um pequeno parêntese para fazer, um casal amigo meu fez uma cirurgia, né? Uma das pessoas ali do casal, fez uma cirurgia caríssima no hospital particular e não deram uma bolacha água e sal para o acompanhante durante o dia todo. Tá vendo? Ó, aqui, no SUS, a Isabela teve todas as refeições, o acompanhamento, tudo impecável. E eu posso, eu tenho um testemunho também, porque o meu tio Arnaldo, pai da Janaína, também teve câncer, também foi tratado no SUS, e a gente teve tudo também, todo o acompanhamento da assistência, as refeições, tudo… —
Na primeira cirurgia que a Dona Ana Cláudia fez para retirada da mama esquerda, a mama foi levada para fazer ali a biópsia e o médico conseguiu detectar quatro linfonodos. E foi detectado que somente o linfonodo sentinela estava com células cancerígenas. Logo depois, a Dona Ana Cláudia foi encaminhada para o oncologista para dar esse seguimento aos próximos passos e essa retirada da mama foi crucial para saber se a Dona Ana Cláudia ia precisar fazer químio, ou rádio, ou as duas. E como somente o linfonodo estava começando a ter células cancerígenas, a mãe da Isabela vai precisar fazer somente a radioterapia. Para continuar o tratamento, a Dona Ana Cláudia deverá tomar aí um medicamento durante cinco anos… E esse medicamento está sendo ministrado a cada consulta da Dona Ana Cláudia. — De três em três meses. — Elas nunca precisaram comprar uma caixa de remédio, tudo é fornecido pelo SUS.
Três meses após a primeira cirurgia, a Dona Ana Cláudia foi encaminhada para o hospital onde está sendo feito o tratamento de radioterapia. Em uma semana, a consulta já tinha sido agendada, a Ana Cláudia ficou todos esses meses sem poder levantar o braço esquerdo e, para fazer a radioterapia, ela precisa colocar os dois braços atrás da cabeça.
— Então, pensa: ela estava com uma questão ali no ombro, perdeu a mobilidade do ombro, estava toda travada. — O SUS também marcou a tomografia desse ombro para já iniciar a fisioterapia. — Gente, um conselho que eu dou para vocês: mesmo que você tenha um, hoje em dia eu tenho um convênio particular, mas eu ainda tenho um excelente relacionamento com o posto de saúde do meu bairro. O pessoal do posto vem aqui sempre que tem vacina lá que eu e a Janaína a gente pode tomar, eles avisam, eles fazem busca ativa também… Eu sou protetora de animais, quando eu fui unhada por um gato, eu precisei tomar mais de uma dose de vacina, né? E eu esqueci a data da segunda dose e eles vieram aqui para me buscar para tomar vacina. —
Eu sou Maria Vacina, eu amo, mas mesmo para outras coisas… Aqui eu tenho dois postos de saúde perto da minha casa, os dois são bons e, às vezes, mesmo com o convênio, eu falo: “Poxa, eu vou no posto”. Então, mantenha um relacionamento com o posto de saúde do seu bairro. Vai lá, se tem um exame, às vezes no convênio demora mais o exame, gente, vai ver no posto quanto tempo está para você fazer aquele exame. Vai lá ver se tem alguma vacina para você tomar, se tem algum exame de prevenção… Faça um relacionamento com o posto de saúde do bairro de vocês. As pessoas passam a te conhecer mais e você cria esse relacionamento de visita também, que algumas coisas o pessoal do posto vai na sua casa. Então, assim, a gente pensa que às vezes só os idosos que vão mais que procuram mais o posto de saúde… Não, vá ao posto de saúde, entra lá, vai conhecer o posto de saúde do seu bairro. E já pergunta: “olha, eu moro aqui no bairro, tem alguma vacina aí que eu posso tomar? Já começa assim, você vai ver que delícia”. [riso] Amo…
A Isabela ficou muito surpresa com a rapidez e elas não imaginaram que seria desse jeito, porque elas só tinham passado por coisas menores pelo SUS — como um exame de sangue e tal, uma vacina, essas coisas assim, vai no postinho, mas eu ainda friso aqui pra vocês, mantenham esse relacionamento, mesmo que pra coisas menores, mesmo que você tenha convênio… Passa no seu Posto de Saúde, vai saber o que tá acontecendo, sabe? Tem essa questão das vacinas, passa lá… — e, nas duas internações que a dona Ana Cláudia passou, o cuidado foi, assim, total, até com a alimentação da Isabela, que era acompanhante. — Alô, meus amigos, aí que passaram um perrengue no hospital mais chique de São Paulo. — A Isabela e a Dona Ana Cláudia elas não têm palavras assim para agradecer todo o apoio e atendimento que elas tiveram. Uma doença como o câncer tira o chão de qualquer pessoa. — Eu perdi a minha mãe com câncer de mama, eu era muito nova, né? Era adolescente, então eu não pude acompanhar assim, né? Tão de perto, mas eu lembro também que ela teve toda a assistência que ela precisava. E, no caso da minha mãe, infelizmente, ela demorou muito pra procurar os médicos, né? Então aqui, dona Ana Cláudia fez certinho, né? Sentiu ali uma micro coisinha e já foi atrás. Minha mãe demorou muito pra procurar o médico. Então, quanto antes a gente ficar esperto com esses exames de rotina e sentir algum carocinho, gente já vai… Vai rápido atrás. —
E a Isabela mesma diz, né? Que elas não teriam nunca como arcar com todo o tratamento que elas tiveram se fosse pra fazer aí num hospital particular, né? Hoje a Dona Ana Cláudia tá bem, ela se sente um pouco insegura em relação à diferença das mamas… Ela ainda tá nessa fase da reconstrução, vai colocar silicone, vai corrigir essa simetria das mamas pelo SUS. Essas etapas de reconstrução, elas são mais lentas, né? Porque elas podem ser feitas totalmente assim só depois de seis meses da radioterapia e tudo feito pelo SUS. A vida da Dona Ana Cláudia tá caminhando de volta aí pro eixo, que é isso, né? Vamos tratar, vamos seguir essa vida. E agora a gente vai ouvir um pouco a Isabela e a sua mãe, Dona Ana Cláudia, contando como foi viver essa experiência com o acendimento do SUS. Na sequência, a gente vai ouvir a Luciana Holtz, ela é psico-oncologista, especialista em bioética, fundadora e presidente da ONG Oncoguia.
[trilha]Isabela: Meu nome é Isabela. Descobrimos o câncer de mama da minha mãe em abril de 2025 e a gente levou um baita susto. Ela ainda está em tratamento, tem que fazer radioterapia, vai fazer uma outra cirurgia de reconstrução da mama que foi mastectomizada e a simetria das mamas. E todo esse procedimento também vai ser pelo SUS. Foram muitas consultas, muitos exames, duas cirurgias… Nesse início, tudo é bem assustador, mas os médicos eles nos explicaram tudo, nos deram todo suporte necessário, foi tudo nos mínimos detalhes. Eu acredito muito que o apoio, companhia, amor, deixa esse processo um pouco mais leve. Eu sempre tentei estar presente em todas as consultas e, quando eu não podia, o meu irmão também sempre tentava ir. Ela nunca foi sozinha nas consultas, a gente nunca quis deixar que ela se sentisse sozinha nesse momento, até porque ela não estava. A gente tem uma sorte imensa de ter uma família bem grande e bem unida, então sempre tinha alguém com ela.
O SUS foi incrível nesse processo, eles nos deram todo o apoio, desde a marcação de consulta, nas internações… A gente nunca passou por nenhuma dificuldade, espera, nada… Eu sei que isso pode não ser realidade de todo mundo que precisa, mas o SUS realmente foi brilhante com a gente. A gente agradece de coração todos que estiveram com a gente nesse momento e, se a gente pode dar um recado, é que o câncer de mama tem uma chance de cura muito alta quando é descoberto no início. Então, faça os exames de rotina, se cuidem, a nossa saúde não espera. O momento da descoberta é crucial para o sucesso do tratamento. Eu tenho certeza que a minha mãe ter descoberto o câncer de mama tão no início foi o que levou que o tratamento de uma doença tão difícil fizesse com que fosse um pouco mais fácil.
Ana Cláudia: Meu nome é Aná Cláudia. No início desse ano, descobri que eu estava com uma coisa durinha no meu seio, na mama esquerda… Eu achei estranho e fui ao médico, consultei tudo, aí ela pediu mamografia, aí me chamou e falou que era para me olhar, porque apareceu alguma coisa alterada… Me deu encaminhamento para ir ao SUS no posto, falou que ia sair rápido os exames para eu olhar e tudo. Fui consultar, fiz todos os exames que tinha que fazer e tive muito, muito apoio do SUS, da família, dos familiares, porque eu fiquei muito assustada, fiquei com medo… Mas toda assistência que eu pude ter eu tive do SUS, de todos, não tenho que reclamar nada, nada de enfermeiros, médico, equipe, hospital… Fui muito bem atendida pelo SUS. Ainda vou fazer a reconstrução da mama, vai ser pelo SUS também, estou fazendo fisioterapia porque meu braço ficou bem rígido, né? Todo acompanhamento, tudo que eu preciso, tudo, qualquer coisa é pelo SUS. São pessoas excelentes, o SUS foi muito bom para mim.
[trilha]Luciana Holtz: Eu sou a Luciana Holtz, eu sou psico—oncologista, especialista em bioética e fundadora e presidente da ONG Oncoguia. Falar de câncer de mama é falar de uma doença que vai chegar uma em cada oito mulheres no Brasil. Então, sem dúvida nenhuma, é um tema de extrema relevância e que, quando chega, impacta profundamente a vida dessa mulher em todos os aspectos. Sem dúvida nenhuma, é uma doença que precisa ser olhada 360 graus, que essa mulher realmente possa ser cuidada por todos os profissionais de uma equipe multidisciplinar que compõem hoje esse cuidado, que precisa ser efetivo, humano, cuidadoso, integral, igualitário e, acima de tudo, que realmente esteja disponível para todas as mulheres. Que a gente consiga garantir esse cuidado para todas as pacientes de câncer de mama no Brasil. Essa doença que precisa de mais atenção, onde nós sabemos o que deve acontecer, o que essa mulher precisa ter de acesso, então a importância do acesso à mamografia para a gente conseguir fazer mais diagnósticos precoces…
Diante de uma alteração na mamografia, o acesso à biópsia e, aí sim, diante do câncer, o acesso ao tratamento mais efetivo e sem dúvida nenhuma, que ele venha acompanhado do acesso à multidisciplinar. Câncer de mama é uma doença que precisa de muita atenção e que esse cuidado aconteça então de maneira integral, cada vez mais humanizada.
[trilha]Déia Freitas: O SUS completou 35 anos de existência e é um dos melhores e mais complexos sistemas de saúde pública no mundo, referência pra diversos países. — Sim, a gente é referência, a gente é potência. O SUS é tudo, gente… — O Sistema Único de Saúde busca sempre a universalidade, que é a garantia de saúde como direito de todos os cidadãos, sem qualquer tipo de discriminação. Busca também a equidade, que é a diminuição das desigualdades no acesso à saúde, garantindo que quem precisa, receba mais atenção. E também busca a integralidade, que assegura o atendimento completo às pessoas que vivem no Brasil, integrando ações e políticas de outras áreas que afetem a saúde. — Ai, gente, que felicidade trazer o SUS aqui para o podcast… Então, vamos comemorar? Parabéns, SUS, eu te amo. Viva o SUS. Gente, a importância do SUS… Sério… — Valeu, Umani, por trazer o SUS aqui pra gente. — Um beijo e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Alarme é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]