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título: badalo
data de publicação: 06/07/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #badalo
personagens: francine e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje a história não é pra crianças, então se você tem uma criancinha aí, tire da sala ou ouça de fone, tá? — E hoje eu vou contar pra vocês a história da Francine. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha]

A Francine trabalhando aí numa empresa gigantesca, dessas mais, assim, modernex que escritório tem piscina de bolinhas… [risos] — Vocês sabem, né? Nessa vibe aí. — Toda semana tinha ali uma festinha dos funcionários e nã nã nã e, numa das festas, a Francine conheceu um cara da diretoria. Um cara gato, muito animado, todo mundo gostava dele e eles ali se entrosaram, a empresa não tinha nada que falasse “ah, funcionário não pode se envolver”… — Eu sempre acho melhor não se envolver, mas na empresa ali não tinha nada dizendo que não podia se envolver. — E aí eles começaram a conversar, trocaram contato, ele não ficava ali naquela sede que ela ficava, ficava em outra, mas enfim, começaram a conversar, marcaram um café… O café foi maravilhoso, tudo perfeitinho. Nesse café não rolou nada, nem um beijo, e aí Francine já ficou “Puts, será? Será que não gostou de mim? Um cara tão bacana tal”. — Ele diretor de uma área, ela gerente de uma área, os dois ali com cargos meio equivalentes e tal… Mesmo assim acho problemático namoro de firma, mas tudo bem. —

E aí, no segundo encontro, eles foram para um jantar e depois desse jantar rolou um beijo… E o cara super cavalheiro deixou Francine em casa e só deu essa beijoca em Francine e foi embora. E ela: “Ai meu Deus do céu, meu príncipe… Achei meu príncipe”. No encontro seguinte os beijos já foram, assim, mais calientes, mas nada também do “vamo ver”. E aí mais uns dois encontros assim e o cara chamou a Francine pra ir até a casa dele. Ela pensou: “Poxa, maravilhoso… Agora vai, né?”. Só que nesse encontro eles ficaram ali só nas carícias, não rolou nada assim mais forte e eles dormiram de conchinha. — Super romântico. — E eles já estavam muito assim, sabe? Amigos, dando risada e tinha uma boa química entre os dois, assim… Francine falou: “Perfeito, esse cara é o cara dos meus sonhos”. E aí, na próxima ida de Francine ao apartamento do cara, enquanto eles estavam ali meio que nas preliminares, o cara falou assim pra ela: “Olha, eu tenho que te contar uma coisa”. — E aí aqui, gente, assim… Fetiche é fetiche. Desde que todas as pessoas envolvidas estejam de acordo, tá tudo bem, mas precisa estar todo mundo de acordo, né? —

E aí esse cara falou que, assim, ele só ficava excitado se cantasse uma musiquinha pra ele. [risos] E aí ele cantou umas duas vezes a musiquinha, a Francine achou muito engraçado, eles riram e tal, mas ele estava meio que falando sério. E aí ele já falou assim beijando ela, falando no ouvido: “Você canta pra mim e tal?”, e aí a Francine falou: “Ah, vou embarcar nessa, por que não? Vou cantar a musiquinha”. E aí cantou a musiquinha e deu super certo… E aí, finalmente, eles foram até o final nessa transa e foi legal, apesar de Francine ter achado engraçado cantar a musiquinha. — E aí aqui eu não vou cantar a música real porque é muito característica do cara, né? Eu fiz uma versão, uma adaptação da musiquinha, então eu vou cantar pra vocês agora, tá? [risos] — [cantarolando] “Pega no badalo, senta e gira, na piroca do Fulano as mina pira”. [risos] É isso, ele gostava de falar que as meninas piravam aí na sua piroca, né? [risos] Então, a Francine ali toda vez que transava com ele tinha que cantar [cantarolando] [efeito de batida de funk] “pega no badalo, senta e gira, na piroca do Fulano as mina pira” [risos]

E tá tudo bem, né? Se ela concordou em cantar e é a única coisa que faz esse cara ficar mais animado, então tudo certo. E aí dessas ficadas veio um namoro, um namoro sério e, desse namoro, veio um casamento… [efeito sonoro de sino batendo] Inclusive, quando eles se casaram a Francine adaptou a música, então ficou assim: [cantarolando] “pega no badalo, senta e gira na piroca do Fulano a Francine pira”, [risos] Vou cantar de novo. [risos] [cantarolando] “Pega no badalo, senta e gira, na piroca do Fulano a Francine pira”, ela tirou as minas e deixou ali só ela cantando na piroca. [risos] E tudo bem, tudo perfeito, casamento lindo, tudo ótimo… Francine e esse cara tiveram um bebezinho [efeito sonoro de bebê chorando] e depois ali da licença maternidade Francine voltou a trabalhar. E aí um dia Francine estava no elevador, um elevador grande, que cabia bastante gente, já tinha bastante gente no elevador e entrou uma moça… E Francine estava ali no elevador, sem nada para fazer, né? Reparou na moça, assim como ela repararem em qualquer outra moça… Só que essa moça ela estava cantarolando baixinho… 

E o que ela estava cantarolando? [cantarolando] “Pega no badalo, senta e gira”… [risos] Ela estava cantarolando a música. — Não tinha, gente, como ser de outra pessoa essa música a não ser do marido de Francine. — Francine, na hora, ficou em choque, mas pensou: “Poxa, será que ela não saía com ele antes?”. Mas ia estar cantando “pega no badalo” ali sete horas da manhã no elevador? E aí Francine ficou cabreira e resolveu que ela ia seguir essa moça. Todos ali tinham horários flexíveis, essa moça não era do andar dela, era de outro andar, o que complicava um pouco, mas Franciele deu o seu jeito ali e começou a seguir a moça. E, num dos dias aí, num horário de almoço, Francine viu essa moça entrando no carro do marido dela. E aí ela teve certeza que o marido estava traindo e confrontou o marido. Ele começou a chorar e confessou a traição, prometeu que nunca mais ia trair e nã nã nã, Francine perdoou e eles seguiram ali com o casamento. 

Acontece que, depois que Francine descobriu essa traição, ela descobriu outras… Esse cara não parou de trair. — Tinha muita gente pegando nesse badalo. — E aí Francine resolveu que ela ia se divorciar, bebezinho estava com um ano e pouco, mas ela falou: “Não tem mais jeito, ele tá me traindo sempre e tal”, e aí pediu o divórcio. E, quando ela se divorciou, ela ficou sabendo lá na firma que esse cara ele já tinha saído com muita gente lá, tipo, antes e depois do casamento de Francine. Que, inclusive, no dia do casamento, de manhã, ele tinha saído lá com uma moça que não sabia que ele ia se casar e ficou sabendo depois e contou pra todo mundo: “Ó, Fulano ia se casar e ficou comigo no dia do casamento”. E todo mundo sabia da musiquinha, que ele gostava de musiquinha e que o apelido dele em off ali era “badalo”. [risos] Ai que ódio… [risos] Francine disse que, se fosse hoje, ela não cantaria musiquinha nenhuma para homem nenhum.

Mas tudo bem, assim, não foi uma coisa que ela fez forçada, nada, mas que ela não faria isso por homem nenhum hoje. E que pra ela foi melhor separar mesmo e hoje ela está bem melhor, ela e o bebezinho. Eles têm uma relação cordial e tal e trabalham ainda na mesma empresa. 

[trilha]

Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, meu nome é Valdirene, falo de São Paulo, Capital. Eu estou simplesmente rachando de rir com esse fetiche peculiar pelo próprio falo. [risos] Francine, que bom que você conseguiu descobrir essa traição e se livrar desse badalo que fica badalando em qualquer setor da empresa, pra lá e pra cá. Como profissional da saúde, eu vejo muitos casos de pessoas que não se cuida, não utilizam camisinha, não investigam doenças porque acham que estão imunes durante o relacionamento ali e isso é uma inverdade, as pessoas não estão imunes a doenças em fase nenhuma da vida e acabam sendo afetados não só pela a dor da infidelidade, a dor da falta de lealdade, mas também com alguma doença ou algo mais grave ali que possa acontecer. Então, se cuidem e é isso, um beijo. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, pessoal, meu nome é Gabu e eu sou do Rio de Janeiro. E, Francine, apesar de toda a raiva que você passou por esse homem ao longo do caminho, eu fico imaginando como deve ser olhar pra cara dele todo dia no trabalho e até em outras situações da vida de vocês e ficar lembrando que o viagra do cara é essa musiquinha super vibe de meia bomba, sabe? Eu não sei se deve ser mais engraçado, tosco ou deprimente. Um beijo pra você. 

[trilha] 

Déia Freitas: Então, comentem lá no Telegram, sejam gentis com Francine, um beijo e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]

E pra quem ficou aqui até depois da vinheta, mais uma info pra vocês: O cara alegou, quando ele traiu a Francine pela primeira vez, que depois que ela teve bebê, ele não tinha mais tesão nela nem com a musiquinha. Olha que puto… Ela ali cantando musiquinha pro badalo do cara subir e ele com esse caôzinho… E a Francine falou que depois, lá na firma, ela descobriu que tinha até caras que já tinham cantado [cantarolando] “pega no badalo, senta e gira”, [risos] enfim, né? Ex marido de Francine aí atirando na empresa para todo o lado.

[batidas de funk] Oi, gente… Cheguei. E hoje eu cheguei pro nosso quadro 18+, coloque o fone e vamos lá. [risos] E aí esse cara falou que, assim, ele só ficava excitado se cantasse uma musiquinha pra ele, [risos] eu fiz uma versão, uma adaptação da musiquinha, então eu vou cantar pra vocês agora, tá? [risos] [cantarolando] “Pega no badalo, senta e gira, na piroca do Fulano as mina pira”. [risos] Ela tava cantarolando a música… Tinha muita gente pegando nesse badalo, e aí era badalo [risos] Depois o Léo corta. [risos] Toda vez que transava com ele tinha que cantar: “Pega no badalo, senta e gira, na piroca do Fulano as mina pira”. [risos] E tá tudo bem… Se ela concordou em cantar… Pega no badalo, senta e gira, na piroca do Fulano as mina pira. Agora sim eu vou embora, um beijo.


O Não Inviabilize agradece o Matheus da @masquematheus pelo remix de Badalo, que ficou sensacional. Muito obrigada, Matheus. 

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.