título: barco
data de publicação: 23/09/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #barco
personagens: carla
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]
Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. E hoje vou contar para vocês a história da Carla. Então vamos lá, vamos de história.
Carla namorava um cara aí há mais de quatro anos, ela conhecia a família do cara: Mãe, um irmão, uma tia e um primo — essa era a família do cara — e o cara conhecia a família da Carla. — Que era uma família maior, uma família grande, enfim… — Era um namoro sério, onde um já tinha passado Natal e Ano Novo na casa do outro, enfim, as famílias se conheciam… Era uma coisa bem séria mesmo aí, com pretensão de casamento. — Eu vou dizer aqui, não vou dizer onde, mas vamos dar um exemplo… Digamos que todas as pessoas dessa história morassem em Minas, só que num lugar de Minas muito perto do Espírito Santo. — Então era muito comum que nos finais de semana eles fossem para praia no Espírito Santo… E esse primo do cara, ele tinha um barco e, muitas vezes, a Carla saiu ela, este namorado dela e o primo neste barco.
— E aí aqui eu tenho que contar uma nóia para vocês… Quando eu era criança, o meu pai resolveu fazer uma surpresa pra minha mãe. [risos] Minha mãe sempre foi muito católica e ela era devota de dois padres, um era o Padre Donizetti e o outro era o Padre Cícero. Minha mãe, infelizmente, não teve a oportunidade de ir até o Ceará na estátua do Padre Cícero, se ela fosse viva hoje, com certeza eu já teria levado ela, porque era um sonho dela, mas o meu pai fez a surpresa de levar ela até a estátua do Padre Donizetti, que está numa cidade aqui de São Paulo, chamada Tambaú. Uma cidade muito pequena, não tinha muito o que fazer de passeio e, na volta, meu pai resolveu passar numa outra cidade que tinha uma cachoeira, que eu nunca me esqueci do nome, chamada “Cachoeira das Emas”. Nessa cachoeira lá tinha uma um passeio que você pagava pra você entrar num barco, numa lancha e você passava por baixo de uma das das quedas d’água, por dentro dela… Desde criança eu tenho muito medo da água… Muito mesmo. As pessoas falam: “Ah, dá um mergulho”, ou sei lá, “deixa a água bater no seu corpo pra levar, sei lá, energias ruins”, eu não consigo… A única coisa que eu molho é o pé e mais nada, pra mim tá ótimo, assim. E lá não era mar, era uma cachoeira, mas pra mim e ainda tem mais o bônus você pode encontrar uma cobra, sei lá, você pode escorregar, bater a cabeça numa pedra…
E meu pai deu esse passeio pra gente e era assim: Era o cara na lancha, meu pai, eu e minha mãe. Só que meu pai estava muito gordo na época e era uma lancha muito pequena e, conforme ele subiu na lancha, deu uma afundada boa. E aí minha mãe já começou a surtar, [risos] que ela queria descer, que a gente ia afundar aquela lancha e eu, criança, vendo aquilo, eu já tinha medo de água, fiquei muito mal. Então quando chegou pra entrar por baixo da queda d’água… Você passava, assim, a queda caía bem longe da pedra e você passava embaixo. Me deu um surto que eu queria pular na água pra me afogar, morrer e acabar logo com aquilo. Então, meus pais precisaram me segurar, minha mãe falando que a lancha ia afundar, eu gritando, enfim… [risos] Acho que aquele cara da lancha falou: “Os piores turistas que já recebi na vida”. Então foi muito ruim, porque minha mãe estava muito feliz com a coisa do Padre Donizete que ela gostava e acabou que o passeio virou um estresse, [risos] porque a gente realmente quase morreu, porque aí eu comecei a sacudir, meio que quase virei a lancha, enfim… Eu era uma criancinha, mas eu fiquei mal, assim…
Depois que eu cresci um pouco, porque minha mãe sempre escutou Gil Gomes, eu escutava com ela alguns casos e alguns eram de mulheres que iam com homens, com seus maridos ou namorados para barcos e, de alguma forma, elas se afogavam ou sumiam e eu sempre achei isso muito suspeito. E também nos Estados Unidos tem muito isso, né? Tipo o casal sai no barco e depois volta só o cara falando que ela se afogou, caiu do barco, enfim… E eu estou falando isso porque a Carla saía muito de barco com o primo e o namorado, e é uma coisa que eu jamais faria… então eles tinham esse namoro muito sólido, muito verdadeiro, pra casar… Até que um dia, Carla recebe uma oportunidade para vir trabalhar em São Paulo. — Então, veja, era todo mundo de Minas, os passeios aconteceram no Espírito Santo e agora a Carla moraria um tempo em São Paulo pra trabalhar. — E era uma oportunidade muito boa, inclusive pra eles que queriam casar, né? Era uma oportunidade de ela juntar um pouco mais de grana, né? Paralelo a tudo isso, Carla e o namorado eles tinham comprado um terreno… Cada um tinha dado um pouco do dinheiro e eles iam construir. — Então era muito importante que ela viesse para cá para São Paulo pra trabalhar. —
Ficou mais difícil de se ver, mas pelo menos uma vez no mês ela ia para Minas para encontrar esse namorado e este namoro, mais a distância, durou quase um ano. Um belo domingo de sol, Carla se lamentando que ela sabia que no sábado o namorado tinha ido para o Espírito Santo andar de barco com o primo, só os dois, [efeito sonoro de celular tocando], o telefone de Carla toca e ali Carla descobre que o seu namorado, amado, tinha sumido no mar. O primo tinha voltado com o barco, tinha pedido ajuda, mas ele tinha desaparecido no mar. — Isso era um domingo, umas onze horas da manhã. e foi uma angústia… Porque, assim, a Carla ela não podia ir pra Minas… Largar o emprego aqui e ir pra Minas sem saber onde ele tava, onde não tava… — Mas na terça—feira foi encontrado o corpo do namorado da Carla. Todo mundo ficou muito assim de contar para ela que tinham encontrado o corpo e resolveram fazer o velório e o enterro sem contar para Carla, o que eu achei também que foi muito errado. Depois de tudo acontecido, a Carla recebeu o santinho da missa de sétimo dia do namorado.
A família da Carla, que morava lá em Minas, também não foi avisada… Eles moravam tipo em cidades vizinhas… — Tipo, o cara morava numa cidade de Minas como se fosse aqui em Santo André e a Carla morava numa cidade vizinha, como se fosse São Bernardo do Campo, então assim, muito perto as cidades, né? — Só que a família dela também não foi chamada e tal, e todo mundo ficou muito mal, muito triste e ele com aquela família super pequena, né? Agora só o irmão dele, a mãe, a tia e o primo fizeram essa missa de sétimo dia. A Carla não pôde ir, mas a família da Carla foi na missa… E aí a Carla entrou numa depressão, precisou de ajuda médica e fazer terapia, passou três longos anos assim até conseguir sair do remédio que ela tomava, enfim… E aí, depois de três anos da morte do namorado, ela foi aí seguindo a sua vida. O tempo passou, Carla que deveria voltar para Minas, pediu transferência para o Rio de Janeiro — porque ela não queria voltar ainda para a cidade, porque tudo lembrava o namorado que ela tinha — e ela começou a trabalhar no Rio de Janeiro e, aos finais e aos finais de semana, ela ia para a praia. Ela fez umas amizades ali no trabalho e ela ia com essa galera pra praia.
Um dia Carla está na praia e ela tem uma visão… Na visão de Carla, um pouco à frente dela, saindo do mar, estava seu namorado. Carla, na hora, sentou na areia, porque era muito real aquela visão. Só que aí ela continuou sentada na areia, chocada, olhando para aquele homem que tinha se materializado na frente dela, saindo do mar, e viu que ele foi até um ambulante e comprou um biscoito e um matte. [risos] — Bem, se fosse uma aparição, um fantasma, não ia comprar um biscoito e um matte. — Então, ela ficou olhando e pensando: “Esse cara é muito parecida com meu namorado que morreu” e já, assim, emocionada… E ela viu que o cara comprou as coisas e foi até uma moça e mais duas crianças… E ela ficou olhando para ele, mas assim, muito chocada, porque ele era muito parecido… Ela foi olhando mais detalhadamente e percebeu que esse cara ele tinha um sinal no corpo — que eu não vou dizer aqui qual é — que era igual ao do namorado dela. Carla, com muito sacrifício, levantou daquela areia que ela tinha caído sentada, porque ela caiu sentada… Os amigos estavam todos tomando cerveja, uns estavam no mar, ninguém reparou muito e ela foi andando em direção a ele com as pernas… — A Carla me falou: “Muito pesada, Andréia, parecia que eu estava andando, sei lá, parecia que tinha um bloco de cimento em cada perna minha, mas eu tinha que chegar lá e pelo menos tocar o dedo naquele homem. Não importava o que ia acontecer comigo, se a mulher dele ia me bater… Pra ver se ele era real”. —
Quando Carla chegou, ela não precisou tocar no homem, ele virou… E aí foi a vez dele de desfalecer. E, naquele momento, Carla — cuja família tinha ido inteira na missa de sétimo dia de seu namorado — estava de frente para ele numa praia do Rio de Janeiro. Ele estava vivo, ele estava casado e ele estava com duas crianças… Uma que parecia ter, sei lá, uns cinco anos… — Então, quer dizer, se ele tinha morrido há três, ele já tinha essa família? — E a segunda criança que parecia ter uns três anos, meio que na época que ele morreu. E aí, antes que ela falasse qualquer coisa, este cara virou pra ela na maior cara de pau e falou: “Carlinha, quanto tempo…”. A Carla ela não conseguia falar… Ela não conseguia fazer nada… E ele, já na sequência, virou para a esposa e falou: “Olha, essa é a Carla, minha conterrânea… A gente morava lá em Minas, em cidades vizinhas” e começou a falar: “A gente tá aqui, a gente já estava indo embora e tal… Foi muito bom te ver, Carla”. E aí ele já foi levantando, foi levantando a mulher, a mulher meio sem entender… — Porque era o quê? Sei lá, umas 10 horas da manhã. O que ele ia explicar pra essa mulher a Carla não sabe… —
A Carla voltou andando bem devagar, muito zonza, sem entender as coisas… Teve uma crise de choro ali no grupo… Até ela conseguir se acalmar e explicar… E aí ligaram pra família dela, uma amiga dela ali contou e tal, e a família ficou em choque — porque a família foi na missa, né? — e a mãe de Carla, que a gente pode chamar aqui de Dona Matilde, na hora pegou ali o marido e foi de carro até a cidade vizinha na casa da família do cara e ali ela fez um barraco até alguém contar para ela o que tinha acontecido. — A tia, a mãe do primo… — Uns dois anos antes de morrer — então com uns dois anos e pouco de namoro — esse cara tinha conhecido uma outra moça e tinha casado — prestem atenção — com essa moça no papel. E ele mentia pra essa moça que trabalhava, tipo, em São Paulo ou qualquer outro lugar e ele via muito pouco essa moça. — Que era de uma cidade bem do interior. — Mas essa moça, numa das poucas vezes que ele viu, engravidou e eles casaram… — Com a família do cara sabendo de tudo, tá? — Eles casaram e, depois que essa criança nasceu, essa moça começou a pressionar pra que ele fosse morar lá e ele falou: “Eu não posso morar aí porque aí não tem emprego, né?”, e aí a moça veio morar numa cidade mais perto da cidade dele e da Carla. — Então, digamos que ele morava em Santo André, a Carla em São Bernardo e a moça veio morar em São Caetano. Ele alugou uma casa em São Caetano para ela, então era tudo muito perto, assim, um do outro. —
E aí o terreno que a Carla achou que tivesse comprado com ele — que inclusive quando ele morreu, a Carla deixou isso de lado esse terreno — não existia. Ele tinha pegado o dinheiro da Carla e tinha dado entrada num outro terreno nessa cidade de São Caetano, para construir a casa pra esposa dele, porque agora ele era casado. — Então, veja, tudo o que ele estava juntando de dinheiro e tal agora pertencia também a esposa dele. — E aí chegou num ponto que essa esposa, ela ia ter o segundo filho e ela começou a desconfiar dele… A Carla nunca desconfiou, foi a outra lá… — que a gente pode dar um nome pra ela, né? Porque acho que ela não sabia, né? Marina. — Foi a Marina que começou a desconfiar e, pra terminar com a Carla sem ter que devolver aí o que hoje seria uns 30 mil reais do terreno, ele simulou uma falsa morte. A mãe dele, o irmão, a tia e o primo que já sabiam do casamento dele — que já sabiam da outra — ou seja, a família inteira canalha, fizeram essa missa de sétimo dia e inventaram que ele tinha se afogado. — Olha, gente, olha que história sórdida… — E agora a mãe da Carla estava sabendo de tudo, ameaçou, polícia, enfim, porque a Carla queria aí o seu dinheiro de volta.
Dinheiro que provavelmente ela não ia conseguir provar que ele não devolveu ou que ela deu, enfim, já tinham se passado alguns anos porque o terreno não foi comprado naquela época dos três anos, tinha sido comprado bem antes, né? Então, sei lá, tinha passado de cinco anos, uma coisa assim. E aí a família da Carla começou a investigar melhor esse namorado — porque se esse cara mentiu desse jeito assim, foi tão desonesto, mais coisa devia ter — e aí acabaram descobrindo que ele também tinha simulado a própria morte e tinha se mudado para o Rio de Janeiro com a moça porque ele tinha dado um golpe na cidade que envolvia aí lotérica, enfim… — Era uma coisa assim, uma coisa criminosa. — E ele precisava sumir do mapa por um tempo… — Olha a pessoa que ela se envolveu e ela não tinha a menor ideia, a Carla… — A família diante dessas informações, passou tudo para Carla, a Carla não sabia onde ele morava, mas ela resolveu, gente, sozinha fazer tocaia na praia. — Um mês… Dois meses… Três meses… — No quarto mês, num posto vizinho de onde ela estava, vai, digamos que ela estava no posto nove, então no posto oito, no posto dez ela encontrou de novo ele com a família.
E aí, Carla seguiu este cara… Ela descobriu na volta da praia, de ônibus… — Então ela teve que entrar no mesmo ônibus que ele, super assim, disfarçando, mas o ônibus na volta da praia também vai cheio. — E ela conseguiu encontrar a casa do cara. Conforme ela encontrou a casa do cara, ela já tinha descoberto que ele tinha cometido esses golpes e que tinha boletim de ocorrência aberto contra ele, até de formação de quadrilha… A Carla ligou 181, deu o endereço dele e denunciou esse cara para a polícia. [risos] — Não condeno, tudo bem, ela perdeu ali uma parte da vida dela, seguindo ele, indo na praia todo final de semana e procurando… Gente, imagina… É uma angústia, um inferno, mas ela achou… E ela seguiu ele, ela achou o endereço dele e anotou tudo certinho e denunciou ele para a polícia. — Só que assim, depois ela ficou sabendo lá por Minas mesmo, que ele tava respondendo, mas tava respondendo em liberdade. E ela não conseguiu reaver também os 30 mil de volta. — Pra mim a história podia acabar aqui, né? Mas a Carla achou pouco… —
E aí, daqui pra frente, acho que a gente entra numa zona mais cinza… Ela sabendo que ele não estava mais lá na casa… — Até esse ponto ela não saber se ele tinha sido preso, se ele tinha fugido de novo, só depois que ela ficou sabendo que ele estava respondendo em liberdade. — A Carla foi lá, [efeito sonoro de campainha tocando] bateu lá na casa e ela contou pra Marina, para a esposa dele, tudo… Inclusive da fake morte. Levou o santinho, porque o negócio da missa tinham santinhos… — Eles mandaram fazer santinho, gente… Santinho, sabe? — A moça não acreditou nela, começou a chorar e ela falou: “Pode acreditar, tá aqui o santinho… Tenho toda a minha família, deixou o telefone da família dela, da tia, das primas, da mãe e do pai”, pra ela saber que o marido dela era um bandido. E aí também ela não sabe se a moça largou ou se não largou ele, porque aí sim ela parou, né? Ainda bem também, né, Carla? Mas ela foi e contou tudo pra moça, inclusive dos 30 mil e tudo, mas até hoje ela não conseguiu reaver esse dinheiro. — Porque o cara é um golpista, já dava golpes… O primo dele também estava envolvido nesses golpes, então assim… Ele tá respondendo ainda, ela não sabe, mas ela sabe que sim a polícia foi atrás dele e ele passou a responder em liberdade. —
Essa é a história da Carla, uma história de muito sofrimento… — principalmente quando ele morreu. Fake morreu, né? E depois quando ela viu que ele estava vivo, porque aí é um luto todo que você passou sendo enganada. Tomou remédio para depressão, ficou mal, quase perdeu o emprego… Tudo por um cara que tinha forjado a própria morte. Tinha mentido que tinha morrido e não tinha morrido. E aí agora vocês vão ficar pasmos porque essa não é a primeira história que eu recebo de homens que fingiram que morreram… O que vocês acham?
[trilha]
Assinante 1: Oi, gente… Aqui é a Juliana de Fortaleza. Quando a gente pensa que já ouviu de tudo nessa vida, Pelo amor de Deus… A capacidade de ser humano de ser um lixo. E sim, nem todo homem, mas sempre um homem. Carla, que bom que você tá bem, conseguiu se reestruturar depois de tomar remédio, depois de ficar mal e de descobrir que esse lixo estava vivo. Desejo muita luz, sucesso e felicidade na sua vida e que nunca mais você tenha que lidar com um ser humano horrível que nem esse. Que bom que você contou para a esposa dele também, porque eu acho que ela merece saber com quem que ela tá dormindo, né?
Assinante 2: Oi, Déia, oi, nãoinviabilizers, aqui é Carolina, sou de São Paulo. Sou advogado e estou chocada. Carla, por favor, procure um bom advogado, você tem direito sim a pedir a restituição desses valores que você deu enganada para ele. Para comprovar isso, basta aí um comprovante de transferência bancária, pessoas que possam testemunhar que sabiam dessa história, e e—mails que vocês tenham trocado, não importa se tenham passado cinco anos, porque você foi enganada e só ficou sabendo dessa farsa muito recentemente. Então você tem direito sim a pedir civilmente, o que é diferente lá do processo penal por estelionato, etc, que ele já responde. Você também deveria pedir, na minha opinião, uma indenização por danos morais, não só para ele como para toda a família dele que perpetrou esse teatro, essa farsa de missa de sétimo dia, de morte… Te causou danos morais seríssimos de longo prazo, que você tem como comprovar. Carla, busque seus direitos, vá atrás, porque esse tipo de gente só para quando a justiça para eles.
[trilha]
Déia Freitas: Comentem lá no nosso grupo do Telegram, sejam gentis com a Carla. Um beijo e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Gente, eu voltei porque eu esqueci de falar uma coisa… Lembra lá no começo que eu falei do meu medo de barco? Agora, pensa: Não seria mais fácil… Assim, mais criminoso, mas seria mais fácil se o namorado e o primo tivessem jogado a Carla no mar num desses passeios de barco? Olha o perigo que ela correu… Porque ele fez tudo isso de simular a morte pra se livrar. Já fiquei até até rouca, ó, pra se livrar dela e da dívida, né? E seguir a vida com a esposa, que ele já tinha até esposa… Agora, imagina se ele fala: “A Carla pulou aqui do barco pra nadar e não voltou”. Olha o perigo que a gente passa sem saber… Era isso. Agora vou embora mesmo. Um beijo.