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título: bebedeira
data de publicação: 22/08/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #bebedeira
personagens: cibele e simone

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Amor nas Redes. — Um Amor nas Redes aí meio tenso. — Hoje eu vou contar para vocês a história da Cibele. Então vamos lá, vamos de história.

[trilha]

A Cibele… — Isso tem alguns anos, né? Foi bem antes da pandemia. — A Cibele marcou de ir numa balada com uma amiga. Então, elas marcaram, a Cibele passou pra pegar essa amiga, né? E elas foram de carro, no carro da Cibele. Chegando lá na balada, essa amiga estava de olho já num cara fazia tempo e foi ficar com esse cara. Então a Cibele ficou ali na balada, meio que sozinha, curtindo e tal e esperando ver o que a amiga ia resolver da vida, passou umas horinhas ali de balada a amiga falou pra ela: “Miga, vou embora com ele e nã nã nã” e a Cibele deu mó força e falou: “Bom, eu vou ficar mais um tempinho aqui e vou terminar de ver a banda”. — Tinha uma banda ao vivo e tal… — “E depois eu vou embora”. Ela estava de carro, ela não tinha bebido porque ela ia dirigir… Então ela estava ali, sóbria, suave, vendo a banda na balada.

De repente, ela olha, assim, pro lado, um pouco para frente e vê uma mina muito bêbada, [efeito sonoro de tensão] mas muito bêbada mesmo, assim, quase que caída lá no meio da pista. E ela ficou olhando pra ver se a moça estava com alguma amiga, alguma coisa… E ela vê chegando um cara. E esse cara tentando levar essa moça bêbada. Cibele na hora falou: “Não, eu não posso deixar isso acontecer, o cara está querendo levar a mina bêbada daqui”. Banda alta, aquela muvuca e tal, ela foi lá — segurou no braço da moça bêbada — e falou pro cara: “o que você quer?”, naquele barulho, ela ouviu ele falando: “Eu vou levar ela pra casa”. E deu uma coisa na Cibele, assim, ela falou: “Poxa, o cara tá querendo levar a mina bêbada… Não vai levar pra casa”. E aí ela falou: “Não, você não vai levar”. E o cara falou: “Vou, eu vou levar sim”, ela falou: “Não, você não vai levar. Você quer que eu chame o segurança? Que eu chame a polícia?” e fez um escândalo… 

Fez um escândalo tão grande que o cara virou pra ela e falou: “Tá bom, então tá bom, fica você com ela”. E a Cibele ficou. Essa moça bêbada, — quase de cair — a Cibele ficou com ela um tempo ali encostada perto do bar, o cara do bar deu uma água pra moça. A moça, bêbada, — estava muito bêbada — conseguiu pagar ali a comanda… — Cibele também pagou a comanda dela. — E elas ficaram ali na calçada da balada, sentadas na guia, até essa moça recobrar um pouco os sentidos pra dizer pra Cibele onde ela morava. Isso já era quase seis horas da manhã, então foi dando o horário ali e tinha uma padaria perto, ela falou: “Você não quer tomar uma coisa? Um café?” e a Cibele foi lá, pegou um café forte pra moça e deu pra moça. A moça mal, estava mal… Ainda vomitou ali na calçada… — Aquela coisa de bêbado que a gente já sabe… A bebedeira, assim, daquela forte. —

E aí a moça, depois do café e tudo, depois de ter vomitado, enfim, conseguiu falar pra Cibele onde ela morava. E a Cibele falou: “Bom, eu vou te levar pra casa, vou te ajudar a entrar e tudo, vou deixar um bilhete e depois a gente se fala, né?”. E aí elas foram até o carro da Cibele, a Cibele naquela luta pra pôr a moça no carro, que tinha hora que ela estava boa, tinha hora que não tava boa, enfim… A moça… Ninguém achava mais o celular da moça na balada… — Então ela não tinha celular… Se não a Cibele tinha ligado pra alguém e tal, então provavelmente caiu lá na balada, enfim… — [efeito sonoro de carro dando partida] E elas foram indo no caminho, era meio longe assim, um lugar que a Cibele não conhecia e tal e chegaram… Chegaram, era uma casa e ela falou: “Bom, eu vou te ajudar a descer, vou lá, vou tocar a campainha, enfim… Vamos entrar”. E aí elas chegaram e tocaram à campainha. [efeito sonoro de campainha]

E foi uma senhora que abriu… — que era a mãe dessa moça, que a gente vai chamar de Simone. — Era mãe da Simone, mãe da Simone já estava preocupada e a Cibele foi ajudando a Simone a entrar, né? E elas entraram ali pela sala e a mãe da Simone falou assim, falou: “Ai, nossa, muito obrigada que você veio trazer minha filha bêbada” e deu uma xingada lá na Simone e falou: “Põe ela aqui na cozinha que eu vou dar um café pra ela. Você também toma um café, eu fiz um bolo”… — A mãe já tinha feito até bolo, porque estava acordada desde às cinco. Preocupada, né? — Quando a Cibele entrou na cozinha, quem estava sentado na cozinha? [risos] — Aquele cara da balada. — Simplesmente aquele cara da balada era o irmão da Simone. [risos] A Cibele proibiu que o irmão da bêbada levasse a bêbada pra casa, [risos] que ela achou que, sei lá, podia ser um cara que ia tentar, sei lá, abusar da moça. [risos] — Ela fez certo, eu já fiz isso também… Não nessa intensidade, mas fiquei com a moça até que as amigas aparecessem. Protegendo, né? Porque, enfim, a pessoa bêbada… — 

E aí a Cibele ficou primeiro sem entender, que ela viu aquele cara lá, já meio na defensiva, já querendo pegar um vaso e dar na cabeça dele. E aí o cara virou pra ela e falou: “É, pois é, é minha irmã. Você me proibiu de trazer minha irmã pra casa”. E aí ela ficou super sem jeito. Ele estava rindo, ele ficou acordado, porque assim, ele também ficou preocupado, ele não conhecia Cibele. Mas ao contrário da Cibele, ele teve uma confiança, assim, ele falou: “Poxa, se ela está defendendo a minha irmã aqui, acho que ela não vai largar minha irmã na sarjeta e tals”. E ele estava com o celular da Simone, então ela não perdeu, ele ficou com o celular dela. Só que ele ficou acordado, porque se até tal hora, sei lá, ela não aparecesse, ele ia voltar lá na balada, né? 

A Cibele não deixou de jeito nenhum ele se explicar, falar nada lá na hora na balada. E aí eles meio que riram ali, comeram bolo e tal e, enquanto ela estava comendo bolo e tomando café e pensando, né? — Essa história poderia estar, inclusive, no Mico Meu, né? — No mico que ela tinha passado e tal, ela percebeu que ele estava sorrindo e olhando muito pra ela, assim… E ela já tinha feito um bilhete no carro pra deixar com o telefone dela pra avisar e ela tinha… Quando ela entrou, ela deu esse bilhete pra mãe da Simone e falou: “Ah, assim que ela fica melhor, tá aqui meu número se ela quiser falar comigo. Nada aconteceu com ela, fiquei com ela o tempo todo e nã nã nã”. Aí depois que ela comeu esse bolo, ela foi embora. E, quando ela estava, assim, antes de chegar em casa até ela, recebeu uma mensagem e era uma mensagem desse cara… — Porque a Simone estava podre lá, né? — Simone só foi falar com a Cibele no dia seguinte.

E aí esse cara mandou uma mensagem falando: “Olha, foi muito engraçado o que aconteceu, mas queria te agradecer, né? Você cuidou da minha irmã e tal. Realmente, eu podia ser um predador, podia ser um cara querendo fazer mal pra ela e você fez certinho. Eu não me ofendi e é isso. Obrigada e tal, né?”. — E aí ela sentiu um frio na barriga, tipo, com a mensagem dele, mas ficou naquela… — Aí no outro dia, depois da bebedeira, a Simone mandou mensagem pra ela, agradeceu e nã nã nã, falou que estava passando, que ela tinha terminado com o namorado então ela foi lá tomar um porre e nã nã nã… E ela acabou falando assim: “Você não quer ir no cinema comigo e com o meu irmão?”, e aí a Cibele falou: “Ah, vamos, né? Quero sim”. E eles foram ao cinema. Chegou lá na porta do cinema, a Simone falou assim: “Puts, nossa, minha mãe acabou de me chamar aqui”. — Eles têm um cachorro chamado “Flip”. — “O Flip tá meio que passando mal, mas não é nada grave, não. Eu vou lá ver o Flip e vocês vão indo aí no cinema”. [risos] — Que história mal contada, hein, em Simone? O Flip tava ótimo em casa. [risos] — 

Aí a Simone deixou os dois pra irem no cinema, eles foram no cinema. Assim, a Cibele confessa que ficou esperando — que esse cara, que a gente vai chamar de Murilo — que o Murilo desse um beijo nela. Só que ele, também muito tímido, não beijou e tal. E quando eles estavam indo embora, a Cibele falou: “Quer saber? [risos] ela foi lá e beijou o Murilo. [risos] E, gente, dessa bebedeira, dessa situação que aconteceu na balada, Cibele e Murilo começaram a namorar, Cibele e Murilo ficaram noivos, Cibele e Murilo casaram. [efeito sonoro de sino batendo] Eles estão casados e têm um filhinho. [risos] Simone foi madrinha de casamento, é madrinha da criança, enfim, né? Foi ela com a sua bebedeira, seu porre aí depois de ter tomado um pé na bunda que aproximou os dois. Porque a Cibele não tinha visto o Murilo na balada pra se interessar e tal, o Murilo também não tinha visto a Cibele e o primeiro contato deles foi quando ela foi proteger a Simone, achando que o Murilo era um predador, que ia fazer mal e tal pra Simone. — Gente… Não é história de filme? Não é muito lindinha? Eu achei muito fofa. —

[trilha]

Assinante 1: Oi, gente, oi, Déia, oi, pessoal, aqui é a Morgana de Braço do Norte, interior de Santa Catarina. E, gente, que história de amor é essa? Que coisa mais improvável… Mas, sei lá, eu acho que o amor é assim mesmo, né, gente? Acontece de uma maneira improvável. Muito feliz pelo casal, que já tem até filhinho. Eu achei uma história incrível e que o amor bata assim para outras pessoas, né? 

Assinante 2: Oi, gente, meu nome é Adriely, eu falo do Rio de Janeiro e eu amo história de amor. [risos] E eu quero dizer que eu estou muito apaixonada por todos os personagens dessa história. A Cibele, essa pessoa maravilhosa, que cuidou muito bem da Simone, acolheu uma pessoa numa situação de vulnerabilidade, foi super presente até o fim. O Murilo, por ter tido essa aproximação super sutil, ficou interessado claramente na Cibele, mas só mandou uma mensagem ali, agradecendo e tal. E a Simone por ter sido esse cupido lindo que fez esse casal acontecer. [risos] Então é isso… Felicidades ao casal, ao filhinho… Que todos vocês fiquem bem, um beijo. 

[trilha]


Déia Freitas: Então é isso, gente, um beijo. Comentem lá no nosso grupo do Telegram. Se você ainda não tá no nosso grupo, é só jogar na busca “Não inviabilize”. E é isso, um beijo e até próxima.

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.