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título: big chop
data de publicação: 21/12/2023
quadro: amor nas redes
hashtag: #big
personagens: janaína

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. cheguei pra mais um Amor nas redes. — e hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é o meu amorzinho Salon Line, a marca das crespas e das cacheadas. Você pode garantir aí aquela definição muito brilho e controle de frizz usando os produtos da Salon Line. Você que é crespa e cacheada, sabe que o cuidado com o seu tipo de cabelo é fundamental, né? E pra dar aí uma finalização bafo e um tratamento poderoso, — tudo o que seu cabelo merece — as linhas da Salon Line de coco e super óleos estão de cara nova. — Gente, super óleos é, assim… Tem nem o que dizer… — Elas nutrem profundamente os cachos e os crespos estão em embalagens belíssimas que combinam muito aí com o poder do seu cabelão. Acesse agora: salonline.com.br ou também pode entrar nas redes sociais @SalonLineBrasil e conheça as linhas de coco e super óleos. 

Eu vou deixar o link e o arroba certinho aqui na descrição do episódio e fica com a gente até o final, porque tem o nosso cupom. E hoje eu vou contar pra vocês a última história aí, a história da Janaína. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

Quando a Janaína tinha sete anos, ela foi daminha de casamento de uma tia dela e a sua mãe, Dona Núbia, achando que deixaria a filha ir mais arrumada, fez uma escova no cabelo da Janaína. — Ela com sete aninhos, hein, gente? — Dona Núbia contou que depois que ela fez essa escova na Janaína, ela chorava muito e implorava pra mãe aí fazer sempre a escova no cabelinho dela. — A Janaína quando ela era criança, ela odiava o próprio cabelo e se achava feia. — E nesse mesmo ano que ela foi daminha, a Dona Núbia decidiu então que alisar o cabelo da Janaína era uma boa, né, já que ela queria tanto manter na escova… Então, nesse mesmo ano, ela alisou o cabelo da menininha Janaína, então dos sete anos até a Janaína fazer 21 anos, ela teve seus cabelos alisados. — Então, são 14 anos, gente, que a gente está falando aqui, 14 anos de alisamento… — 

Como o cabelo da Janaína era o tipo 4B 4C. — E aí eu vou pedir para depois colocar lá no nosso Instagram as texturas de cabelo tem desde do 1 até o 4, mas tem 1A, 1B, 1C, aí tem 2A, 2B, 2C e assim vai… A gente coloca essa tabela para você saber qual é o seu tipo de cabelo, tá? — O cabelo da Janaína 4B, 4C ali — é aquele que forma cachinhos bem miudinhos, sabe? — e não adiantava só alisar o cabelo dela, sempre que ela lavava ela tinha que fazer escova e chapinha ainda… E quem ajudava a Janaína nesse processo era a Dona Núbia. A Dona Núbia passou aí 14 anos aí ajudando a filha a fazer escova, mesmo depois de alisado, escova e chapinha no cabelo. — Para vocês terem uma ideia, sempre que elas iam em algum lugar de piscina ou praia, Dona Núbia já levava o secador e a prancha porque sabia que a Janaína ia querer fazer o cabelo logo na sequência ali, né? — 

E a Janaína sabe que a mãe sempre fez isso com amor, com muito cuidado — querendo sempre minimizar a dor da filha e tal — e a Janaína disse que ela lembra de perguntar muitas vezes por que Deus tinha dado aquele cabelo pra ela. E a coisa era tão séria que a Janaína chegava a dar socos na própria cabeça com ódio do próprio cabelo… — E chorar muito por isso… É muito triste. — Todas as amigas da escola da Janaína elas tinham cabelo liso ou as que não tinham cabelo liso tinham cachos assim, perfeitos. — Segundo a Janaína. — E, quando a Janaína estava ali, com seus 20 anos, a irmã dela, que a gente vai chamar aqui de Juliana, decidiu passar pela transição… Ela tinha começado a alisar o cabelo por volta dos dez anos. — A Juliana, né? — Também por ter visto a Janaína com cabelo alisado e, com 17 anos, a Juliana decidiu cortar o cabelo curtinho e deixar crescer natural. 

A Janaína disse que tão nova a Juliana já era muito mais corajosa que ela… Tão corajosa que a Janaína se inspirou nela e decidiu seguir o mesmo caminho e fazer também a transição capilar. Porém, nem tudo deu muito certo. A primeira transição que a Janaína fez foi um caos, assim, ela começou a deixar o cabelo crescer e não suportava nem se olhar no espelho. A Janaína viu o cabelo da Juliana crescendo bem, assim, florescendo, sabe? Com cachinhos perfeitos e jurava que o cabelo dela ia ficar igual. Mas elas tinham cabelos diferentes. O tipo de cabelo da Juliana era 3A,3B, enquanto que o da Janaína era 4B,4C. — Os cachinhos eram diferentes, o tipo de cabelo era diferente. — Quando a Janaína não estava aguentando mais aquela raiz grande e estava muito tentada a alisar de novo, ela achou que indo num salão de cabeleireiro convencional e fazer o big chop. — O que é o big chop? É você cortar toda a parte alisada do seu cabelo e deixar só realmente a parte que está o seu cabelo natural. — 

Ela achou que fazendo isso, tirando toda a parte alisada, seria melhor e que ela ia ficar, assim, mais tranquila com o cabelo. Só que a cabeleireira que ela foi não tinha nenhum conhecimento de cabelo crespo.. Então deixou o cabelo da Janaína totalmente estranho, assim, armado… E os dois primeiros meses de transição foram muito difíceis para a Janaína. — E aí eu queria contar aqui a minha Janaína, né? [risos] A minha prima. — quando ela fez também a transição e ela fez o big chop e ela foi também numa cabeleireira convencional. [risos] E aí ela chegou aqui o cabelo dela estava muito estranho, assim, né? E ela já não tinha gostado. E aí eu tive que pegar uma foto e falar leva essa foto para a cabeleireira, volta lá e fala pra ela que é isso aqui que ela tem que fazer. E aí Janaína teve que voltar para refazer esse corte depois que a mulher viu a foto e entendeu, falou: “Ah, então é isso aqui que você quer?”. Porque a Janaína não soube explicar. Então, às vezes é bom a gente ter uma referência, né? Levar uma referência e falar: “Eu quero isso aqui, você sabe fazer?” e também dar a oportunidade de o cabeleireiro falar: “Olha, eu não sei fazer, eu sei lá, vou pesquisar, vou aprender, né?”. —

Foi um período muito difícil, porque o cabelo dela não definia como o cabelo da irmã, da Juliana e a Janaína não sabia como cuidar do próprio cabelo. E todas as vezes que ela buscava informação na internet, ela acabava achando somente instruções aí pra pessoas de cabelo cacheado e não para pessoas de cabelo crespo, como o dela. E aí a Janaína entrou numas de lavar o cabelo todo dia, porque na cabeça da Janaína, fazia sentido que o cabelo molhado ficava com um aspecto melhor, mas mesmo assim ela não conseguia se olhar no espelho, não queria tirar foto… — A Janaína estava se achando feia, sabe? — E pra piorar, ela ainda ouvia frequentemente comentários do tipo: “Nossa, se seu cabelo não igual da Juliana, né? Que pena”, “Nossa, você já tentou enrolar com o dedo pra ver se forma aluum cacho aí nesse cabelo?”, “Você nem é preta, por que será que seu cabelo é tão ruim assim?”. — As pessoas são péssimas, né? — 

Coisas que faziam a Janaína querer chorar e deixavam aí a nossa protagonista da história muito mal. Até que a Janaína conheceu o permanente e, no desespero, ela decidiu fazer. —Então, até que ela estava dois meses e pouco ali, quase três, sem química, e aí ela resolveu fazer uma outra química no seu cabelo. — No início, esse permanente deixava o cabelo até aceitável, mas logo nas primeiras semanas a raiz já começava a aparecer e aqueles cachos que eram falsos pareciam ali um alisamento malfeito, sabe? E a Janaína entrou novamente na dependência dos procedimentos químicos e enfiou na cabeça que aquele era o mais próximo do natural, que o cabelo dela podia ficar aí… E assim foram dois anos fazendo permanente. Até que um dia, Janaína estava no Instagram e ela viu uma menina com um cabelão lindo, assim, e essa menina tinha o mesmo tipo de cabelo dela. A Janaína entrou no perfil dessa moça, viu a evolução do cabelo da menina e começou a procurar ali e a seguir várias outras garotas que ela achou ali de cabelo crespo naquele Instagram, né? 

E a Janaína viu um mundo novo se abrir… Ali ela estava achando produtos e pessoas ensinando como usar os produtos e vendo cabelos como o dela, cabelos naturais. E aí ela estava apaixonada por aqueles cabelos que eram igual os dela, bem tratados e cuidados… E nessa época, a amigas da Janaína — que a gente vai chamar aqui de Ellen — foi a grande incentivadora. A Ellen passava horas mandando posts e vídeos no YouTube de mulheres crespas cuidando dos cabelos para a Janaína. — Eu amo… [risos] — E conversando com ela sobre isso de deixar de novo o cabelo natural. E aí, junto com a Ellen, a Janaína resolveu passar mais uma vez pela transição capilar. Só que dessa vez a Janaína falou que foi diferente, porque da outra vez ela estava focada muito no externo — tanto que ela não conseguia nem se olhar no espelho — e dessa vez a Janaína acredita que a mudança começou no interior dela, sabe? 

Ela mudou várias coisas que ela pensava em relação a cabelo e como ela se sentia pra aí começar a fazer essa transição capilar e pelo menos manter assim, né? E, aos 23 anos, antes mesmo de fazer o seu segundo big chop, a Janaína já estava amando o cabelo crespo dela. E dessa vez a Janaína resolveu ir numa barbearia e cortou o seu cabelo com um barbeiro negro, que entendia do cabelo dela e soube fazer o corte perfeito. O noivo da Janaína foi com ela e ver ele, assim, sorrindo para ela através do espelho e dando aquela força, a Janaína disse que é uma memória que ela jamais vai esquecer, assim… — Do apoio, da carinha dele sorrindo pelo espelho. Coisa mais fofa… — A Janaína saiu da barbearia com um corte lindo. Ela colocou uns brincos coloridos assim que a Ellen tinha dado para ela. — Justamente para esse segundo big chop. — Aí passou um batom e, pela primeira vez em muito tempo, ela estava se sentindo linda. 

E hoje a Janaína está com 26 anos — são três anos de cabelo totalmente natural — e o cabelo dela tá grande, lindo, bem cuidado… Até hoje ela ainda ouve uns comentário desagradáveis do tipo: “Vai chegar no céu aí com esse cabelo? Tá enorme” ou “Você não acha que tá muito grande, não?” e pra essas pessoas, a gente ainda nem liga… — Se fosse eu, eu já ia falar: “Escuta, eu estou com um boleto aqui para pagar… Você vai pagar hoje ou no vencimento?” Porque se tá cuidando da sua vida então vai pagar seus boletos, né? Acho que pode começar aí a dar uma respostinha um pouco mais rude, viu, Janaína? — E olha como as coisas mudam, hein? — A Janaína, que por 14 anos manteve seu cabelo alisado e depois passou mais dois anos com permanente — sempre muito preocupada com essa questão de estar com cabelo baixo, de estar cabelo arrumado, estar com o cabelo lisinho —, agora a única coisa que ela quer no casamento dela, que ela exige, é que o cabelão dela esteja lindo, leve e solto. — Eu amo… — [música animada] 

Eu amei contar essas histórias aqui sobre cabelos e sobre transição, tá tudo bem também se você quiser continuar com seu cabelo alisando, fazendo progressiva, fazendo permanente… O importante é que você se goste, que você goste do seu cabelo e que você consiga, aqui como Janaína agora, se olhar no espelho e se sentir bonita. Como eu falei na história anterior, a gente ter um pouco de bondade com a gente mesmo, ter um olhar mais carinhoso com a gente. Tem dia que a gente se olha no espelho e fala: “Misericórdia”. [risos] — Eu tenho dia aqui que: “Misericórdia, essa franja tá um boné”, [risos] mas tem dia que eu olho e fala: “Ai, tá tão bonitinho esse cabelo hoje”. Então, vamos exercitar aí a gente conseguir se olhar com um pouco mais de carinho, né? 

[trilha] 

Assinante 1: Oi, eu sou a Ana Abachione, sou aqui de São Paulo, Capital. Eu alisei o meu cabelo dos 12 até os 32 anos. Então, foram 20 anos passando por vários processos químicos e, por um período, eu não estava mais me reconhecendo. Fiquei cinco meses nesse processo sem alisamento, optei em fazer o big chop, tive apoio da minha família, de amigos, colegas de trabalho e até mesmo da empresa onde eu trabalho e foi um processo muito agradável de redescoberta, né? Curti mesmo todo esse processo do crescimento do meu cabelo natural. Costumo dizer que não foi só uma transição capilar, acho que é uma transição na vida mesmo. Eu consegui me enxergar de uma forma muito melhor, hoje eu me sinto muito mais confiante, muito mais segura e eu me reconheço na minha imagem. Agora, quando eu me olho no espelho, eu consigo me ver. Então foi para mim, assim, uma grande libertação, uma evolução mesmo. Amei passar e amo continuar passando por ele, é uma mudança maravilhosa na minha vida. 

Assinante 2: Olá, meu nome é Marissa, eu moro em [Tongeren], na Bélgica. Fiz a minha transição capilar tem quase dez anos, foi libertador, sabe? Foi felicidade em cima de felicidade, cada dia era mágico. Eu raspei a cabeça, eu não esperei porque eu não iria conseguir ficar com raiz diferente das pontas, né? E eu sabia que eu não ia conseguir resistir e alisar o cabelo de novo. Então eu raspei total, eu amei meu cabelo raspado, eu amei meus cachinhos voltando, pentear o cabelo de acordo com o tamanho dele, então, assim, foi bem diverso, foi divertido e foi a melhor coisa que eu fiz… Por que eu sempre nutri o cabelo natural até os meus 16 anos mais ou menos, quando começaram as pressões externas? “Ah, mas você ia ficar tão bonita de cabelo liso, ia ficar muito mais alinhado”, aí eu fiz a progressiva… Eu me arrependi totalmente no mesmo momento e a transição capilar foi libertadora. Foi maravilhoso e eu recomendo a qualquer pessoa que queira sair desse ciclo. Raspa, raspa o cabelo e seja feliz. 

[trilha] 

Déia Freitas: Bateu aquela curiosidade? Quer conhecer as linhas de coco e super óleos da Salon Line? Então, entra no site agora: salonline.com.br, aproveita que tem mimo, tem o nosso cupom PONEILINE. [risos] — Gente, eu amo esse cupom. [risos] — Cupom PONEILINE, tudo em maiúsculo, PONEILINE, tudo junto, está aqui na descrição, tá? Você entra aí para o time das Salon Lovers e enche o carrinho com os seus produtos favoritos e ganha 20% de desconto. — Valeu, Salon Line, eu amo vocês e agradeço demais a parceria, foram quatro episódios incríveis e espero que a gente possa se encontrar novamente em breve. — Um beijo, gente, e logo logo estou de volta. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.