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título: busca
data de publicação: 16/10/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #busca
personagens: veridiana e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é a Cobasi, que está aí comemorando 38 aninhos. [efeito sonoro de fogos de artificio] A Cobasi te convida aí a curtir a vida como um pet curte a vida… [risos] — A minha sugestão? Se sentindo plena de satisfação após comer, beber e dormir… Quer melhor? [risos] — E também se aí dedicando por completo a qualquer atividade, seja passeando, brincando e sendo também o melhor companheiro que seu amigo pet poderia precisar. Além de amar incondicionalmente como só um pet sabe fazer. Nós humanos temos muito o que aprender com os pets. — Olha, muito mesmo… E é justamente isso que a Cobasi entende, de pets, e te convida a celebrar o seu aniversário de 38 anos. 

Vá curtir aí a festa com seu pet… Curte a vida. Aproveite as ofertas imperdíveis do aniversário Cobasi. Você paga menos, leva muito mais e só quem é amigo Cobasi tem ofertas exclusivas. — Eu sou uma amiga Cobasi. — Você pode ir até as lojas ou entrar no site e aplicativo da Cobasi e, e no site e aplicativo, você pede pelo “Cobasi Já”, o serviço de entrega da Cobasi. Confira antes a disponibilidade na sua região e receba tudo em até uma hora. Aniversário Cobasi, 38 anos… Aproveite. Cobasi.com.br, e já vai navegando aí no site e ouvindo a história. — Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio e fica com a gente que tem cupom de desconto aí. — E essa história eu quero que vocês prestem bastante atenção nos detalhes. Hoje eu vou contar para vocês a história da Veridiana. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Veridiana trabalha aí em uma grande empresa e ali na empresa ela conheceu um cara… Ele não trabalhava lá, ele foi lá um dia, era um cliente e ela acabou conhecendo esse cliente e conversando… Ela que atendeu esse cara e eles começaram a conversar, e aí trocaram ali o WhatsApp, começaram a se falar no WhatsApp… E o cara ele era muito meigo, muito sensível… De cara ele já contou a história dele pra Veridiana… — Que era qual? — Ele estava agora com 35 anos, quando ele tinha 25 anos, ele tinha conhecido uma moça — então, ali há dez anos, ele tinha conhecido uma moça — e tinha tido um breve romance com essa moça e essa moça tinha engravidado. Só que os pais dessa moça… Essa moça na época, ele tinha 25, a moça tinha 20, não concordavam aí com o relacionamento deles e acabaram mudando de estado e levando a moça grávida de uma filha, que ele sabia que era uma menina, dele. 

Ele era um cara muito triste, porque há dez anos ele procurava pela filha… E, nossa, essa história comoveu a Veridiana demais, demais… Porque tudo que ele falava, ele falava: “Eu não sei se a minha filha está comendo, eu não sei se a minha filha passa necessidade, não sei se é minha filha…”, tipo, eles saíam pra ir num parque, tava um vento gelado, ele falava: “Eu não sei se a minha filha está passando frio” e muitas vezes que ele falava isso, ele chorava… E aí a Veridiana foi se comovendo com aquela situação e com aquele cara tão sensível, tão incrível, que queria encontrar a filha e ela falou: “Por que você não bota um detetive e tal?”, ele nunca tinha pensado nisso de detetive, mas ficou por aquilo. E eles, depois de muita conversa, algumas ficadas, começaram a namorar. E o namoro sério, oficial… 

Um ano de namoro e o cara sempre lembrando da filha, né? — Do nome que ele queria ter dado pra filha, porque é isso, aquilo… — E ele fez uma conta na cabeça dele de que a filha nasceria no mês tal… Então ele escolheu um dia do mês tal pra ser aniversário da filha. Então, aniversário de 10 anos, aniversário de 11 anos… A Veridiana, depois de uns três anos de namoro, ela resolveu que, assim: “Poxa, tudo bem, não é a minha história, mas se eu posso ajudar, por que eu não vou ajudar?” e ela já tinha muitas informações da moça, né? Que tinha engravidado aí do namorado dela, um namoro sério, já estavam pensando em morar junto… E aí ela resolveu procurar essa moça de todas as formas… Então no Jusbrasil, no Facebook, jogou no Google, enfim, foi procurando, procurando, procurando… Até que ele encontrou uma moça com o mesmo nome e que batia todas as características e ela falou: “Bom, eu vou fazer um jantar e vou mostrar esse perfil pra ele, né? Será que é ela?”. 

E o que tinha era um perfil de Facebook, então as fotos eram restritas, não tinha nenhuma foto da criança pra ela ver e tal, porque senão ela já ia mostrar, tipo, “aqui sua filha, né?” e talvez a moça também estivesse procurando por ele… — Para dar um pai ali, um nome para filha, o nome do pai. — E aí ela fez esse jantarzinho e chamou ele… Eles jantaram tal e ele estava muito feliz assim, né? Jantarzinho romântico e nã nã nã… E aí ela pegou o celular e mostrou para ele o perfil. Quando ele viu o perfil, ele começou a chorar… Falou: “É ela mesma, ela mesmo… Ai meu Deus, você achou…” e começou a beijar a Veridiana, beijar a Veridiana… E daí pra frente ele não prestou mais atenção em nada, ele só queria ver ali o perfil. E aí passou um tempo, sei lá, umas duas semanas, eles não tocaram mais nesse assunto… — Porque até então era só um perfil. — A Veridiana falou: “Você quer que eu mande uma mensagem?”, ele falou: “Não, pode deixar que eu mesmo mando”. E aí passaram se ali duas semanas, ele não tocou mais no assunto…. 

Mais duas semanas, deu um mês aí daquele jantarzinho e a Veridiana falou: “Poxa, ele não mandou mensagem? Será que ele tá com medo de perguntar?”. E aí ela, temendo ser invasiva, mas querendo ajudar, resolveu ela mandar uma mensagem para a moça, falando: “Oi, eu sou a Veridiana, eu namoro Fulano… Há dez anos vocês tiveram um relacionamento e você engravidou e o meu namorado ele procura demais por essa filha. Então, eu estou escrevendo para falar que a gente está aqui e tal, caso você queira esse contato e nã nã nã” e mandou essa mensagem no Facebook. — Então, assim, se a moça não acessava mais o Facebook, ia demorar pra ver. — Dez minutos depois veio a resposta. Aí a resposta era: “Oi, Veridiana, tudo bem? Nossa, foi uma surpresa… Eu tô morando aqui, como você viu no meu perfil, no Mato Grosso. E você estão morando onde? Você mora com ele?”. E aí Veridiana falou: “Não, não moro com ele, mas ele mora aqui no mesmo bairro que eu, é no bairro X. Ele continua ainda aqui no Espírito Santo e tal”. 

E aí eles conversaram e a moça — que a gente pode dar um nome aqui para ela, Natália —, a Natália não tocou no nome da filha, não falou nada da filha, mas fez umas perguntas ali e a Veridiana ficou feliz de estabelecer esse contato. E aí a Natália falou pra ela: “Olha, pode deixar que que eu vou falar com ele. Me dá o link do perfil dele e tal, ou me dá o WhatsApp?”. E aí a Veridiana passou e falou: “Poxa, agora sim… Agora sim ele vai achar a filha”. Então, Natália agora tinha o WhatsApp do pai da filha dela, tinha o endereço, né? E Veridiana fez a parte dela. Encontrou a filha do seu grande amor… Resolveu aí um problemão, né? Mais um tempo se passou… E, paralelo a isso, o cara estava igual… Estava igual sempre. E eles se viam mais de final de semana — porque a Veridiana trabalhava bastante —, então ali, sexta, sábado e domingo eles estavam sempre juntos. E aí, passado umas três semanas, quase um mês daquele contato da Veridiana com a Natália, a Veridiana está no seu trabalho quando chega lá uma dupla de policiais. Eles queriam falar com a Veridiana. [efeito sonoro de tensão]

A Veridiana ficou assustada, a chefe da Veridiana também e falou: “Do que se trata, né?” e perguntou se era necessário chamar pelo advogado da empresa, porque a Veridiana estava com ali dentro da empresa, né? E o policial falou que não, só precisava de uma sala privada. Se a chefe quisesse participar, podia participar… E aí eles fizeram algumas perguntas sobre esse cara, que era o namorado da Veridiana, né? E aí a Veridiana contou a história, contou a história da filha e agora vocês estão preparados? Não existia filha nenhuma. Esse cara perseguia a Natália… Já tinha agredido a Natália e tinha um processo criminal que não era contra a Natália, mas contra uma outra mulher em aberto. Ele era procurado… E a Natália mudou de estado justamente pra fugir desse cara. A Veridiana ficou em choque… A polícia disse que ele tinha sido preso lá no Mato Grosso, porque ele foi atrás… Enquanto a polícia veio bater aqui na casa dele para ver se prendia ele aqui, ele estava já no Mato Grosso atrás da Natália… 

Ele foi preso no Mato Grosso e a Veridiana não conversou mais com ele, também não foi chamada até agora para participar de nenhum processo, de testemunha, nada… Ela só conversou ali com aqueles policiais que contaram quem ele era. Então, veja, ele inventou uma história super nobre que a Veridiana caiu e, sei lá por que ele não conseguiu encontrar a moça, mas a Veridiana conseguiu… Quando a Veridiana passou os dados da moça, ele foi, pesquisou mais, achou os parentes… Porque ele conhecia os parentes, né? E acabou encontrando onde a Natália estava, inclusive onde ela trabalhava. Sobre o processo que ele tem, que agora nem é aberto, né? Estava foragido e ele foi preso por causa desse processo que era referente a uma outra mulher, a polícia não falou para Veridiana do que se tratava. — Mas eu penso que para ele ser capturado assim, e preso, é porque é algo grave. Se fosse só uma ameaça, sei lá, a polícia teria esse empenho? Não sei… Pode ser que tenha também, não sei… Mas eu penso para mim que era algo grave. —

E a Veridiana diz que nesse tempo que eles ficaram juntos, nesses anos, ele nunca foi abusivo… Ele nunca foi. Ele era um doce com ela. Ela mandou uma mensagem para Natália, pedindo desculpas, dizendo que não sabia… E ela ficou sabendo que ele tinha ficado sete anos com a Natália e as coisas só desandaram quando ela terminou. Então, a Veridiana não sabe se o relacionamento dali para frente um pouco terminasse, se esse cara não ia fazer com ela a mesma coisa que fez com a Natália e o que nós não sabemos que ele fez com outra mulher… Porque Natália também não falou nada para Veridiana. Então, veja só, a Veridiana se propôs a ajudar o amor da sua vida a encontrar a filha, uma filha que não existia. Então, veja como esse cara é ardiloso. E aí, agora Veridiana também tem medo de, tipo, ele sair da cadeia e procurar ela, né? E aí a Veridiana tá pensando em contratar um advogado pra procurar esse processo aí desse cara, ver direito por que ele foi preso, quanto tempo ele vai ficar preso pra ela pelo menos ter uma noção, né? De quando ele vai sair, sei lá… E também pra saber o que ele fez. 

Então, ela não sabe também se isso é possível. — Eu acho que é, né? — E eu acho que se ela puder fazer isso, ter acesso a esse processo…. — Porque eu acho que os advogados tem, né? Eu acho que é uma boa. — Agora veja o perigo, né? É bom a gente ficar atenta… Se alguém quiser muito encontrar uma outra pessoa, seja pelo motivo nobre que for, é melhor a gente ficar esperto e não se meter a encontrar as pessoas, né? Que às vezes as pessoas fugiram por um motivo como esse, de fugir de um homem. Então, essa é a história aí da Veridiana, eu fiquei bem assustada, quando ela escreveu logo no começo eu já sabia do que se tratava, né? Mas é uma coisa que assusta… O cara chorando falando que queria encontrar a filha… Dificilmente a gente também não ia ficar mexida, né? Então, vamos ficar aí todo mundo bem ligado.

[trilha]

Assinante 1: Oi, meu nome é Letícia, eu falo do Pará. Veridiana, como advogada, eu acho que sim, você pode contratar um advogado para pesquisar esse processo. O advogado vai te habilitar como pessoa interessada, que a gente chama de “terceiro interessado” para obter algumas informações como forma de te proteger. Eu acho que é possível. Cara, não se culpe por buscar informação, sabe? Coisa que uma pessoa fala que eu acho muito verdadeiro, é difícil para a gente acreditar que existem pessoas genuinamente más, genuinamente ruins, então assim, não se culpa por isso, tá? Um beijo. 

Assinante 2: E aí, galera, aqui é a Karen de Curitiba. Como a nossa heroína, eu também faria a mesma coisa. Esse negócio de querer ser muito prestativa com o boy, eu ia também tentar achar para o bem maior de todos… Só que o que a gente tem de informação às vezes não é verdade, como foi o caso. Então, acho que vale muito para mim, para você, para todo mundo que essa coisa de querer passar por cima das situações e resolver situações, ser ONG de macho às vezes é você fazer mais do que você tem que fazer. Então, às vezes a gente tem que muito mais ouvir ser um ombro amigo do que ter uma atitude ativa para resolver os pepinos dos outros. Então, fica aqui para mim como um aprendizado e para todo mundo também que ouviu, né? 

[trilha] 

Déia Freitas: Aniversário Cobasi de 38 anos e quem ganha o presente é você… Vai curtir aí a festa como um pet curte a vida, com satisfação, dedicação, com amor e aproveitando ofertas imperdíveis, pagando menos e levando mais. E usando o nosso cupom PONEI10 — [risos] amo, “pônei” tudo junto, sem acento e o numeral “10” —, você ganha 10% de desconto nas compras no site ou aplicativo até o final de outubro. Vá a uma loja Cobasi, acesse o site ou aplicativo e peça pelo Cobasi Já, o serviço de entrega da Cobasi. Confira a disponibilidade na sua região e receba tudo em até uma hora. [efeito sonoro de carro em alta velocidade] — E chega mesmo, viu? Cobasi.com.br, Valeu, Cobasi, tamo junto… Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.