título: câmeras
data de publicação: 30/10/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #cameras
personagens: élder, dona dalva e helena
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é a Emma. — Amo… — A Emma veio com tudo pra mostrar que você não precisa esperar até novembro pra renovar o seu sono. Começou a pré-Black Friday da Emma. Durma melhor antes de todo mundo — e, gente, é dormir melhor mesmo porque assim, é incrível —, eu vou te dar cinco ótimos motivos pra você trocar aquele seu colchão que já tá aí pedindo socorro [risos] e vai trocar pelo melhor colchão da sua vida. Então, anota aí: a Emma Colchões te dá garantia de 10 anos e ela vai transformar as suas noites. — Você não tem ideia, gente, a qualidade. do sono que você vai ter… — Sem contar que você vai passar uma média de oito horas por noite no seu colchão Emma. — E você vai notar a diferença, gente. Qualidade do sono, o seu corpo, em tudo… —
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[trilha]Élder estudou numa universidade pública e lá ele teve a oportunidade de conhecer pessoas classe C, como ele, e conhecer pessoas com muita grana. — Então tinha ali alguns estudantes que estudaram em excelentes escolas, tanto no Brasil quanto no exterior, enfim, estavam ali cursando algo no mesmo lugar que ele. — Realidades muito diferentes, mas o Élder acabou acostumando com aquilo. Os anos foram passando, o Élder conheceu muita gente na faculdade, muitas festas. Depois que ele se formou, ele conseguiu um salário muito bom… Ele deu um salto na classe C dele, então ele virou classe C Premium. — Porque eu sempre penso assim: não existe classe B, ou você é rico, e rico, quando eu digo “rico”, é uma pessoa que, se parar de trabalhar, não vai ter um impacto no estilo de vida. Ou você é classe C Premium top plus, que é uma pessoa que ganha 30 mil reais, mas se perder o emprego que ganha 30 mil reais vai durar aí uns seis meses, vai cair o padrão bastante de vida, enfim, então, Élder estava aí nessa categoria de uma pessoa que saiu ali da pobreza e agora estava ganhando muito bem. —
A mãe tinha ficado viúva quando ele era muito novo, a gente vai chamar a mãe do Élder de Dona Dalva. E a primeira coisa que ele fez foi comprar uma casa boa para a Dona Dalva. — O que a gente entende por casa boa? Uma casa que as paredes são rebocadas, tem laje, não chove dentro, é arejada, é fresca… Isso já é uma casa boa. A gente não está falando aqui de uma casa, sei lá, AlphaVille, sabe? A gente está falando de uma casa normal, que é você sair de um lugar precarizado para você ter uma casa digna. — Então, ele comprou uma casa digna para a Dona Dalva. E qual era a pira da Dona Dalva? Plantas.,, Todas as plantinhas que ela tinha naquela casa, que era bem ruim, ela levou todas. — Muito apegada… Então, assim, não mexa, não vá em casa de Dona Dalva e mexa nas plantinhas dela, que ela ali tem um ciúme, e assim anda na rua com o quê? Uma faquinha na bolsa. [risos] — Sério, o Helder falou: “Andréia, não adianta, é uma coisa que é da minha mãe. Eu já tô agora com os meus 38 anos, e a minha mãe me teve mais velha e tal, então ela já tá com 70 anos. Não adianta eu querer agora que ela mude, porque ela não vai mudar”.
Ela anda com uma faca na bolsa e a faca tem barro na faca… Numa sacolinha a faca. Que é pra quê? Pra ela cortar as plantas e ela tem várias sacolinhas, que é pra carregar o quê? As plantas que ela corta na rua e leva pra casa. — Então, essa é a realidade de Dona Dalva. — Ela rouba planta na rua? Rouba. [risos] É errado roubar? A gente vai cair naquilo, é errado roubar? É, e Dona Dalva ela pega ela, se apropria vamos dizer assim de plantas… Pode ser um canteiro da prefeitura? Pode… Pode ser na frente de uma casa com muro baixo? Pode… Dona Dalva tem até um gritinho que ela dá que é: “ô, de casa”, pra pedir a planta… Se ninguém aparece, não aparece um cachorro e está ali a altura de braço de Dona Dalva, talvez ela possa enfiar a faquinha pelo seu portão e cortar uma plantinha. Muito errado, Dona Dalva…
Como o padrão de vida dele subiu, sustentando a mãe dele, ela feliz com a vida boa, ele feliz com a vida boa… Helder conheceu Helena. Helena já tinha cruzado com o Helder numa festa ou outra, de falar “oi” apenas. lá na época da faculdade. Helena está na categoria de pessoas que, se a família ficar sem trabalhar, não cai o padrão. — Então, Helena é realmente uma pessoa rica. — Eu acho que dá certo misturar? Não acho. Acho que sempre que a pessoa que é da classe C que se envolve com alguém que é rico de verdade, ela vai sofrer. Helder se apaixonou por Helena, Helena se apaixonou por Élder e eles começaram um namoro. Helena, geralmente, ia até a casa de Dona Dalva junto com Élder, porque Élder já não morava com a mãe… — Já tinha também conseguido comprar um apartamento. Um apartamento que é aquilo que eu falo: classe C premium. Estava financiado, estava pagando tudo direitinho, mas assim, não era nada de alto luxo. —
Final de semana eles iam almoçar ali com Dona Dalva, na casa nova de Dona Dalva, que era uma casa padrão C, classe C, mas assim, toda bonitinha, como eu disse, com piso, parede rebocada. Uma nova vida para Dona Dalva. O tempo foi passando, esse namoro foi estreitando e aí eles tomaram uma decisão que já seria a hora de conhecer os pais de Helena. Por que Helena relutava ainda de apresentar o Élder para a família e Élder também não tinha muita vontade de ir? Os pais de Helena são aqueles ricos esnobes. Helena tinha medo que isso influenciasse no relacionamento dela com Élder. Helena também já morava num apartamento muito melhor do que o do Élder, sozinha, mas ela também ia para a casa dos pais, num bairro nobre, a cada 20 dias… Ela ia uma vez, assim… Chegou nesse momento: “vamos lá, vamos conhecer aí os meus pais”. A Dona Dalva, de início, já falou: “Não vou… Eles são ricos, eu não vou na casa de rico, eu não me sinto bem, eu vou me sentir mal, não quero ir”.
Eu não sei bem de quem foi a ideia, Élder não lembra, mas ele acha que foi da Helena. Mas o Élder falou: “poxa mãe, se a Helena convidou, é porque ela já conversou com os pais, né? Então, assim, vamos só essa vez. A gente já tira isso da frente. Você já conhece os pais da Helena, e os pais da Helena já passam a te conhecer e depois a gente não precisa mais lidar com isso, a não ser, sei lá, num casamento, se eu e a Helena a gente chegar a se casar”. Dona Dalva gostava muito da Helena, mas às vezes ela falava pro Élder: “Élder, essa moça não é pra você… Eu gosto muito dela, mas a realidade de vocês é muito diferente”. Lá foi Dona Dalva para esta brunch… E aí ela já não entendeu muito bem: “A gente vai almoçar ou a gente vai tomar café?”, e aí o Élder falou: “é uma mistura dos dois, mãe, a gente vai comer bem”, “ah, tá bom, que roupa que eu vou?”. Dona Dalva não tinha roupa pra ir, e aí o Élder falou: “olha, vamos sair, vamos comprar uma roupinha melhor e tal pra senhora”. Eles foram, compraram uma roupa e nada também que Dona Dalva gostava: “Ah, essa aqui não gosto, é muito emperiquitada”, ia reclamando, mas enfim, achou uma roupa ali que era uma coisa mais discreta pra ficar ali o dia todo e voltar.
Só que um pouco antes de ir, Helena disse: “olha, a gente vai pra casa dos meus pais no sábado e eles fazem questão que a gente durma lá e fique para o almoço de domingo também, pra voltar no domingo”. Então, aí a coisa já mudou de figura, porque agora você teria que levar uma muda de roupa, um pijama, uma camisola… Élder já tinha roupas bem melhores, mas Dona Dalva falou: “Ai, de novo eu vou ter que sair? Não, eu tenho uma camisola que eu ganhei de uma comadre que eu nunca usei, porque ela é muito fina e tal”. E aí levou a camisolinha dela, mas assim, ajeitada, né? Falou: “Ai, meu Deus, e agora o chinelo?”, aí tiveram que sair pra comprar um chinelo, porque o chinelo que a gente usa em casa, ele dá uma encardida… E uma coisa é você estar na sua casa com o chinelo encardido, outra coisa é você levar o chinelo encardido pra um ambiente que as pessoas nem sabem o que é uma coisa encardida. Tiveram que sair pra comprar um chinelinho. Fez ali uma sacola de roupa… “Ah, eu acho que eu vou levar um casaco, vai que faz frio, tá calor, mas…”, Dona Dalva, um pouco antes de sair, perguntou pro Élder: “Eu preciso levar meu travesseiro?”, “Mãe, pelo amor de Deus, não leva seu travesseiro, não faça isso. Não leva seu travesseiro”.
Dona Dalva falou: “eu só gosto de dormir no meu, por que eu não posso levar meu travesseiro?” e isso eles já tinham chegado — Helena e Élder — pra buscar a Dona Dalva. Helena, ali meio que rindo, falou: “tá bom, Dona Dalva, leva o seu travesseiro, né? Se a senhora quiser, leva”. O Élder, vendo aquela mala cheia, falou: “Mãe, fica feio, dá aqui, bota na minha bolsa aqui o seu travesseiro”. E aí eu fico assim: Élder, não era melhor você ter ido primeiro conhecer essa família do que já ir com a sua mãe? Apesar de que, ah, já resolve, não vai mais depois… Pra vocês verem o nível, né, de gente esnobe, né? Ninguém queria ir. Lá foram eles pra essa casa… Sabe casa que tem um gramado imenso? E Dona Dalva falou: “Nossa, eu já vi uma casa assim na TV, que eu acho que era a casa do Silvio Santos. Será que eles compraram a casa do Silvio Santos?”, é uma casa parecida, uma casa de rico, né? E a Helena, que tava no carro junto, deu risada falou: “Não, né? Essa casa…” e explicou lá da casa, enfim… Helena já sabia que Dona Dalva era uma mulher muito simples.
Os pais, um casal bem esnobe… Sabe quando fala só “ah, oi, tudo bem?”, assim, não tem uma acolhida, uma coisa assim mais calorosa, né? Sabe gente que não faz questão que você se sinta bem na casa deles? Eles eram essas pessoas. A mãe da Helena quis mostrar a casa toda pra Dona Dalva. Fez lá um tour com a Dona Dalva, demorou uma meia hora, quarenta minutos pra elas voltarem. — Pra vocês verem o tanto de coisa que tinha pra ver, né? — Dona Dalva voltou assim, olhando pra cara do Élder e depois ela falou pro Élder: “Nossa, parecia que eu tava num museu, num shopping, sei lá… Andei, andei, andei, andei”. A mãe acabou mudando pra um almoço mais formal, eles estavam mais bem arrumados — óbvio — do que o Élder e Dona Dalva. E a mãe botou um monte de talheres, botou uma comida com uma faca especial… Sabe essas coisas assim? O Élder acha que, pela cara da Helena, a mãe fez de propósito.
Quando você sabe que vai receber uma pessoa mais simples, você não vai complicar as coisas, né? Dona Dalva ficou muito assustada, porque ela ia sentar naquela mesa não sabia bem o que fazer. Helena foi perto dela e falou: “Dona Dalva, a senhora fica à vontade, tem o garfo aqui, a faca aqui, é só o que a senhora precisa. Esquece tudo que tá em volta”, olhando feio pra mãe… Mas Dona Dalva não se sentiu bem, comeu ali só um pouquinho, quase nada e eles passaram o dia ali. À noite a Helena falou: “Não, não vai ter nada dessas formalidades, vamos pedir pizza”. Pediram pizza e foi mais fácil, né? Pra Dona Dalva, enfim, passou o dia… Cada um foi pro seu quarto, Helena e Élder foram pra um quarto, o casal pro quarto deles e Dona Dalva foi instalada num quarto sozinha. Pegou ali o travesseiro dela, que tava na bolsa do Élder e o Élder até falou:” Mãe, leva a minha bolsa lá pro seu, pra você não passar com esse travesseiro. Depois você põe na bolsa e traz”. — Porque um travesseiro que você tem, assim, mais estima… É aquele que você já tinha que ter jogado fora, que você não jogou… —
E, na manhã seguinte, Dona Dalva estava tensa, querendo já assim meio que ir embora, mas ia ter o almoço. O Hélder achou que ela estava preocupada, mas ele botou ali na conta do quê: “Poxa, ela passou a noite num lugar que ela não conhecia, é uma senhora idosa…”, até a escada da casa era uma escada assim, nossa, que fazia uma curva… Uma escada dessas escadas bonitas, um chão de rico. Então, assim, tudo era muito intimidador naquela família rica, que não fazia a menor questão de ser acolhedora. E a Helena ali, coitada, tentando amenizar as coisas, mas o Élder entendeu que aquilo não era pra ele, muito menos pra mãe dele. Almoçaram… Quando foi ali, umas 15 horas, o Élder falou: “Bom, agora a gente já vai, obrigada e tal pelo dia, foi tudo maravilhoso desde ontem e nã nã nã, tchau”. Foram os três no carro, Dona Dalva calada, e aí o Élder “Bom, agora que a minha mãe vai falar mesmo que a Helena não é pra mim, né?”.
Quando chegou ali, Dona Dalva falou: “Ah, tá bom, tá bom. Beijo, Helena. Beijo, Hélder filho, mamãe vai entrar já. Mãe vai entrar… Ah, é casa da mãe… A mãe gosta tanto da casa da mãe. Isso sim pra mim que é casa”. Helena riu, virou pro Élder e: “Meu Deus do céu, sobrevivemos…”, “olha, eu não me senti bem.. Minha mãe, você viu, né? Voltou totalmente calada, também não se sentiu bem. Não sei se eu vou conseguir frequentar a casa dos seus pais”. Pra vocês terem uma ideia, a Dona Dalva fez amizade com os empregados da casa… Passou a segunda, passou terça… Na quarta-feira, Helena mandou uma mensagem: “Amor, eu preciso conversar com você”, “Pronto, agora, né? Que a família já me conheceu, ela vai terminar comigo”, porque ela tava séria. Ele falou: “Ah, pode falar, né? Não fica me enrolando, Helena, já fala o que que é”, “Não… Você pode vir aqui hoje depois do trabalho?”, no apartamento dela. “Claro, vou sim”, já achando que pronto, acabou.
“Ela vai terminar comigo. Putz, vou chegar lá e só vou falar: “tá bom, se é isso que você quer, não vou insistir” e é isso”. Élder chegou, ela tava com uma cara séria… Ela tava séria, mas Élder falou: “Andréia, não era uma cara de terminar… Ela me recebeu com um sorriso, então acho que ela não queria terminar, não sei, fiquei mais relaxado quando eu vi a Helena. E aí ela veio, ela me deu um beijo normal” e ela falou assim: “Hélder, eu preciso te mostrar uma coisa. Eu tô, eu não sei nem como te falar isso, mas enfim, eu prefiro que você veja”. Gente, é errado, tá? [risos] O que eu vou narrar aqui agora é errado, tá bom? Mesmo que eu esteja rindo, [risos] é errado. Num vídeo que ela recebeu ali, via-se a Dona Dalva, [risos] num local do terreno da família, com algumas sacolas e a faquinha, pegando algumas plantas. [risos] Dona Dalva estava na estufa da família. A mãe da Helena coleciona flores raras, orquídeas raras, plantas raras, coisas caras… Plantas que a gente olha e fala: “Ah, é um mato”, mas custa mil reais, 700 euros, sabe assim?
Quando ela foi fazer o tour, a mãe da Helena apresentou a estufa pra ela, mas muito assim, muito esnobe, né? Ela queria saber o nome das plantas, as coisas, mas a mãe da Helena não quis nem dar conversa pra ela. Então, à noite, [risos] ela levantou e, com uma faca, aquela faquinha dela, né? Ela desceu aquela escada imponente de caracol… E aí eu falo, você vê, né, Dona Dalva? Em uma vez só que ela entrou naquela casa, que ela passeou, ela sabia onde estava a estufa. Só que aí Élder lembrou que várias vezes ao dia ali, porque eles passaram aquele sábado inteiro lá, né? Então, enquanto eles estavam na piscina, ela ia dar umas voltas. Então, ele acha que ela já estava sondando o terreno. Sabe quando o ladrão [risos] fica de olho na casa pra ver se o pessoal vai sair, a rotina, pra ver como é que? [risos] Precisa ter muita coragem pra você descer à noite numa casa que você não conhece, com a sua faca, suas sacolas… E pegou algumas plantas. E Helena estava preocupada porque ela pegou algumas plantas raras da mãe… Teve algumas que ela levou inteira. Pegou a planta, pegou o vaso da planta também…
O Élder não se conformava: como que ela carregou isso? Quando ele levou a sacola dele pra casa, o travesseiro, as roupas, tudo que era da mãe, estava na bolsa dele, mas ele falou: “Ai, a minha mãe estava atrapalhada e botou todas as coisas numa bolsa só”, ele achou que a bolsa dela estava vazia. Ele não reparou, mas ela saiu de lá com a bolsa dela cheia de plantas. A mãe da Helena tinha surtado porque algumas plantas… — Sabe aquelas flores que você vai todo dia olhar pra ver como está? — A Dona Dalva tinha pegado. [risos] É errado, gente, é errado, mas ela pegou… O Élder ficou muito sem graça… Ele falou: “Andréia, na hora… Depois, a gente até riu, mas na hora eu fiquei muito constrangido porque, assim, minha mãe não precisa disso… Mesmo que uma planta custe mil reais, se ela me pedir, eu compro pra ela. Ela não precisa roubar”. [risos] É muito errado, gente, eu tô rindo porque eu fico nervosa e aí eu dou risada.
O Élder ficou muito chateado, falou: “Helena, por favor, manda esse vídeo pra mim. Peça desculpas pros seus pais e fale que ela vai devolver”, o que ela cortou com a faquinha foi só muda, mas ela pegou uma flor que ela achou muito bonita, que não dava pra pegar raiz, segundo Dona Dalva. [risos] Mas que ela falou que tinha outras lá igual, assim, que ela não pegou uma única… Mas aquela pessoa que é doida por plantas, se ela sabe que ela tem quatro daquelas, ela vai olhar lá e só tem três, quem pegou a outra, né? A justificativa da Dona Dalva é: “Eu peguei mudas e só uma flor que não dava pra tirar muda, que eu não sabia se era bulba… Não tinha como cavar ali na hora porque estava escuro”. [risos] Ela foi ainda com a luzinha dela do celular… “Só uma que eu peguei, mas ela tinha outras iguais… Eu olhei isso pra não pegar uma que fosse única dela, assim”. A Dona Dalva pediu desculpas e falou que ia devolver essa, né? Que ela pegou, porque as mudas já tinham ido, né, gente? Cortou com a faca e mesmo assim, né? Você vai cortar uma muda de uma planta que não é sua, que você não pediu…
Então, assim, toda errada a Dona Dalva. Quando ele falou que ia devolver a flor, a Helena falou: “A minha mãe disse que não precisa, que ela não quer de volta”. Então, assim, não queria nem mais saber. “Ela quer esquecer isso, mas eles estão muito abalados”. [risos] Ficaram abalados… “Eu nem vou mais tocar nesse assunto e tal com a minha mãe”. A Dona Dalva, quando a Helena foi lá, falou: “Ô, fia, desculpa… Eu me descontrolei um pouco. [risos] Fiquei avoada da cabeça, fui lá, peguei… Porque, assim, eu não ia voltar lá mais. Então, assim, é uma planta muito boa. E até quando a sua mãe me levou, eu perguntei se ela tinha muda, se ela fazia muda, mas ela não me respondeu nada… E aí eu fiquei pensando de noite ali deitada naquelas plantas e eu não sei o que me deu, filha”, [risos] “mãe, como que a senhora não sabe o que te deu se a senhora faz isso no bairro todo? Em qualquer lugar que eu te leve… Te levei pra Campos do Jordão… A senhora fez o quê? Me voltou com uma caixa cheia de planta que a senhora ia cortando na rua… Cortou planta de hotel”, [risos] é uma ladra de planta compulsiva a Dona Dalva.
E o lugar tinha câmeras, né? A casa toda. Ela nem sabe se por dentro ali naquela escada bonita tinha câmera, mas lá na estufa, no jardim, enfim, nas áreas externas, todas com câmeras. E aí ela foi ver na câmera porque a mãe provavelmente viu que no dia anterior estavam todas lá essas flores, e aí depois um vaso estava faltando? Quem pegou esse vaso? Dona Dalva. [risos] O namoro não foi afetado por isso, mas o Élder, desde o dia que ele foi na casa lá dos pais, sacou realmente que não era pra ele, assim… A Helena sempre estaria num lugar que ele nunca ocuparia e isso, no futuro, poderia sei lá… Eles vão ter filhos, como é que vai ser isso? Ele não vai conseguir colocar numa escola duas crianças, tipo, cada vaga custa 10 mil. A Helena poderia pagar, mas aí sei lá, fica muito longe da realidade do Hélder e ele falou: “olha, o tempo foi passando, a gente foi ficando mais amigos que namorados, e aí a gente terminou”, tipo um ano depois daquele evento do roubo de plantas, [risos] que ele acha que não afetou em nada, assim, não contribuiu para o término, mas que a visita que ele fez na casa dos pais da Helena realmente foi uma coisa que contribuiu sim para o término deles.
Então é isso, [risos] Dona Dalva, segue roubando plantas. O Élder falou: “Andréia, olha, isso é uma coisa que eu só fico esperando um dia que a polícia vai me ligar, que a minha mãe, sei lá, pulou um muro, porque ela é uma idosa, e quebrou uma perna enquanto ela tentava roubar uma planta. Eu só fico esperando o dia que isso vai acontecer, porque não adianta. Não adianta. Se eu levar ela na sua casa e ela, sei lá, olhar uma planta que ela gostou muito, ela vai pedir uma muda. Se você não der, talvez ela roube, [risos] porque ela tem uma faquinha”. Ela tem uma faquinha, gente… Então, Dona Dalva foi traída aí pelas câmeras. O que vocês acham?
[trilha]Assinante 1: Olá nãoinviabilizers, aqui quem fala é o Alexandre, aqui na cidade de Ourinho, no sudoeste do estado de São Paulo. E sim, Dona Dalva errou… E sim, aquela família esnobe errou também de não reconhecer que ser esnobe é babaquice total. Porque, afinal de contas, a sua fortuna foi amaelhada em um sistema injusto, que é resultado da exploração da classe opressora pela classe oprimida. E você, que não curte Carlos Maximiliano, vá estudar. Dona Dalva fez reparação histórica por meio das plantas. Errou? Errou, mas olha, quer saber? Fiquei aí com muita saudade da minha vovózinha, que também fazia a mesma coisa e faria igual numa situação parecida. Beijos para todo mundo e valeu.
Assinante 2: Oi, gente, aqui é a Joyce, do Rio de Janeiro. Olha, Dona Dalva, o que a senhora fez foi errado, porém eu não te julgo. E, aliás, eu aproveito para fazer um esclarecimento: roubar muda de planta não é um vício, não é um desvio de caráter…. [risos] Existe uma seita secreta, a qual eu também pertenço… [risos] Eu também sou especialista. Eu não digo em “roubar planta”, mas multiplicar as mudas de plantas que estão disponíveis no mundo. Afinal, de quem é a natureza? Não é do ser humano, é do mundo… Então, olha Dona Dalva, o que a senhora fez não foi certo, porém eu não vou te condenar, eu também sou especialista em roubar planta e te digo mais: eu já escondi planta em lugares que as pessoas nem imaginam… Eu já saí de lugares cheia de mudas de planta também. [risos] Olha, Dona Dalva, por não faça mais isso, tá bom? [risos] [trilha]
Déia Freitas: Dormir bem muda tudo: Muda o humor, muda a energia e muda até o jeito de você encarar o dia. Dormir com colchões Emma vai fazer uma baita diferença na sua rotina… Você vai ter aí um sono de qualidade com o famoso colchão na caixa. — E, gente, sim, ele vem na caixa… — Você fala: “não, não vai ficar do tamanho que eu quero” e, gente, ele fica imenso, fica lindo. Olha, sei nem o que dizer, maravilhoso. A Emma ainda te oferece entrega e devolução gratuita, 12% OFF no pix, até 60% de desconto e, usando o meu cupom: “PICOLEDELIMAO10” — tudo junto, maiúsculo, sem acento, 10 em numeral —, você ganha mais 10% de desconto. Essa é a oportunidade perfeita para você garantir noites com sono de qualidade com Emma Colchões. — Eu amo, sou discípula, testemunho… [risos] Toda vez que eu posso, eu dou o meu testemunho… Valeu, Emma, te amo. — Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]