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título: casa de veraneio
data de publicação: 18/12/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #veraneio
personagens: ilza e família

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E eu já eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes~] Quem tá aqui comigo hoje é o Senac Vila Prudente. — Eu amo o Senac. — Pra mudar de vida a gente precisa falar aí sobre oportunidades… Se você quer se aprimorar profissionalmente ou ter uma profissão que te dê aí mais oportunidades no mercado de trabalho, você precisa conhecer o Programa Senac de Gratuidade. São cursos livres e cursos técnicos que podem alavancar a sua carreira. No Senac Vila Prudente você encontra cursos nas áreas de saúde, beleza e estética, Bem-estar, Comunicação e Marketing, Gestão e Negócios, Meio Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho e Tecnologia da Informação. Seu futuro pode estar aí em uma dessas oportunidades. 

Quer um lugar para transformar a sua vida por meio da educação. — Onde? Onde? Onde? — Senac. — E aqui eu preciso dizer pra vocês, gente, que foi no Senac que eu fiz o meu primeiro curso de contação de histórias e foi maravilhoso aí, ainda mais pra mim que sou muito tímida, nossa… O curso me ajudou demais. Eu amo os cursos do Senac, assim, sério mesmo, boto muita fé. Então, fica comigo aqui até o final que eu vou te dizer como você vai conseguir aí a sua vaga e eu vou deixar os links certinhos aqui na descrição do episódio. — E hoje eu vou contar pra vocês a história da Ilza. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Ilza ela é casada e está casada há mais de 20 anos. E aí os filhos cresceram e tal, foram para a faculdade e cada um seguiu sua vida e ficou ela e o marido. Esse marido ele tem aí um irmão e esse irmão, também casado, com filhos também de mais idade, que também já saíram de casa. — Então, ali dois casais… — E aí eles resolveram juntar um dinheiro, os dois casais e comprar uma casa de veraneio, uma casa de férias, um pequeno sítio, assim, ne? Com piscina, churrasqueira, um lugar legalzinho. Não muito grande, um lugar ali de três quartos, um quarto pra um casal, outro quarto para outro casal e um quarto aí de hóspedes, que eles colocaram três beliches, então acomodaria aí mais seis pessoas nesse quarto pra quem quisesse ir. Às vezes vai ali um filho com os amiguinhos e tal, uma casa de férias comprada meio a meio por esses dois casais. 

Acontece que, na pandemia, o irmão do marido da Ilza resolveu se mudar pra essa casa de veraneio. Ele perguntou antes pra Ilza e para o marido dela se eles queriam ir e eles disseram que não, que eles iam ficar porque a Ilza também tinha um emprego essencial, né? Então ela não poderia ficar de vez lá nesse sítio, nessa casa… — É uma casa muito boa. — E aí eles ficaram lá e ficaram lá esses dois anos de pandemia. E aí agora que as coisas flexibilizaram e nã nã nã, a Ilza falou: “Bom, vamos voltar a usar a casa lá de veraneio, pegar uma piscina, um sol e tal”. E aí eles foram e, assim, foram sem avisar porque a casa também é deles, né? Quando eles chegaram lá… Esse irmão do marido da Ilza, o cunhado da Ilza, tinha reformado a casa, tinha desfeito o quarto do casal e comunicou eles que agora eles estavam morando lá. Definitivo. Eles tinham vendido… Vendido a casa deles na cidade. 

E aí a Ilza foi a primeira a falar: “Bom, então já que você vendeu sua casa na cidade, você vai comprar nossa parte aqui do sítio. é isso? Você vai morar aqui de vez, então você vai comprar? Mesmo você não me perguntando se eu queria vender, você vai comprar nossa parte, é isso?”. Aí ele ficou quieto e chamou o irmão, que é o marido da Ilza, para conversar. E aí eles conversaram lá e tal e eles foram pra ficar esse final de semana, então estava um clima péssimo. E depois o marido da Ilza veio com um papinho de que “o meu irmão vai ficar aqui e a gente não vai falar mais em dinheiro”. E aí a Ilza ficou puta, porque metade do dinheiro que foi investido ali também é dela. Ela também colaborou financeiramente, junto com o marido, de igual para igual naquela casa, né? Então não é assim “ah, não vamos mais falar de dinheiro porque é o meu irmão”, né? Tem dinheiro da Ilza ali também. 

E às vezes, esses dois casais, pra pagar a manutenção da casa e as coisinhas que têm para fazer e tal, eles anunciavam a casa no PôneiB. Não precisavam gastar com a casa, ainda recebiam uma grana. E aí a Ilza falou isso também: “E aí agora que a casa não vai estar mais no PôneiB, vocês vão me dar o dinheiro que o PôneiB estaria me dando se eu tivesse alugando a casa?”. E aí, gente, foi um clima horrível… O irmão do marido da Ilza ficou mais alterado, quis dar uns gritos lá e Ilza também não abaixa a cabeça também gritou… — Aquela coisa, aqueles barracos de família. — E, durante o barraco, esse cara aí falou pra Ilza que ela não era mais bem vinda lá… —Na casa que ela ajudou a pagar, metade do que está ali é dela e está tudo em escritura. Então, assim, não tem como ele falar isso, né? — Eles ficaram lá só um dia, porque não tinha mais clima mesmo, né? No outro dia de manhã, eles resolveram ir embora. 

A Ilza falou: “Olha, eu vou dar mais uma semana pra vocês resolverem isso amigavelmente, senão eu vou entrar na Justiça”. E aí o marido da Ilza falou: “Não, não, a gente não vai entrar na Justiça”. A Ilza virou pra ele e falou: “Eu vou entrar na Justiça. Você eu não sei, eu vou”, e aí rolou mais um stress, mais uma briguinha ali e eles vieram embora e o caminho todo o marido da Ilza veio falando: “Mas onde já se viu? É família, deixa pra lá…”. O marido da Ilza quer que deixa pra lá e que é a família dele, e falou pra Ilza assim: “Eu não quero que você mexa com a minha família”. Como assim? Então alguém paga a Ilza, né? Devolve o dinheiro da Ilza. E um detalhe: esse irmão aí do marido da Ilza ele tem mais grana. Ele tem, inclusive, um apartamento na praia, que é só dele, que ele comprou lá com a esposa e tal. Então não é assim que o cara tá morando nessa casa de veraneio aí, nesse sítio, porque ele não tem onde morar… Ele está morando porque ele prefere agora, que eles estão aposentados, morar lá. Só que eles não querem pagar.

E sem contar que a Ilza falou: “Ninguém me perguntou se eu queria dividir esse sítio e doar a minha parte pra eles ou deixar eles morando. Por que e se agora se eu quiser ir com os meus filhos, com os amigos dos meus filhos? Eu não posso ir. Ninguém me perguntou nada”. — E aí, gente, a Ilza fez uma coisa [risos] que eu não sei… Eu fiquei um pouco na dúvida, assim, porque é muito, assim, confronto… — A Ilza, como eu disse, ela tem um trabalho essencial, então na pandemia ela trabalhou o tempo todo. Então, ela tinha férias pra tirar, férias acumuladas e ela resolveu tirar férias de três meses. — Ela tinha três… Vencendo a terceira férias já, não podia juntar mais. — Resolveu tirar três meses de férias, pegou o cachorrinho dela e foi viver esses três meses lá no sítio que também é dela. [risos] E como eles tinham desfeito o quarto e colocado os móveis num galpãozinho que tinha lá traz, ela contratou uma pessoa lá na cidade onde tem esse sítio pra carregar os móveis e, assim, ela remontou o quarto dela de novo e ficou morando… — Porque, inclusive, lá os móveis de cozinha, a sala, era tudo o que eles compraram juntos, então era dela também, não tinha nem o que falar. —

Então ela fazia as coisas dela, a comida dela… Assistia televisão, sim, na sala, porque a TV também foi comprada em conjunto. E quando eles dois reclamavam de alguma coisa, ela falava: “Ué, eu estou assistindo a minha parte… Estou usando a minha parte das coisas”. E aí no segundo mês, chamou as amigas para ir, porque o sítio era para isso, né? E aí o casal foi ficando nossa, assim, muito, muito, muito incomodado E a Ilza falou, ela falou: “Olha, se vocês vão morar aqui, vai ser assim, porque aqui é uma casa de veraneio que a gente comprou para isso, para férias, e todo final de semana eu vou vir para cá com as minhas amigas, com os meus filhos, com meu cachorro, com todo mundo… E se não for todo final de semana, pelo menos a cada 15 dias eu venho. E quando eu tiver folga, eu venho, fico uma semana e não estou nem aí… Porque a casa também é minha”. E o marido da Ilza esses três meses ele foi lá algumas vezes tentar apaziguar, trazer a Ilza de volta, mas ela disse que “Daqui eu não saio, esse lugar também é meu. E se eles querem morar aqui sem me pagar, me dar a minha parte, que eu já chamei o rapaz imobiliária aqui da cidade pra avaliar, eu já sei quanto é a minha parte, então eu vou permanecer aqui”. 

Gente… [risos] A Ilza, socorro. [risos] E aí agora tá nisso, acabou os três meses de férias, só que ela tá indo a cada quinze dias. Não está conseguindo ir toda semana, mas a cada quinze dias ela vai e chama as amigas e elas fazem um auê mesmo assim, como se fosse casa de férias. E o cara agora talvez saia de lá. E a proposta que ele fez é: “Então a gente vai vender, todo mundo vai vender”. E a Ilza falou: “Ótimo, eu não uso e vocês também não usam. O que não é certo é você querer morar aqui tendo dinheiro e tendo o apartamento na praia, em cima do meu dinheiro, de uma casa que eu comprei para as minhas férias, para ficar um tempo aqui, pra gente dividir isso”. Já fica a lição aí que talvez não dê certo essa coisa de comprar junto, compartilhado, sempre acaba dando aí umas brigas. E agora vamos ver se o cara realmente vai sair da casa pra poder botar a casa à venda. A Ilza ficou com ódio do marido, [risos] mas disse que ela já está há muito tempo com ele, que ela não quer divorciar, [risos] mas que eles estão estremecidos também, porque o marido não ficou do lado dela, assim, nem um minuto… E sempre falando: “minha família, minha família”. — Tipo, a família dele em primeiro lugar antes da Ilza e dos filhos até, né? —

Porque os filhos da Ilza também estão com a mãe, né? Estão junto com a Ilza nessa. Inclusive, nesses três meses eles foram também, levaram a garotada… [risos] Deve ter sido um inferno pro casal lá, né? Então eu acho que a Ilza conseguiu uma solução aí pra resolver a coisa sem entrar na Justiça, né? — Tipo, a casa dela e ela vai também, né? — Então o cara não proibiu, nada, porque senão ia ser pior ainda e ficou nisso, gente? [risos] Socorro, né? [risos] Socorro. 

[trilha]

Assinante 1: Oi, gente, quem fala é o Kalel de Belo Horizonte. Ilza fez errado de morar lá três meses e de 15 em 15 dias levar visitas pra casa de veraneio? Não, não fez errado, [risos] pelo menos não na minha opinião. A casa é dela, ela colaborou para a construção desse sonho, então como ninguém consultou ela antes e como ninguém quis ouvir a opinião dela depois do acontecido, ela tem que fazer isso mesmo. Afinal de contas, a finalidade da casa era aproveitar, descansar, curtir… Continue fazendo Ilza, não se preocupe com a opinião do seu marido, com o dos familiares, porque você está certíssima e eu não faria diferente. E como a Déia mesmo falou: Você conseguiu buscar uma solução que não precisou acionar a justiça, mas ao mesmo tempo você está aproveitando pra finalidade que ela foi construída, né? Que ela foi comprada. E é isso, gente, um abraço… 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, meu nome é Bárbara e falo de Fortaleza, Ceará. Ilza, aqui no Ceará a gente tem um dito popular que diz que remédio pra doido é um doido e meio… E eu acho que você foi super certa, às vezes as pessoas perdem a noção da realidade… E seu marido estava super errado em apoiar esse irmão, porque não é assim. As coisas foram compradas com dinheiro e com certeza um dinheiro que você batalhou pra conseguir e o cara simplesmente amanheceu um dia e falou: “Não, agora é tudo meu, se vira aí pra pagar”, não é assim que as coisas funcionam… E eu achei ótima essa solução, porque obviamente na justiça você conseguiriam uma solução, mas demoraria bem mais. Então acho maravilhoso, remédio para doido é você ser doido e meio, que aí as coisas se resolvem rapidinho. [risos] [trilha] 

Déia Freitas: Seja protagonista da sua própria história profissional com o programa Senac de Gratuidade. Para conquistar a vaga é preciso que você tenha uma renda familiar de até dois salários mínimos por pessoa e atender os pré-requisitos do curso que você deseja. — Então você vai entrar lá na página do Senac e você vai ver “ah, para o curso tal precisa ter isso, isso e aquilo”. — Gente, mas vai na fé, assim, tranquilo, que os cursos são ótimos e os requisitos são básicos, assim… Só os mais técnicos que você precisa de alguma coisa mais específica. — Esses cursos são livres e técnicos e o programa de gratuidade tem aí as vagas 100% gratuitas, incluindo todo o material necessário pra você realizar o curso e ter a sua formação, então corre. E para garantir essa participação, faça aí a solicitação 20 dias antes do início do curso. — Gente, eu estou muito feliz de ter o Senac aqui comigo, eu amo demais o Senac e os cursos são realmente muito bons, assim, os professores são excelentes. Eu já fiz mais de um curso no Senac, em mais de uma unidade e, assim, é perfeito. — Então, valeu, Senac pela parceria… Espero que a gente se encontre mais vezes aqui no podcast. Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.