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título: chinelo
data de publicação: 28/10/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #chinelo
personagens: rose, marido e filho

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]


Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje pela primeira vez é a Liv Up. — Amo… — A Liv Up é uma marca que busca facilitar a alimentação do seu dia a dia, já que comer bem e saudável pode ser um grande desafio por conta aí da organização, a escolha e o preparo dos alimentos exige tempo, disponibilidade e nem sempre a gente tem. Por isso, a Liveup oferece opções de marmitas congeladas, verdadeiramente saudáveis, com ingredientes frescos e naturais, sem conservantes feitas aí para quem não abre mão de se alimentar bem. — E, gente, tem umas marmitinhas veganas delícia… — Tem pra quem come carne, pra quem não come carne, enfim, tem tudo… — Gente, é perfeito. — 

São mais de 40 sabores de marmitas, das combinações mais tradicionais, as mais diferentonas. — E, como eu disse, tem também opções sem carne. Amo… — A partir de R$15. — Sim… — Entra agora no site: Liv Up.com.br. Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio e fica comigo que, sim, tem cupom de desconto. E hoje eu vou contar para vocês a história da Rose. — Pra contar a história da Rose, eu vou ter que dar a profissão dela, porque enfim, é uma história que pode ter acontecido com mais gente, então assim, meio genérica. — Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 


Rose ela é uma manicure há 20 anos — então assim, ela falou: “Andréia, eu criei meus filhos na unha, [risos] fazendo unha e é assim que eu levo a minha vida”. E a Rose é casada — ou pelo menos na época dessa história ela era casada —, então Rose ia para o salão que ela trabalhava, trabalhava nesse salão de quinta a domingo e segunda, terça e quarta ela fazia a unha na casa das pessoas. — Então, assim, trabalhava todo dia, todo dia, não tinha folga a Rose. — Além de trabalhar, de fazer a unha, ela cuidava dos filhos e cuidava da casa. — Então, marido meio inútil, né? Mas o marido dela também pagava as contas ali, e tal… Eles tinham uma vida ok, uma vida boa. — E a Rose sempre pra lá e pra cá, sempre fazendo as coisas da casa, sempre atarefada. — Só que, assim, você conhece todas essas coisas e você conhece as coisas dos seus filhos. A Rose com dois filhos, um menino de 14 anos e um jovem aí de 19 anos, então o jovem já trabalhava, o menino de 14 só estudava, então assim, você conhece as coisas ali da sua casa, você que arruma, você que limpa, enfim… —

Um dia a Rose chegou e ela entrou ali no quarto para tirar aquela roupa de sair e pôr uma roupa de ficar em casa — nós já falamos aqui sobre isso, né? Sobre o tema “roupa de ficar em casa”, eu também faço isso e acho que muita gente que ouve o podcast também faz — e quando ela está ali tirando a roupa, ela viu no canto ali da cama um par de chinelos cor de rosa. A Rose não tem chinelo cor de rosa… E, Rose, por ser manicure, ela conhece os chinelos das clientes dela. — Você sabe o chinelo que a sua cliente tem, quando ela faz o pé ali, ela já traz chinelo para pôr. — Ela bateu o olho naquele chinelo e falou: “Não pode ser, não pode ser, não tem nem sentido isso”. Rose cabreira, casada ali há mais de 20 anos, falou: “Bom, Santo meu marido não é, mas trazer para dentro da minha casa são outros 500” e ela fingiu que não viu aquele chinelo, o marido dela estava muito tenso ali rodeando ela, e aí ela foi para a cozinha… Quando ela voltou, o chinelo não estava mais lá. — Então, assim, provavelmente ele viu que chinelo estava lá e achou que ela não tivesse visto e escondeu o chinelo, então ou seja, ele estava aprontando real. —

Que ele estava traindo a Rose já sabia, porque o chinelo ali não fazia sentido nenhum… E a Rose conhecia aquele chinelo porque ela já fez o pé da dona daquele chinelo. Era um chinelo rosa que tinha umas pedrinhas — tipo chinelo com artesanato — e tava faltando uma pedrinha naquele chinelo. Ela sabia de quem era aquele chinelo, mas não fazia muito sentido, né? Rose falou: “Tudo bem, deixa quieto… Deixa quieto”. Rose, muito parceira do seu filho mais velho — o filho mais novo só ficava jogando videogame no quarto —, os meninos dividiam o quarto e o filho mais velho dela trabalhava fora e o marido. — Só que Rose, lembrando, trabalhava de sábado e domingo, então assim, meio que estava fora o tempo todo. — E ela foi falar com o filho dela — que a gente pode chamar aqui de “Cleiton” —, foi falar com o Cleiton e falar que viu o chinelo e o Cleiton falou: “Pô, mãe, será? O pai ia fazer isso? Trazer para cá? Ah, será?”, ficou naquela dúvida. E aí o filho dela falou: “Você quer tirar a prova? Você quer pegar alguma coisa? Existe na internet uma lâmpada que é uma câmera com wifi”. — Eu nem sabia que isso existia… Você simplesmente põe ela no do bocal ali, rosquea e sincroniza lá, faz as coisinhas de wifi e você tem uma câmera que você pode ver que tá rolando e você ver pelo seu celular. 

E aí a Rose falou: “Quanto custa isso?”, achou até que fosse caro e o filho dela falou: “Sei lá, mãe, uns 60, 70 conto cada lâmpada” e ela falou: “Bom, vai lá, me compra três. Nós vamos por uma aqui no corredor, no quintal, vamos pôr uma na sala e vamos por uma lá no meu quarto”. E aí um dia que o marido estava trabalhando, a Rose botou as câmeras e tanto ela quanto o filho viam pelo celular. Só que Rose está ali fazendo o pé, fazendo mão, então não é toda hora que você pode ver o celular. Já o filho dela trabalhava ali no computador, então ele podia ficar com o celular ali do lado dando uma olhada, né? E aí o filho de Rose, Cleitinho, [risos] viu uma mulher pulando o muro… Era um muro baixo, mais ou menos assim de um metro que dividia a casa deles com a casa de Dona Benedita e depois as outras casas da vizinhança… — Passando pelo quintal de Dona Benedita e pulando ali no quintal de Rose. — Na hora, o filho avisou, a Rose largou as unhas, largou tudo do jeito que estava aqui, falou: “Tô com uma emergência em casa, me desculpa”, falou pra amiga dela, colega de trabalho, para terminar e correu para casa para pegar o marido no flagra e pegou… 

Quem era a amante do marido de Rose? Era a vizinha duas casas pra lá. Agora, um detalhe: A vizinha, mais ou menos na mesma idade da Rose, e que depois a Rose veio a descobrir que ela fingia ter uma doença, vivia de doações da igreja e ela — [risos] é horrível rir disso —, ela andava pra lá e pra cá numa cadeira de rodas e ela estava pulando o muro da casa dela pra casa da Dona Benedita, da casa da Dona Benedita para casa da Rose, para dormir com o marido da Rose. Rose chegou, pegou os dois na cama da Rose… A Rose falou assim pra mim: “Andréia, você não sabe… Nem arrumar a cama ele arrumava para mim, mas depois que transava com ela, ele arrumava a cama, porque eu nunca achei a cama desarrumada… Transava no meu lençol, eu deitava no lençol transado e ele esticava a cama certinho. Então ele sabia fazer a cama, não fazia pra mim porque era sem vergonha, fazia só pra amante, pra eu não descobrir que eles tinham dormido na nossa cama”. E aí a Rose deu umas vassouradas no marido, pegou a mulher que fingia andar de cadeira de rodas e foi arrastando pelo corredor até a rua. — E o filho dela vendo tudo pela câmera. —

Isso era um sábado, o outro filho dela, o mais novo, não estava em casa, tava na casa dos amigos, o filho dela estava trabalhando — o mais velho — e ela estava fazendo unha, salão cheio… E aí o pessoal começou a sair e a mulher andando… Então, assim, muita gente estava mais chocado ainda que a mulher estava andando, e aí ela foi arrastando a mulher assim pela camiseta, assim, e dando tapa na mulher até a frente da casa da mulher. A mulher morava ali com a mãe, que era já bem idosa e com duas filhas… — E, provavelmente, a família dela sabia que ela fingia andar de cadeira de rodas, né? — Bateu nela ali, acabou que ela saiu na mão com uma das filhas também da mulher, enfim, aquela coisa de briga de rua ali. E aí ela voltou e expulsou o marido de casa, eles acabaram fazendo um acordo ali em relação da casa, botaram a casa no nome dos filhos pra Rose ficar morando e tal e ele saiu, foi pra outra cidade morar na casa da mãe dele. E aí depois a Rose ficou sabendo que uma outra vizinha — depois que viu a mulher andando — acabou denunciando ela pro INSS… 

E agora essa mulher estava sofrendo um processo… — Eu não sabia disso, mas se você frauda o INSS, além de um processo criminal, você tem um processo administrativo que você fica com uma dívida que você tem que devolver o dinheiro que você recebeu do INSS, provavelmente era por invalidez, não sei, enfim, e se você não pagar vai tipo pra dívida ativa da União ou alguma coisa assim. —  Então, essa mulher agora estava sofrendo uns processos por fingir ali que, sei lá, temporariamente… Porque fazia alguns anos já que ela não andava, né? Que ela tava nessa cadeira de rodas e milagrosamente andou [risos] e pulava o muro pra transar aí com o marido da Rose. E tudo isso a Rose descobriu por causa de um chinelo — um chinelo — que ela viu ali. Provavelmente ela veio de chinelo e quando ela voltou ela pulou descalça, esqueceu o chinelo? Tava bem esperta pra pular muro, né? Eu não pulo o muro… Medo de cair, me quebrar o fêmur, uma coisa, né? Rose desmascarou a mulher, passou um tempo e elas mudaram ali da casa, mas tem esse processo aí que a mulher provavelmente vai ter que devolver… — E não deve ter pra devolver, né, gente? Não deve ter pra devolver… —

Agora como que provaram também que ela estava andando depois aí também não sei, né? Rose também disse que só ela ficou sabendo de outra vizinha, então pode ser que também nem seja verdade, né? Tipo, a fofoca vai crescendo no bairro e aí a mulher mudou com a mãe e as filhas, porque realmente a fofoca toda vez que agora ela passava andando [risos] o pessoal comentava, né? Porque a Rose não escondeu nada de ninguém. A Rose falou: “Eu continuo morando aqui, eu não tenho que ter vergonha de nada. Aprontaram comigo, né?”. — O que vocês acham? —

[trilha]


Assinante 1: Oi, Déia, oi, nãoinviabilizers, aqui é a Raquel que fala de Portugal. Rose, meu paninho rosa com glitter está passado pra você… Gente, na mesma situação [risos] conseguir descobrir uma traição e uma vigarice do INSS é pra poucas, viu? E ainda bem que você descobriu. Cara, traição por um chinelinho de pedrinhas… [risos] Bom, a gente já descobriu traição por frieira, né? Então, assim, é aquela coisa, mulher sempre descobre e os homens são muito descuidados. Mulher sempre descobre… E é sempre assim, mas pô, Rose, espero que você tenha terminado com esse cara depois de ter feito esse barraco todo, de ter se dado o trabalho de por câmera na lâmpada e ainda continuar com ele, é dose, viu, Rose? Pelo amor de Deus… [risos] Mas meu paninho está passado. Um beijo, Rose. 

Assinante 2: Oi, pessoal, meu nome é Mônica e eu moro em João Pessoa. Essa questão da fraude do INSS é muito grave e eu sei que a gente acha que é tudo uma esculhambação, mas eu já fui servidora da INSS, hoje eu não sou mais e isso é bastante comum… Tem investigação de fraudes no INSS, tem setor para isso e tem que ter devolução. A gente até brincava lá no INSS e acredito que essa piada interna ainda exista, né? Que o maior fiscal de benefício indevido é o vizinho linguarudo, que ele entrega mesmo. Eu queria muito, apesar de que às vezes a gente fica triste com os desfechos, ter notícia do desfecho… Por que o que aconteceu com esse marido safado? Com a vizinha cadeirante de Taubaté a gente já sabe, mas e o vizinho safado? Eu queria muito saber se ele tomou um pé na bunda e, se não tomou, tomara que tome. 

[trilha] 


Déia Freitas: Comer bem nunca foi tão fácil, Liv Up é a solução que faltava na sua rotina. Se você gosta de comida saborosa e saudável, que faz bem para o mundo e para todo mundo, chega mais que na Liv Up já tá na mesa. A Liv Up te conecta a comida boa de verdade, com variedade, qualidade e diversas opções de pagamento, tudo bem facinho para você. E para os ouvintes do podcast Não Inviabilize — que adoram escutar o podcast durante as refeições, amo —, usando o cupom: NAOINVIABILIZE — tudo junto, sem acento, maiúsculo —, você ganha 10% de desconto na primeira compra. É só entrar pelo link que eu deixei aqui na descrição do episódio. — Valeu, Liv Up, eu já era cliente, hein? Agora eles são meus clientes. Amo… — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]