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título: cisto
data de publicação: 22/06/2022
quadro: alarme
hashtag: #cisto
personagens: maria clara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Atenção, Alarme. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. E cheguei pra mais um episódio do quadro Alarme. — E eu não tô sozinha, meu publi… — [efeitos sonoros de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Oya Care. A Oya Care é uma clínica virtual voltada para a saúde feminina. O objetivo da Oya é oferecer autonomia e empoderamento às mulheres por meio do conhecimento sobre seus corpos e sua saúde. Um dos diferenciais da Oya Care é que a mulher não precisa sair de casa pra fazer as consultas, o SOS Oya tem abrangência nacional e é uma consulta virtual com uma médica da Oya pra pessoas com vulva aí de todo o Brasil. A gente sempre vai deixando essas coisas de médico pra depois, né? Tão complicado ir atrás de consulta e nã nã nã, fazer pesquisa… 

O preço da consulta na rede Oya Care é 99 reais. você pode parcelar esse valor em até seis vezes e é um valor reembolsável aí pelo seu plano de saúde. E, gente, eu tenho um cupom… Fiquem até o final do episódio pra pegar aí o seu desconto. E hoje eu vou contar para vocês a história da Maria Clara Fontes. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

Em 2013, a Maria Clara estava levando ali a vida dela normal, inclusive fazendo muita atividade física, algumas até, [risos] assim, mais fortinhas, tipo muay thai. E ela começou a sentir umas dores na hora de fazer xixi. Não era nada, assim, muito, sabe? Intenso… E a Maria Clara achou que fosse algo temporário e resolveu ficar na dela. O tempo foi passando e aquela vontade de fazer xixi que a gente tem normalmente foi ficando menos espaçada aí na vida da Ana Clara. Então, ela tinha vontade de fazer xixi o tempo todo… Se ela tomasse, tipo, 50 ml de água, um gole de água, ela tinha que correr pro banheiro. — Pra fazer xixi. — Além de doer pra fazer xixi, doía também a barriga. Só que de novo, Maria Clara ali postergando para ir ao médico, né? 

Falou: “Ah, não precisa, acho que é uma infecçãozinha urinária e, sei lá, vai passar”. Aí ela foi lá, tomou um remedinho que ela achava que pra infecção urinária ia funcionar e não passou… Aquela vontade de fazer xixi e aquele incômodo que, na verdade, era uma coisa meio esquisita, porque não era bem uma dor, era, tipo, um incômodo, uma pressão assim quando ela ia fazer xixi… Não tinha uma ardência, sabe? E ela tinha uma pressão na barriga, assim, embaixo… — Como os antigos diriam: no pé da barriga. [risos] — Que era quase ali, na bexiga. E aí passou mais um tempo… Esse incômodo já enorme, só que Maria Clara ali convivendo com ele. E a rotina era assim: ela acordava, fazia xixi, tomava café, fazia xixi, escovava os dentes, fazia xixi. [risos] Toda hora isso. 

E aí ela pegava o carro pra ir pra faculdade e quando ela chegava lá, esse percurso, ela tinha que chegar e já correr pro banheiro, porque não dava nem tempo, assim… E aí foi ficando complicado, porque ela foi tendo ali a sua rotina interrompida por essa urgência aí em urinar, né? Até que a mãe da Maria Clara falou: [efeito de voz fina] “Não, gente, pelamor, né? Vamo pro ginecologista, olha como você tá e nã nã nã”… E aí convenceu a Maria Clara a ir até uma ginecologista. No dia a Maria Clara estava menstruada e aí ela não fez, acabou não fazendo o exame de prevenção, mas foi examinada tudo certinho e pegou as guias médicas pra fazer alguns exames pra ver aí o que ela tinha, se era uma infecção, o que que era… E aí ela foi fazer um ultrassom… — Entre esses vários exames aí, ela tinha um ultrassom das vias urinárias pra fazer. —. 

E aí ela foi com a mãe, porque a mãe ficou ali em cima, né? — Porque senão Maria Clara sozinha, já adulta, mais não ia. — E a mãe dela estava toda tranquila ali, de boa enquanto a Maria Clara fazia o exame, né? Pra fazer esse exame precisava ficar de bexiga cheia, então pensa, né? Tinha que ser um exame super rápido, porque ela não estava aguentando? E a mãe dela lá jogando Candy Crush, [risos] conversando com as amigas no celular e nã nã nã e a médica fazendo o ultrassom. Quando, de repente… Essa médica, ela perdeu o chão. [risos] Ela não devia ter reagido assim, mas ela ficou muito assustada e ela falou: “Tem um cisto enorme aqui”. — E na hora ela se tocou que tinha falado a mais, porque ela tinha que, na verdade escrever isso no exame. — 

E aí a Maria Clara e a mãe já ficaram: “O quê? Hã?” e aí a médica já falou: “Olha, você tá com um cisto enorme aqui. Não é algo maligno, mas você precisa passar hoje mesmo aqui”. — Ela estava numa clínica da mulher, então, ela ia passar ali com um outro médico. — “Pra saber do que se tratava realmente porquê… Gente, a Maria Clara estava com um cisto no ovário de quase 500 ml… — Meio litro. — E esse cisto tinha 13 centímetros de diâmetro. O cisto tava tão grande que estava comprimindo a bexiga da Maria Clara e por isso que toda hora ela tinha vontade de fazer xixi. — Gente? Meio litro de cisto… — E aí a mãe dela ficava falando pra ela: “Meu Deus, você está com um cisto do tamanho de uma manga”. Elas passaram pelo médico e o médico falou: “Olha, você vai ter que operar”. 

E nesse tempo, gente, entre quando ela foi diagnosticada, passou pelo médico e a data da operação, o cisto já estava com quase um litro de líquido dentro… Já tinha quase dobrado de tamanho. E o médico falou: “Olha, ia ficar muito complicado se ele estourasse… Eu não sei como ele não estourou mesmo com 500 ml, porque você fazia atividade física e tal”. — Olha, foi a sorte dela, né? Que não estourou esse cisto”. E aí a Maria Clara precisou retirar o ovário e a trompas de um lado, de onde estava ali o cisto, pra não voltar a crescer. — A gente estava conversando sobre isso, né? E a Maria Clara falou que, meu, se ela tivesse uma rotina realmente de ir ao ginecologista, não só quando estava precisando, ela tinha sacado, né? Já que estava com esse cisto e tal, ia ter os exames e ia conseguir fazer uma punção pra tirar esse líquido… E aí ela começou a contar para as primas, para as amigas e todo mundo ficou desesperada e começou a ir no médico. [risos] Todas as amigas fazendo consulta. Hoje a Maria Clara também se consulta regularmente e irmã dela, a mãe… Todo mundo fica perguntando: “e aí já foi?”. Ê, Maria Clara, hein? “Já foi no médico e tal? —

E aí ela deu sorte que conseguiu aí diagnosticar e operar. E, apesar de ter retirado aí um ovário e uma trompa, a Maria Clara está ótima e vida normal, vida que segue, todas as funções aí muito bem estabelecidas. — Gente, eu fiquei passada com essa coisa do cisto de, tipo, um litro… Um litro de cisto, gente… É tipo uma caixinha daquelas Tetra Pak de leite, sabe? É surreal, é muita coisa pra estar dentro da gente, sabe assim? Solta. — E aí é aquela coisa, né? A gente fica enrolando… Eu também sou uma que às vezes enrola para ir ao médico tal e às vezes a gente fica acreditando aí em dicas da internet, superstição, enfim, se automedica… — Eu não me automedico, eu sou uma pessoa muito neurótica pra isso, não consigo. — Se eu, sei lá, se eu fico postergando de ir ao médico, eu também não tomo nada… Fico ali gemendo. — [risos] Quem me segue na internet sabe… Pra morrer. —

Mas agora a gente tem aí os serviços da Oya Care, que tem aí um grande diferencial… A gente tem acesso a um agendamento rápido, descomplicado, um atendimento de qualidade com médicos especialistas e tudo com um acolhimento, com escuta sem preconceitos… Então, eu tô empolgada com os serviços da Oya Care. Eu vou deixar todos os links aqui pra vocês chegarem até lá e já agendarem aí as consultinhas de vocês. E Maria Clara: um beijo… Não posso deixar de dizer aqui: Ê, Maria Clara… E obrigada pela sua história. E agora a gente vai ouvir a Maria Clara aí contando um pouco de como foi essa situação e, na sequência, a gente vai ouvir a médica ginecologista Natália Ramos, que é especializada em reprodução humana pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Eu volto daqui a pouco. 

[trilha] 

Maria Clara: Oi, pessoal, tudo bem? Meu nome é Maria Clara, eu tenho 30 anos e essa história aconteceu quando eu tinha 22 anos. Eu descobri um cisto no ovário, já num estado um pouco avançado, ele estava muito grande e ele já estava me causando algumas complicações, um mal-estar… Nessa época, eu sentia um incômodo muito grande, como se fosse uma pressão na minha região pélvica. Normalmente, a dor era fraca, ela piorava quando eu ia no banheiro e fazia xixi, então, toda vez que eu ia no banheiro, voltava reclamando para as minhas amigas, para minha mãe. Por causa disso, todo mundo achava que era infecção urinária, inclusive eu. Pra ser bem sincera com vocês, eu evitei muito tempo ir pra consultas médicas de rotina mesmo, porque eu tinha medo, não gostava de ir. 

Sempre achava muito incômodo tudo o que envolvia ir pra médicos e os exames e tudo mais, principalmente ginecologista. Eu sempre dava um jeito de não ir, de faltar, ou, sei lá… Se a minha consulta fosse cancelada, eu achava ótimo. Como não fui no médico investigar, em casa mesmo eu tomei uma medicação pra infecção urinária, né? Conversei com minha mãe e ela já tomava algumas medicações e também achou que com essa medicação iria resolver o meu problema. Afinal, todo mundo achava que era infecção urinária… Claro que a medicação não resolveu nada, afinal, não tinha infecção urinária. Eu precisava realmente ir no médico descobrir que eu tinha esse cisto no ovário, mas eu não sabia. Ele estava crescendo cada vez mais, realmente o cisto ocupou todo o espaço do meu ovário e estava ocupando também o espaço da minha bexiga. Então ele estava comprimindo minha bexiga, o que me causava essa dor muito grande quando eu ia no banheiro pra fazer xixi, especialmente. 

Então, eu acordava, eu ia no banheiro fazer xixi e sentia essa dor… Escovava os dentes, trocava de roupa, tomava café, precisava ir no banheiro de novo. Aí eu ia para a faculdade de carro, assim que eu chegava na faculdade, eu tinha que ir no banheiro. Depois eu ia pra aula, quando terminava essa aula, eu tinha que no banheiro de novo… E assim eu tinha que ir no banheiro várias vezes ao dia, porque eu tinha pouquíssimo espaço na minha bexiga. Então toda hora ela ficava cheia e toda hora eu tinha que esvaziar e toda hora eu sentia essa dor que eu dizia que era uma dor no pé da minha barriga. Depois de um tempo, tudo isso ficou insustentável e eu realmente precisei ir no médico. Como sempre eu fazia, né? Ia no médico em último caso. 

Lá no ginecologista, ele me passou um exame de ultrassom, ultrassom das vias urinárias.. Todo mundo achava realmente que eu tinha infecção urinária. Então eu fui fazer os exames e lá eu descobri que eu tinha um cisto no ovário tão grande, que a médica que estava lá tomou um susto, quase gritou lá na sala e assustou eu e minha mãe… [risos] Um pânico generalizado, porque ninguém esperava um cisto tão grande dentro de mim e ele estava crescendo… Cada vez mais crescendo. No meu último exame, ele estava com 700 ml e, no dia que eu tirei o cisto, estava por volta de um litro. Então, assim, ele estava cada vez crescendo e crescendo super rápido… No mesmo dia, eu tive que ir num outro médico nessa mesma clínica pra ele examinar realmente se eu precisaria fazer uma cirurgia, se era de urgência ou não… E esse médico disse que eu precisaria mesmo fazer uma cirurgia, que não precisaria ser de urgência, mas que eu teria que agendar o mais rápido possível com meu ginecologista de costume, meu ginecologista que eu já ia desde sempre. 

Depois que eu fiz esses exames, eu voltei para o meu ginecologista e, naquele mesmo dia, a gente agendou a minha cirurgia. O que ele me falou é que, por um milagre, o meu cisto não tinha estourado, rompido, porque um cisto menor do que o meu já tinha rompido e já tinha causado uma dor enorme pra paciente dele. É uma dor que se assemelha a uma apendicite aguda. O que acontece é que esses cistos eles realmente vão crescendo, vão crescendo e a película que envolve ele vai ficando cada vez mais fina e fica mais fácil de romper. Não foi o meu caso, talvez por um milagre, porque ele já estava bem grande e cada vez crescendo mais… Então, o meu médico passou para mim uma bateria de exames pré operatórios e 15 dias depois eu já estava me operando lá em Fortaleza, onde eu nasci. 

E a cirurgia foi um sucesso. Foi super rápido, uma hora e meia e o médico precisou tirar todo meu ovário e a minha trompa, para que não voltasse a nascer nenhum cisto, nem nada do tipo. Eu ainda tenho um ovário, uma trompa e o meu útero funcionando super bem. Por causa deles eu consigo engravidar, se eu quiser, minha menstruação vem todo mês… Mas se eu não tivesse me operado, se eu continuasse sendo negligente, o meu cisto poderia se romper e acabar estragando todo o meu sistema reprodutor. Depois que isso aconteceu comigo, todas as minhas amigas e as mulheres da minha família vão ao ginecologista anualmente, como deve ser feito. E uma dica do meu ginecologista é que todas as mulheres tem que ir pelo menos uma vez ao ano. E mulheres que têm algum problema ginecológico tem que ir pelo menos duas vezes ao ano. 

Então, hoje em dia eu vou duas vezes ao ano no ginecologista pra manter sempre a continuidade do tratamento. Não sejam negligentes com vocês mesmo. Escutem o corpo de vocês, respeitem o corpo de vocês e, pelo amor de Deus, vão ao médico. 

Natália Ramos: Olá, eu sou a Doutora Natália Ramos, médica ginecologista e líder da equipe médica da Oya Care. Muitas pessoas passam diariamente por desconfortos ginecológicos e não têm a quem recorrer. Infelizmente, muitas vezes, quando aparece aquele sintoma chato, como um corrimento, ardência pra urinar, uma coceirinha, leva-se algum tempo para conseguir uma consulta com um médico ginecologista ou ainda, em alguns casos, precisamos recorrer a hospitais, filas, tempo de espera pra conseguir um tratamento rápido e adequado… Como vimos no caso da Maria Clara, por dias ela ficou sentindo um sintoma estranho, dor abdominal e polaciúria, que é o nome técnico que a gente dá pra vontade de fazer xixi com muita frequência. E não teve nenhuma orientação médica, até se automedicou, correndo um grande risco por ser portadora de um cisto volumoso que necessitava de uma intervenção cirúrgica. 

A infecção urinária pode ser um problema simples, porém quando não é tratada adequadamente, pode vir a se tornar uma infecção nos rins e todas as vias urinárias, chamada de “pielonefrite” e que pode, inclusive, demandar uma hospitalização. Quando tratada corretamente desde o início, temos uma chance muito pequena de evoluir pra um quadro grave. O tratamento da infecção urinária normalmente acontece com o uso de antibióticos específicos orientados pela médica, mas também necessita de exames adicionais, como por exemplo, um exame de urina e, em alguns casos, até um exame de sangue. Daí a importância de um diagnóstico correto e também da avaliação individualizada por um profissional pra cada caso. Existem também algumas medidas preventivas que podem e devem ser tomadas pra evitarmos novas alterações ginecológicas e para nos mantermos saudáveis. 

Essas orientações vão desde a alimentação, como por exemplo, para pessoas com uma constipação intestinal, muitas vezes nós devemos orientar uma dieta laxativa, que pode sim melhorar algumas questões, inclusive, ginecológicos, até prática de exercícios físicos regulares, beber muita água e, inclusive, o cuidado com a saúde mental, que é extremamente importante. Sentir dor, gente, não é normal… Sentir desconfortos constantemente também não é. E antes de se autodiagnosticar, se automedicar, é muito importante consultar um médico pra conseguir resolver o seu desconforto e também para ter mais conhecimento sobre o seu próprio corpo. Um super beijo. 

[trilha]. 

Déia Freitas: Então é isso, gente… 99 reais a consulta. Você parcela em seis vezes e reembolsa aí pra quem tem plano. O meu cupom é NAOINVIABILIZE, tudo junto e, com ele, você tem 10% de desconto em qualquer serviço do site Oya Care. Eu vou deixar tudo aqui na descrição do episódio. Oya Care, tamo junto, um beijo e eu volto em breve. 

[vinheta] Alarme é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta] 

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.