título: clic
data de publicação: 07/09/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #clic
personagens: dalila e um cara
TRANSCRIÇÃO
Este episódio possui conteúdo sensível e deve ser ouvido com cautela.
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Downtown Filmes e o filme “Ângela”. Ângela Diniz foi uma famosa socialite mineira que passou aí por uma tumultuada separação, onde foi obrigada a ceder a guarda dos três filhos ao ex—marido. Separada e longe das crianças, Ângela conheceu Raul Fernando do Amaral Street, mais conhecido como “Doca Street”, um homem de família rica, cheia de contatos e muito influente, que Ângela acreditou ser seu parceiro ideal de vida… — Já que Doca amava o espírito livre de Ângela. — A atração avassaladora entre eles rapidamente se tornou algo nocivo, quando Doca se transformou num cara agressivo, violento e controlador.
Essa relação conturbada acabou dando origem a um dos casos de assassinato e feminicídio mais famosos de todos os tempos no Brasil. O filme “Ângela” retrata os últimos meses de vida de Ângela Diniz e as consequências de um relacionamento permeado por violências e abusos. Logo após essa tragédia, surgiu a frase que mais tarde ficou muito conhecida na luta contra o feminicídio: “Quem ama não mata”. O longa metragem Ângela é protagonizado pela atriz Isis Valverde, conta com Gabriel Braga Nunes como Doca e tem participação de Alice Carvalho, Bianca Bin, Carolina Manica, Cris Couto, Emílio Orciollo Netto e Gustavo Machado. O filme chega nas salas de cinema de todo o país hoje, então corre pro cinema pra assistir Ângela. — E vem aí prestigiar o nosso cinema nacional, o filme está maravilhoso. — Acessa também o Instagram: @DTFilmes e assiste aí o trailer de Ângela. — Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio. —
E hoje a história tem aí alguns gatilhos de violência psicológica e relacionamento abusivo, então fiquem aí mais atentos. Hoje eu vou contar para vocês a história da Dalila. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]A Dalila conheceu um cara aí tem uns anos e de cara ela gostou dele e, aparentemente, ele também gostou dela e um relacionamento nasceu… Inicialmente, eles não se encontravam sempre, não era assim um namoro sério, mas a coisa foi caminhando ali pro natural de um relacionamento sério e esse cara pediu a Dalila em namoro. A Dalila, uma química, que trabalha na indústria química e tem um excelente cargo, um excelente salário e o cara um professor de educação física que também era personal. — Nas horas que ele não estava dando aula ele era personal aí numa academia. — Assim que eles passaram a namorar — sério, assim —, esse cara começou a cobrar que a Dalila fizesse algum exercício físico. Então, assim, você pode falar: “Pô, mas o cara tá aí preocupado com a saúde da Dalila?”, não…
O discurso dele era que a Dalila não tinha um corpo que condizia com a situação dele de personal. — Então, agora me explica, por que você vai pedir em namoro uma mulher que você acha que não está a sua altura, né? — Então ele começou com esse discurso… E a Dalila, assim, trabalhando, fazendo mestrado, não tinha horário pra parar para fazer, se dedicar ali e fazer uma alimentação do jeito que ele queria, enfim… Ele queria que ela fosse, sei lá… E ela não queria isso, não tinha tempo no horário dela ali, na vida dela pra isso. Então, quando ele ficava insistindo muito, falando que ela comia errado, que o corpo dela era feio, que isso e aquilo, ela ignorava, ela ignorava porque ela já estava muito apaixonada, já estava amando esse cara e não queria ficar sozinha, não queria ficar sem esse cara… E ela simplesmente não foi fazer academia e também ignorava. Só que aí na hora de comer, se tinha alguma coisa que ele achava que ela não tinha que comer, então ela não comia na frente dele só pra ele não ficar irritado. — Então, pensa: você não tá podendo comer o que você quer, tipo, hoje é sábado à noite, queria comer uma pizza, dois pedaços de pizza para o cara já era um absurdo, então ela evitava comer pizza perto do cara. Para mim já é um relacionamento que não ia dar… —
E aí esse cara, como ele viu que com essa questão do corpo ele não ia conseguir convencer a Dalila de nada — que eu acho que a questão ali era ele ter alguma coisa pra se sentir superior a Dalila —, ele começou a falar que a Dalila era burra. Então, veja bem, uma pessoa que é formada em química… — Química é uma coisa difícil, né, gente? Pelo menos pra mim… — É uma pessoa que tem mestrado, que ganhou prêmios, — prêmios, assim, na faculdade, na escola, enfim, sempre foi uma menina muito inteligente — e que tem um alto cargo, com bom salário, chefiando uma equipe… Burra ela não é, né? Ele fazia questão de dizer em qualquer coisa, assim, ele frisava que ela era burra. Até que chegou num ponto que Dalila começou a se questionar mesmo: “Será que eu sou burra?” e começou a ficar insegura até com questões do trabalho dela, né? Ele era o cara que se, por exemplo, ela era elogiada pelo chefe e contava pra ele, ele falava coisas do tipo: “Ah, vai ele vai ver ele está querendo te comer… E não sei nem como ele quer te comer, porque com esse corpo…”, sacou?
Então, ele estava sempre ali desmerecendo a Dalila, e a Dalila muito apaixonada, sempre achando que “ele está num mau dia”, “hoje ele está de mau humor”, “ah, mas quando, sei lá, quando é domingo à noite ele me trata bem, saca?”. — Tipo, o cara passa te tratando mal a semana toda, mas no domingo a noite ele te trata bem, então tudo bem. — E aí esse relacionamento foi evoluindo desse jeito, com esse cara sempre depreciando aí a Dalila. Até que um dia, Dalila se sentiu mal e tal, desconfiou, fez o teste e Dalila estava grávida. Dalila ficou muito feliz… Ela estava ali nos seus 35 anos, então uma idade boa já para ter filho para quem quer ter filho… E ela foi contar pra ele todo feliz e a resposta desse cara foi: [efeito sonoro de tensão] “Ah, meu Deus, você vai ficar uma porca de gorda”. — Essa foi a resposta do cara quando ele descobriu que ele ia ser pai… — E aí, por outro lado, como ele sempre era o cara que “ai, nossa, é o personal zen da academia que todo mundo ama”, ele falou: “Bom, agora a gente vai ter que morar junto”. Ele falou isso… “Porque agora você está grávida e eu não vou ser o cara que deixa a mulher grávida sozinha”. E aí em um mês eles ajeitaram as coisas e foram morar juntos.
E aí começou um inferno maior na vida da Dalila, porque ele controlava realmente tudo o que ela comia. Então, às vezes ela tinha que mostrar pra ele que assim: “O médico falou que eu tenho que comer isso porque agora eu estou comendo por dois”, enfim, né? Porque se não ele não deixava ela comer as coisas que ela queria comer. E sem contar que tava sempre falando que ela era burra, que ela não era capaz, que o corpo dela era feio e agora estava piorando, enfim. E, mesmo com todo esse abuso, a Dalila não conseguia ver o quanto esse cara era nocivo, o quanto ele era péssimo para ela, né? Era mil vezes melhor ficar sozinha do que ficar com um cara desse… Mas ela não conseguia enxergar isso. O tempo foi passando, a gravidez foi evoluindo e ele mal foi fazer pré-natal junto com ela, assim, mas sempre postava alguma coisa como se tivesse ido, como se estivesse fazendo. Então, o cara era uma fachada, né? Com a Dalila ele era péssimo e as pessoas, tanto do trabalho dela, da família, ninguém achava que ele era péssimo, porque perto dos outros ele era um cara muito legal, assim, né?
Chegou a semana que o médico disse que estava muito perto, que a Dalila daria à luz e que estava tudo perfeito para ela ter um parto natural e tal… E ela avisou esse cara e falou: “Olha, desmarca suas aulas de personal essa semana pra você poder ficar comigo, né? Por que e se eu começar a passar mal aqui?” e ele ficou p da vida e falou: “Não vou cancelar, imagina que eu vou cancelar as minhas aulas…”. Então ele tinha a personal num dia, era mais ou menos uma hora da tarde e a Dalila achava que ia nascer ali, porque a mãe dela tinha falado: “Olha, Dalila, eu acho que vai nascer porque virou a lua”, não sei, tem alguma… — Não sei se é superstição, não sei, enfim… — A mãe dela achou que ia nascer naquele dia porque a lua tinha mudado e, coincidência ou não, naquele dia, por volta da hora do almoço, a Dalila começou a sentir as dores e ligou para esse cara… Mas ele tinha outra aula de personal às 14 e outra às 16, e ele disse que ele não ia desmarcar as aulas. Então a Dalila arrumou as coisinhas dela, pediu um táxi e foi… Porque a mãe dela, morando em outro estado, não estava ali perto, não podia vir, tinha que trabalhar, enfim e foi para o hospital com bolsa, com tudo…
O taxista ficou tão preocupado, que o taxista estacionou o táxi pra ir com a Dalila até o hospital fazer a ficha. — O taxista… Uma pessoa que ela nunca viu na vida e que depois ela trocou telefone, mandou foto da nenê, tudo… Porque ele ficou preocupado. — E ele foi com a Dalila e só saiu lá do hospital quando a Dalila entrou lá na cadeira de rodas e já tinha feito ficha. — O taxista. — Então, aí quando a Dalila estava lá no hospital, já internada, esperando e já sentindo bastante dores, sozinha, ela foi pensando assim: “Puxa vida, por que ele não tá aqui?”, mas ela falou pra mim assim: “Andréia, eu sentia um amor por ele, uma coisa que eu não sabia explicar, assim, eu estava muito triste dele não estar ali e, ao mesmo tempo, eu já estava perdoando ele”. E, quando a Dalila já estava já pra dar a luz, esse cara chegou… E chegou num ar blasé, numa coisa tipo: “Ah, não nasceu ainda?”, e aí a Dalila ficou muito sentida, muito magoada com a frieza dele… Tinha uma enfermeira com ela preparando ali, ajudando as coisas e a enfermeira notou que ela estava chorando, né? E aí a enfermeira foi bem pertinho dela e perguntou: “Você quer que ele fique aqui? Porque se você não quiser, eu tiro ele daqui agora”. E falou baixinho perto dela, mas num tom que ele ouviu, que era pra ele realmente ouvir.
E a enfermeira olhou feio para ele, e aí ele sacou que ele não estava sendo a pessoa fofa, simpática que ele sempre é na frente dos outros e ele mudou totalmente a atitude, mas aquela enfermeira já sacou ele, sabe? Já ficou sempre olhando feio. — A Dalila falou que toda hora que ela estava lá, ela estava olhando feio pra ele, assim, bem feio… Nossa, se fosse eu… — O parto aconteceu… [efeito sonoro de bebê chorando] Bebezinha de Dalila nasceu e, assim que a Dalila pegou a bebê dela no colo, tudo que ela sentia por aquele cara desapareceu. A Dalila falou que se ela pudesse, se ela tivesse tido coragem, ela ia ter chamado aquela enfermeira naquela hora para falar: “Tira ele daqui”. A Dalila falou pra mim: “Andréia, eu não sei o que aconteceu, virou uma chave em mim, onde aquele cara passou a significar zero na minha vida e a minha filha passou a significar tudo para mim”. E aí o cara estava ali, emocionou, pegou a filha no colo, enfim, né? Mas a partir daquele momento, a Dalila já sabia que ela não queria mais ficar com ele, ela falou: “Andréia, é uma coisa extraordinária, porque eu estava apaixonada e completamente sem ver nada na minha frente por esse cara… Assim que a minha filha nasceu, porque eu não falo nem “nossa filha”, eu falo “minha filha”. Assim que minha filha nasceu, por mim esse cara podia falecer ali, cair duro que eu não ia nem soltar uma lágrima. Eu não sei o que aconteceu em mim, que virou uma chave e ele tinha importância zero agora na minha vida. O que ele falava tinha importância zero e eu queria ele longe de mim”.
A Dalila ficou no hospital mais um dia e, durante esse dia, ela simplesmente não conseguia nem olhar mais pra cara dele, gente… Nada, nada… Ela não sabe explicar. E aí ele notou que ela estava estranha. Porque uma coisa é você toda hora dando patada e sendo totalmente abusivo com alguém e essa pessoa ali te bajulando, te lambendo, dizendo que te ama, e outra é a pessoa fingir que você realmente não existe mais, né? E aí agora ele ficou mexido, tipo: “O que aconteceu? Você tá bem?”, ela virou pra ele e falou: “Tô ótima… Tô ótima”. E aí, ainda no hospital, ela falou pra ele, falou: “Olha, não dá mais… Nosso relacionamento não deu certo e eu quero que você saia de casa, arrume suas coisas e saia”. Esse cara ficou em choque. Em choque… Porque ele jamais imaginou que aquela pessoa que amava tanto ele, que fazia tudo, era capaz de deitar no chão pra ele pisar e passar agora não queria mais ver ele pintado de ouro na frente. E aí a Dalila voltou para casa, esse cara não levou muito a sério o que ela estava falando, que realmente ele tinha que sair. E ela acabou chamando umas amigas… — Que ela nunca contou 100% o que acontecia, mais assim aquelas amigas que vão ficar do seu lado, entendeu? —
As duas amigas que ela chamou vieram de outra cidade, não moravam na cidade dela e vieram no final de semana para ficar com ela e pra fazer as malas dele. E aí ele ficou atônito, né? Porque ele tinha que sair de casa e esse cara foi para as redes sociais chorar e, pra todo mundo que vinha questionar Dalila, ela favoritou todos os áudios que ele mandava pra ela dizendo que ela era burra, dizendo que ela estava com o corpo horrível, inclusive o áudio do dia do parto, ele dizendo: “Você acha que eu vou desmarcar aluno pra ficar com você no hospital?”. Todos esses áudios ela encaminhava para a pessoa que vinha questionar e falar: “Coitado, ele está sofrendo”, aí a pessoa falava: “Ai, poxa, não sabia, desculpa e tal, né?”. E ela nunca respondeu ele na internet, deixou ele lá choramingando, falando o que ele quisesse falar, mas todo mundo que vinha perguntar para ela, ela só encaminhava os áudios, falava: “Ó, aqui está só um pedacinho da vida que eu vivia”. E aí depois ninguém nunca mais ficava falando para ela voltar com ele. Mas enfim, Dalila conseguiu aí se livrar desse cara assim que a filha dela nasceu e essa chave virou nela.
E essa história só não está no Amor nas Redes porque, infelizmente, a convivência dos dois é pra sempre, né? Porque eles têm uma filha, eles precisam conviver minimamente. Agora esse cara babaca tem todo um discurso de que “ah, ele errou, ele mudou, que isso, que aquilo, nã nã nã”, só que a Dalila sempre fala pra ele, sempre que ele toca nesse assunto quando ele vai buscar a filha ou deixar a filha, ela fala: “Olha, nem se você fosse o último homem do mundo… Você só serviu pra me dar minha filha, porque de resto… De resto, eu me arrependo amargamente de ter me relacionado com você”. Então aí ele faz aquela cara magoada, sabe? Como se “nossa, que que eu fiz, né?” e o cara é uma caçamba de lixo. E a Dalila escreveu pra gente justamente por causa desse clic que deu nela. Ela falou: “Andréia, eu quase sou capaz de ouvir o clic da hora que a minha filha nasceu… Eu peguei minha filha nos braços e já olhei pra ele com nojo, com ranço, com ódio. Mudou completamente. Uma chave virou, um clic, realmente, e as coisas mudaram”. Ainda bem, né? Pra melhor.
Ela reconheceu todo o abuso que ela estava sofrendo, o quanto esse cara era péssimo e botou ele pra fora no primeiro dia que ela voltou com a neném pra casa. Olha que tudo… E ela falou: “Andréia, não me arrependo”, criei aí esse primeiro e segundo ano minha a filha sozinha, porque não tinha como ele pegar também… Minha mãe morando longe, minhas amigas mais próximas morando longe… Eu me virei, me virei. Teve dia que teve vizinha que me ajudou e assim fui levando, assim, sem nenhum arrependimento de ter largado esse cara.
[trilha]Assinante 1: Oi, gente… Meu nome é Cristina e eu moro em Comodoro, no Mato Grosso. Dalila, além da sua filha te salvar de um relacionamento tão abusivo, tão difícil, você ainda salvou a sua filha. Salvou ela de ver o pai tratar a mamãe tão mal, salvou ela de aceitar que um homem trate ela assim no futuro. Então, além de ela salvar você, você salvou ela. Que bom que você conseguiu sair desse relacionamento e agora é só alegria com você e sua filha. Fico muito feliz, muito, muito mesmo, porque só quem já viveu um relacionamento tão ruim assim sabe o quanto dói e o quanto é difícil de sair. Mas você conseguiu e vai salvar a sua filha de aceitar essas coisas de homem lixo. Um beijo.
Assinante 2: Oi, pessoal, oi, Déia, meu nome é Maisa, eu sou de Recife. Dalila, desde o começo do podcast essa história que eu mais me identifiquei… Eu sou mãe solo de uma criança incrível e eu sei exatamente como é esse processo doloroso de você não ter a gestação dos sonhos e você não ter um companheiro na hora do seu parto, você não ter um carinho e uma compreensão no puerpério… É um processo muito violento e eu acho que é um processo que deixa cicatrizes pra sempre, mas também que ensina muito sobre o que você deve ou não se submeter pelas outras pessoas. Quando eu peguei o meu filho no colo, eu também tive um estalo de que, a partir dali, eu não me submeteria mais a certas coisas, porque eu não estava vivendo só por mim. Eu tinha uma criança agora e também tudo o que eu escolhesse também ia se refletir na vida dele, sabe? Então, eu te abraço de mãe para mãe e eu tenho muito orgulho de você ter conseguido sair dessa situação, com certeza foi melhor para você e pra sua criança. Um beijo grande.
[trilha]Déia Freitas: A gente tem centenas de histórias aqui no podcast de mulheres que passaram por relacionamentos abusivos e algumas histórias até mesmo onde as mulheres sofreram violência física. Infelizmente, isso pode acontecer com qualquer uma de nós e, se você estiver numa relação desse tipo e não está conseguindo sair sozinha, peça ajuda. Gente, o filme “Ângela” estreia hoje nos cinemas de todo o país. Corre para o cinema mais próximo de você aí pra assistir Ângela. Acessa: @DTFilmes no Instagram para ver o trailer do filme. Valeu, Downtown Filmes. Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]