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título: cobreiro
data de publicação: 13/10/2025
quadro: alarme
hashtag: #emergencia
personagens: gisele

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Atenção, Alarme. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais uma história do quadro Alarme, o quadro onde, além de contar histórias, a gente presta aí um serviço à comunidade. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é a GSK. A GSK é uma biofarmacêutica multinacional que está presente em mais de 75 países e que une ciência, tecnologia e talento para vencer doenças e impactar a saúde global, desenvolvendo pesquisas e fabricando vacinas e medicamentos especializados. A GSK me convidou para falar de um assunto muito sério e de saúde pública: Herpes Zoster. O Herpes Zoster está muito mais perto do que você imagina, mais de 90% dos adultos brasileiros podem estar infectados com o vírus Varicella Zoster, que causa aí o Herpes Zoster e é o mesmo vírus causador da catapora, que fica latente no organismo e pode ser reativado anos depois de forma imprevisível, principalmente em pessoas 50 anos ou com algum tipo de comprometimento imunológico. 

O Herpes Zoster é uma doença que causa dores terríveis e dores persistentes. E a complicação mais frequente da doença é a Neuralgia Pós-Herpética, uma condição crônica que causa dor persistente, que pode aí durar meses — ou até anos, gente —, impactando de forma severa a qualidade de vida das pessoas. Consulte um médico. Herpes zoster é uma doença prevenível por vacinação. — Pra você saber mais, entra no site que eu vou deixar certinho aqui na descrição do episódio, gente, é um assunto sério. — E hoje eu vou contar pra vocês a história da Gisele. Então, vamos lá, vamos de história.

[trilha]

Gisele conheceu um cara péssimo… Nesse relacionamento abusivo, ela teve dois filhos. Conseguiu sair desse relacionamento abusivo com a ajuda da sua psicóloga da época, enfim, ela se viu ali, mãe solo agora de duas crianças, recém saída de um péssimo relacionamento. Nessa época, Gisele já estava formada, só que totalmente fora do mercado de trabalho. E com a ajuda da irmã, Gisele se inscreveu num banco de empregos e conseguiu ali uma nova oportunidade. Gisele entrou no ramo dos eventos corporativos. É uma área muito boa, com muitas oportunidades, mas também muito estressante e muito corrida. Aquele ex abusivo, assim que a separação saiu, ele parou de pagar pensão, então Gisele tinha que trabalhar, né? Para sobreviver e para criar ali os dois filhos. Um tempo depois, Gisele reencontrou Sidney, seu primeiro namorado… Gisele e Sidney eles se reencontraram e não se separaram mais. 

Depois de 20 anos nessa área, mas trabalhando para os outros, Gisele falou: ‘Bom, agora eu acho que tá na hora de eu abrir a minha própria empresa”, ela já tinha um nome no mercado, credibilidade, muitos colegas no mercado. Só que agora Gisele tinha que dar um gás ainda mais, trabalhar um pouco mais, ela tinha que recuperar as perdas ali da pandemia, né? Porque a área dela, pensa, evento corporativo na pandemia acabou, né? Tava retomando ali, era dezembro de 2022, já tava naquele planejamento de 2023, mas ainda trabalhando muito para retomar o faturamento agora. Gisele lembra como se fosse hoje, era uma segunda—feira e Gisele começou com uma coceira nas costas… Sabe no fecho ali do sutiã? Uma coceira chata, e coçou, coçou ali no fecho…  — Eu tô até eu mesma coçando. [risos] — Foi fazendo as coisas dela ali, passou a segunda—feira, aquela coceira… Terça—feira: “ai, putz, essa coceira continua aqui, coisa chata, né? Mas não tem sentido, aqui no fecho do sutiã, será que é alergia a alguma coisa?”. 

Chegou na quarta-feira, além dessa coceira, Gisele estava começando a sentir uma dor insuportável no lugar da coceira. — A gente está falando de segunda até quarta, dois dias. — Junto com essa coceira, também uma dor, um mal-estar do nada. — E tudo começou naquela coceira… — Não era uma coceira generalizada, era um pedacinho do corpo, Gisele pensou: “Poxa, eu tô trabalhando igual uma louca, estressada, dormindo pouco, comendo mal… Deve ser esse acúmulo de trabalho, com certeza, mas eu preciso trabalhar assim, insanamente, agora pra colocar a empresa nos eixos”. E naquele lugar que estava a coceira, agora ela sentia umas bolinhas. Daquelas bolinhas saíam água… Depois que aquela bolinha estourava, coçava mais ainda. E aquela dor, aquele mal—estar, e aí Gisele falou: “Bom, acho que eu vou ter que ir no PS, gente”. Enquanto Gisele se preparava ali pra ir pro PS, ela lembrou de uma coisa… Quando ela era pequena, sua mãe, a Dona Ivone, um dia estava cuidando de uma sobrinha que tinha essas bolinhas e a Dona Ivone falou: “Olha, Gisele, sua prima tá com cobreiro” e aquilo ficou na cabeça da Gisele: “Poxa, já vi essas bolinhas, minha mãe chamava isso de “cobreiro”; — Aqui na minha família a gente também chamava de cobreiro. —

Gisele foi até o PS, passou pelo médico do pronto-socorro e assim que o médico viu, falou: “Oh, então Gisele, isso aqui é herpes zoster. Você tá trabalhando muito? Você tá aí muito estressada? É imunidade baixa”, quando a Gisele disse que sim, ele falou: ‘Bom, você tá com herpes zoster, né? Eu vou te passar um tratamento que você tem que seguir direitinho”. Na hora ali, a Gisele ficou muito assustada porque ela tinha que tomar um monte de remédios… Por sete dias, ela tinha que tomar ali um monte de remédios e a dor era insuportável. Antes, ela tinha dor só naquele lugar e agora a dor tava irradiando pro tronco todo. E era uma dor tão forte que tirava a concentração da Gisele, ompedia a Gisele de trabalhar, de dormir, de encontrar uma posição confortável. — A gente tá falando daquela área do cobreiro e das consequências, né? Do que tava acontecendo ali, que a Gisele não tava acreditando. Tipo, mano, aquelas bolinhas estão virando isso? — Uma dor paralisante… E o médico tinha dado um atestado pra ela de um dia. — A Gisele tinha a própria empresa, mas assim, o médico tinha dado um atestado pra ela de um dia. Pensa se ela fosse, né? Uma CLT, tivesse que voltar no trabalho no dia seguinte? Ela não conseguia se mexer, gente… —

E a gente tá falando de uma ferida nas costas dela, naquele lugar onde começou a coceira e a bolinha de 5 centímetros… Uma ferida de 5 centímetros causando uma dor paralisante insuportável, porque agora a coceira ficou bem menor, né? Em proporção de desconforto do que a dor que ela tava sentindo. A sorte da Gisele é que era final de dezembro ali, o pessoal tava entrando em recesso, então ela pôde trabalhar menos… Mas o que ela queria? Ela queria fazer a decoração de Natal, das coisas da família… Só que a Gisele não conseguia ficar em pé. E o médico tinha falado pra ela: “Olha agora você faz acompanhamento e tal, né? Tem as coisas pra fazer” e entre essas coisas a Gisele marcou ali um Dermatologista. E, no dermatologista, ela descobriu que ela estava com uma sequela da herpes zóster. — Daquele Cobreiro lá. — Ela estava com uma neurologia pós—herpética, que é o quê? Uma dor crônica, uma sequela da herpes zóster. Aquele janeiro e fevereiro, Gisele trabalhou com muita dor…

E aí, ela começou esse tratamento com o dermatologista ali, um tratamento de 90 dias… Só depois desses 90 dias que a Gisele não sentia mais dor. De quando ela descobriu até ela parar de sentir dor, foram quatro meses. Gisele estava fazendo natação e ela teve que parar, né? — Primeiro pra não infectar as outras pessoas e também porque a dor que ela sentia bloqueava os movimentos… Ela tinha dor até quando ela respirava. Atrapalhava a respiração da Gisele. A gente tá falando daquela feridinha de 5 centímetros, tá? — 2023 passou e chegamos a abril de 2024… De repente, a coceirinha nas costas voltou, era a herpes zoster novamente, mas dessa vez a Gisele não esperou e conseguiu logo uma consulta urgente, marcou logo um infectologista. Teve que tomar aquele monte de remédios tudo de novo, só que tava logo no comecinho, não deixou nem chegar naquelas bolinhas estourando, coçando intensamente, nada… E aí a doença não se alastrou como da primeira vez. — Então, dependendo, sei lá, da fase da vida, muito estresse, muita correria… E a gente sabe, né? Que a nossa vida é assim. Às vezes, você nem dá tempo nem de almoçar. —

Gisele agora já reconhece um pouco mais o corpo, já sabe: “pô, tá adormecido isso aqui, então não posso exagerar, não posso sair da minha rotina tanto”. A receita que funciona pra Gisele é prestar atenção no próprio corpo… Apareceu a primeira coceira? Procura logo um médico. Sobrecarga de trabalho? a imunidade dela baixa e as consequências são graves. Se a pessoa teve catapora, o vírus continua nela e pode se manifestar da pior maneira. — Eu tive catapora e tive uma catapora daquelas, assim, brabas… — Gisele teve sorte porque aquela dor intensa Que ela sentia, né? A Neuralgia passou depois de alguns meses, mas tem gente que carrega essa dor pra sempre. — Pensa… — Agora a gente vai ouvir a Gisele e, logo depois, a gente vai ouvir a doutora Maísa Cairala.

[trilha]

Gisele: Meu nome é Gisele… Era dezembro de 2022 e eu tava trabalhando insanamente no retorno dos eventos pós—pandemia. Numa segunda—feira de manhã, eu senti uma coceirinha na altura das costas, onde a gente fecha o sutiã, sabe? E preteri a tal da coceirinha… Segunda—feira trabalhando, na terça—feira também… Só que na terça—feira já começou a doer um pouco mais. Na quarta—feira, já comecei a ficar paralisada. E foi nesse mesmo dia que eu senti as bolhinhas nas costas, pensei: “é herpes zóster”. Fui pro hospital, foi diagnosticado mesmo e lá o médico me receitou um tratamento que é bastante intenso. Fiz tudo certinho, mas não consegui fazer minhas coisinhas de Natal porque eu fiquei bastante prostrada naquele final de ano… Pensava que ia melhorar, mas não. Entrou janeiro, fevereiro… Aí eu fui a uma dermatologista que diagnosticou que eu estava com neuralgia pós—herpética, me receitou um tratamento e, em março e abril, começou a melhorar. Qual não foi a minha surpresa quando, em abril de 2024, começou de novo a coceirinha nas costas… 

Corri pro Infectologista, que é a especialidade correta pra gente procurar nesse caso. Novamente aquela batelada de remédios e saí de lá com um encaminhamento para tomar a vacina dali a alguns meses e foi isso que eu fiz. Espero que ele fique adormecido e que não dê mais o ar da graça, porque realmente é uma doença muito séria… Tive sorte, né? Porque passou, mas tem gente que fica com essa dor por muito tempo, ou até mesmo pro resto da vida… Vamos nos cuidar, gente, essa doença é muito séria. 

Maísa Cairala: Eu sou Maísa Cairala, sou médica geriatra, presido a Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e tenho mestrado em herpes zóster. Praticamente um terço da população com mais de 75 anos terá zóster. Porque a imensa maioria, mais de 95% da população mundial, tem o vírus varicela zóster adormecido no seu organismo, o que faz com que, quando cai a imunidade, principalmente a partir dos 50 anos, ele venha a ter a manifestação diferente da catapora, porque é o mesmo vírus, como herpes zóster. Fica vermelho, coça um pouquinho a pele… São lesões avermelhadas, depois elas coçam e doem mais e, no segundo ou terceiro dia formam bolhas, depois crostas. Essas lesões elas são autolimitadas, praticamente 10 dias, mas tem uma grande complicação, que é a neuralgia pós—herpética, que acontece na imensa maioria dos idosos… Não só acontece em maior incidência como demora mais para a resolução… Mais de um ano em muitos casos, o que piora absurdamente a qualidade de vida das pessoas. 

O zóster tem algumas características de aparição, como a região torácica e lombar, que são as mais comuns e que, nas suas formas mais graves, principalmente para os pacientes mais debilitados, tem um risco maior de complicações sérias da doença. Tem a neuralgia pós—herpética, a complicação maior na verdade, mas eu tenho encefalite, acometimento meníngeo cerebral, paralisia de nervo, por exemplo, do diafragma, dentre outras complicações… A forma de se prevenir é com a vacina. 

[trilha]

Déia Freitas: A GSK me convidou pra falar de um assunto muito sério: O Herpes Zoster,  popularmente conhecido como “cobreiro”, que é uma infecção viral causada pelo vírus Varicella Zoster, mesmo que causa aí a catapora. Ele se manifesta como uma erupção cutânea dolorosa, geralmente com bolhas, e pode causar dor intensa, mesmo após o desaparecimento das lesões. Os sintomas mais conhecidos são: erupção cutânea com bolhas cheias de líquido — que podem se agrupar —, vermelhidão na pele, dor, formigamento ou sensação de queimação na área afetada, coceira na pele, febre ou calafrios, dor de cabeça e mal—estar em geral. Consulte um médico. Herpes zoster é uma doença prevenível por vacinação. Para saber mais, entra no site que eu deixei certinho aqui na descrição do episódio. — Valeu, GSK, pela parceria e por trazer um assunto tão importante aqui no podcast. — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Alarme é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]