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título: competição
data de publicação: 29/08/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #barra
personagens: leila e arthurzinho

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]


Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje novamente é a Wizard by Pearson com a Wizard On. Que a Wizard by Pearson possui escolas físicas você já sabe, até porque a Wizard é a maior escola de idiomas do Brasil, mas hoje eu vim te contar que você pode estudar online com o Wizard On. Muito mais do que um curso online, a Wizard On é a solução completa para você aprender inglês e espanhol onde você estiver, desenvolvendo aí as quatro habilidades: fala, audição, leitura e escrita. 

Com a Wizard o seu inglês está garantido e fica comigo que no final tem aí um super cupom de desconto e eu vou deixar tudo certinho aqui na descrição do episódio. E hoje eu vou contar para vocês a história da Leila. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha]


A Leila trabalhava numa grande empresa na área contábil tributária e lá em 2008 ela conheceu um cara. Esse cara entrou para trabalhar lá no mesmo departamento que ela, eles tiveram muita afinidade porque os dois da mesma área, então tinha muito assunto, enfim, e pintou um clima e este casal começou aí a namorar. A empresa ela tem umas diretrizes que não proíbe bem namoro entre os funcionários, mas é de bom tom avisar o RH e, caso haja uma vaga no meio numa outra unidade, é melhor. — Eles preferem separar o casal na hora do trampo. Eu acho que é uma atitude correta sim, porque pensa, você acorda junto, vai trabalhar junto, aí tem os problemas do trabalho que você vai ter que resolver junto, às vezes não resolve, fica com ódio, leva para casa… Então é melhor mesmo, se puder dentro da empresa namorar, mas ser separado assim os departamentos, é melhor.  — 

Como ele estava novo lá, ele foi mandado para outra unidade e tudo bem, porque ele continuou no mesmo cargo, no mesmo salário, fazendo as mesmas coisas, só que numa outra unidade. E esse namoro evoluiu e virou um casamento. [efeito sonoro de sino soando] Leila se casou, deu tudo certo, um casamento muito bacana… E a Leila ela sempre se destacou no trabalho — ela é muito boa no que ela faz nessa área tributária, assim, ela gosta disso, sabe? Precisa gostar mesmo… Eu só de pensar já me arrepio, nem aquela guia, o DAS, eu não consigo entender… Então já viu, né? Mas a Leila ama, é o trabalho da vida dela, ela sempre gostou dessa área e ela se formou pra trabalhar nessa área, enfim. — E ele também é bom, não tão bom quanto a Leila e ele também curte muito essa área. E ele lá na mesma função que a Leila progrediu um pouco, só que a Leila, que já tinha muito mais tempo de casa, progrediu mais. — Conseguiu uma promoção e nã nã nã, enfim… — Casamento ótimo, Leila engravidou. 

A partir do momento que a Leila engravidou, esse cara começou um movimento de que a Leila, depois que o bebê nascesse, teria que pedir as contas. Como que você vai pedir as contas de um emprego que você gosta, que você se dá bem, porque teve filho? — Porque você tem aí um período de licença maternidade e eu acredito que tem um tempo pela empresa e depois pelo INSS, eu não sei como funciona isso, mas até seis meses, não é? Não sei se eu estou falando besteira, mas aí depois pesquisem aí “licença maternidade no regime CLT”. Pô, mas eu acho que deve ser quatro meses… Seis eu acho que tinha uma lei que não foi aprovada ainda, será que é isso? Enfim, eu sei que quatro meses é pela empresa, é a empresa que paga a funcionária para ela cumprir aí essa licença maternidade, que pode ser acho que durante a gravidez ou depois que o bebê nascer, né? Eu acho que é isso… — Mas ele queria que depois do período da licença maternidade, que ela se demitisse… — Parece que tem um período de estabilidade, onde a funcionária não pode ser mandada embora, não sei se são mais quatro meses, enfim. — 

Ele começou um movimento desse na cabeça da Leila. Leila grávida, falou: “Não, não, eu não vou me demitir, eu amo o que eu faço”. O tempo passou, a gravidez correu perfeita, nasceu o bebezinho… [efeito sonoro de bebê chorando] — Nasceu aí e a gente pode botar o nome dele de “Arthurzinho”. — Arthurzinho lindo, fofinho, querido… E, a partir do momento que o Arthurzinho nasceu, a Leila deu realmente uma modificada — que eu acho que é o que acontece com todo mundo que que passa a ser mãe, né? — e ela começou a pensar se realmente seria uma boa ela voltar a trabalhar e deixar o Arthurzinho numa creche. Ela já estava com essa dúvida e era uma dúvida real, né? E o cara começou a fazer a cabeça da Leila em relação a isso. Depois da licença maternidade, ela tinha férias acumuladas, ela pegou as férias e depois que ela cumpriu lá o tempo que tinha que cumprir, ela realmente pediu demissão. Na cabeça da Leila, naquele ponto era, era uma vontade da Leila… — Que foi muito incentivada aí pelo seu marido. —

Leila estava feliz porque ela estava ali com seu bebezinho, com Arthurzinho em tempo integral. O tempo foi passando… Bebê Arturzinho ganhou um ano, dois, três e, nisso, lá na empresa, como ela pediu demissão, ele voltou para a unidade que ela estava e lá ele galgou algumas promoções. Arthurzinho com três anos, Leila começou a entrar em depressão. Ela não aguentava mais ficar em casa, ela não aguentava mais só conversar com outras mães e só ter assunto sobre crianças ou sobre casa, ou sobre maternidade, enfim, ela não queria mais falar sobre esse assunto e ela estava sentindo falta do trabalho dela. Tanto que ali da família dela, ela fazia imposto de renda de todo mundo, começou a arrumar documentação dos familiares ali porque ela não tinha o que fazer e ela sentia falta do que ela fazia. E, quando ela pediu demissão, o chefe dela falou pra ela assim, falou: “Eu nunca vou saber o que é ser mãe, né? Eu tenho meus filhos, mas é minha mulher que cuida mais… Eu sei que eu estou errado, mas é ela que cuida mais e ela não é dona de casa, ela trabalha, porque ela não conseguiu ficar em casa. Se isso acontecer com você, se chegar a um ponto de você não conseguir ficar mais em casa, você pode me ligar que a sua vaga vai estar aqui te esperando”, porque a Leila é uma excelente funcionária. 

Só que as coisas podem mudar, o chefe dela falou aquilo há três anos, né? Podia ter mudado alguma coisa. Sem o marido saber, a Leila ligou para esse diretor que era chefe dela [efeito sonoro de telefone chamando] e ele na hora falou: “Leilinha, você quer voltar? A gente te contrata de novo”. E aí deu aquela esperança, aquele gás na Leila… Ela falou: “Poxa, o Arturzinho já está com três anos… Já dá para ficar na creche, né? Eu vou fazendo já esse movimento com eles de deixar ele na creche meio período”, porque o cara falou: “Eu preciso de dois meses para arrumar a casa aqui para você”, que seria remanejar e tal… — Porque esse diretor ele fica na unidade que agora o marido da Leila estava, ele voltou para aquela unidade no cargo da Leila. Então, o que o diretor fez? — Sem contar para o marido da Leila que a Leila ia voltar, porque a Leila pediu pra ele não contar nada, não falar nada, ele já transferiu o cara de unidade. Só que quando ele chegou em casa com a notícia de que ele foi transferido de unidade, ele estava muito puto… — Ele estava muito puto. —

Lá naquela unidade que ele estava — que era a original da Leila — é onde estão os diretores e é onde ele tem mais chance de mostrar o trabalho dele e brilhar mais, ter mais promoções, né? Então ele estava muito puto e ele estava sem entender o que estava acontecendo, por que ele tinha sido transferido? Ele estava vendo essa transferência como uma punição. E a Leila ficou muito assustada, porque ela não pensou que que ia ser assim, né? E aí ela teve um ímpeto de ligar pro diretor e falar que ia desistir… Só que aí antes ela ligou pra mãe dela, e aí a mãe dela, que já já vinha acompanhando como ela estava deprimida e tal, falou: “Não faça isso… Agora você já pediu seu emprego de volta, volta… Se você não der conta, depois você sai. E aí você sabe que se fechou uma porta pra sempre, né?”. — O cara já tinha remanejado já, assim que a Leila falou que queria voltar, ele já fez esse movimento, entendeu? — E aí a Leila teve que contar pro marido… Ela não falou que ela pediu pro diretor, ela falou que ela recebeu uma proposta… E quando ela pediu pro diretor não contar para o marido dela, o diretor — que a gente pode chamar aqui de Seu Tavares —, o Seu Tavares falou: “Então você vai falar para ele que fui eu que te liguei, que fui eu que te chamei, porque qualquer coisa, se ele tiver que falar, ele venha falar comigo. Então, não fala que você me ligou e você pediu a vaga, fala que eu te convidei” e assim a Leila fez, porque aí dava uma refrescada no casamento dela.

Ela falou: “Olha, o Seu Tavares me ligou e me convidou para voltar a trabalhar no mesmo cargo que eu tinha antes”. E aí ele entendeu porque ele tinha sido transferido, porque quem tinha conseguido as promoções agora e estava no cargo dela, era ele. E aí esse homem surtou… Falou que ela ia destruir o casamento, que ela ia destruir a carreira dele, que o filho deles ia crescer sem mãe… — Quer dizer, sem pai pode? Sem mãe que não pode. — E a Leila ficou apavorada, porque ela não queria que o casamento acabasse, né? Mas com a força da mãe dela e a mãe dela falando: “Olha, põe o Arturzinho na creche, eu ajudo, eu busco”, enfim, né? Deu aquela força para a filha, ela voltou a trabalhar, e aí a Leila se sentiu viva de novo. Ela ama fazer o que ela faz. E ela falou: “Andréia, eu lido com documentos muito importantes, eu não tenho como fazer home office” e ela falou: “E mesmo assim, home office com criança não funciona… Se você vai trabalhar em home office, seu filho tem que estar na creche do mesmo jeito, se você não consegue trabalhar”.

E aí ela voltou a trabalhar… Todo mundo lá gostava dela — ela sempre foi uma querida — e o marido dela também era querido lá, só que ele começou a virar um funcionário rebelde na outra unidade porque ele não se conformava. O casamento deles começou a ir mal, mas até então ninguém falava em separação… Até que oito meses depois que a Leila voltou — sem ela saber também, porque era um movimento que acontecia acima dela —, o marido dela foi demitido. E aí ele botou a culpa dessa demissão na Leila e pediu o divórcio. Leila perdeu o chão, porque ela não esperava realmente, né? Porque ela só voltou a trabalhar, gente, ela só voltou para o cargo dela, que era dela. Ele pediu divórcio, hoje em dia eles têm pouquíssimo contato… Ele tem o contato que a lei determina aí com o Arthurzinho, ele casou de novo e a esposa dele é dona de casa e ele não leva o Arthurzinho para casa. Ele sempre visita o Arthurzinho, passa o dia e tal, mas devolve o Arthurzinho para casa da Leila. — Então veja, né? — Eles demoraram muito para ter filho e, quando tiveram, rolou tudo isso… 

Eu acho que mesmo se não tivesse filho, ele ia fazer algum movimento, porque ele queria o cargo dela naquela unidade. Vocês não acham que rolou uma competição aí? Eu acho que desde, sei lá, do começo, ele competiu com a Leila… A Leila podia não estar enxergando isso, mas eu acho que ele tava nessa vibe de competição e a hora que ele conseguiu a vaga dela porque ela pediu demissão, então o caminho estava aberto… Porque assim, a Leila falou: “Andréia, cá entre nós, eu sou melhor que ele no trampo. Eu sou…”, tanto que ela está nessa empresa até hoje. Ele já está em outra, tá bem colocado também, mas não tem o mesmo destaque que a Leila tem. Essa é a história da Leila, ela agora foca só no Arthur e no trabalho dela, que ela, assim, ela falou: “Andréia, o trabalho… Posso dizer hoje que o Arthur e minha família é 50%, mas os outros 50% é o meu trabalho, eu gosto do que eu faço, gosto de trabalhar”. Ela tem um namorico aqui, outro ali, mas ela não quer casar de novo, ela não quer se amarrar de novo, porque ela acha que isso vai atrapalhar o andamento da vida dela agora, que depois do baque, está bem. O que vocês acham?

[trilha]


Assinante 1: Oi, Déia, oi, pessoal, aqui é Aline de Vila Velha no Espírito Santo. E, assim, com base na minha história de vida e de tudo o que eu escutei já no Não Inviabilize, uma certeza que eu tenho é que o homem dificilmente aceita ver a mulher ser melhor do que ele em alguma coisa. Ele não consegue lidar, sabe? O seu ex—marido tentou segurar o quanto ele pôde, mas não conseguiu segurar o rojão de ter uma mulher maravilhosa do lado dele, realizada profissionalmente. E se você está feliz hoje, querida, saiba que por mais que você tenha sofrido com o divórcio, ele não estar na sua vida hoje, com certeza é um livramento. Espero que você continue sendo essa profissional maravilhosa, que você cresça ainda mais, que seja reconhecida e que você esteja à frente das suas decisões da sua vida e que você seja muito feliz. 

Assinante 2: Oi, gente, oi, Déia, é a Jéssica do Rio. Leila, é tão na cara que esse homem queria o seu lugar, queria o seu cargo, queria o que você tinha profissionalmente. Ele ter se apaixonado por você e ter tido um filho com você, foi talvez uma forma que ele encontrou de parar você… Porque pra mãe é muito diferente a educação de um filho, você se doar e ficar um tempo com a criança, isso é muito da cabeça da mãe fazer isso. Digo isso como mãe de três… Mas eu fico muito feliz que você tenha voltado para o seu cargo. Tudo de melhor. 

[trilha] 


Déia Freitas: Com o Wizard On você tem aulas online e ao vivo — método comprovado —, um professor que acompanha aí seu aprendizado, material didático físico, aplicativo próprio e testes de nivelamento. — Afinal, você está na melhor escola de idiomas do Brasil… Sim e está ouvindo no melhor podcast do Brasil de contação de histórias. — Com o nosso cupom: “PONEION” — [risos] não é a coisa mais fofa? PONEION —, tudo junto, maiúsculo, sem acento. Você ganha um desconto de R$200 na matrícula. — então você paga só R$99. — Vai lá agora aproveitar o nosso desconto que vale até dia 15 de setembro. — O link está aqui na descrição do episódio. — Valeu Wizard by Pearson, espero que vocês voltem. — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 


[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]