título: belíssimo
data de publicação: 03/04/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #belissimo
personagens: erika, dona helena e seu otacílio
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de criaças contentes] Quem está aqui comigo hoje — de novo — é Listerine. Já pensou em uma mudança de hábitos para completar a sua saúde bucal? Não? Então, que tal começar agora? Para te ajudar, Listerine, o enxaguante bucal número 1 do mundo te convida para o Desafio 21 dias Listerine. Sua boca mais limpa ou seu dinheiro de volta. Alguns estudos já demonstraram que são necessários 21 dias para se formar um hábito. A gente sabe que as pessoas já têm o hábito de escovar os dentes e usar aí o fio dental, mas para sentir cinco vezes mais o poder de limpeza do que apenas escovação e fio dental, complete sua limpeza com Listerine e tenha uma boca muito mais saudável.
Compre e use Listerine por 21 dias e, se você não sentir que tá aí com a boca muito mais limpa, não se sentir satisfeito, Listerine devolve o seu dinheiro. Aceite o desafio 21 dias Listerine, sua boca mais limpa ou seu dinheiro de volta. — Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio, mas você já pode clicar agora e vai navegando e escutando a história: desafio21dias.listerine.com.br. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Dona Helena e da Erika. — Quem me escreve é a Erika. — Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]Dona Helena, Erika e seus dois irmãos aí, adultos também — vamos dar um nome: Rogério e Lúcio —, sempre passavam as festas de final do ano na casa do avô. — Vamos botar aí: “Seu João”. — Sempre era um perrengue pra levar as comidas, as coisas, porque festa de família boa é aquela onde cada um leva um prato e era assim que eram as festas aí onde toda a família da Dona Helena estava presente. Quando a Erika fez 18 anos, eles compraram um carro — que ficava mais fácil pra ir, Dona Helena não dirigia, então assim já era um adianto pra ir, porque tinha que subir a serra pra ir pra casa do Seu João, vô João, então assim, era um adianto ter o carro —, só que Erika, muito nova, 18 anos, não manjava que tinha que fazer a manutenção do carro… Ela achou que era só entrar e dirigir [risos] eternamente. — Ê, Erika… [risos] — Coisa básica do tipo: trocar óleo… A Erika não se apegava, ela: “Ah, o óleo… Deus proverá o óleo” e ela não trocava óleo, não fazia nada.
Chegou no dia 23 de dezembro, tudo arrumado ali para levar as coisas pra casa do vô João, para todo mundo passar o Natal lá… — A família enorme, enfim… — Dona Helena e Erika iriam no carro, o carro lotado de coisa para as coisas de Natal e os irmãos iriam de ônibus. — Eles tinham coisas ainda para fazer na cidade, então eles só iam no dia 24, no dia seguinte, de ônibus —, então Érika e Dona Helena abasteceram o carro ali com as coisas, travesseiros de todo mundo, roupa de cama, toalha, travessa com comida, os presentes de Natal de todo mundo…. — Então, assim, o carro, gente, lotado… O carrinho estava arriando para subir a serra. [risos] — Dona Helena e Érika resolveram sair de casa depois do almoço, assim, umas 14h00, a previsão era de chegar tardezinha ainda, umas quatro horinhas… Final da tarde, comecinho de noite, elas já estariam ali na casa do Seu João. E o caminho era relativamente simples, né? Uma via expressa que ia até ali o pé da serra, depois de subia a serra e já estava na casa de Seu João.
15 minutos de viagem, de repente, o carro começou a engasgar e parou em cima de uma espécie de viaduto da Via Expressa ali que não tinha nem acostamento… — Então, imagina, Érika e Dona Helena num carro lotado, só acendeu o pisca ali, assim, e rezou para não vir nenhum motorista desavisado e bater naquela traseira ali, porque não tinha nem para onde ir… — O carro parou no meio da via. — Não dava para saltar do carro porque os carros vinham em alta velocidade ali do do lado, sabe? A Erika e a Dona Helena ali dentro daquele carro, desesperadas… Dona Helena já tentando acionar o seguro e Érika ali, esperta nos retrovisores, vê se alguém parava para ajudar, né? De repente, elas escutam ali alguém buzinando… E quem que era, gente? Quem que é o super—herói das estradas? O salvador de tudo? Quem? O motoqueiro, obviamente, é sempre um motoqueiro. Eles são incríveis.
O motoqueiro ali, com a sua bagzinha, indo fazer uma entrega, falou: “O quê? Eu vou ajudar esse carro”. Ele não sabia nem quem estava no carro, porque, assim, ele veio lá de trás… Érika, de alguma forma, conseguiu avisar que o carro estava parado, o cara falou: “Bota aí no morto que eu vou empurrar”. — Gente, assim, motoqueiro… — Vamos dar um nome pra ele? “Wellington”. Wellington, sem descer da moto, gesticulou ali para Erika para ela ir já esterçando ali para a direita, ele foi dirigindo sua moto com o pé apoiado no carro e empurrando o carro. — Gente, isso aí é Jesus em forma de moto. — Foi empurrando, né? Era um trecho pequeno até, até sair daquela via expressa e ir para a lateral ali, conseguir chegar no acostamento e, assim, livrar as duas pelo menos daquele perigo maior. E o cara buzinou ali e foi embora, nosso super—herói… — Um beijo, Wellington. Um beijo a todos os motoqueiros. —E o motoqueiro fez o que deu, né? Empurrou ali, era um pouquinho descida, então tudo ajudou.
Só que onde o carro parou e, dali pra frente, precisaria de mais gente pra empurrar ou consertar, enfim… Era uma área perigosa, uma área deserta, duas mulheres, sozinhas… Erika e Dona Helena elas estavam muito tensas e tentando ali ligar para o seguro. Nisso já era quase 16h, conseguiram acionar o seguro, o seguro mandaria um reboque para o carro e um táxi que poderia levá—las até a casa de Seu João, subir a serra, normal.. Estavam no comecinho da viagem, seriam 04h no táxi. — Só que seguro é aquilo, né? “Calma que a gente já vai” [risos] e vai umas horinhas aí, né? — 19h da noite, elas ainda ali no carro, naquele lugar ermo, esperando o táxi. Porque, assim, qual era a ideia? Chegou o táxi, elas já colocam tudo no táxi e vão para casa do Seu João, o carro fica ali trancado, a hora que o guincho pega o carro, né? É isso. “Ah, sei lá, alguém vai roubar o carro?”, pelo menos elas vão estar em segurança, né? —
Só que o reboque chegou primeiro que o táxi… — Olha que delícia… — E aí elas tinham que tirar tudo do carro para o reboque poder levar o carro, né? Travessas de comida, os travesseiros, as toalhas, tudo na beira da estrada [riso] esperando o táxi chegar. Um calor insuportável de dezembro. — Ainda bem que agora já não estava mais sol, né? Já era noite… E as muriçocas na beira do mato? [risos] Ai, gente, que dia, né? Que dia, Dona Helena, Erika… — Sete e pouco encosta ali um carrão preto, todo vidro fumê, ar—condicionado no talo… Era o motorista, o táxi que ia levá—las até o alto da serra lá na casa do Seu João. O motorista super solícito — a gente vai chamar ele aqui de “Seu Otacílio” —, Seu Otacílio já desceu do carro, já falou: “Meninas, tá tudo certo, eu vou levar vocês até lá a casa do seu João, são 04h, tudo certo… O carro tem um ar—condicionado ótimo” e já foi guardando as malas, ajeitando as travessas, enfim, as duas tinham que se acomodar ali no banco de trás do carro. E aí a configuração foi: Érika bem atrás do seu Otacílio, com as travessas ali entre as duas e Dona Helena na outra ponta, atrás do banco do carona.
E, assim, que elas se ajeitaram no carro, Érika falou: “Nossa, pronto, né? Tudo resolvido, agora sim a gente vai pra casa do vô, tudo certo”. Seu Otacílio ele era muito conversador, sabe gente simpática, que gosta de falar de tudo e gosta de brincar? Esse era o Seu Otacílio. Só que a partir do momento que aquele carro foi fechado e que Seu Otacílio começou a falar — Érika bem atrás dele ali —, Érika quase vomitou… Veio um cheiro podre, de carniça, da boca do Seu Otacílio, assim… Era nítido. Enquanto ele falava, o ar—condicionado, o ventinho ali, o jatinho de vento passava ali pela voz dele e vinha direto na Érika. [risos] Érika começou a passar mal… Gente, isso que sei lá, dez minutos andando, tipo ainda assim, no comecinho ali da rodovia. E a Érika tentava de alguma forma avisar a Dona Helena que ela não ia aguentar, que ela ia vomitar… Só que o cheiro não tinha chegado ainda na Dona Helena. [risos] E seu Otacílio conversando: “Não, porque hoje o Flamengo…”, sabe assim? Quando a pessoa não para de falar… Todos os assuntos. Ele não parava de falar um segundo, bem conversador mesmo. Começou a comentar da cidade lá do vô João, “porque não, lá aquela serra é muito linda… Vocês já foram naquele laguinho que tem os cisnes? É uma coisa de louco” e ele não parava de falar. Erika já verde mole, [risos] sabe quando você fica mole? Ela não conseguia mais se mexer, se ela se mexesse, ela ia vomitar.
E aí o cheiro chegou em Dona Helena… E o que Erika estava gesticulando para a mãe, tentando avisar? Que ela não ia aguentar 04h daquilo… Elas estavam perto de casa ainda, relativamente, sei lá, meia horinha… Ela falou para Dona Helena: “Pelo amor de Deus, manda ele voltar”. Seu Otacílio estava prontíssimo para encarar as 04h, só que aí Dona Helena falou para ele: “Olha, a gente está muito cansada, a gente quer voltar, a gente não vai encarar uma viagem de 04h”, “não, eu levo vocês, a gente vai aqui no ar condicionado, tudo certo”. Não teve jeito, Dona Helena falou: “Não, a gente vai voltar pra casa”, porque a Erika nem falava mais, [risos] falou que o cheiro agora era, assim, parecia que tinha um bloco de carniça dentro do carro. Com muito custo chegaram ali, nossa, eu sei lá… Eu no caminho já ia abrir a janela, falar: “Tô passando um pouco mal, já abre a janela, bota a cabeça pra fora, sabe?”. [risos] Tiveram que tirar tudo do carro… — Aí, assim, pra mim aquela comida está perdida, pra vocês não? Eu já não ia conseguir comer. —
No dia seguinte o carro ficou pronto, que também não era uma coisa muito grave e elas foram com o carro delas bem na véspera mesmo de Natal, né? — Mas se fosse, sei lá, no dia 24, elas iam passar o Natal em casa sozinhas… [risos] Porque não dava… Érika disse que era impossível, porque era realmente um cheirão de carniça. — E aí o que eu deixo aqui para vocês é: Realmente a pessoa não sente, gente? A pessoa não sente? Eu acho que nesse caso elas não tinham mesmo que alertar o Seu Otacílio, o motorista, pra nada… Ou talvez tivessem? Com jeitinho? Mas não, você acabou de conhecer o homem, né? — Mas o que me pega muito, né? Das histórias que eu contei é que, assim, as pessoas não sentem o cheiro, é impressionante. O que vocês acham?
[trilha]Assinante 1: Oi, nãoinviabilizers, meu nome é Angélica e eu falo aqui da cidade de Birigui, interior de São Paulo. Eu acho que problema de saúde é sempre problema de saúde, né? Como a gente gostaria de ter um amigo que avisa a gente que tem o nariz sujo ou que está com a braguilha aberta da calça, eu acho que a gente precisa ter empatia e ser a pessoa mais empática possível na hora de avisar quando tem um problema desse. Eu sou dentista, pra mim é sempre mais fácil, claro, quando estou em consultório, mas eu já peguei isso pro meu dia a dia, né? O que eu acho é que existe uma cultura de fazer muita piada ainda com esse tipo de problema de saúde… Acredito que ninguém que tenha mau hálito gostaria de ter, muitos não tem consciência disso e muitos outros não tem nem oportunidade de fazer um tratamento… Mas eu acho que se a gente lidar como se fosse uma coisa mais natural, que pode acontecer com todo mundo, inclusive com a gente, esse tabu de avisar quando a pessoa tá com mau hálito, ela acaba caindo por terra. Eu tenho fé que isso aconteça um dia. Vamos avisar as pessoas, vamos rir menos. Um beijo pra todos, fica com Deus.
Assinante 2: Oi, nãoinviabilizers, me chamo Michele, sou de Brasília, eu sou dentista. A Déia fala sobre a questão das pessoas não perceberem que elas têm mau hálito, né? E, gente, elas não percebem mesmo… Na grande maioria das vezes, quando a gente vai alertar os pacientes que eles têm uma questão de mau hálito, eles não aceitam, eles não concordam e eles ficam com raiva do profissional quando a gente alerta sobre as questões de mau hálito, sempre relacionam com problemas estomacais. Vários estudos científicos falam que 90 a 95% das questões de mau hálito não estão relacionadas a problemas estomacais e sim a problemas bucais, então é muito importante você sempre observar as questões de higienização, passar fio dental, raspador de língua, tudo isso é muito importante… Porque cerca de 5 a 1% dos problemas estomacais causam mau hálito e não os problemas bucais.
[trilha]Déia Freitas: Inclua um novo hábito para sua rotina de saúde bucal e complete sua limpeza com Listerine. Aceite o Desafio 21 Dias Listerine e sinta 5x mais poder de limpeza do que apenas a escovação e o fio dental. Não ficou satisfeito? Listerine devolve o seu dinheiro. Desafio 21 Dias Listerine, sua boca mais limpa ou seu dinheiro de volta. — Valeu, Listerine. — Um beijo com hálito refrescante pra vocês, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]