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título: coroa
data de publicação: 30/01/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #coroa
personagens: alfredo e paulinha

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Hidrabene. — Nossa amiga cor de rosinha de sempre. — O verão tá aí e com ele chegou à campanha Verão Tá On Hidrabene. São 20% de desconto em produtos selecionados e mais 10% off com o nosso cupom: PICOLE10. E, gente, tem o meu Kit Pônei Bene, que também está com 20% de desconto e nele você encontra cinco produtos: a espuma de limpeza, que é maravilhosa, gente, o rostinho fica bem macio, o sérum hialurônico filler, o resveratrol, a sleeping mask e o Vita C Fator de proteção solar 50, que é, assim, tudo de bom nessa vida. Os produtos são perfeitos para acompanhar você aí durante todo o dia, mantendo sua pele sempre limpa, protegida e hidratada. Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio. Corre lá, vai lá ver o meu kit Pônei Benê. — Que é tudo… — 

E hoje eu vou contar para vocês a história do Alfredo. — Ê, Alfredo… — O Alfredo hoje está com 55 anos e essa história aconteceu quando o Alfredo tinha ali por volta dos seus 50 anos. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

O Alfredo estava separado ali há uns dois, três anos, ele com duas filhas, uma de 16, outra de 13, e resolveu sair aí pro mundão, nos sites aí, nos aplicativos de relacionamento pra conseguir um novo amor. — A ideia do Alfredo sempre foi ter um novo relacionamento fixo. — Aí ele foi, se cadastrou ali nos aplicativos, deixou a idade meio aberta do que ele estava procurando. Só que ele começou a se envolver com garotas ali na faixa dos 25, 26 anos. — E assim, gente, me desculpa… Eu acho que um homem de 50 anos com uma garota de 25 é aquilo que eu já falei aqui, eu acho que tem uma geração aí… Pula aí uma geração e meio que a pessoa mais nova ela nunca tem as mesmas ferramentas da pessoa mais velha. Então eu, Andréia, eu acho problemático esse tipo de relacionamento, sim, né? E aí, Alfredo, querendo ou não, focou ali nas novinhas, né, Alfredo? Focou nas novinhas. — 


Então, saiu com uma, saiu com outra… E ali, pela terceira ou quarta tentativa de encontrar esse novo amor, ele conheceu uma garota de 24 anos. — E a gente vai chamar essa garota de Paulinha. — E aí, Paulinha, 24 anos, Alfredo, 50, começaram aí um relacionamento, um namoro. E, assim, Paulinha realmente estava gostando de Alfredo e Alfredo estava gostando de Paulinha. — Só que, gente, são mundos completamente diferentes. — Então, quando Alfredo apresentou Paulinha para a família, foi aquele choque… — Porque 24 anos é uma garota, né, gente? É muito nova. — Então, ele foi muito criticado… — E aí também não vou dizer que não criticaria, porque eu seria uma das pessoas [risos] a criticar sim. Falei isso para o Alfredo, falei: “Ó, eu vou contar sua história, mas você já sabendo que eu não tenho a menor empatia”, [risos] ele falou: “Ah não, eu sei, Andréia, por isso mesmo que eu escrevi”. Porque, enfim, depois lá no final vocês vão saber. [risos] —


Esse relacionamento de Paulinha e Alfredo foi seguindo… Os amigos ali de Paulinha… — É engraçado como os mais jovens eles têm percepções diferentes. Então, assim, não rolou tanto julgamento, mas ele era sim o tiozão dos rolês, né? — Às vezes ele era chamado de coroa pelos amigos ali da Paulinha. Tudo na brincadeira, mas realmente ele era o coroa ali, ele era tipo o pai do rolê, né? Tá todo mundo ali no rolê e ele junto… — Destoa, Alfredo. [risos] Desculpa, mas dá uma destoada. — E aí o Alfredo, pra não ficar tão [risos] destoando, resolveu se vestir de uma maneira mais jovem… [risos] Tá… [risos] Aí, começou… Me veio um meme na cabeça de um ator… Eu não lembro desse ator que está com o boné pra trás, um skate… Ele tem tipo uns 50 anos… [risos] Me veio esse meme na cabeça. [risos]

E aí ele começou a se vestir de uma maneira diferente… Aí também isso no núcleo dele rolou críticas. — Porque, assim, enfim… [risos] — Às vezes eles iam para uma balada e ele ia junto, porque a namorada dele, Paulinha, certa ela, não vai deixar de curtir ali as coisas com a turma dela, os rolês… Ela sempre chamou ele, sempre incluiu o Alfredo, mas eles iam para esses rolês e e eles, sei lá, tomavam duas garrafas de vodca. E o Alfredo, depois que você passa de uma certa idade, é mais difícil de você metabolizar o álcool. [risos] É mais difícil você tomar uma catuaba e ela não bater no seu fígado de uma maneira violenta, sabe? [risos] Eu falo isso por experiência própria… — Hoje, gente, eu estou com 47 anos, hoje eu não consigo nem comer muito muito alho. O organismo não aguenta mais comer muito alho. Então, você imagina eu num rolê jovem, comendo várias comidas de rua, tomando catuaba, corote e vodca… É Samu. É Samu… —


Então, começou que o Alfredo ele não conseguia acompanhar os rolês gastronômicos e de bebedeira da galera ali, porque ele com 50 anos, [risos] ele já ficava mal, assim. O primeiro dia ele acompanhou, no dia seguinte ele não conseguia sair da cama, uma enxaqueca, [risos] uma dor de estômago, enfim… Mas foi ali levando. — E tinha a questão que, hoje em dia, o jovem ele vai para uma festa e, após a festa, quando é cinco horas da manhã, eles vão para o after. E o after vai até nove da manhã. Então, essa era outra questão que o Alfredo ele não conseguia ficar acordado. [risos] — Ele não conseguia ficar acordado pra acompanhar… Então, às vezes ele falava pra Paulinha: “Paulinha, eu vou que eu vou ter….”, às vezes era até domingo ele falava: “não, porque eu tenho um compromisso com as minhas filhas e tal, então eu vou… Fica aí no after e tal”, mas ele estava indo porque ele não aguentava mais. [risos]


Ele falou: “Andréia, às vezes tinha umas festas que não tinha lugar pra sentar… E a coluna da gente não vai aguentando mais, né? Ou você sentava numa beiradinha que não era um lugar adequado pra sentar…”. [risos] — Eu tenho zero dó, viu, Alfredo? Zero dó. [riso] — Então, o Alfredo gostando muito da Paulinha, mas percebendo essa questão, né? Que é muito diferente… Ele começou a entrar nesse conflito. Ao mesmo tempo que ele queria ficar com ela, ele já sabia que se fosse para os rolês dela, assim, ele meio que ia passar mal. Fisicamente mesmo. [risos] E olha que o Alfredo é um cara que está em forma, faz academia… — Mas gente, o ritmo de uma pessoa de 20 anos é diferente de uma pessoa de 50 anos. Não tem comparação. E o Alfredo descobriu isso da pior forma possível, que foi se envolvendo com uma garota jovem. —


E sexualmente também… Ele dava conta, mas ele falou pra mim: “Andréia, sendo bem sincero, eu não dava tanta conta assim do recado. Às vezes eu ficava feliz que a Paulinha, depois da primeira ali, ela dormia… Porque pra uma segunda eu preciso de um tempo a mais, né?”. E ele caiu nessa de algumas vezes tomar aí pilulazinha azul pra ajudar ali a melhorar a coisa, a performance dele sexual e ele meio que passou mal, teve até uma arritmia cardíaca, [risos] uma sensação de morte assim… E aí resolveu que não ia tomar mais a pílula. Até que um dia, Paulinha convidou o Alfredo para uma viagem. Ia ser a primeira viagem do casal, eles já estavam juntos há quase sete meses… Bastante tempo. E esses sete meses todo nesse perrengue todo aí do lado do Alfredo, Paulinha não sentia isso, porque a pessoa é jovem, né? — A pessoa está ali vivendo, fazendo as coisas e num outro pique. E já o Alfredo, exausto… [risos] No sétimo mês ali realmente revendo essa questão de se envolver com mulheres novas, né? E eu acho que isso é uma coisa que a gente vê muito, mas geralmente os homens meio que acabam freando a juventude dessas jovens, eu acho assim… Brecando esses rolês que elas querem fazer e tal, que é da idade, né? —


E aí ele foi convidado pra essa viagem, que seria uma viagem de praia… E ele falou: “Bom, praia é mais sossegado”, mas era uma viagem de turma. — Da turma dela, Turma jovem. Onde ele era chamado às vezes de coroa ou de tiozão, enfim… — Mas ele falou: “Bom, eu vou”. E aí preparou as coisas dele lá, o protetor solar com 55 camadas… [risos] Ai meu Deus… E o repelente, essas coisas… E, assim, as pessoas mais jovens pensam nisso? Sim, mas a maioria não está ali querendo levar três tipos de repelente pro tipo de mosquito e nã nã nã. E ele levou, né? E o que era rolê na praia? Era uma casa coletiva que eles alugaram ali pelo PôneiBNB e, nessa casa, não tinha muito quarto certo de alguém, porque a maioria ficava acordada, fazia os rolê, tinha música alta… Então isso foi meio que dando um problema de saúde mesmo no Alfredo. [risos] Ele foi ficando num estresse assim… Acho que um pico de cortisol e ele começou a passar mal.


E aí eles resolveram — e aqui é o ápice da história — fazer uma trilha pra chegar de uma praia em outra praia. — Então seria uma trilha ida e volta. — E aí o Alfredo foi com essa galera da trilha, ele passou protetor dele ali solar, pegou o repelentezinho dele e foi caminhando com Paulinha ali na trilha e mais a galera. Só que era uma trilha que tinha muita subida, muita descida, um sol… Quando eles estavam quase chegando na praia, que eles iam passar o dia e iam voltar, que era trilha, o Alfredo teve um mal súbito… [efeito sonoro de tensão] E ali deu uma coisa nele e ele desmaiou. — Imagina você desmaiar no meio de uma trilha, indo pra uma praia deserta, sem as pessoas conseguirem te carregar pra te socorrer. — E os jovens que estavam todos ali muito bacanas, assim… Não eram assim pessoas que estavam nem aí, não, todo mundo socorreu o Alfredo. E não tinha como carregar ele, não dava… Era impossível carregar. Eles iam ter que alguém voltar na trilha pra chamar, sei lá, um helicóptero. [risos] — Ai, desculpa, não era pra eu rir dessa parte… [risos] Mas, ah, também vai sair com novinho e vai fazer trilha? [risos] Pediu. Não quero aqui culpar a vítima, mas… [risos] —


E aí ele foi recobrando os sentidos… Porque ele acha que foi porque ele não tomou… Não tinha café da manhã, assim, né? Ele fez um café… Ele fazia o café pra todo mundo ali, mas não tinha pão, não tinha onde comprar pão e ele acabou não pensando nisso, não levou e a galera mais jovem, né? Então ele acha que ele desmaiou de fome. [risos] Quando ele foi recobrando os sentidos, ele ainda não bem acordado, mas ele conseguiu ouvir um dos meninos falando: “Ai, Paulinha… Você vai matar esse idoso, mano… Olha aí o que você está fazendo”. [risos] Tipo, mais preocupado com o Alfredo ali e chamou o Alfredo de idoso. — Alfredo com 50 anos… Não é idoso, né, gente? — E aí ele recobrou os sentidos e, aos poucos, conseguiu ir se arrastando ali pela trilha na volta. Todo mundo voltou. Ninguém, tipo, quis fazer o rolê, todo mundo muito preocupado com ele. E, quando ele voltou pra casa, ele viu que realmente tinha alguma coisa errada com ele assim… Ele estava se sentindo muito mal. 


E aí ele conseguiu chegar. Eles levaram, o pessoal estava de carro e tal, ele também estava de carro… Depois, na volta, alguém dirigiu o carro dele, conseguiram levar ele pra uma outra cidade num hospital e ele foi internado com princípio de infarto o Alfredo. E aí só ali ele percebeu que não ia dar pra continuar namorando Paulinha. E aí ambos sofreram… Porque eles se gostavam, mas era muita diferença de geração e eles acabaram ficando só amigos. E foi a partir daí, desse princípio de infarto, que Alfredo sacou que “poxa, por que eu tava só focando nessas jovens no aplicativo e não em mulheres da minha idade ou na faixa dos 40? Ou um pouco mais velhas que eu? Por que, né?”. E aí ele foi exercitando esse lado dele aí de sair com mulheres ali que tem a idade adequada. [risos] — Que eu acho também… Tem muita gente que vai falar “não existe idade e não sei o que lá”, existe sim, gente… Existe sim. Uma jovem de 20 anos não tem os mesmos recursos emocionais que um homem e uma mulher de 50 anos. Desculpa, não tem. Não acho que é uma relação equilibrada, entendeu? As pessoas não têm as mesmas ferramentas ali. —


Depois que ele começou a sair com mulheres aí de 40 pra cima, da idade dele, ele conseguiu também ter essa vida social mais adequada [risos] a saúde dele, né? E também tinha a questão das filhas, a família dele também, todo mundo foi muito contra… — Porque ela era realmente uma jovem… Muito jovem, com muita coisa ainda pra passar que, com Alfredo ali, ela não ia conseguir passar. — Então, eu acho que quando você está aí nos seus, sei lá, 30 anos tudo bem você se envolver com uma pessoa de 22, 23, eu acho que tudo bem, né? Você está na faixa dos seus 30. Quando você está com 40 anos, você se envolver ali com uma pessoa de 30, tá tudo bem também… Agora, você com 50 se envolver com uma pessoa ali de 24 anos é muita diferença, gente… Sabe? É mais diferença de idade do que a pessoa é nascida… A pessoa mais jovem nascida ali, 24 para 26 anos de diferença. Então, pra mim não tem como. Alfredo passou aí [risos] o que tinha que passar pelas escolhas que fez. É isso, né? 

Paulinha está ótima, está bem, já fez intercâmbio, já viajou, já fez um monte de coisa que, se ela tivesse ali com o Alfredo e, de repente, aí já vem um filho… Sabe? Ferra ali o futuro da moça. Eu acho que muita diferença de idade, tanto para homens quanto para mulheres, também não dá certo. Também não acho certo uma mulher de 50 com um cara de 24. Não sou essas que “acho que não tem idade”, tem idade sim, principalmente por causa dessa questão da bagagem emocional e de vivência mesmo, de experiências de vida que uma pessoa jovem não tem ainda, né? Então, eu acho que fica meio desigual ali esse relacionamento. Então é isso… Alfredo aprendeu a lição. [risos] Eu imagino o Alfredo chocado vendo a galera bebendo um monte na balada e depois ainda ter que ir pro after. [risos] Bem feito.


[trilha]

Assinante 1: Olá, bom dia a todos, meu nome é Melissa, falo de Macaé, Rio de Janeiro. Tenho 44 anos e estou passando aqui para agradecer o Alfredo que pode estar salvando com a história dele a vida da minha melhor amiga, que também tem a minha idade e o teto dela de relacionamentos é seus 25, 26 anos, no máximo. Ela se mudou para uma praia de surfistas e a onda dela agora é só pegar gurizão, fazer trilha, fazer escalada, tá na night, beber todas… Voltou pra adolescência. Então, Alfredo, a tua história pode estar salvando a vida da minha melhor amiga. Obrigada por compartilhar com a gente essa história, que bom que você saiu dessa e com vida. [risos] Um beijo. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui quem fala é Dandara, de Belo Horizonte, Minas Gerais. Fiquei rindo demais dessa história do Coroa, [risos] porque eu compactuo um pouco com a ideia pensa, que talvez não seja muito legal, principalmente pra pessoa mais jovem, ter um relacionamento com uma pessoa muito mais velha. Eu, inclusive, me relacionei com uma pessoa dez anos mais velha que eu, era massa, o relacionamento foi legal, mas não funcionou justamente por isso. E aí eu estabeleci uma regra que eu falo para as minhas amigas, assim: Se eu já sabia ler e escrever ou a pessoa já sabia ler e escrever quando eu nasci, é melhor não, porque a diferença vai fazer diferença. E a maior ironia do destino é que hoje em dia o meu companheiro é quatro anos mais novo que eu e eu aprendi a ler e escrever com cinco anos. Então, por um pouquinho eu não quebrei a minha própria regra. [risos] Mas é isso, Alfredo, que legal que você se percebeu e que o Picolé de Limão terminou aí sem nenhuma traição, nenhuma sacanagem maior. Que bom que vocês são amigos… Então, felicidades pra você, pra Paulinha e é isso. Saúde pra todo mundo. Um abraço. 

[trilha] 

Déia Freitas: Então é isso, gente… Foca aqui na campanha Verão Tá On com Hidrabene, são 20% de desconto. — Em produtos selecionados. — E usando nosso cupom: PICOLE10 são mais 10% de desconto. Clica no link aqui na descrição do episódio agora e já vai lá garantir os seus produtinhos: Hidrabene.com.br. Valeu, Hidrabene, te amo… Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]

E, pra você que ficou depois da vinheta, eu ri muito com o Alfredo, contando que, quando ele estava lá caído, ainda retomando os sentidos e ouvindo aqueles jovens apavorados, ele só pensava assim: “Meu Deus, eu estou aqui semi morto no meio do mato com meia dúzia de jovens. Eles não vão dar conta disso e vão largar meu corpo aqui”. [risos] Ele ficou pensando nisso assim, que ele jamais imaginou que ele fosse morrer… Ele achou ali que ele fosse morrer no meio do mato, numa trilha e que, sei lá… Quando iriam resgatar o corpo dele? [risos] Que coisa mórbida, né? Mas ele falou que foi um pensamento que passou pela mente dele na hora. Então agora eu vou mesmo, gente. Um beijo. 

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.