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título: dinda
data de publicação: 12/02/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #dinda
personagens: wanda

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Hidrabene, a nossa amiga cor de rosinha que eu amo. A folia tá aí e a Hidrabene tem cinco produtinhos que vão salvar a sua vida nesse carnaval. A toalha umedecida — gente, eu amo essa toalhinha — para você ter aí sempre na bolsa, a Bruma Capilar para ficar aí com o seu cabelo sempre cheirosinho e protegido, o Dry Shampoo… Esse Dry Shampoo — eu não sei nem o que dizer, ele é maravilhoso — pra salvar ai se a chuva ou o suor aparecer. O lipstick pra deixar a sua boquinha sempre bonita e hidratada e a Base Stick, a queridinha ai pra sua pele ficar incrível. Acessa agora: Hidrabene.com.br e vai lá conhecer os cinco produtinhos que vão salvar a sua vida nesse Carnaval. — E em qualquer festa, gente, são produtinhos aí pra vida toda. — Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio e fica com a gente até o final que tem o nosso cupom de desconto. E hoje eu vou contar para vocês a história da Wanda. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Wanda e o marido era um casal que passeava bastante, que viajava bastante e que optou aí por não ter filhos. Se viesse um bebezinho, a Wanda até que ok — ela toparia, mas não era uma coisa assim: “ah, uau, quero um bebezinho” —, mas o marido nunca quis. Ele nunca quis ser pai. Então a Wanda respeitou, Wanda gostava dele e assim a vida seguiu aí por alguns anos. Nesse meio tempo, a Wanda foi convidada, junto com o marido, para ser madrinha de uma bebezinha da família do marido. Não era alguém que ela tinha muita proximidade, era uma prima do marido, enfim… — E foram padrinhos de batismo aí dessa criança. E pra quem não manja desses paranauês, você é padrinho, madrinha de alguém e, supostamente, se aquela pessoa morre, os pais daquela criança, você tem ali uma obrigação moral… Não jurídica, mas ali de sentimento e, enfim, de acolher aquela criança desamparada cujos pais faleceram. —

E vida seguiu… Wanda sendo a dinda dessa garotinha — que a gente vai chamar de Gabrielle — e ela gostava de ser a dinda de Gabrielle. A vida passou mais um pouco e, quando Gabrielle estava com oito anos de idade, o marido de Wanda faleceu… Foi um baque, eles tinham uma vida muito boa e estavam casados aí há um certo tempo e o cara teve um infarto ali, morreu, empacotou, já era… Aí quando Wanda estava ainda de luto, mas se recuperando, já tinha conseguido tirar as coisas dele de casa nã nã nã, a vida estava seguindo, [efeito sonoro de campainha tocando] ela recebeu a visita daquela prima, mãe de Gabrielle… E essa prima estava ali segurando Gabrielle pelas mãos, dizendo que Gabrielle era filha deste marido de Wanda e que ele pagava uma ajuda mensal aí — que não era uma pensão, porque ele não tinha registrado a criança — e que agora que ele tinha morrido, ela não tinha mais como cuidar da menina — Porque, inclusive, ele pagava uma pessoa pra ajudar essa prima a cuidar da Gabrielle — e que ela estava ali com as coisinhas da Gabrielle pra Wanda cuidar da Gabrielle. — Assim, gente, do nada… — 

E Wanda em choque, mas amando Gabrielle, falou: “Mas como é que é? Você vai deixar Gabrielle aqui? Gabrielle era filha do meu marido? Como é essa história?”. E aí a prima contou que eles se relacionaram no passado, ele já estava casado com a Wanda, que ela engravidou e que foi uma ideia dele mesmo que eles fossem os padrinhos. — Para que, se algo acontecesse, Gabrielle ficaria com o marido e a Wanda… Só que ele faleceu e ficou só a Wanda. — E a mãe de Gabrielle estava convicta de que não ia ficar mais com a criança, não queria mais… Ela queria fazer outras coisas, queria vir pra São Paulo embora, enfim… Ela não queria mais ficar com Gabrielle. Gabrielle já uma criança de quase nove anos, entendendo tudo o que estava acontecendo e preferindo morar com tia Wanda. Ficou combinado isso, que Gabriele ficaria morando com tia Wanda e que mãe de Gabrielle viria pra São Paulo tentar a vida, enfim… Mãe de Gabrielle sumiu no mundo, sem até que Wanda conseguisse documento, alguma coisa… 

Ninguém achava mais essa mulher, porque ela começou a ter problema depois quando teve que renovar a matrícula da Gabriele na escola, enfim… E aí ela teve que ir atrás dos parentes do marido — essa história foi um escândalo na família… — pra alguém ajudar a Wanda com essa papelada de Gabrielle, pra pelo menos ela ter ali guarda, enfim. Na Justiça, a Wanda conseguiu uma autorização de guarda provisória, que dava direito pelo menos aí a matrícula escolar, a questões médicas que Gabrielle tivesse. — Então ela estava meio que protegida nisso. — Só que agora Wanda queria a guarda definitiva de Gabrielle, já que a mãe de Gabrielle tinha sumido… Os parentes do marido também estava todo mundo de acordo que o melhor para Gabrielle era ficar com Wanda. Pra você tirar a guarda de uma mãe — e ainda bem que é assim — precisa de muita coisa, muita coisa mesmo, e esse seria um processo longo e tal e que a Wanda deu entrada, falou: “Bom, vamos ter que fazer”. 

Só que em algum determinado momento, a advogada de Wanda disse para ela assim: “O seu marido falecido, ele tinha irmãos… Seria interessante a gente fazer um teste de DNA, que vai dar ali uma parcialidade e tal do irmão do seu marido com a Gabrielle e tal, só pra a gente ter mais ainda aí coisas a nosso favor”. E nessa conversa da advogada com Wanda, Gabrielle estava presente, agora com seus 12 anos e, assim, que a advogada foi embora, Gabrielle virou para tia Wanda e falou assim: “Então, tia Wanda, acho que é melhor você ficar sabendo antes de qualquer coisa, de qualquer exame… Eu não sou filha de seu marido, não. [risos] A minha mãe tinha um caso sim com seu marido, mas ela também tinha um caso com outro homem e esse outro homem que é o meu pai. Inclusive, eu já fiz um teste de DNA, só que a minha mãe preferiu que ele não colocasse na certidão que ele era o meu pai, porque ele bebia, ele não tinha nem onde cair morto, então a minha mãe sempre preferiu falar que eu era filha do seu marido, mas eu sempre soube que não e, quando ela quis ir embora, a gente combinou”. — Então, quer dizer, a criancinha de oito pra nove anos ali sabia da história e sabia que a mãe queria ir embora e ela não levava uma vida muito boa com a mãe, sempre gostou da Wanda porque a Wanda era uma madrinha muito boa e ela queria morar com a Wanda, então, meio que foi criada essa narrativa. [risos] —

E Wanda em choque, primeiro foi o choque de saber que o marido dela tinha um caso… — E realmente ele tinha um caso… A única parte que era mentira na história era que a Gabrielle era filha dele. Gabrielle era filha de um cara lá da cidade que bebia e tal. E, inclusive, o caso do marido da Wanda continuou com a prima depois que Gabrielle nasceu e cresceu, então Gabrielle teve esse convívio do marido da Wanda como pai… Ele achando também que era pai da criança, né? Mas não era. — E Wanda percebeu que, de repente, se ela fizesse esse DNA, ela poderia perder essa guarda, né? Talvez ali para os pais verdadeiros, enfim. E aí ela resolveu que não ia mais mexer com isso, gente… [risos] Gabrielle tinha 12 anos na época e ela foi deixando o tempo passar, ela tinha a guarda provisória, então ela conseguia se resolver ali com as coisas, né? Não mexeu mais nisso até Gabrielle completar 18 anos, e aí não ter mais perigo da Gabrielle ir embora, alguém pegar a guarda da Gabrielle… — E ela tá ali agora maior de idade. [risos] — E aí as duas nunca contaram isso pra família do marido, então a família do marido acha até hoje que ela é filha dele. 

A mãe dela não voltou mais… — Nunca mais voltou a mãe de Gabrielle. — E elas moram juntas até hoje, Wanda e Gabrielle. Gabrielle está terminando um mestrado, tá ótima, Wanda também está ótima. [risos] E Wanda escreveu mais pra contar essa história de como uma mentira, muito bem arquitetada, trouxe uma filha pra Wanda, né? — Porque ela considera a Gabrielle a sua filha. — A Wanda cumpriu ali o que diz os preceitos do batizado católico, de que ela cuidaria da Gabrielle na ausência dos pais. E os dois pais de Gabrielle estão ausentes, né? — Elas acham que o pai real, que bebia e tal, já faleceu, enfim… Elas também não foram atrás, Gabrielle não tem esse interesse e Gabrielle tem muito bem resolvida essa questão da mãe ter ido embora porque elas não tinham uma relação muito boa. Então ela está bem felizinha aí com nossa amiga Wanda. — E, como diz a Wanda, de uma história de mentira, de uma família torta, ela ganhou uma filha. [risos] 

[trilha]

Assinante 1: Oi, Déia, oi, gente, aqui é Catharina, moro em Portugal. E para mim isso é um Amor nas Redes e que ainda prova que família não é exatamente sangue, que o amor não precisa ter um DNA compartilhado. A Wanda é pra Gabrielle o que a própria mãe nunca foi, tanto que a Gabrielle sempre levou numa boa e escolheu morar onde tinha amor. Eu fiquei muito emocionada, deu quentinho no coração, porque infelizmente eu não tive a mesma experiência com a minha madrinha e é muito bom saber que tem gente que leva a sério o papel de madrinha e ama incondicionalmente a criança. Isso é muito bom.. Parabéns para vocês, para a família linda, que sigam abençoadas e é isso, ta bem? Um abraço e muito obrigada por essa história. 

Assinante 2: Oi, gente, meu nome é Fabiana, eu falo de São Paulo. Que história, quanto plot twist… [risos] O que eu gosto muito dessa história é que ela tinha tudo para ser dura, para ser trágica, para ser difícil… A quanta mentira, quanta coisa essa menina foi exposta, né? Manipulações, mentira, descaso… E deu tudo certo. Vocês se encontraram. No final você se tornou a mãe dela e ta aí a menina, voando… Parabéns… Que história bonita. Podia ser um Amor nas Redes, hein? Um beijo. 

[trilha] 

Déia Freitas: Anota aí: Toalha umedecida, Bruma Capilar, Dry Shampoo, Lipstick e Base Stick, com esses cinco produtinhos incríveis você tá aí totalmente preparado para curtir o Carnaval e vai ficar sempre impecável. E o melhor: todos eles cabem na sua bolsinha… — Eu amo. — Usando nosso cupom: PICOLE10 — em letra maiúscula e o dez em numeral, tudo junto, sem acento —, você ganha 10% de desconto em todo site, sem valor mínimo, hidrabene.com.br, te amo, Hidrabene… Carnaval com o Hidrabene é um carnaval aí cor de rosa. Valeu, gente, um beijo e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.